Fanfics Brasil - Capítulo 52° Sete Pecados ( Seven Sins )

Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 52°

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~X~


 


    Voltei para o salão correndo o mais rápido que pude. Todos se assustaram com a minha reação descontrolada. Segui até os quartos, chamando seu nome, mas ninguém respondeu. Olhei ao redor na esperança de encontrá-la, e como esperado, tudo fora em vão. Não podia ser, não hoje. Onde ela está!


    Desci às escadas e mandei cessar a música para poder dar o aviso. Todos me olharam confusos com a movimentação enquanto chamei Sebastião e lhe falei o que havia acontecido, ordenando que fossem convocados todos os funcionários e que fossem até à cidade acionar a polícia para fazer a busca. Anahí e Alfonso vieram às pressas até mim notando que havia acontecido algo de grave.


 


— O que aconteceu? “perguntou a loira, mal pude responder. Minha boca estava seca pelo pânico”.


— Dulce desapareceu.


— O que?! “ele pôs a mão na boca, como se tapasse um grito”


— Como assim desapareceu?! “questionou Alfonso, aos gritos, fazendo minha concentração sair de sua esposa para ir á ele”.


— Desaparecendo! “respondi, gritando mais forte. Falando-nos frente a frente, quase unindo nossas testas”.


— Chega! Agora não é momento para isso! E sim saber onde ela está! “trocamos olhares de ódio como se tentássemos nos agarrar, mas decidi obedecer, Anahí, já quem minha preocupação era outra no momento”.


 


    Christian havia ido até o quarto de Maite avisa-la e eles já desciam de volta, às pressas, enquanto Mercedes segurava Perroni.


 


— Onde esta Dulce? O que houve? “minha irmã parecia perdida e seu semblante se mostrava tão angustiado quanto o meu”


— Não sei Maite, ela desapareceu de repente.


— Mas eu falei agora a pouco com ela! Antes de subir...


— Foi tudo muito depressa. Eu tirei meus olhos dela por alguns minutos e quando tornei, ela já havia sumido.


— Meu Deus! Vamos nos sentar e acalmar os nervos. Dessa forma pensaremos melhor.


 


    Todos na casa corriam de um lado ao outro em busca de qualquer que fosse os vestígios de Dulce. Quando a polícia chegou, demos as últimas informações e eles iniciaram a busca em toda a cidade, mas antes disso eu dei uma leve ordem.


 


— Fechem todas as saídas da cidade. Ninguém entra ou sai até ela aparecer. Mandem fazer patrulha na fronteira. “nessas horas era bom ter poder. Eles seguiram sem pestanejar”— Onde está Emanuel, Christian? “perguntei notando que sua ausência me intrigou”


— Foi embora assim que você subiu correndo pela primeira vez as escadas.


 


    Passarmos o resto da noite acordados esperando por notícias, as mesmas que não vinham. A aflição percorria meu corpo, junto do meu desespero altamente visível. Mas que maldição. Rugi percebendo que não foi mudo, pelo contrário, era audível e Maite me olhou mostrando que também havia escutado. Sempre algo de ruim acontece quando estamos bem e felizes, refleti. Passando as mãos sobre o cabelo, segurei a nuca tentando afastar a dor de cabeça que parecia iniciar naquele local.


 


—Tenha calma, vai acabar tudo bem “sentada ao meu lado no sofá, Maite me reconfortou segurando minha mão. Pela primeira vez, senti uma lágrima derramando em frente a ela, que me abraçou com força, me escondendo”— Você é meu irmão... Não precisa fingir ser forte perante a mim. Eu estou aqui contigo... Sempre “ela foi meu acalento. Permanecemos calados enquanto eu vi sequências de lágrimas derramarem pelo meu rosto”.


 


    O sol já havia saído e uma grande parte do gelo se derretia. Amanheceu. E nada de Dulce Maria. Mandei Maite ir dormir garantindo que avisaria a ela, quaisquer novas notícias. O café que Mercedes me trazia a cada hora, estava ajudando. Ela também estava aflita. Anahí e Alfonso foram convencidos da mesma forma.


    Numa tentativa desordenada em tentar fazer algo, decidi pegar um cavalo e percorrer toda a fazenda. Ela pode ter ido ao riacho! Sai em desparrada ainda com o vento frio bater sobre o meu rosto, coberto de sono a exaustão. Enquanto cavalgava tentei recapitular tudo daquela noite. Maite havia me dito algo que me fez ficar desconfiado e analisar melhor os fatos.


 


— Não notou nada de estranho nela? Você foi a ultima a falar com ela.


— Não, já disse. Ela parecia normal. Só achei estranho ela perguntar por uma tal de Amanda. Foi só.


“Amanda? Dulce ouvira a conversa? Ela tinha que manter distância dessa mulher. Uma mulher traída é capaz de tudo”.


 


 


    Pensei na possibilidade de que ela tivesse alguma coisa haver com o que estava acontecendo.  Fiquei martelando a cabeça durante o percurso até o riacho.  Se assim fosse, eu iria descobrir. E com certeza ela iria se arrepender de existir.


 


~X~


 


   Eu estava exausta da noite em claro. Sentia-me desfalecer pela fraqueza que consumia meu corpo e cada nova tentativa de pedir socorro, me sentia ainda mais desesperançada. Recapitulei as palavras de Amanda, me questionando se sentia pena ou ódio pela sua existência. Querendo ou não, ele era uma mulher traída e machucada pela vida, mas nada justificava a sua ação e o que estava fazendo a mim.


 


— Me solte! Socorro! Alguém me ajude!


— Cale a boca! Mas que Inferno! “surgindo no quarto onde eu estava, ela pegou a mordaça de cima da mesinha colocando-a de volta em mim”


 


    Debati-me. Mas foi em vão. Vi que mais alguém chegou e era Emanuel. Usava os mesmos trajes da noite anterior. A sensação de repulsa podia transbordar pelos meus olhos. Desgraçado. Como alguém poderia ser tão sínico a ponto de enganar o homem mais atento de todos.


 


— Olá meu bem “disse indo em direção a ela, beijando-a com fervor. Amanda pareceu retribuir à altura, me causando mais repulsa”.


— Você merece. Fez um bom trabalho. Distraiu nosso Dom Ruan.


— Olhe que foi difícil. Ele não tirava os olhos dela.


— Eu estava esperando por você. Quero que a leve para aquele “lugarzinho” especial. Minha força acabou ontem quando tive o trabalho de trazê-la até aqui! Sozinha!


— Tudo bem eu faço.


 


    Ao perceber que ele estava se aproximando de mim, tentei recuar, mas Emanuel agarrou meus braços e me arrastou pelo chalé. Ao me debater contra, consegui lhe acertar um chute na canela que o fez parar, segurando o local com dor. Amanda gargalhava, olhando a cena de longe.


— Uma pena fazer isto com um rosto tão gracioso quanto o seu Ma chérie...


 


    O homem me deu um tapa na cara, mostrando-me toda a sua força. Começou a ardência no local que logo se misturou com a dor que sentia pelo golpe na cabeça. Se recompondo, voltou a me puxar levando para longe. Ao chegarmos atrás do chalé, ele me posicionou perto de uma espécie de poço, mas era mais raso que os comuns. Aquilo não me era familiar, nunca tinha percebido sua existência nas vezes que frequentei aquele chalé. Amando surgiu mostrando que também nos seguia, indo para o lado do seu amante.


 


— Isso é novo para você, não é? Mandei cavar a alguns dias. Estava só te esperando. Agradeço-te pelo lugar deserto que me ensinou, já que por mais que grite ninguém irá ouvi-la. Ah, e antes de joga-la, faltou lhe dizer uma coisinha que com certeza não sabe “ela se aproximou de mim segurando seu vestido com delicadeza e porte” — Não devia ter dado uma chance a Christopher querida. Ele nunca ira mudar o ser “promíscuo” que é por essência. Ainda mais se cresceu vendo isso com a própria mãe. “eu pausei a vista mostrando não conhecer o assunto. ele nunca falava a respeito” — Pela sua expressão você realmente não sabe! “exclamou empolgada” — Precisa conhecer melhor seu marido. “nisso ela tinha razão. Eu pouco sabia de Christopher”.


— Jogue ela de uma vez nesse buraco e vamos embora Amanda!


— Calma meu amor “disse acariciando o rosto de Emanuel” — Sabes que gosto de contar histórias. Deixe-me terminar! “ele parecia inquieto e minha agonia ainda mais”— A mãe o molestava. Por isso, ele sempre ignorou as mulheres as tratando como objetos. Achava que se sua mãe não valia nada, quem dirá as demais. Vou repetir... Devia ter desistido, uma hora ou outra, ele ia voltar a ser como antes “eu agora estava em choque. Meu “leviano” sofrendo tudo aquilo. Sua dor naquele momento se tornou á minha” — Agora sim meu amor. Pode joga-la.


 


    Aquelas palavras me fizeram estremecer. Meus olhos se abriram quando o homem voltou a vir para o meu lado. Tentei me debater mais fora em vão, ele em segundos abriu a tampa e me jogou dentro do poço, ainda amarrada e amordaçada. Senti minha pele se ferir pela queda e com certeza havia mais um local exposto e com sangue. Os dois sorriam e antes de eu me ver livre, eles fecharam à metade do buraco com a tampa, deixando uma brecha de luz. Graças a claustrofobia que tinha, senti-me sufocar e os calafrios junto do coração acelerado me fizeram tremer, como se sentisse frio, se bem que o clima ainda era aquele


 


— Se não morrer pelo seu probleminha, sinto muito, mas ira morrer pelo frio. Por isso vou deixar esta brechinha, para cada floquinho cair e te congelar aos poucos “ela gargalhou da mesma forma maléfica e saiu. Deixando-me com o ar por um fio”.


 


    Preciso manter a calma, repeti varias vezes na mente para tentar me convencer daquilo, enquanto meu sentimento de morte se apossava de mim mais uma vez. As horas se passaram e a minha agonia aumentava. Meu queixo batia pelo frio que estava naquele ambiente tão pequeno e submerso. Na tentativa de livrar minha fala, mantive a concentração para tentar retirar a mordaça. Empurrei com força a língua, repetindo várias vezes chegando a me ferir. Até enfim conseguir. Minha respiração ofegante e cansada pelo esforço, foi liberta, ampliando meu campo de ar.


    Os sintomas do pânico já manifestados em mim me causavam uma pequena tontura e desequilíbrio. A chuva de gelo iniciava novamente, vindo em direção ao buraco, aumentando as camadas que recobriam meus pés e meu corpo, jogando em descanso. Minha sensação térmica era baixa já que sentia muito frio, a ponto de enfraquecer ainda mais. Na tentativa de resolver, abracei meus próprios ombros buscando abrigo, e soltei os últimos fios, quase imperceptível, de voz que me restavam para pedir ajuda. A única coisa que me restava naquele instante, era a esperança.


 



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Autor(a): SamiaGreen

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 107



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  • leticia.tomaz Postado em 16/07/2016 - 18:54:53

    Linda desaparece não.. sua fic é ótima <3

  • lili.alves Postado em 04/07/2016 - 11:55:53

    Vondy juntos é um amor <3 continuuuaaaa

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 19/06/2015 - 13:24:14

    Amei a morte deles...Vondy só love...continua!

  • nathycandy Postado em 18/06/2015 - 10:56:31

    Nossa adorei a morte da Amanda e do Emanuel ......aiii ta tão lindo vondy...tem que continuar assim

  • kelly Postado em 17/06/2015 - 20:36:55

    Ah! Bem feito pra essa amanda e pra esse emanuel! Vondy felizes! Sempre

  • Geoohig Postado em 10/06/2015 - 13:46:41

    Continuua

  • kelly001 Postado em 09/06/2015 - 10:40:12

    essa mãe merecia queimar no fogo do inferno! estou xonada por eles! continua

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 08/06/2015 - 22:17:08

    Tadinho do Ucker T.T!

  • amanda_savinon_uckermann_vondy Postado em 08/06/2015 - 22:16:34

    CONTINUA!

  • nathycandy Postado em 08/06/2015 - 20:03:26

    Ownt que lindo....muito lindo eles


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