Fanfic: O Corsário Negro | Tema: Vondy
Capítulo 1 – O Sabor Da Vingança
Por Christopher
Eu andava atordoado, de um lado pro outro no deck do destemido Málaga. Christian cravou os dedos no pescoço do Espanhol que tinhamos capiturado a horas atrás com tamanha força que o rosto do desafortunado mudou de cor instantaneamente, enfim, tinhamos conseguido arrancar de alguém o que eu já suspeitava...O Maldito governador de Vina Del Mar é o responsável pelo assassinato de toda minha filha! Cerrei os punhos, vendo Fercho quase matar o Maleiro ao meu lado, jurei pela alma de meu pai que iria vingar a morte de cada um deles, e assim pretendia fazar!
Christopher: Solte-o! -ordenei-
Christian: Tem certeza? -perguntou, com certo receio-
Christopher: Disse para soltá-lo, por acaso não me ouviu? -ele largou o infeliz no chão, deixando as marcas certas dos dedos em seu pescoço-
Christian: O que faremos com ele?
Christopher: Me escute bem -saquei o punhal, o apoiando no pescoço do maleiro- Você vai nos levar até o governador
Xx: Mais...Eu...Eu não posso fazer isso, estaria traindo minha nação -eu soltei uma gargalhada sonora- Por favor homem, eu tenho meus filhos para criar, uma mulher que me espera
Christopher: Ama mesmo sua família? -ele assentiu- Então se quiser voltar pra eles, é melhor nos ajudar -ele engoliu seco- Trato justo, não concorda? -prensei mais o punhal contra sua garganta-
Xx: Cla...Claro -respondeu suando frio, e eu me levantei-
Christopher: Amarrem-no, e o guardem com a vida de vocês -dois Flibusteiros o levaram- Christian, venha comigo
Sai caminhando pelo Deck e adentrei na cabine, ele veio logo atrás, passando a trinca na expessa porta de madeira.
Christopher: Mude a rota, não estamos muito longe e pretendo chegar em Vina Del Mar ainda hoje a noite
Christian: Que diabos está pensando Uckermann?
Christopher: Aquele infeliz será de bom grado, vai nos levar ao maldito Saviñón
Christian: Por deus homem, aquela cidade vive cercada de soldados a noite, cres mesmo que vamos conseguir adentrar lá?
Christopher: Eu não tenho medo deles -cerrei os punhos, apoiando a cabeça na pequena vidraça-
Christian: Tem certeza de que quer fazer isso mesmo?
Christopher: Sim -cruzei os braços, voltando a encará-lo- O barco fica ancorado a 5 quilômetros da mata, avise a Louis que você e ele virão comigo
Christian: Louis? -me encarou confuso- Convenhamos que não é um dos mais fortes
Christopher: Não preciso de força, cabeça de bagre! Precisamos de agilidade de esperteza, isso aquele garoto tem de sobra! -suspirei, acendendo o charuto e dando uma tragada- O prisioneiro irá nos ajudar a passar pelos guardas
Christian: E porque não disse antes? -abriu um sorriso, se sentando em um dos bancos- E como pretende atingir o tal homem?
Christopher: Como? -soltei uma risada irônica- Por onde mais dói
Christian: Seja mais direto, meu caro!
Christopher: Vamos raptar a filha dele -dei outra tragada no charuto, e ele se levantou num pulo, com os olhos esbugalhados-
Christian: Por acaso está louco? -gesticulou- Está querendo ir morar com seu pai? que deus o tenha -fez o sinal da cruz-
Christopher: Não Christian, não estou louco -suspirei- Ele acabou com tudo o que eu tinha, nada mais justo
Christian: E o que a pobre menina tem a ver com isso?
Christopher: Não vou fazer nada com ela -dei de ombros- Se o Governador fizer o que eu digo, não por enquanto
Christian: Ainda acho uma loucura
Christopher: Você não tem que achar nada -me levantei- Vamos pegar a caçula, trazê-la pro Málaga e se quiser o homem vem buscar seu anjinho pessoalmente -peguei uma espada no canto do cômodo- Vai ser como matar um rato...Ele sem sua tropa não vale mais que isso, um roedor com uma espada na mão!
Christian: Ouvi dizer que Fernando tem grande habilidade em suas batalhas
Christopher: Não me subestime meu caro -golpeei um barril e o parti ao meio- Vá avisar ao Tomlison, pegue as Escotilhas, punhais, espadas, tudo o que for necessário
Ele negou com a cabeça, se retirou da cabine, e eu me sentei novamente, largando a arma em um canto. Passei as mãos pelo cabelo e dei outra tragada no charuto, cruzei as pernas e deixei escapar um sorriso sínico.
Christopher: Não perde por esperar, caro governador
Autor(a): biih_vondy
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