Fanfic: O CONQUISTADOR GREGO.VONDY

Dulce Portillo o intrigava. Ele admirava a aparência dela, a óbvia força de caráter. Claro, também estava ciente da química sexual que os aproximava. Havia mais, no entanto, do que a mera atração física. Existia um mistério em torno dela, algo que ele não conseguia definir.

Ao longo de um ano, Christopher fora incapaz de tirá-la da cabeça. As feições, o cheiro, o gosto, tudo aguçava seus sentidos. Assombrava-o a reação desmedida daquela mulher a cada toque, a cada beijo. E assim Dulce destruíra qualquer sentimento que ele pudesse desenvolver por outra. Por outras, ele se corrigiu, levando em conta as poucas companhias que procurava a fim de preencher o vazio.

Agora ele estava de volta a Sydney, pretendendo combinar negócios com prazer. Ou seria apenas uma nova rodada do mesmo jogo? Para responder, Christopher precisava determinar se a emoção da qual se lembrava ainda existia. Precisava saber se um ou dois beijos eram o início ou o fim de uma aventura romântica e sensual.

_Rosas_ ele disse após a longa pausa. Gostava da textura, do perfume, da maneira peculiar como as pétalas tão juntas se abriam.

_Alguma cor preferida?

Dulce o conduziu para uma cabine de temperatura controlada e indicou-lhe diversos vasos, que ostentavam uma gloriosa perfeição de rosas brancas, amarelas, cor-de-rosa e vermelhas.

_As vermelhas_ ele não hesitou.

Ela abriu a porta do compartimento e trouxe o vaso escolhido para a mesa de trabalho.

_Quantas vai quer? _ indagou Dulce com aparente firmeza_ O preço é de...

_Não importa_ Chris atalhou._ Duas dúzias.

Admirada, Dulce viu que teria de apanhar mais flores na cabine refrigerada.

_Quer que eu mande entregar? Há uma taxa extra de...

_Eu mesmo cuido de entregar.

Bem, o destinatário só poderia ser uma mulher, e das mais exigentes, fosse anfitriã, amiga ou namorada. Nesse último caso, Chris teria dado passos rápidos e certeiros. Só estava na Austrália fazia dois dias.

Dul passou-lhe uma pasta com vários modelos de cartão, pedindo para que escolhesse um deles. Já vinham com frases impressas para qualquer ocasião. Em vez de esperar, ela foi atrás de papel celofane e selecionou uma fita para arrematar o buquê.

Em minutos, as flores estavam prontas e Dulce grampeou no papel o cartão que Chris lhe entregou. Recebeu o pagamento em dinheiro e passou as rosas ás mãos dele.

O grego reservou alguns segundos para admirar a habilidade e bom gosto com que ela havia arrumado o buquê. Então, disse repentinamente:

_São para você.

Em meio a um torvelinho de emoções, ela não conseguiu imaginar qual expressão seu rosto tinha assumido, se agradável ou desprezível.

_Como assim?

_As rosas são para você. Por que não lê o cartão?

Ela acatou o pedido, apesar de incrédula.

Jantar hoje às sete, leu.

_Eu a pego em casa_ ele afirmou.

_Não sabe onde moro_ foi à resposta seca. O que ela estava dizendo? Não aceitara o convite e nem pretendia sair novamente com Chris.

_Ani me dará o endereço.

_Não!

Ele ergueu as sobrancelhas, com ar zombeteiro.

_Não? Está bem, então você mesma me diz.

_Não aceito o convite.

_Prometo não morder.

_Obrigada, mas não._ Ela esboçou um sorriso._ Por favor, leve as rosas. Não posso aceitá-las.