Fanfic: O CONQUISTADOR GREGO.VONDY

_Não pode ou não quer?_ O humor de Chris e seu sotaque de Nova York só lhe acrescentavam charme e sedução.

Ani? Onde estava a sua irmã, quando tanto precisava dela?

Um olhar de relance para a parte frontal da loja bastou. Ani continuava ao telefone.

_Não estou saindo com ninguém_ ela disse em autodefesa, mas Chris já deixava o estabelecimento, de mãos vazias, e perecendo surdo as suas alegações.

_Ás sete, pequena_ ele reiterou, enquanto ela amaldiçoava os homens em geral e aquele em particular.

_Meu Deus!_ Anahi estranhou, depois de desligar._ O que foi que ele fez? Alguma proposta indecente?

_Pediu-me para sair e jantar com ele. _A voz de Dul foi um murmúrio.

_E isso é um crime?

Dulce depositou o buquê de rosas vermelhas na mesa.

_Eu não vou.

_Claro que não_ disse Anahi com ironia.

_Que audácia vir aqui, encomendar duas dúzias de rosas e depois dá-las para mim!

Anahi meneou a cabeça, totalmente perplexa. Com o comportamento da irmã, bem-entendido, não com o de Chris.

_Realmente, muita audácia e mau gosto!_ continuou ironizando.

_Não as aceitei._ Dulce passou as flores às mãos de Anahi._ Aqui estão. Leve para casa ou desfaça o buquê e devolva as rosas ao estoque.

_Por que você não as quis?_ Anahi indagou, séria.

Seria uma pena desmanchar o trabalho, feito por Dulce com olhos de artista. Além disso, há quanto tempo ela não ganhava flores? Nem outra coisa qualquer?

_Quem ele pensa que é?

Claro, não era uma questão a ser respondida, e Anahi foi atender um novo cliente que entrava. Feliz com a interrupção, Dulce conservou-se em silêncio pelo resto do dia. Uma sucessão de cenários cruzou sua mente. Alguns deles muito gratificantes, mas que poderiam levar o casal à prisão, por atentado violento ao pudor.

No final do expediente,Dulce pareceu voltar ao mundo dos mortais comuns.

_Você tem algum número de telefone para eu entrar em contato?

_Com Chris?_ Anahi provocou, pronta para partir.

_Claro, com que mais?

Anahi assumiu uma expressão pensativa.

_Faz dois anos que você se divorciou. Já não é tempo de tentar outra vez?

_Está defendendo a idéia de um caso meu com Christopher?

_E do que você tem medo? De Christopher ou de você própria?_ Anahi anotou um número num pedaço de papel e o entregou a Dulce com um sorriso carinhoso._ Caia na real, mana, e pense no assunto.

Como frase de saída, essa era inigualável.

Passava das seis horas quando Dulce estacionou o carro na garagem e entrou correndo no prédio, onde tomou o elevador para seu andar, o sétimo.

Ninguém diria que a indecisão fosse um de seus traços, mas nos últimos sessenta minutos ela havia mudado de idéia uma dúzia de vezes.

Ao entrar no apartamento, Dulce passou pela mesinha do telefone, voltou aflita e apanhou na bolsa o número do telefone do hotel em que Chris estava hospedado. Teclou os dígitos, ansiosa, só para descobrir que o grego não estava em seus quarto. Perguntou à atendente o número do celular do hóspede e teve o pedido educadamente recusado.

Droga! A falta de contato significava que Dulce só tinha uma opção: tomar banho e vestir-se em tempo recorde. Ou então deixaria Christopher esperando.

Ora, ela pensou em reforço a sua decisão, enquanto se arrumava. Duas horas de companhia, boa comida e conversa agradável... O que tinha a perder?