Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

       Começamos a bagunçar tudo, era roupa por todos os lados. Anahí colou um vestido rosa bebê bem justo, com mangas apertadas. O espartilho de cima, era de renda com bordas lilás. Eu usei um vestido azul com alças largas que iam até as mãos. E corcel preto. May decidiu por um, mas confortável, branco, sem marcação. Arrumamos os cabelos e fomos ate a sala.

        Assim que descemos, já havia bastante gente. Christian e Alfonso bridavam. Cada uma correu para seus pares. Eu sorri e cumprimentei alguns conhecidos que estavam por lá. Fui me sentar enquanto todos dançavam eufóricos a música alegre que tocava. Dei vários sorrisos quando vi Mercedes sendo rodopiada por Sebastião, ela estava toda envergonhada, E me olhava sem saber o que fazer; bati palmas e falei “divirta-se” Ela conseguiu ler meus lábios e sorriu. Christian fizera questão que todos comemorassem. Sempre muito gentil. Senti um aperto de imaginar como Christopher ficaria se estivesse aqui. Será que ia comemorar conosco? Tudo era incerto, até porque eu sabia que o “leviano” havia voltado. Eu vi no seu olhar, da ultima vez que nos vimos.

— O que uma dama tão bela faz sentada? “virei-me para olhar de onde vinha à voz. Era um homem alto loiro, de olhos claros da cor do céu, parecidos com os de Anahí”.

— E quem se interessa em saber?

— Desculpe-me, que indelicado sou, me chamo Emanuel “respondeu estendendo sua mão”. 

— Muito gosto. Dulce “disse entregando minha mão a ele, que a beijou. Aquele nome me era familiar. Mais não conseguia relembrar”.

— Concede-me esta alegre dança?

— Não acho muito agradável e... “ele me interrompeu”

— Não me faça esta desfeita. Vejo que é a única sentada. Vamos! Isto não lhe fará mal algum “nisso o estranho tinha razão, todos dançavam alegres, e eu gostava de dançar. decidi aceitar o convite”.

     Ele me levou até o meio onde todos estavam. Girava-me, fazíamos passos soltos. As gargalhadas eram inevitáveis pela minha falta de coordenação em giros solitários. Dançamos por horas, e aquilo me deixou completamente suada e largada. Maite e Anahí se juntaram a mim dançando as três juntas, todos os rapazes pararam para nos olhar.

     Emanuel foi para o lado de Alfonso e Christian que estavam parados nos observando.

— Que as três são lindas, isso é fato. Chega a ser um pecado. 

— Sim. Juntas é possível ver como seria difícil escolher alguma “Christian deu murro do ombro de Alfonso, que sorriu pela demonstração de ciúmes”

 — A minha nem olhem! Será a futura mãe do meu filho!

— Mas que a verdade seja dita! “disse Emanuel, levantando um copo de bebida. Os outros dois o imitaram. Todos em gargalhadas satisfeitas”.

— E Lucas. Como está? Não quis vir?

 — Lucas? Ah sim “exclamou se situando” — Ele esta viajando pelo ocidente com o pai, parece que conseguiram novas rotas de exportação e vão se mudar para lá.

—Tomou algum jeito? Lembro que ele é um desocupado. Que só gosta de festas e mulheres.

— E existe algo melhor que isto senhores? “Emanuel disse em tom sarcástico” — Falando em grandes homens, e Christopher, já disse quando retorna?

 — Por enquanto nada. É possível que venha para o nascimento do sobrinho. Já mandamos uma carta avisando.

— Agora entendo o porquê dele ter sumido do nosso meio por um tempo. Não retornava aos convites meu e de Lucas... Com uma mulher destas “disse olhando Dulce se divertir com as meninas” — Eu nem sairia de casa. “mesmo com o copo sendo emborcando num gole. Alfonso e Christian perceberam o olhar de cobiça do amigo. Eles se entre olharam em suspeita”.

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      A noite parecia sem fim, eu não entendo como pude dançar tanto,  meus pés fervilhavam como fogo. Anahi e Maite pareciam tão leves quanto eu.  Fui descansar indo até a cozinha beber um pouco de água.  Como a concentração de pessoas era maior no salão, a mansão estava vazia nos demais cômodos. Na cozinha, estava pegando a água, de cabeça baixa colocando- a no copo, Eu ainda cantava a música que estava tocando na sala (digamos que na época já existia a música "bailando" do Enrique Iglesias rs).

    Distraída, meu corpo se movia no ritmo da minha voz. Quando me virei novamente já emborcando o copo, me assustei com a imagem de Emanuel encostado no batente da porta. Ele sorria, parecia se divertir com o show que acabara de ver. Meu rosto foi ficando vermelho.

— Há quanto tempo estava ai? “perguntei envergonhada tanto quanto assustada”.

— Tempo suficiente para ter boas recordações “aquilo me deixou totalmente sem ação, céus, ele vira tudo!”.

— Devia estar na sala com o restante dos convidados. “falei tentando fazê-lo esquecer de tudo”.

— Não me arrependo nem um pouco. Aqui estava bem melhor, sua voz... Está até agora na minha cabeça. É divina “Ele falou se aproximando de mim, cada vez mais. Eu comecei a recuar em defesa”.

— Bom como já bebi água,  vou indo. “ele estava perto demais, e quando recuei senti a estante da cozinha nas minhas costas, ele deixou um espaço curto entre os nossos rostos. Eu fiquei assustada. Embora fosse muito bonito, e era mesmo. Não fazia meu estilo, além disso, eu era uma mulher casada”.

— Porque a pressa. Sou tão desagradável assim?

— Não me tenha a mal, mas preciso ir. 

— responda-me. Porque Christopher a deixou aqui? Eu sendo seu marido,  jamais faria tal ultraje “como esse homem se atreve a falar isso? Mas que comentário mais infeliz”.

— Mas você não é. E este assunto só pertence a nós dois. Então me desculpe, mas tenho mesmo que sair “ele colocou seu braço,  empatando a minha passagem. Isso me fez olha-lo com fúria”

— Não se intimide minha querida. Eu e Christopher estamos acostumados a dividir as coisas. “disse em tom de malícia. E me veio uma lembrança na mente”

Recordação ON

— Então meu amigo, onde será esta noite?

— consegui duas belas mulheres dispostas a nos divertir. Elas estão na casa de Emanuel. Aguardam-nos. Então vamos?

— Claro. Espere-me que vou buscar o meu casaco.

Recordação OFF

       Então era ele. Eu sabia que lembrava aquele nome. Por isso o comentário tão desagradável. Era um dos “amiguinhos” de Christopher. Meu olhar se incendiou em sua direção. Minha mão foi direto ao seu rosto num belo tapa. Esperei por alguma reação brava, mais ele só fez me olhar de forma sínica, ainda sorrindo segurando o local da pancada.

 — Mais a mim “respondi empurrando sua mão com toda a força que me restava, me libertando” — Ninguém compartilha! Va até os locais que você e meu marido frequentam e encontre uma das quais se divertem. Seu estúpido! “sai do local com os mais rápidos passos que pude dar”

     Quando voltei da cozinha, meus passos eram firmes, em direção à escada. Meu rosto já não tinha mais sorriso. Só existia raiva e repulsa de imaginar o que acabara de passar.

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