Fanfic: O CONQUISTADOR GREGO.VONDY

Não_ retrucou em voz alta.

_Não quer ou não pode?_ Os olhos de Anahi se estreitaram ao perceber a expressão da irmã.

_Escolha você. Qualquer coisa.

Ani suspirou, desapontada.

_Certo. Vai me contar o que houve ou terei de pressioná-la?_ Perguntou.

_Simplesmente agradeço e recuso o convite.

_Isso não me convence. Você não vê Chris desde a festa do meu casamento._Os olhos ganharam um brilho especulativo._O que ele fez? Beijou você?

Era impressionante a intuição da irmã. Mesmo assim, Dul tentou escapar.

_Em que você se baseia para pensar isso?

_Não combina com você fugir do assédio de um homem como Chris.

_Assédio? Perdão, mas não quero discutir com você nem com ninguém. Que ele seja feliz.

_Imaginou como seria divertido sair com ele?_Ani tentou ser persuasiva.

Dul assimilou o desafio contido nas palavras e nos olhos azuis da irmã. Seus lábios se curvaram num sorriso indulgente.

_Você é malvada.

_Seu novo vestido preto Versace, de gola alta, iria muito bem.

Uma roupa justa que não recomendava o uso de sutiã?!

_Eu não disse que sairia com vocês.

_Passaremos ás oito para apanhá-la e depois a deixaremos em casa de volta...

De imediato, ela imaginou com que suavidade Christopher insistiria para trazê-la de táxi, escoltando-a até o apartamento.

_Se eu aceitar_ Dulce começou a fraquejar, Irei no meu próprio carro.

_Bravo! Assim é que se fala!_ Bem-humorada, Anahi divertiu-se com a expressão preocupada da irmã.

Pouco antes das oito horas, Dulce chegou ao restaurante e saiu do volante do MG, que deixou aos cuidados do manobrista. Pela enésima vez, silenciosamente, ela questionou sua decisão de comparecer ao jantar. Parecia uma insanidade, mas bater em retirada era algo que não combinava com o seu jeito de ser.

Como o ano que havia passado afetara Chris? Teria uma amante? Estaria livre, no período entre dois relacionamentos?

Tola, ela pensou. Homens daquela categoria não ficavam muito tempo sozinhos, recordou-se de que Anahi, volta e meia, relatava as viagens de Christopher entre Londres, Paris e Atena. Provavelmente, tal qual um marinheiro, ele tinha uma namorada em cada porto.

O maitrê a recebeu com um sorriso polido, agradeceu a escolha da casa e encaminhou-a ao bar, onde pessoas bem vestidas, evidentemente ricas, tomavam seus drinques. O ambiente recendia a dinheiro, muito dinheiro. E Dul logo notou que as flores dos arranjos eram verdadeiras, não imitações de seda. A música do fundo não era gravada e vinha de um portentoso piano branco, no qual o instrumentista se esmerava em acordes suaves.

Muita classe e refinamento, ela voltou a ponderar, enquanto um garçom lhe indicava onde estavam seus amigos.

_Sr. Uckermann_Chamou ao reconhecê-lo, recebendo em troca um sorriso e um meneio de cabeça.

_Dulce!_ O grego se adiantou para beijar-lhe a face.

Foi um contato breve, mas o suficiente para tirar-lhe a respiração por alguns segundos, antes que a raiva crescesse.

_Como se atreve?_A palavras lhe escaparam num murmúrio quase inaudível. Arrependeu-se. Seria melhor que Christopher não tivesse escutado.

_Esperava formalidade? _ As sobrancelhas dele se arquearam.

Ela não encontrou resposta confiável, por isso calou-se. Sua atenção concentrou-se no aspecto físico de Chris, no terno caro e no impecável laço da gravata, na estatura que lhe deixava o olhar à altura do ombro masculino.

Ele devia ter pouco mais de trinta anos e a estrutura do rosto lembrava seus ancestrais gregos. Também havia uma qualidade especial nos olhos verdes, que pareciam capazes de lhe roubar o equilíbrio interior de Dulce.