Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

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     Assim que cheguei à mansão dos Casillas, fiquei admirando a gigante escadaria. Era larga e conforme se aproximava do corredor, ia se afilando e bifurcando para dois lados. A sala era luxuosa, tudo naquele lugar cheirava a poder. Os empregados me aguardavam de pé na entrada. Pegaram minhas coisas e levaram para a parte de cima, supus que fosse ao quarto. Avistei Christopher entrando concentrado olhando uma pilha de papéis.

—Meu anjo. Pensei que já havia chegado antes “porque me chamava assim? Isso me incomodava a tal ponto, me fazendo desviar ao máximo nossos olhares. Suas mãos estavam cheias de papéis, que largou em cima de uma mesinha, localizada quase ao seu lado” — Deixem que eu a levo até nosso aposento. E vocês voltem aos seus afazeres “ela ordenou de forma grosseira. A cada instante sua imagem perante a mim, somente piorava. Lembrou-me de meu pai. E aquilo não foi nada bom”.

   Ele segurou na minha cintura, mais eu recuei ao seu toque, mesmo assim ele voltou a insistir e me puxou com bastante força para si novamente, limitando meus movimentos.

—Eu já disse. Não crie caso. Você não vai querer me ver chateado.

—Senhor Casillas, também não me considero das mais agradáveis quando me chateio.

—Então teremos alguns problemas por aqui “me respondeu em tom de deboche” —Fique tranquila, falarei com você no quarto “Aquilo me fez gelar por todas as entranhas. Havia esquecido a noite de núpcias, ele provavelmente irá me querer”.

       Logo apos entrarmos no quarto, Christopher me soltou, indo a rumo do banheiro, enquanto tirava seu colete.

—Não tive tempo para programar uma viajem a nós dois. Mais creio que aqui é confortável pra você não é?

—Nem um lugar é confortável se for contigo “ele parou no meio do caminho, me fitando frio como gelo. Seus olhos não demonstravam sentimento algum. Eu sabia que tinha acabado de comprar uma bela briga”.

—Você não vai facilitar mesmo. Ainda não entendeu que é minha? Acha que eu queria me casar com você?

—Ótimo, então me deixe ir “Ele dava gargalhadas, Conforme se aproximava a mim”.

—Achas que é assim. Simples “suas gesticulações já começavam a me deixar temerosa” — Eu te esperei desde os meus dez anos. Meu Pai me forçou a isto. Mais pelo menos você é muito atraente, tem como ver o ponto positivo.

—Você me dá nojo! “gritei em protesto, tentando escapar da nossa aproximação, mais era impossível. Ele já havia me jogado na cama e agora estava sobre mim sem camisa, segurando meus pulsos com pressão”.

—Se ficar quieta, isso pode ser mais fácil.

—Solte-me! Está me machucando! “Disse em lágrimas”— Nunca serei sua!

— Então não terá acordo? “pausou me fitando, como se esperasse uma resposta. Eu apenas virei o rosto, deixando escorrer minha angustia” — Suas lágrimas não me comovem. É minha esposa e este é seu dever.

      Ele começou a puxar meu vestido, rasgando cada peça, enquanto eu me debatia. Apertou-me entre suas pernas e me virou de costas para arrancar o espartilho, em seguida do corpete. Já desnuda. Christopher me beijou as costas, arranhando meu corpo. A repulsa e náuseas me percorreram, me sentia um objeto sem sentido ou sentimentos, a sensação de abuso estava ali. Quando ele enfim se posicionou para me penetrar, meu desespero aumentou. Entrei em pânico. Tentei agredi-lo, mais era em vão. Christopher era muito forte, tinha um físico definido. Minha vergonha não me deixava gritar por ajuda, além disso, quem iria se meter naquilo. Ele afastou minhas pernas e o fez. A dor apareceu novamente, mais não fora prazerosa, ao contrário, era aniquilante. Eu ainda estava machucada da noite anterior, e nem um pouco preparada para ele. Christopher começou a se movimentar, foi então que percebeu algo de errado. Meus olhos apertados e fechados temiam o obvio, fazendo-me lembrar de Alfonso,

      O leviano foi se reerguendo e levantando por completo até sair totalmente de dentro de mim. Olhava-me atônico, em fúria, aquele olhar eu nunca havia visto em nenhum rosto. Seus olhos pareciam em chamas. Meu corpo tremeu assustado pela situação. Ele era intimidador, mau, frio, forte. Eu imaginava do que seria capaz.

—O que você pensa que fez sua... Desgraçada! “meu olhar estava paralisado pelo pavor. Automaticamente fechei os olhos quando senti meu rosto começar a queimar. Ele me dera uma tapa. Sua mão pesava bastante, para a ardência daquele local, durar por toda a noite. Pegando-me pelos pulsos sem nenhuma cerimônia, ele os apertou, aumentando minha dor”.

—Seu estúpido! Imbecil! Solte-me! “meus gritos foram interrompidos por outro golpe contra meu o rosto, que me deixou atordoada. O gosto do sangue que saiu e escorreu pela minha boca era amargo”.

—Quem fez isso em você? Diga-me. Quem o fez! “Como viu meu silêncio, ele agarrou minha garganta, pressionando-a. O meu ar sumia. Ele repetiu a mesma pergunta por várias vezes. E pressionava cada vez mais, meu pescoço. Tentei manter a força, para não contar nada. Não podia arriscar a vida de Alfonso”.

— Prefiro... Morrer... Mas... Não direi... Nunca! “respondi quando ele por um pouco, afrouxou a mão. Christopher então me soltou”.

—Eu avisei que não ia querer me ver com raiva. Devia te matar aqui e agora! Mais fique sabendo, vou encontrar quem fez isto, é  ele ira pagar. E você... “ele se levantou me puxando” —Vai me pagar me servindo agora. Não vou ter pena ou piedade.

—Monstro! “foi o único que gritei ao ver seu olhar perverso”.

      Christopher pôs a mão na minha boca, impedido minha fala. Jogou-me de costas a parede e me possuiu ali, de pé, da forma que mais doía, Ele era grande demais para mim, cada movimento severo que realizava, me fazia gritar abafado de dor. Mais aquilo não pareceu lhe importar. Chorei incessantemente durante todo o ato. A raiva por me sentir usada e suja, me fez querer morrer.

       Após o ocorrido ele me jogou e me trancou nua no banheiro. No chão molhado, frio, rebolando o resto que sobrou das roupas que eu vestia, sobre mim, antes de fechar a porta por completo Cobri-me, como um animal indefeso, agora eu tinha certeza do que ele era capaz. Estava convencida de inferno que seria meus próximos dias.  O frio da noite começou a se alastrar, fazendo meus dentes baterem. Estava com frio, Machucada, Ferida por dentro e por fora. "Maldito" meu ódio por ele me consumiu. E de tanto chorar, acabei adormecendo.

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