Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

~X~

O médico chegou e fez todos os cuidados em mim.

Eu sentia meus braços duros e pesados pelas injeções com agulhas enormes que havia recebido. Aquilo foi tenso já que odiava seringas.

Christopher não segurava as gargalhadas quando me via aos berros, reclamando pelo incomodo. Se bem que na maioria deles eram de pura manha, por puro despeito.

Foram prescritos também alguns medicamentos que Christian foi incumbido de comprar. Após tê-los, tomei todos e isso me deixou sonolenta, fazendo meus olhos se baterem lentamente. Senti o momento em que Christopher se aproximou e sentou ao meu lado me distribuindo caricias pelo meu rosto e pelos meus cabelos. Seu olhar era tão terno que me fez relaxar.

— Você é mau...

— Por que está dizendo isso meu amor? “perguntou com um pequeno tom de ironia”.

Em resposta eu fiz um bico de raiva, e ele sorriu.

— Se divertiu enquanto eu estava sendo torturada!

— Era para o seu bem. Não devias reclamar.

— Eu sei, mas detesto. “de repente seu semblante mudou e ele agora pareceu pensativo” — Aconteceu alguma coisa?

— Amanda e Emanuel

Só de ouvir aqueles nomes, meu corpo se retraiu. Eles haviam me provocado certo trauma

— Sebastião veio avisar que eles morreram.  “continuou”

Meus olhos se arregalaram em transe. Eu não podia crer.

— Como assim? Onde? Como? “perguntei confusa” — Christopher, você fez algo?

— Não fiz nada. Até queria, mas não cheguei a fazer. Eles morreram durante uma fuga.

Christopher me explicou todos os detalhes do ocorrido em cada detalhe, ao menos até onde ele havia conseguido se informar. Eu fiquei horrorizada em imaginar a cena e aquele casal tão cheio de vida se desfazer em pequenos segundos. Meus olhos se fechavam em agonia. Amanda havia sido corrompida pelos acasos da vida, o que acabou fazendo o seu ódio a consumir acima de todos os seus preceitos. Não cabia a mim, julga-la ou decidir seu destino, mesmo depois de tudo o que eles tinham me feito.

— Não desejo isso nem para eles.

— Todos têm o fim que merecem “afirmou em tom de rancor”.

Naquele momento o assunto foi encerrado. Christopher tinha sentimentos fortes, sendo eles bons ou ruins, por isso não questionei sua opinião, nem poderia fazê-lo.

Dias se passaram eu já me sentia bem mais disposta. As cicatrizes que ficaram eram quase invisíveis e a ajuda das pomadas e cremes caríssimos que meu marido decidiu importar de outro país aceleravam aquele processo.

Como de habito, numa das minhas caminhadas pela manhã, decidi ir até o estábulo matar a saudade de Ucker. Quando me viu adentrar, ele me recebeu feliz, relinchando alto e com movimentos em reconhecimento da minha fala. Afaguei sua cabeça enquanto conversávamos. Se alguém ouvisse aquilo, certamente me chamariam de louca.

— Senti sua falta. Gostaria tanto de montar em você agora...

— Nem em sonho meu anjo

Fui surpreendida pela voz de Christopher que chegava perto, me fazendo pular pelo susto. Eu segurei o peito e o encarei antes para me certificar quem realmente estava ali.

— Quer me matar de susto! “ele sorriu com o meu semblante”

— Sabe que ainda está cedo para montar.

— Sim, eu sei, mas sinto falta da sensação de estar correndo, livre com o vento no rosto

Fechando os olhos eu me permiti imaginar a ótima sensação que sentiria ao realizar aquele desejo.

— Venha comigo. “falou segurando meu braço”

— Aonde vamos?

— Confie em mim.

— Nem precisa pedir...

Ele me olhou prazeroso e me deu um leve Beijo na testa. Arrastando-me em seguida

Chegamos próximo do seu cavalo de pelagem negra e eu então notei como ele era alto. Christopher me segurou pela cintura me levantado até me colocar sentada de lado sobre o animal. Pulando logo em seguida.

Meu sorriso se abriu em prazer.

Ele agarrou meus quadris e deu as rédeas.

O vento no meu rosto e cabelos agora era real. Eu me deliciei com o passeio curtindo cada segundo. Era incrível notar como minha vontade se concretizou antes d que pude imaginar. Em certos momentos, Christopher me beijava no ombro, tornando tudo ainda melhor.

A velocidade então foi diminuindo, fazendo o animal apenas galopar.

— Muito obrigada! Eu adorei “meu rosto parecia se iluminar de tanta alegria”

— Eu sabia que ia gostar.

— Eu te amo tanto...

Pronunciei aquilo me virando para que nossos olhares se cruzassem enquanto falava. Christopher me olhou com desejo fervilhando todo o seu desejo, então ele parou o animal bruscamente, descendo e me segurando para me pôr sobre o chão.

Decidi não contestar, apenas me deixei ser guiada.