Fanfic: Adolescente em crise | Tema: Débora e Rafael

    Débora   

Ok, quem inventou a insônia, faça o favor de desinventar, quarto dia de aula, plena quarta feira e já vou aparecer no colégio com essa cara de zumbi, ainda bem que a maquiagem deu uma disfarçada. Antes que perguntem se minha insônia foi por causa do Rafael, vocês estão muito enganados, foi meu pai, "Que?", "Como assim Débora?", eu explico: Meu pai morreu faz 2 anos, não custumo falar sobre isso, mas ontem antes de dormir encontrei uma foto dele no meu guarda-roupa e isso foi a deixa pra eu chorar a noite inteira, minha mãe se faz de forte, mas eu sei que ela sente a falta dele também, as vezes até escuto ela chorar no quarto. Hoje a coisa que eu mais queria era um abraço. Preciso de um abraço que ninguém dá. Mas tudo bem.

Desci pra tomar café, e quando cheguei lá em baixo vi minha mãe quase comendo na cozinha com um garoto que tinha praticamente minha idade,é, eu sei que falei que ela também sente falta do papai, e ela sente, mas ela tenta seguir em frente como pode, e não posso julgar ela por gostar de sexo né, afinal, não vamos ser hipócritas e falar que é ruim né gente.

-A rede social arrebentou, acho que vou descansar na sala de bate papo.- Falei atraindo os olhares dos dois pra mim, minha mãe me olhou sem entender o que eu tinha dito, e o garoto quase me comeu com os olhos, babaca, ainda bem que é só diversão dela. E caso você não tenha entendido, eu tentei ser irônica, só tentei, a Gaby sempre me disse que eu não sei ser irônica.

-Ai mãe, eu fui irônica, tipo, esse lugar não é um bom lugar pra ficar, to saindo e indo pra outro lugar.- Olhei com cara de que era óbvio o que eu estava falando, mesmo que não fosse tão óbvio assim.

-Filha, não tenta ser irônica, você não consegue.- Falou ajeitando a roupa.- Ah, esse é o Thiago, desculpa. Thiago, sobe lá pro quarto, vou so me despedir da minha filha e já subo.-Falou se virando pro bonitão e dando um selinho. Ele subiu e ela olhou voltou seu olhar pra mim- Filha, desculpa, não queria que você visse isso.- Falou rindo.

-Relaxa mãe- Ri também.- Já estou de saida, até mais tarde.- Dei um beijo em sua bochecha e sai.

Peguei o ônibus, e me sentei, um homem gordo veio sentar do meu lado e ficou tagarelando o caminho inteiro sobre uma pessoa ter chamado ele de gordo, eu hein, ele é mesmo, e porque ele ta falando comigo? Porque os seres humanos acham que todo mundo está dispostos a ouvir suas lamentações. Sempre achei as pessoas que me cercavam um tanto quanto estranhas. Se tem um bicho que me dá medo, esse bicho é o ser humano.

...

O dia se passou tranquilo, tirando o momento em que o Rafael se sentou ao meu lado nas aulas, ele não trocou uma palavra sequer comigo, e eu não ia ser idiota de puxar assunto, esse garoto não é normal, é extramamente bipolar, o que eu devo fazer é manter o máximo de distância dele, algo me diz que ele não é confiável, mas ao mesmo tempo, meu coração bate que nem louco, e a vontade que eu tenho é de pular nele e o beijar até cansar. Ai meu Deus, sinto que uma tespestade de incertezas se aproxima.

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Oi geente, desculpem a demora pra postar o capítulo, mas pra compensar, vou postar o proximo capitulo daqui a pouco. Sim, sim, dois capítulos seguidos, Bjs,