Fanfics Brasil - Livro.01- CAP.11 ˙·٠•●ღ●๋•Série Mavericks•ღ♥ღ•(Vondy)

Fanfic: ˙·٠•●ღ●๋•Série Mavericks•ღ♥ღ•(Vondy)


Capítulo: Livro.01- CAP.11

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Onze


 


A enfermeira entrou para retirar as bandejas e Dulce conseguiu fingir-se calma e relaxada. Mas, por dentro, todo o seu corpo se contorcia de desejo. Apenas de olhar para Christopher, a boca estremecia com a memória do beijo. Estava se perguntando como iria contornar essa situação, quando o médico veio vê-lo e recomendou um sedativo para o paciente, que logo foi administrado. Uckermann fez caretas enquanto a enfermeira verificava-lhe os sinais vitais e os técnicos retiravam amostras de sangue para exames de laboratório. Demorou uns 15 minutos até ficarem sozinhos novamente e, quando isso aconteceu, a anestesia já estava fazendo efeito.


- Um inferno a maneira como tratam as pessoas aqui - murmurou com os olhos já se fechando. - Queria falar com você.


- Pode falar amanhã. Agora durma. Você se sentirá melhor de manhã.


- Você acha? - perguntou-lhe tonto. - Não tenho certeza.


Mudou de posição e suspirou. Apenas segundos depois, estava dormindo. Dulce se sentou na cadeira e pegou um romance que comprara na hora do almoço. Deveria ter tido algum tipo de premonição, pensou.


E, ao contrário de Uckermann, não precisava se preocupar com seu animalzinho de estimação. Marylin tinha bastante água e comida, além de sua caixa de areia para quando precisasse. Talvez estivesse sozinho, mas não estaria lhe procurando.


Abriu o livro, mas ele não era tão interessante quanto Uckermann. Acabou deixando a leitura de lado e ficou observando-o, desejando que sua vida tivesse sido diferente, que pudesse lhe dar um filho. Aquele homem era uma alegria para seus olhos, sua mente, seu coração e seu corpo. Não poderia ter imaginado nada mais perfeito. Gostavam um do outro, isso era óbvio, mas, para o bem dele, tinha de evitar que as coisas entre eles não passassem do gostar. O pior inimigo dela seria a fraqueza, especialmente enquanto ele ainda estivesse vulnerável e precisando dela. Deveria se cuidar para não deixar que o estado dele a atingisse. Mas, acima de tudo, precisava manter o desejo sob controle.


Num determinado momento, tentou dormir, mas a cadeira era desconfortável. De manhã, Uckermann despertou primeiro, e, quando Dulce abriu os olhos, notou que ele a observava, sentado na cama.


- Você não ronca - comentou com um sorriso gentil.


- Nem você - ela respondeu.


- Sorte nossa, não?


Ela se sentou, bocejou e se espreguiçou. O cabelo dela se soltara durante a noite e deslizava sobre os ombros como uma nuvem grossa. Ela o tirou do rosto e reajustou os óculos.


- Por que parou de usar as suas lentes de contato? - perguntou curioso. - E, antes que você pule no meu pescoço, não estou dizendo que você ficava melhor com elas. Só estou querendo entender por que parou de usá-las.


Dulce levantou-se.


- Achei que o esforço não valia mais a pena - disse, - E não são tão confortáveis quanto os óculos. As lentes dão muito trabalho, ou talvez eu seja preguiçosa.


Uckermann sorriu.


- Não é, Dul.


- Como se sente?


- Dolorido. - Moveu o ombro com um gemido. - Acho que vai levar alguns dias até eu me sentir bem.


- Ótimo! Isso significa que não vai tentar voltar ao trabalho!


Ele fechou a cara.


- Não disse isso.


- Mas foi o que quis dizer, não foi? - pressionou-lhe, dando um sorriso maldoso.


Uckermann encostou a cabeça no travesseiro.


- Suponho que sim. - Olhou-a de forma possessiva.


- Você vem para casa comigo?


O coração dela subiu-lhe à boca.


- O quê?


- Como espera me manter em casa se não vier? - perguntou persuasivamente. - Se me deixar sozinho, com certeza volto para o escritório.


Notou-lhe o olhar astuto e não confiou na expressão de inocência no seu rosto. Uckermann tinha algo em mente e ela não desejava explorar as possibilidades por enquanto.


- Poderia me prometer que não faria isso - ela sugeriu.


- Poderia mentir também.


- Tenho um emprego - protestou.


- Hoje é sexta-feira, amanhã é sábado. O que você faz que outra pessoa não possa substituí-la por um dia?


- Bem, nada, na verdade - disse. Hesitou - As pessoas podem comentar...


- Quem se importa? - disse calmamente. - Nós dois já gastamos a nossa cota de fofoca. Para o inferno com os comentários. Venha para casa comigo. Preciso de você.


Essas últimas palavras fizeram todo o corpo dela vibrar de alegria. O olhar reluzente e as bochechas coradas revelaram o quanto aquela frase a abalou.


- Preciso de você - repetiu baixinho.


- Tudo bem.


- Simples assim? Dulce sorriu.


- Simples assim, mas só por hoje - acrescentou. Uckermann arqueou as sobrancelhas.


- Por que, Dulce? Pensou que estava convidando você para passar a noite comigo?


Ela fez uma careta.


- Pare com isso. Vou apenas cuidar de você.


- Que perspectiva maravilhosa! - vibrou. Ficou tensa.


- Você sabe o que quero dizer e não tem nada a ver com isso!


- Sei o que eu gostaria que você tivesse dito - provocou-lhe.


- Você vai me dar trabalho, não vai? - perguntou, resignada.


- Vou tentar lhe causar bastante problema. - Observou-a intensamente. - Mas pode ser difícil - indicou o ombro. - Não estou em forma para aquilo com o que você se preocupa. Longas sessões de carícias no sofá terão de esperar até eu estar em forma, Dulce - acrescentou em um tom suave e malicioso. - Desculpe desapontá-la.


Ela deu-lhe as costas para evitar que a visse corada.


- Bem, se vai sair hoje, preciso ver se o médico o libera. Vou procurá-lo na sala das enfermeiras.


- Diga-lhe que estou indo para casa, mesmo que me responda que não - informou-lhe.


Não discutiu. Não adiantaria nada. Pelo meio-dia, Uckermann foi liberado, e Dulce, depois de passar em casa para trocar de roupa e alimentar o gato, levou-o à casa dele. Apesar de ficar incomodada em ver seu carro estacionado na garagem dele, não podia fazer nada sobre isso. Ele não conseguiria cozinhar ou limpar a casa e não havia mais ninguém a quem pudesse recorrer, exceto Bess, o que estava fora de questão.


Abriram a porta e Mack rosnou para ela.


- Pare com isso - Uckermann disse alto para o cão. Mack obedeceu na hora e veio cumprimentar o dono.


Uckermann o acariciou e convidou Dulce para entrar, antes de desabar sobre sua poltrona favorita.


- É bom estar em casa - afirmou.


- Que tal comermos alguma coisa? - ela perguntou.


- Você saiu do hospital sem almoçar.


- Não estava com fome. Tem uma pizza no freezer e bacon e ovos na geladeira.


- Tem farinha? Ele fez uma careta.


- Para que eu teria farinha?


Dulce ergueu as mãos. Realmente não era uma pergunta que se fizesse a um solteiro que gostava de pizza congelada.


- Estava com esperanças de fazer uma quiche - disse ela, indo em direção à cozinha.


- Homens de verdade não comem quiche - falou alto, para que Dulce escutasse.


- Você comeria, se tivesse farinha - murmurou. - Mas suponho que comeremos ovos e bacon.


- Podemos pedir pizza.


- Não quero pizza. E você precisa comer algo saudável.


- Não vou comer tofu e broto de bambu. Revirou a geladeira e as gavetas de legumes. Havia três batatas e uma pizza congelada, quatro ovos de validade duvidosa, uma fatia mofada de bacon e um pão verde.


- Você limpa isso aqui? - perguntou. Uckermann deu de ombros. Depois, estremeceu de dor.


- Quando tenho tempo - respondeu. Dulce voltou à sala e pegou a bolsa.


- Por favor, não tente ir trabalhar quando eu sair.


- Aonde você vai?


- Comprar comida. Alguma coisa comestível, entende? Não poderia alimentar um urubu com o que tem nessa cozinha.


Ele riu e pegou a carteira. Deu-lhe uma nota de vinte dólares.


- Certo. Se está determinada, pode ir gastar esse dinheiro.


- Preciso passar no escritório também.


- Tudo bem.


Parou à porta, indecisa.


- Se preferir, posso mandar Bess para cá...


- Bess foi uma companhia agradável - respondeu. - Nada mais do que isso, apesar do que ela lhe contou.


- Tudo bem. - Saiu e fechou a porta. Permaneceu no escritório apenas tempo suficiente para delegar algumas tarefas e responder às perguntas de preocupação sobre Uckermann. Bess estava interessada, mas não exageradamente, e sorriu para Dulce, passando-lhe confiança, antes de desejar melhoras ao convalescente. Depois disso, Dulce foi fazer compras. Ao voltar à casa de Uckermann, encontrou-o deitado no sofá, com uma latinha de cerveja na mão, assistindo a um filme.


- O que comprou? - perguntou ao vê-la entrar com duas sacolas na cozinha.


- Tudo o que você não tinha. - Ela deu-lhe o troco de dois dólares e algumas moedas.


Ele reparou na sacola de compras.


- O que você vai cozinhar para mim?


- Cubos de carne fritos com molho, torradas e purê de batatas.


- Sinta o meu pulso. Devo ter morrido e ido para o céu. Ouvi corretamente? Faz um mês que comi isso e era o prato principal do restaurante da cidade.


- Espero que seja algo de que goste.


- Gostar não é a palavra certa para descrever o que sinto. Experimente "extasiado de deleite". Mas, para responder à sua pergunta, sim, eu gosto.


- Tem muito colesterol e calorias - acrescentou -, mas posso diminuir a gordura.


- Não por minha causa - riu. -Adoro comida pouco saudável.


Dulce preparou a refeição, enquanto dava umas olhadas no filme que ele assistia. Era um drama policial dos anos trinta. Gostou tanto quanto ele. Mais tarde, comeram em frente à televisão e assistiram a um documentário sobre a Amazônia.


- Esse é um bom sinal - disse, ao terminar de comer.


- O quê?


- Gostamos dos mesmos programas de TV e também da mesma comida.


- A maioria das pessoas gosta de programas sobre a natureza.


- Uma mulher com quem saí apenas assistia a lutas - comentou.


Uckermann empilhou os pratos.


- Não quero saber dos seus relacionamentos passados.


- Por que não? Achei que só queria ser minha amiga.


Dulce parou para escolher as palavras, mas não encontrou as certas. Então, foi logo à cozinha lavar a louça. Mack sentou-se ao seu lado, observando-a, sem hostilidade. Foi a primeira vez que não rosnara ao vê-la dentro da casa.


Pendurou o pano de prato e limpou a cozinha. Havia comida suficiente para Uckermann jantar. Pôs o que sobrou em uma vasilha para que esquentasse mais tarde.


Quando voltou à sala, ele desligou a televisão. Estava deitado no sofá com os olhos fechados, mas os abriu ao ouvi-la se aproximar. Observou seu corpo esbelto de cima a baixo, coberto pelo simples vestido azul. A expressão dele fez o pulso de Dulce acelerar.


- Devo... ir para casa - gaguejou.


Uckermann não deu uma palavra. Apenas pôs a mão na camisa e começou a desabotoá-la devagar e com sensualidade. Abriu-a, mostrando o peito largo e peludo.


- Tenho coisas a fazer - continuou ela, sem conseguir tirar os olhos daqueles músculos torneados e bronzeados.


Estendeu-lhe o braço saudável e a observou num silêncio que prometia prazeres indescritíveis. Desde a primeira vez que o viu, ela sabia dos riscos que corria e que lhe pesavam sobre os ombros até agora. Mas, ao perceber o quão perto Uckermann estivera da morte, a escala de valores mudou.


Aproximou-se, deixando-o puxá-la para perto, de forma que se permitiu ficar deitada ao seu lado no sofá, pressionada contra o corpo musculoso e quente dele.


- Relaxe - disse gentilmente, fazendo-a recostar-se e deitando-se sobre ela. - Não sou burro de começar alguma coisa que não possa terminar.


- Tem certeza? -perguntou-lhe preocupada, porque, no momento em que os quadris se encaixaram, sentiu, imediatamente, a resposta do corpo dele.


- Na verdade, não. - Gemeu e riu suavemente ao mesmo tempo, movendo-se um pouco. - Mas vamos fingir que sim. Eu adoro vê-la nesse vestido, Dul. Cai bem, nos lugares certos. Mas não gosto do fecho. Muitos botões e ganchos atrás... Ah, melhor assim.


- Uckermann! - gritou ao ver o vestido escorregar. Tentou segurá-lo, mas foi impedida por ele.


- Do que tem medo? - murmurou, sorrindo-lhe. - Não vai doer.


Dulce mordeu o lábio.


- Não posso deixá-lo olhar para mim - disse, abaixando o olhar para o pescoço dele, onde pôde ver o pulsar de seu coração.


Ele fez careta.


- Agora ou nunca? - perguntou-lhe com uma paciência que não sentia.


- Nunca - esclareceu, puxando o vestido. - Deixe-me levantar, por favor. Eu quero... Uckermann!


Mesmo com um ferimento a bala, ainda era mais rápido do que ela. De repente, o vestido estava na cintura, revelando-lhe o corpo e o sutiã de nylon fino com um laço posicionado estrategicamente. Mas não eram os seus seios que lhe chamaram atenção. Fechou os olhos, estremecida.


- Tentei pará-lo - falou asperamente, tentando conter as lágrimas. - Agora pode me deixar ir embora?


- Meu Deus! - disse sério, mas sem aversão, nem nas palavras e nem na expressão do rosto. Havia apenas compaixão pelo que ela deveria ter sofrido.


- Ah, por favor... - sussurrou, humilhada.


- Não precisa ficar assim - disse baixinho. - Deite-se. Vou tirar esse vestido de você.


- Não!


Segurou-lhe a mão agitada e a levou à boca, beijando a palma com delicadeza. Olhou-lhe nos olhos.


- Você precisa de alguém que faça amor com você - disse. - Mais do que imagina. Você não é horrorosa, Dulce. As cicatrizes não são tão ruins.


Não conseguiu evitar as lágrimas. Escorreram-lhe profusamente pela face. Soltou as mãos do vestido e se deitou, deixando-o tirá-lo e ficando apenas de calcinha e sutiã.


Curvou-se sobre ela e percorreu com a boca uma trilha que ia dos seios até o umbigo.


A mão grande dele segurava-lhe na cintura enquanto a acariciava com a boca. O polegar posicionava-se na beirada da calcinha, quase lhe tocando intimamente.


Ela prendeu a respiração por causa das sensações que lhe provocou e arqueou-se involuntariamente em direção ao prazer.


- Sua louca! - falou ele ao levantar a cabeça e ver os olhos cheios de desejo dela. - Por que não me contou?


- Pensei que... eram feias.


Apenas lhe sorriu, abaixou-se e roçou a boca lentamente sobre a dela, brincando com seus lábios. Enquanto a mantinha em transe, passou-lhe as mãos nas costas para procurar o fecho do sutiã, abriu-o e lentamente libertou os seios firmes dela da peça de roupa.


Ela não reclamou. Ser olhada por ele provocava-lhe deleite, Ele a observou por um longo tempo até seus mamilos intumescerem e ficarem doloridos. Só então, finalmente, tocou-lhes, fazendo-a arrepiar-se com sensações jamais sentidas. Abriu os lábios, tentando recuperar a respiração.


Ele riu de admiração e triunfo.


- Todo esse tempo desperdiçado - murmurou. - Estão muito sensíveis, não estão? - acrescentou quando ela se sobressaltou ao menor toque de seus dedos. Ele apertou gentilmente os mamilos entre o polegar e o indicador, fazendo-a gemer. Mas não de dor. Estava chocada com a maneira como respondia às carícias. Isso a deixava envergonhada, porque ele a olhava como uma águia. Tentou segurar-lhe a mão. - Psiu! - sussurrou ele gentilmente. - Não relute, isso é para você. Mas, quando estiver mais confiante, vou deixá-la fazer o mesmo comigo e ver como me excita. Sou tão suscetível quanto você. Tenho o mesmo desejo.


- Você está... me observando? - perguntou.


- Ah, sim - afirmou baixinho. - Pode imaginar como me sinto, ao ver o prazer que meu toque lhe provoca? Os dedos dele se contraíram, fazendo-lhe arrepiar-se. - Não poderia passar o meu ego pela porta, sabia? Você me faz parecer um homem dez vezes melhor do que sou. - Abaixou-se e pôs a boca onde seus dedos estavam antes. Dulce reclamou, tentando empurrá-lo freneticamente.


Uckermann levantou a cabeça e percebeu o medo que lhe estampava o rosto:


- Ele me mordeu bem aí - ela disse com a voz rouca.


Uckermann cerrou as sobrancelhas. Viu as pequenas cicatrizes sobre o corpo dela e, ao tocá-las levemente, a expressão do rosto dele tornou-se dura com aço.


- Não vou mordê-la - prometeu, sincero. - Garanto que não vai doer. Pode confiar em mim o suficiente para me deixar encostar a boca aqui?


Ao olhar seu rosto, lembrou-se de que ele não era cruel. Sabia o quanto a protegia. Permitiu-se relaxar nas almofadas macias do sofá e pôs as mãos nos ombros dele, trêmula.


- Ótimo - sussurrou. Ele se abaixou outra vez, lentamente. Dessa vez, ela sentiu-lhe a língua, quente e suave, e depois a leve pressão dos lábios se movendo sobre a pele macia.


As sensações eram um pouco assustadoras porque apareciam do nada e vinham não apenas dos seios, mas também de mais embaixo.


As mãos dele deslizaram para a parte de baixo de seu corpo e ultrapassaram o elástico.


Deveria reclamar. Deveria dizer a ele para... parar!


Uckermann sentiu as unhas dela penetrando-lhe a pele ouviu os gemidos aumentarem e o corpo dela ficou tenso como se sentisse dor.


Levantou a cabeça e viu seu rosto corado, os olhos tímidos, desejosos e frustrados. Ela lhe deu um olhar questionador.


- O seu corpo é capaz de mais prazer do que imagina - disse de forma gentil. - Não vai doer.


Dulce curvou o corpo para trás, suspirando, inconscientemente pedindo por mais. Mas ele se afastou e ficou na sua frente, apenas observando-a.


- Por que você parou? - suspirou.


- Você acabou de descobrir o desejo e quero saber se sou eu ou as sensações que a estão motivando, porque o próximo passo é mais difícil de voltar atrás, Dul -acrescentou solenemente. - E não sei se consigo fazer amor com você até o fim com meu ombro desse jeito.


Ela se surpreendeu, como se não houvesse percebido o quão próximos estavam ficando.


Percorreu os olhos sobre o corpo dela, dos seios firmes às pernas longas e, depois, de volta ao rosto. Sem sorrir, disse:


- Não tinha entendido antes. Você estava envolvida no acidente que matou Guillermo, não estava? E sofreu ferimentos internos no acidente?


Dulce fez que sim com a cabeça.


- Guillermo foi solto por questões técnicas, seis meses após ser preso. Pôs a culpa em mim pelo que lhe ocorrera. Numa noite, ficou bêbado e quis se vingar. Saí tarde do trabalho e ele me perseguiu de carro. Eu me machuquei e ele terminou morto - estremeceu ao se lembrar do pesadelo. - Tiveram que tirar um ovário e uma trompa. Mesmo antes do acidente, os médicos já pensavam que seria difícil eu engravidar. Agora, então se tornou quase impossível.


Uckermann permaneceu sem dizer nada e com a expressão do rosto inalterada.


Ela sorriu.


- Você precisa de filhos, Christopher - falou baixinho com os olhos apertados de tristeza. - Uma esposa que o ame e um lar.


O olhar dela baixou sobre o peito dele, nu, e ela teve vontade de tocá-lo.


- E acha que isso tira você do jogo? - perguntou.


- Não tira?


Os dedos dele acariciaram-lhe a barriga. A mão era tão grande que quase lhe cobria todo o abdome.


- Você pode estar vazia aqui, mas eu sou vazio aqui - disse, apontando ao coração. - Nunca fui amado - revelou secamente. - Fui desejado por vários motivos. Mas nunca houve, na minha vida, alguém que quisesse tomar conta de mim.


- Bess quis - Dulce lembrou-se com mágoa. Uckermann tapou-lhe a boca com os dedos.


- Bess é jovem e está à procura de algo que ainda não encontrou. Gosto dela, mas nunca senti desejo por ela. É difícil de explicar - acrescentou-, mas, para mim, desejo e amizade não se misturam.


- Não se misturaram com Bess?


- Não, não com a Bess.


Enfatizou o nome Bess, olhando-a com curiosidade.


- Com... alguém mais?


Ele fez que sim com a cabeça.


Obviamente, teria de arrancar isso dele, mas tinha que saber.


- Comigo? - perguntou com curiosidade.


- Sim - ele disse baixinho. - Com você.


Não sabia como responder a ele. Seu corpo esquentou em cada ponto para onde ele a olhava. Nunca conhecera o prazer da forma que sentia agora. Desejava-lhe intensamente. Queria descobrir todos os mistérios do amor com ele. Perdera a inibição que sentira antes.


Sentiu os seus seios intumescerem ao ver o peito largo de Uckermann.


- Você está surpresa de sentir desejo depois de tudo o que passou? - ele perguntou.


- Sim.


- Então, emoções fortes podem superar o medo, não podem? - Ele se curvou, roçando a pele sobre os seios dela, sentindo-lhe a maciez. - Dul, se o meu braço não estivesse dolorido, eu a tomaria bem aqui. Estou com o corpo dolorido de tanto desejo.


- Eu também - ela confessou. Enlaçou-o com os braços e pressionou o corpo contra o dele, estremecendo um pouco ao sentir a extensão do desejo dele.


Ele percebeu que ela ficou tensa e pôs as mãos nas costas dela.


- Deite-se - ele sussurrou. - Não se preocupe. Você não corre perigo.


- Nunca sonhei que poderia sentir tudo isso, que poderia sentir tanto desejo - murmurou, os seios roçaram o peito coberto de pêlos grossos e ela gemeu com a sensação que isso lhe causava.


A mão dele desceu-lhe até a base da coluna. Ela afastou uma perna para que pudessem se aproximar mais, em um abraço que nunca deram antes.


Dulce inspirou pesadamente e gemeu. Uckermann também suspirou ao pressionar-lhe contra o corpo de forma tempestuosa, por um longo tempo, até que voltou a si e afastou-se dela, ficando de pé com um gemido áspero.


- Meu Deus, estou perdendo a cabeça! - gritou. Foi à janela e olhou para fora, apoiando a mão no parapeito. Fez esforço para respirar, ao tentar conter a ânsia que sentia por ela.


Tentando respirar também, Dulce permaneceu deitada por um tempo, antes de se sentar e vestir as roupas. O cabelo dela caía sobre os ombros em cachos, mas ela não conseguiu achar os grampos para prendê-lo novamente.


Uckermann voltou-se para ela com as mãos no bolso. Estava pálido e com dor no ombro.


- Os grampos estão no meu bolso - disse-lhe, sorrindo, ao vê-la corar. - Envergonhada, agora que voltou a si?


Fitou-a nos olhos.


- Não - disse. - Não consigo sentir vergonha quando estou com você. Eu... - deu um sorriso gentil. -Adorei o que fez comigo.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Doze   Por um momento, a respiração lhe faltou. Depois, o olhar dele ficou suave e um leve sorriso surgiu em seus lábios. - Nesse caso, poderemos fazer tudo de novo de vez em quando. Dulce sorriu. -Sim. Não se lembrava da última vez que se sentira tão feliz e seguro. Apenas olhar para Dulce lhe provocava esses sentimentos. ...


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Comentários da Fanfic 323



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  • Jusly_ Postado em 27/06/2015 - 18:35:47

    Amei

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