Fanfic: O CONQUISTADOR GREGO.VONDY

Dul consultou o relógio. Dez da noite não era tão tarde. Poderia dormir mais de seis horas, se fosse direto para a cama. Mas ela tirou os sapatos de salto alto e passou a caminhar pelo apartamento, muito abalada emocionalmente para conseguir adormecer.

Usou o controle remoto da televisão e nada encontrou de interessante. Folheou uma revista, sem grande empenho, e concluiu que estava apenas alimentando se desgosto. Resolveu deitar-se, mesmo sem sono, e acendeu as luzes do quarto.

Quase pôde sentir Christopher Uckermann tocá-la enquanto atirava as roupas. Quando removeu a maquilagem do rosto, foi como se ele fizesse isso com a boca, antes de beijá-la ardentemente mais uma vez. O gosto dele permanecia em seus lábios e só desapareceu depois que ela escovou os dentes.

A imagem de Chris era tão viril, tão poderosa, que ela poderia jurar que ele estava no quarto com ela, esperando que se deitasse para acariciá-la no escuro.

Quanto mais a noite avançou, mais ela se lembrou do beijo que a havia transtornado, despertando sua imaginação para jogos amorosos que tornavam impossível alguém conciliar o sono.

Christopher terminou de tomar o café da manhã em seu quarto. Recolheu a carteira e o telefone celular. Vestiu o paletó e saiu para a rua, sentindo o calor do sol da manhã. Ainda tinha uma hora até o encontro marcado com Poncho, uma reunião de negócios no centro da cidade. Tempo o suficiente para conseguir seu objetivo.

A loja Flores & Buquês realmente tinha uma localização privilegiada. As prateleiras visíveis na vitrine continham uma explosão de cores e formas, me vasos sabiamente disposto em alturas variadas, de modo que todos os produtos ficassem à vista do cliente. No fundo, notava-se uma massa compacta de ramos verdes e flores maiores, que iam praticamente do chão ao teto.

O efeito visual era agradável, e também um testemunho de que as duas irmãs sabiam como arrumar seu estabelecimento.

Ele abriu a porta de vidro, ato logo denunciado por uma campainha elétrica, e cumprimentou Anahi de longe, girando a cabeça a fim de incluir Dulce na saudação. Distraída, ela arrumava e aparava orquídeas na mesa de trabalho.

_Christopher! Que bom ver você!_ exclamou Anahi detrás do computador. Ergueu-se para receber o visitante._ É uma visita social ou veio comprar flores?

Ele balançou a cabeça antes de beijar Anahi na face.

_Como vai?_ O sorriso transmitiu um caloroso afeto._ Visita social e de negócios.

_Então, deixe a parte de negócios para depois.

O telefone tocou, proporcionando uma interrupção providencial.

_Pode atender_ Chris avisou._ Candy cuida do resto.

Será que ela conseguiria? No momento que Chris entrou na loja, seus sentidos assinalaram alerta total. Era inexplicável, quase insana, aquela reação à simples visão de Christopher. E pensar nele, então? Por causa disso passara a noite em claro.

Não havia opção. Enquanto Anahi anotava uma encomenda por telefone, Dulce teve de deixar de lado o arranjo de orquídeas e dar atenção ao incômodo cliente. Ele se apresentava incrivelmente atraente, como sempre com a gravata no lugar e o terno muito bem passado. Mas era o homem em si que lhe tirava a compostura e a fazia sonhar.

Ela não apreciava tal sensação. Não racionalmente, pelo menos. Levara dois anos para repara os danos causados por Brad Somerville em seu íntimo e restaurar um pouco de confiança no gênero masculino.

Com alguma dificuldade, Dul reassumiu seu lado profissional.

_Tem alguma flor particular em mente?_ perguntou.

Céus! A presença dele a perturbava. Por mais que Dulce fingisse calma, suas mãos tremiam, e nessa altura Chris já reunira suficientes sinais de que ela tinha problemas em lidar com ele.

Qualquer caminhada começa com o primeiro passo, Christopher pensou com a mente alerta. Sem conhecer a origem da frase, sabia que era pertinente ao caso.