Fanfic: Sete Pecados ( Seven Sins ) | Tema: Rebelde

Quando me aproximei da sala, vi que Christopher e Lucas conversavam sorridentes. Escondi-me o máximo que pude, para não notarem a minha presença. Além do mais, não queria topar com eles dois, mais uma vez. Pude ouvir a sua conversa o bastante, para compreender que combinavam mais uma de suas noitadas.

—Então meu amigo, onde será esta noite?

—Consegui duas belas mulheres dispostas a nos divertir. Elas estão na casa de Emanuel. Aguardam-nos. Então vamos?

— Claro. Espere-me que vou buscar meu casaco.

— Fiquei animado, fazia dias que o trabalho não me deixava “curtir”.

           Corri de volta ao corredor, antes que ele pudesse me ver e saberia que eu ouvi a conversa. Mais Christopher era um tanto malicioso. Abordou-me antes que eu conseguisse chegar próximo de Maite.

— Anjo, já não devia estar na cama? “perguntou franzindo o cenho”

— Como você consegue ser tão desprezível? Chama-me de anjo, depois de ter me espancar até cansar. “Nesse momento, ele me pegou pelos pulsos, e me arrastou para o quarto. May que me aguardava um pouco mais a frente viu toda a cena”.

— Largue-a Christopher! O que pensa em fazer?

— Não se meta Maite! Esse assunto não é seu “com um chute cerrou a porta. Ela gritava batendo na mesma, o pedindo para abrir. A tortura ia se repetir. Só podia ser. Eu ainda estava dolorida da anterior, não podia permitir aquilo”.

— Não pense que vou aceitar que me levante a mão outra vez! “reforcei cerrando os dentes”

— Você quer que eu a lembre do por que lhe dei a surra? Eu poderia te devolver. E jogar o seu nome e o da sua família na lama “seus lábios pareciam tremer em fúria” — Mais ainda tento ser gentil e recebo farpas suas.

— Faças o que quiser! Não me importo com o que pensas. Quero que vá ao inferno! “quem ele pensa que é. Para me exigir correspondência de suas falsas gentilezas”.

      Christopher avançou para cima de mim num salto. Jogando-me na cama,  puxando meu rosto para si; ele me beijou. Novamente, tentei me esquivar, sem obter sucesso. Meu corpo parecia querer responder a ele. Eu não podia aceitar que meus estímulos mecânicos me fizessem perder as estribeiras. O que estava havendo comigo? Já não me contorcia mais. Estava parada somente recebendo correspondendo o beijo dele. O movimento da sua língua, dos seus braços, que me apertavam. Até que ele se afastou devagar, separando nossos lábios e me olhou.

— Estais vendo. Pode ser agradável. É só você ser menos insolente.

— Estúpido! “Eu o joguei para o lado me levantando irritada, enquanto ele sorria em deboche, da minha tentativa de limpar a boca”.

— Outra hora, continuamos a conversa. Agora tenho compromissos pendentes “se levantando, ele pegou o casaco e saiu”.

          Naquela noite Christopher chegou embriagado e com cheiro de perfume barato. Fingi que estava dormindo, pois pensei que fossemos brigar, mais foi o oposto, ele se jogou na cama e adormeceu ao meu lado. Respirei em alivio por ele não me tocar, ou sequer fazer menção daquilo. Seu rosto estava entregue em sono profundo, que me tirou-a atenção. Parecia tão tranquilo e despreocupado, quem o visse daquela forma, jamais imaginaria o ser brutal que era. Desconjurei me virando para tentar dormir, e Alfonso me veio à mente, onde será que esta?

         Já na manhã seguinte quando me levantei. Ele não estava mais na cama. Aprontei-me e fui tomar café. Assim se seguiram os dias. Christopher nunca mais voltou a me tocar, continuava nas suas saídas a noite. Brigávamos quase todos os dias. May sempre meiga, era a minha única amiga, fora Mercedes. Os meus sogros anunciaram que iam passar uma temporada na Europa, para resolver problemas da filial que tinham lá. E a casa se tornou vazia. Mais não por muito tempo.