Fanfic: Adolescente em crise | Tema: Débora e Rafael

_____ Débora on ______

  TRIIIIIIIIIN

- Valeu ai despertador.- Murmurei. 

Primeiro dia de aula. Uhu, que animação, ou não. Fui tomar um banho, entrei no banheiro e me olhei no espelho, eu estava um lixo, o que não me deixou surpresa, já que acordei 3h da manhã e não consegui dormir mais e fiquei pensando no Rafael, isso mesmo, dá pra acreditar? Vou precisar rebocar essa cara antes de ir pro colégio. Terminei o banho, vesti uma langerie preta, uma calça jeans, uma camisa preta e como estava fazendo um frio desgraçado coloquei meu casaco. Desci e vi minha mãe:

-Bom dia filhaaaaa.- Sim, minha mãe é a animação em forma de ser humano.

-Péssimo dia né mãe? Vou tomar logo café pra escovar os dentes e rebocar essa minha cara, tô um desastre.

-Realmente filha, não ia ser legal você chegar com essas olheiras horriveis no primeiro dia de aula.

-Nossa mãe, geralmente as mães falariam "Magina filha, você é linda de todo jeito", assim, só pra deixar com auto estima ne?!

-Sou sincera bebê, vai logo terminar de se arrumar que eu to atrasada já.

Subi, me maquiei, peguei a mochila e desci. Chegamos no palácio, plácio sim, porque aquilo era muitoooooo grande pra ser um coégio, meu Deus. Me despedi da minha mãe e entrei. Um garoto meio purpurina veio falar comigo. (Não que eu esteja julgando, mas ele era gay mesmo, dava pra ver como se tivesse em neon na testa dele).

-E ai novaaaaaaaaaata, sou o Paul.-Falou. Falou não, gritou histericamente. Eu comecei a rir e falei:

-Oiiiii Paul, sou a Débora, mas pode chamar de Deb...

-Tá Deb, agora vamos que vai começar a aula, quer dizer, você tem aula de que agora?

-Química, e você?

-Também, vamos, se chegarmos atrasados o professor nos come vivos. Não que eu não iria gostar né, mas...- Falou rindo, e eu ri também, ele é louco.

Entramos e o professor entrou logo em seguida. O professor me colocou numa cadeira atrás da do Paul. Passou uns 5 minutos da aula e sinceramente, agpra eu entendo porque o Paul era louco pelo professor, o cara era gato mesmo. De repente entra um garoto na sala, e adivinha quem era? o Rafael. Que Raaaaaaaaaiva, esse garoto só pode tá querendo infernizar a minha vida, e parece que o professor adotou essa ideia também, já que com tantos lugares sem ninguém ele colocou o Rafael justamente do meu lado.

-Nossa, se isso não for destino eu não sei o que é.-Ela falou sentando.

-O nome disso não é destino, é perseguição.

-Não, existem mais bonitas pra eu perseguir.

Como???? Ele me chamou de feia é isso mesmo produção?

-Nâo, você não é feia.- Ótimo, ele ler mentes agora.

-Eu sei que não.-Falei com ar superior.

Ele não falou comigo o resto das aulas. Ele é muito bipolar, isso me irrita.

_____ Rafael on ______

  Ótimo vida, me sacaneia mais que ta pouco. A Débora no mesmo colégio, sala e cadeira que eu. Só pode ser brincadeira. Tentei ser simpático, mas ela é uma grossa então me calei. A aula acabou e resolvi dar uma volta. Quando eu chego perto de onde sempre me sento pra pensar na vida vejo a Débora sentada lá. Meu Deus, não sei se isso foi um sinal pra me dizer pra eu seguir meu coração, mas se não foi, eu sinto muito, mas entendi como um. Sentei ao lado dela e ela percebeu que eu tava lá.

-O que você ta fazendo aqui?- Ela falou limpando as lágrimas.

-Déb, o que foi? Ta chorando?- Perguntei com vontade de puxar e abraçar ela.

-Eu não to chorando.

-Jura? Então deve ser as águas do mar que estão sendo atraidas pelo seus olhos.- Falei sendo irônico.

-Oha Rafael, eu sinto muito não poder satisfazer suas vontades de me ver irritada, mas eu não tô no clima agora.- E isso me fez querer abraça-la mais do antes, e foi o que eu fiz.

-Desculpa, vem aqui.- Puxei abraçando ela.

_____ Débora on ______

Depois da aula fui sentar perto de onde meu pai me levava quando eu era pequena, já que minha mãe não ia me buscar. Sentei e me lembrei de tudo que vivi com meu pai, que infelizmente foi tirado de mim de um jeito violento e injusto e comecei a chorar quando de repente percebo que o Rafael senta do meu lado. Só pode ser brincadeira. Ele tentou me irritar mas não cedi, não tava no pique pra brigar com ele agora. E pra minha enorme surpresa ele me deu um abraço. Eu não sei o que me deu, mas eu o abracei de volta e nos braços dele eu me sentia em casa, me sentia segura de um jeito que nunca me senti.

-Ei, não fica assim, sei que sou um chato e que você me odeia mas eu to aqui com você, você ta bem comigo.

  Desfiz o abraço e fiquei olhando pros olhos deles e ele pros meus.

-Eu não te odeio, você só me irrita. E eu posso inflar muito o seu ego, mas gosto de ter você comigo.

-Nossa, não espera por isso.-  Ele falou rindo fraco e eu sorri também. Ele fez carinho no meu rosto.

-Vai me dizer o que aconteceu?

-Nada demais, estava lembrando do meu pai.

-E o que aconteceu com ele?

-Ta morto.- falei abaixando a cabeça. Ele levantou meu rosto fazendo eu olhar pra ele.

-Eu sinto muito. Quer que eu te leve em casa?

-Não precisa, eu vou andando.

- Ai Débora, a gente tava indo tão bem, não começa vai, é só uma carona, não to te pedindo em casamento.- Falou fazendo uma cara emburrada.

- Ta bom, não vou brigar com você hoje.- Falei rindo e me levantando.

Ele sorriu e se levantou, puxou minha mão me levando até a moto. Coloquei o capacete e fomos até a minha casa. Desci da moto tirando o capacete e entreguei pra ele. 

-Obrigada pela carona e por não ter sido um babaca hoje.- Falei rindo, e ele gargalhou tirando o capacete e saindo da moto.

-Nâo fica mal acustumada, não sou sempre tão simpatico. É que hoje você nã ia me dar atenção se eu fosse babaca então...

-E porque você precisa da minha atenção?

-Porque, ér... Por nada. Até amanhã Débora.- Falou e me deu um beijo na bochecha, que ez eu me arrepiar. Ele virou pra ir embora.

-Espera Rafael..- E ele virou de volta.

-Que?

-Nâo sei porque vou fazer isso, mas não se ache, pode ser que eu me arrependa depois que fizer.- Corri até ele e o beijei. Ele largou os capacetes e me puxou pra mais perto dele aprofundando o beijo, terminamos o beijo dando um selinho.

-Você não devia ter feito isso Déb.- Ele falou abaixando a cabeça e agora foi minha vez de levantar o rosto dele.

-Porque não?

-Porque você não me conhece, eu não sou bom pra você, não sou bom pra ninguém.- Falou e subiu na moto indo embora.

Meu Deus, porque esse menino tem que ser tão complicado?????

Entrei em casa, e passei mais uma tarde normal como todos os dias, a noite minha mãe chegou, conversamos um pouco e fui na casa da Gaby, conversamos, contei tudo pra ela, voltei pra casa e dormi, ou tentei dormir, já que aquele idiota não saia da minha cabeça, e passei mais uma noite pensando nele.

_________ xx _________

 E ai galerinha, demorei mas postei, espero que tenham gostado.. Esse Rafael né?! Não sabe o que quer.. Beijooooos.