Fanfics Brasil - Livro.01 - CAP.13 ˙·٠•●ღ●๋•Série Mavericks•ღ♥ღ•(Vondy)

Fanfic: ˙·٠•●ღ●๋•Série Mavericks•ღ♥ღ•(Vondy)


Capítulo: Livro.01 - CAP.13

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Treze


 


Dulce pensara bastante sobre o quanto a pequena Gabrielle precisava de alguém que lhe amasse e cuidasse. Porém, Uckermann havia sido firme sobre a improbabilidade do juiz oferecer a guarda do bebê a uma mulher solteira. A situação mudara, contudo. Ela e Uckermann estavam noivos e logo se casariam. Havia todas as razões para crer que, nessas circunstâncias, um juiz os deixaria ter a custódia. Ela suspirou alto. A alegria explodia dentro dela.


- Oh, Christopher! Você acha... Ele segurou-lhe a mão.


- Não sei, mas vale a pena tentarmos. Ela é uma criança linda e doce. E concordo com você... Acho que nossas vidas se enriqueceriam por ter um bebê para criarmos e amarmos. Há mais na paternidade e na maternidade do que meramente a biologia. É necessário amor, sacrifício e convivência para se formar uma família - ele olhou para ela com ternura. - Você não é o tipo de mulher que ficaria feliz sem um bebê.


Dulce sorriu com tristeza.


- Teria adorado ter um filho seu.


- Eu também - respondeu, em um tom tão terno quanto o olhar. - Mas essa é a melhor coisa depois disso. O que você acha? Você quer entrar com uma petição junto à Corte para adotá-la?


- Sim! Uckermann riu.


- Nem precisou pensar muito sobre o assunto.


- Pensei sim, desde o momento em que ela foi encontrada.


- O juiz pode dizer não - preveniu ele.


- E pode dizer sim.


Ele balançou a cabeça. Aquele otimismo inabalável o tocou, especialmente depois de toda a tragédia por que Dulce passara em sua vida. Ela era incrível. Um milagre. E a amava mais a cada dia.


- Tudo bem, então - respondeu. - Vamos contratar um advogado e preencher os papéis.


- Hoje - ela acrescentou. Uckermann sorriu.


- Hoje.


O casamento de Fuzz Mallo e Ronald Smith foi o evento social da década em Cozumel. Tinha todos os elementos de um casamento de Cinderela, exceto pelo fato de Fuzz já ter passado da meninice. Mesmo assim, usava um vestido de grife que qualquer princesa teria invejado. Tinha um decote em formato de gota e uma saia longa feita com metros e metros de cetim importado e renda belga. O véu se arrastou pelos corredores como uma sinfonia graciosa. Era o tipo de vestido que toda jovem adoraria usar, e Dulce não era exceção. Adoraria vestir um igual, mas, sendo a mulher prática que era, percebeu que Christopher teria de economizar. Então, aquilo estava fora de questão. Mas a roupa não importava, pensou, ao ver seu lindo noivo usando um terno escuro sobre camisa branca e gravata vermelha. Mesmo que tivesse de se casar enrolada numa fronha de travesseiro, estaria tudo bem. Amava-o tanto que nada mais importava.


O rancho dos Smith fora escolhido para a cerimônia, em vez das pequenas igrejas de Cozumel. Como era junho, o tempo ainda permitia um casamento ao ar livre, e isso foi o que os Smiths planejaram.


Havia um pavilhão coberto, decorado com orquídeas que vieram do Havaí, especialmente para a ocasião. Havia vasos de flores em todos os lugares e a piscina estava coberta por gardênias flutuantes. A fragrância era deliciosa.


Para a cerimônia de casamento, cadeiras foram enfileiradas na frente do altar, decorado com candelabros. Nada fora economizado. A recepção foi feita no pátio da casa e os garçons estavam muito ocupados arrumando as mesas. O gramado bem cuidado atrás da casa estava lotado, quando Fuzz desceu ao lado de seu futuro marido. Ronald parecia um pouco desconfortável de terno e olhava com freqüência para o pai, como se precisasse de permissão até mesmo para se casar. Era um perfeito exemplo de como ele tinha sempre se submetido aos desejos do pai. Ronald passara a vida toda buscando a aprovação de Gastão, de uma maneira ou de outra. Mesmo assim, vivia desapontando-o.


O piano de cauda, trazido da sala para o gramado, estava sendo lindamente tocado pelo pianista da igreja. A marcha nupcial ecoou em notas puras e doces em todo o pátio, e Fuzz parecia dez anos mais jovem com tantos ornamentos.


Ela parou ao lado de Ronald e sorriu para ele singelamente, através do véu. Dulce notou que sua mão tremia, quando Ronald a segurou, e a moça respirava bem rapidamente. Naturalmente, estava nervosa por ser seu primeiro casamento. Fuzz não era novinha e, provavelmente, como uma bibliotecária, não sonhara um dia se casar com o filho de um dos homens mais ricos da cidade. Era realmente um conto de fadas.


O pastor que estava realizando a cerimônia a fez com grande solenidade. Ao ver o casamento, Dulce imaginava o seu com Christopher, que se aproximava. Voltou-lhe os olhos quando o pastor declarou Ronald e Fuzz marido e mulher. O olhar amoroso que recebera fez Uckermann perder a noção de tudo, exceto do brilho nos olhos dela.


- Nunca pensei que seria tão feliz - ela sussurrou-lhe, enquanto as pessoas aclamavam o beijo de Ronald na noiva.


- Nem eu - suspirou Uckermann, e disse ao tocar-lhe o rosto levemente: - Você será uma linda noiva, Dul.


- Fuzz está maravilhosa, não está? - perguntou, olhando para a noiva. - Tão linda...


Um grito pavoroso lhe interrompeu. Todos pararam de falar também e o silêncio repentino durante a festa de casamento era tão ensurdecedor quanto os gritos que aumentavam em tom e volume.


- O que houve? - alguém perguntou. Uckermann se virou instantaneamente, com seu lado profissional entrando em ação, ao ver uma mulher com uniforme de garçonete se aproximar correndo.


- Tem um homem - ela gritava histericamente - morto, morto!


Uckermann afastou Dulce gentilmente para o lado e ficou perto da mulher.


- Acalme-se - ele disse brandamente. - Onde ele está?


- Bem ali - ela estremeceu -, atrás das árvores. Ele está morto...!


Gastão e Ronald Smith foram com Uckermann e o xerife Villardy para o local atrás das árvores. Um homem de terno estava deitado de costas no chão, de olhos abertos, como se olhasse para o céu azul. Havia uma faca - do tipo que os açougueiros usam - enfiada em seu tórax.


Villardy e Uckermann se ajoelharam ao lado do corpo.


Villardy tocou-lhe atrás das orelhas e olhou suas as unhas.


- Ainda não está rígido - disse calmo. - Não foi morto há muito tempo. A pele nem esfriou ainda - levantou a cabeça. - Ninguém sai! Feche o portão da frente e cuidem para que ninguém saia daqui - falou para Uckermann.


- Só por cima do meu cadáver. Vou chamar o legista e uma ambulância pelo rádio.


- Chame o Bill e peça para trazer o kit para tirar digitais - Villardy acrescentou baixinho. - Se houver uma digital nesta faca, não quero que se perca. Veja se alguém na cozinha tem sacos plásticos.


- Já estou indo - Uckermann disse. Fez um sinal para outro oficial ajudá-lo e parou para explicar a Dulce o que acontecera. - Volto assim que puder - acrescentou.


- É alguém conhecido? - perguntou preocupada.


- Não - ele respondeu. - Nunca o vi antes, e passei tempo o suficiente em Cozumel para reconhecer um rosto mesmo que eu não me lembre do nome. Ele é um desconhecido. Só Deus sabe por que terminou desse jeito. - Ele tocou-lhe o ombro. - Tente nos ajudar mantendo as pessoas longe do local, até termos as provas do legista em mãos. Pode ser a grande diferença entre pegar ou não o assassino.


- Farei o possível.


Ele balançou a cabeça e foi seguir as ordens do xerife. Embora não tivesse mencionado nada para Dulce, a maneira como aquele homem tinha sido morto era perturbadora. A facada fora precisa, o que indicava que o assassino era experiente. Mostrava que o golpe fora muito eficiente, feito com a mão por baixo e não por cima da faca. Uckermann já investigara assassinatos antes. Sabia que essa proficiência demonstrava habilidade. Estava esperançoso, mesmo que receoso, que nada disso significasse que havia um assassino profissional solto por Cozumel.


Duas horas depois, todas as provas colhidas estavam em sacos plásticos. O médico e o legista haviam feito suas partes e o corpo fora levado numa ambulância para uma autópsia no laboratório criminal. Villardy concordou com as deduções de Uckermann, mas isso não os aproximava da identificação do criminoso.


Os convidados foram interrogados exaustivamente, mas as histórias de todos serviam de álibi. O mais estranho era que ninguém na festa conhecia o homem assassinado. Era um desconhecido, o que levantava perguntas perturbadoras.


Villardy, no final, liberou os convidados. Fuzz e Ronald foram muito pacientes e compreensivos com a interrupção no que deveria ter sido o dia mais inesquecível de suas vidas.


- Imagine isso! Um assassinato no meu casamento! - Fuzz disse nervosamente. - O que está acontecendo com o mundo!


Ronald a abraçou.


- Querida, vamos tentar não estragar o nosso dia. Olhou-o com lágrimas nos olhos.


- Já está estragado, não percebe? Ah, por que ele tinha que vir parar aqui? - falou ela, cabisbaixa e com um suspiro. - Afinal, ninguém sabe quem ele é!


- Mas vamos descobrir - o xerife disse solenemente. - Temos as digitais que enviaremos ao FBI. Se for um fora-da-lei, saberemos sua identidade.


- Aposto que sim! -Fuzz disse friamente. -Aposto que sim! Viu a aparência dele? Aquele terno barato e aquele bigodinho...


- Querida, você não pode julgar o caráter de um homem por isso - Ronald disse carinhosamente. - Mesmo assim, o que uma mocinha doce como você poderia saber sobre essas coisas?


Ela endireitou a saia branca amassada.


- Claro que não sei nada. Estava apenas supondo. Alguém deseja uma bebida? Estou totalmente seca - ela disse, tocando a garganta.


Depois que todos disseram não à sua oferta, Fuzz foi até o bar que estava montado no pátio. Dulce a observou colocando num copo gelo e uma quantidade generosa de bebida alcoólica, sem acrescentar soda ou água. A pobre moça deveria estar mais abalada do que demonstrava. Bem, não seria a primeira pessoa a beber algo forte sob estresse. Quem a culparia? Dulce se perguntou se deveria se aproximar para dizer algumas palavras gentis. Depois, concluiu que seria bom dar a Fuzz um momento de privacidade para se recompor.


Fuzz mexeu rapidamente a bebida e, de costas para os outros, tomou um grande gole. O drink desceu queimando de forma familiar e prazerosa. Era a primeira bebida que se permitira tomar o dia todo e tinha um sabor maravilhoso. Se tivesse de ser beijada, apertada e paparicada por mais algum desses caipiras de Cozumel, ela gritaria. Bancar a noiva tinha sido mais cansativo do que imaginara e não via a hora do show terminar. Mesmo que isso significasse ficar a sós com seu querido Ronald.


Mas Villardy e Uckermann ainda não tinham se cansado de brincar de detetive, ela notou. Seu convidado morto lhes fizera ganhar o dia. Fuzz sorriu para si mesma, esforçando-se para controlar sua expressão. Pobre Pablo, fez sucesso na festa, não fez? Obviamente, era mais interessante morto do que vivo. Com certeza. Como conseguira encontrá-la era um mistério. A última vez que o vira, estavam na frente do juiz em Denver e vestindo braceletes iguais, desse modelo que a polícia tem, que vem com chave. Mas as acusações não foram provadas e, assim que foram soltos, ela e Pablo tiveram uma separação dolorosa. Ela usara ao menos sete vidas para sobreviver aos golpes que aplicava com Pablo Lyle. Sempre pensou que acabaria presa ou morta. Pablo sempre foi canastrão. Ir até lá, por exemplo, dar bandeira, era coisa de Pablo. E, principalmente, no dia do casamento dela. O que estava pensando? Não se lembrava o quanto ela aprendia rápido o que lhe ensinava e lhe mostrava como fazer melhor depois? Ainda bem que conseguira evitar que o sangue espirasse em seu vestido. Isso sim teria sido um problema. Também não sabia como agüentara o estresse.


Fuzz suspirou e terminou a bebida. Colocou o copo no balcão e inspirou profundamente. Parecia que o último convidado estava prestes a sair. Com um sorriso agradável, atravessou o pátio para se despedir, como uma anfitriã graciosa. Ao se juntar ao grupo, Dulce sorriu e tocou-lhe levemente o braço.


- Sentindo-se melhor?


Fuzz sorriu e fez que sim com a cabeça.


- Sim, obrigada.


- Não deixe isso estragar o seu dia, Fuzz - Dulce disse educadamente. - Foi apenas má sorte que tenha acontecido aqui, mas você e Ronald tem o resto da vida para serem felizes juntos e espero que sejam.


- Obrigada, Dulce. Você é tão gentil! - Fuzz a abraçou calorosamente. - Fico feliz que tenha vindo.


- Eu também.


Eles deixaram o casal e se dirigiram para o carro. Dulce olhou para Uckermann com preocupação. Ele estava muito calado e não falou nada em todo o caminho de volta à cidade.


- O que houve? - perguntou.


- Aquele homem - ele disse. - Por que alguém o mataria num casamento? E o que estava fazendo lá quando nenhum dos convidados o conhecia?


- Alguém provavelmente o conhecia, mas teve medo de assumir - respondeu ela.


- É disso que eu suspeito - suspirou profundamente. - Dul, estou preocupado com o assassinato. Este caso tem todos os sinais de um criminoso profissional. Não alguém do submundo do crime, mas alguém com a mesma experiência.


- Tem certeza?


- Ah, sim, tenho. O assassino soube posicionar bem aquela faca. Não foi um atentado amador.


- Isso significa que alguém no casamento era um assassino - deduziu -, provavelmente profissional.


Uckermann fez que sim com a cabeça.


- Isso mesmo. Dulce suspirou.


- Mas esta é uma cidade pequena de Montana - contestou ela. - Somos pessoas das antigas. Ainda cuidamos uns dos outros...


- Também somos parte do mundo moderno - ele disse sério. - E a violência tomou conta do país. - Segurou-lhe a mão enquanto dirigia. - Não se preocupe. Pode ter sido por um bom motivo, por autodefesa. Vamos descobrir quando o identificarmos.


- Mas você não acredita nisso. Olhou-a docemente.


- Dulce, você já me conhece tão bem... Sabe Deus como será daqui a vinte anos.


Ela sorriu.


- Seremos tão felizes quanto somos hoje - ela assegurou. - E a pequena Gabrielle estará indo para a universidade e se casando também.


Segurou-lhe mais firmemente a mão.


- Espero que tenhamos esse tempo juntos e mais. Ela correspondeu, apertando-lhe a mão.


- Eu também.


O casamento deles aconteceu apenas umas semanas depois, em julho. Casaram-se na igreja metodista de Cozumel, com um pequeno grupo de amigos e testemunhas. Dulce usava um vestido branco simples. Tinha um corpete e um véu. O comprimento era abaixo do joelho, não era longo e elegante como o de Fuzz Mallo. Mas, após os votos, quando Christopher levantou o véu para beijá-la, ela soube que o vestido era apenas um pequeno detalhe. O amor que sentiam um pelo outro era o mais importante. Quando os lábios dele tocaram-lhe, ela pôs a mão no rosto dele, e as lágrimas escorreram-lhe sobre a face. Lágrimas da maior alegria.


A recepção também foi simples. As moças do escritório prepararam biscoitos e uma amiga fez o bolo de casamento. Serviram ponche e café no salão da igreja e muitas pessoas apareceram para lhes desejar felicidades.


Finalmente, a comemoração acabou. Foram para a casa de Dulce, onde teriam completa privacidade para passarem a noite de núpcias. Depois se mudariam para a casa de Uckermann, que era mais nova.


- Seus joelhos estão trêmulos - ele provocou, quando já tinham entrado e trancado a porta. Tinha acabado de anoitecer e a casa no meio da floresta estava quieta, mesmo com o miado de boas-vindas de Marylin, e acolhedora.


- Eu sei - ela confessou sorrindo. -Ainda restam-me algumas cicatrizes, suponho, e tudo isso ainda é território inexplorado por mim. Você foi bem... paciente - ela acrescentou, relembrando-se do esforço que Uckermann fez para se conter enquanto namoravam e considerando a paixão explosiva que causavam um ao outro.


- Acho que vamos descobrir que isso tudo é muito viciante - ele explicou quando lhe puxou para perto. - E queria que estivéssemos casados antes de fazermos experiências mais pesadas. Sofremos com a fofoca o suficiente para uma vida inteira.


- É verdade - ela concordou. Enlaçou-lhe os braços no pescoço e fitou-o nos olhos.


- Agora já está tudo assinado e selado, tudo legalizado! - Ela sorriu nervosamente. - Não posso nem esperar!


Uckermann deu umas risadas.


- Espero corresponder às expectativas. E se eu não conseguir?


- Ah, dou um desconto - ela prometeu, antes de a boca dele se encostar à dela.


A brincadeira diminuiu-lhe o medo. Relaxou quando ele se aproximou. Ele explorou-lhe a boca com a língua, e ela se sentiu tensa. Isso o fez parar imediatamente e acariciar-lhe a boca, observando-a em silêncio.


- Ainda é estranho porque não nos beijamos desse jeito muitas vezes. Mas você vai se acostumar - disse ele num tom suave. - Tente não pensar em mais nada a não ser em como você se sente.


Uckermann baixou a cabeça novamente, afagando-lhe os lábios com os seus por bastante tempo, até que ela não agüentou mais. Soube que estava pronta para algo mais profundo assim que a notou respirando mais ofegantemente, seguindo seus movimentos com a boca.


Parecia a primeira vez que tinham compartilhado um momento tão íntimo. Agarrou-se a ele, adorando a força e a forma como a língua dele penetrava-lhe a boca. Tudo isso lhe fazia pensar no que estava lhe esperando e o corpo dela reagia com prazer e prontidão.


Dulce pôs-lhe a mão sob a camisa, enquanto ele desabotoava-lhe a parte de cima do vestido.


Fechos foram desfeitos. Tecidos foram retirados. E, antes que se desse conta, o peito dele já estava suavemente roçando contra os seus seios e ela o encorajava sem pudor.


Pegou-a no colo, ainda a beijando, e quase não conseguiu chegar ao sofá antes de cair sobre ela. A paixão já estava apimentada. Dulce correspondeu a cada beijo, cada toque, num silêncio que aumentava a velocidade da respiração de ambos.


Quando Uckermann se sentou, Dulce reclamou, mas não demorou muito para que os outros obstáculos fossem retirados do caminho. Quando ele retornou, não havia mais nada os separando.


O corpo dela estava tão em sintonia com o dele, tão sedento, que ele a tomou de uma só vez, sem dor ou dificuldade, e, no susto, ela soltou um grito.


O corpo dele ficou imóvel, e, imediatamente, ele respirou ofegante. Em seguida levantou a cabeça e fitou-a nos olhos, com preocupação e desejo.


- Não doeu - ela assegurou com a voz embargada.


- Claro... não doeu - ele disse ofegante, penetrando-lhe novamente. - Você me deseja tanto que a dor não seria registrada nesse momento... Deus!


Ela sentiu uma pontada de prazer quando o ouviu gemer, e a boca encostou-se no ombro dele quando Uckermann começou a se mover febrilmente sobre seu corpo.


- Eu te amo - murmurou ao aumentar o ritmo. - Dul, eu te amo...!


Ela soltou um grito ao sentir a sensação mais incrível da sua vida. Era como uma onda de calor que se tornava insuportável, prazer em cima de prazer. Ofegante, o corpo dela se arqueou e estremeceu convulsivamente. Uckermann ficou imóvel apenas um minuto depois e soltou um grito rouco. Depois, relaxou, e ela sentiu-lhe o peso do corpo sobre si. Estavam molhados de suor. Dulce acariciou-lhe os cabelos escuros, que também estavam molhados, encantada, e começou a rir suavemente, fazendo-o levantar a cabeça para olhá-la.


- Você está aprovado - ela sussurrou. Uckermann riu daquela afirmação absurda.


- Tenho sorte.


- Ah, não - ela sussurrou, levantando-se um pouco em direção a ele. - Eu tenho sorte!


Ele gemeu.


- Não posso agora!


- Temos bastante tempo - confortou-o, beijando de leve na bochecha. - Posso esperar. Não me deixe apressá-lo.


- Lembre-me de ter uma longa conversa com você sobre os homens.


Dulce o abraçou e, com um suspiro profundo, disse:


- Mais tarde. Agora, apenas quero ficar deitada aqui olhando para o meu marido, que é um gato.


- A minha mulher também. - Ele a afagou, nariz com nariz, sorrindo ternamente. - Dul, espero que vivamos mais cem anos juntos.


- Eu te amo - ela disse seriamente antes de fechar os olhos e adormecer. Ainda se perguntou como algo tão delicioso podia ser tão cansativo.


Na manhã seguinte, Dulce despertou ao sentir cheiro de bacon. Estava no quarto, de camisola, com as cobertas sobre ela. O travesseiro ao lado estava amassado, assim como os lençóis. Sorriu ao perceber que ele a trouxera para a cama. E, agora, o cheiro dava-lhe a impressão de que estava fazendo o café-da-manhã.


Ela vestiu a calça jeans e a camiseta e desceu de meias. Encontrou-o na frente do fogão com.o forno ligado.


- Não queimei nada - ele disse antes que perguntasse. - E ainda fiz torrada e ovos mexidos, que estão esquentando no forno. Tem café no bule. Sirva-se.


- Você vai ser um marido bem eficiente - falou ela, entusiasmada. Ela se aproximou com as sobrancelhas cerradas. - Mas você sabe passar roupas?


Uckermann pareceu ofendido.


- Mocinha, sei passar roupas. Não notou as minhas camisas do uniforme?


- Bem, sim, claro... Pensei que o tintureiro...


- Tintureiro nada - ele ridicularizou. - Como se eu pudesse confiar meus uniformes a amadores!


Dulce riu e o abraçou.


- Uckermann, você é incrível.


- Você também. - Ele também a abraçou. - Agora me dê licença. Bacon queimado seria uma gafe terrível no meu primeiro dia como marido.


- Você deu comida a Marylin! - surpreendeu-se ela, olhando para o gato, entretido com sua própria comida.


- Parou de grunhir para mim assim que peguei o abridor de latas - Christopher disse sorrateiramente. - Agora ele é um gatinho em minhas mãos. Até gosta do Mack!


- Maravilha! Já não era o suficiente você ter me adestrado - ela disse para o gato alaranjado que estava deitado ao lado do cachorro. Mack já se tornara seu amigo. - Agora está fazendo isso com outras pessoas!


- Espere até Gabby ser grande o suficiente para segurar o abridor de latas! - ele disse. - Daí, vai começar a adestrá-la também!


Dulce olhou para ele com o coração saltando-lhe aos olhos, pois queria muito a criança.


- E se o juiz não nos deixar adotá-la? - perguntou com tristeza.


Pegou o bacon e desligou o fogo, colocando o prato sobre a mesa.


- O juiz vai nos deixar adotá-la - corrigiu ele, levantando-lhe o queixo. - Você tem que começar a perceber que depois da tempestade vem a bonança. E você já pagou seus pecados, teve uma tragédia atrás de outra. Mas a vida tem uma maneira de equilibrar as coisas, querida. E você precisa receber um reembolso. E está apenas começando. Você verá.


- Como pode um cético como você começar a procurar uma luz no fim do túnel? - ela perguntou surpresa.


Puxou-a para perto.


- Comecei a ser atormentado por uma assistente social super-otimista que me fisgou pelo coração e que se recusou a me deixar escapar. Ela me ensinou a procurar por milagres e agora não consigo parar.


- Espero que os encontre em todo lugar, agora - disse ela - E espero que consigamos a Gabrielle, também. Esse pequeno milagre já me deixaria satisfeita para o resto da vida. Com você e Gabrielle, eu teria o mundo todo.


- Vamos ver como vai se desenrolar, mas você tem de ter fé - relembrou-lhe.


- Tenho bastante - falou ela, fitando-o com olhos cheios de desejo. - Vivi disso desde o primeiro momento que pus os olhos sobre você. Deve ter funcionado, pois aqui está.


- E aqui vou ficar - ele respondeu, baixando a cabeça para beijá-la.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Catorze   A petição foi lida pelo juiz e depois arquivada na Câmara Municipal. Uma audiência foi marcada e divulgada no mural. Não havia mais nada a fazer senão esperar. Dulce fora trabalhar como de costume, mas, depois de se casar, tornara-se uma nova pessoa. O entusiasmo com o marido permeava todos os aspectos de seu trabalho ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 323



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  • Jusly_ Postado em 27/06/2015 - 18:35:47

    Amei

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