_ Se você acaba comigo assim... eu nem quero pensar quando eu fizer amor de verdade com você.
_ Foi tão bom quanto foi pra mim?
_ Muito mais que bom.
_ Acho que eu terei que tomar banho novamente.
Christopher seguiu o olhar de Dulce e viu as mãos dela sujas com seu sêmen.
_ Terei prazer em dar banho na minha princesa.
Dulce sorriu de forma sexy, atiçando-o novamente.
_ Princesa de gelo?
_ Gelo, definitivamente é uma palavra que não se aplica a você. Princesa de fogo, talvez.
Dulce riu alto e o beijou rapidamente.
_ Será que esse fogo é capaz de derreter essa geleira?
Christopher a olhou intensamente antes de colocá-la novamente no chão e pegar a esponja.
_ Lembra-se de quando estudou sobre os estados físicos da água?
_ Lógico que sim.
_ Pois saiba que estou em entrando em completo estado de Fusão.
Dulce abriu outro largo sorriso, sonhando com o dia em que veria o mesmo sorriso no rosto de Christopher.
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Dulce estava em tal estado de euforia que sua vontade era de gritar, cantar alto e beijar todo mundo. Aliás... ela gritou e cantou alto enquanto dirigia de volta à casa dos pais. Não iria, obviamente ficar muito tempo lá. Somente iria fazer as malas e voltar para casa de Christopher. Ele viajaria no dia seguinte para o Canadá e diante do convite para acompanha-lo, Dulce não pensou duas vezes.
Apesar de sua incontida felicidade, uma coisa vinha martelando na mente de Dulce desde a noite passada. E se de repente, por acaso, sua mãe não tivesse se enganado? Isso pode acontecer não é? Ela foi categórica ao afirmar que Victor foi seu único homem naquela época e que só voltou a ter outro homem quando estava com dois meses de gravidez. Poderia ter se enganado quanto ao tempo?
Na época Victor sequer cogitou a hipótese de fazer um DNA, mas e se fizessem agora? Dulce sabia que Alexandra tem um coração enorme, mas é tão estranho ver alguém aceitar a filha bastarda do marido com tanta naturalidade! Talvez ela soubesse de algo, mas sendo a pessoa maravilhosa que era, resolveu acolhe-la da mesma forma. Nunca se sabe... mulheres tem sexto sentido. Foi pensando nisso que resolveu conversar com o pai. Ele a entenderia certamente.
_ Oi querida... voltou cedo.
_ Oi pai...oi alexandra. Chegue cedo mas irei voltar. Só vim buscar algumas roupas.
Os dois ficaram visivelmente surpresos.
_ Christopher viaja amanhã, pois já começam os treinos. E ele me convidou para ir com ele.
_ Oh minha filha... que bom. Vejo que estão se dando muito bem.
_ Estamos sim, mãezinha.
Falou sentando-se entre Alexandra e Victor.
_ Onde estão Rose , Alice... todo mundo?
_ Saíram. Acho que foram ao Jóquei.
_ Hum... legal. Mas pai... eu queria conversar uma coisa com você.
_ É particular?
Alexandra perguntou já se preparando para sair.
_ Não. Claro que não. Pode ficar.
_ Pode falar, Dulce. Sou todo ouvidos.
_ Então... eu estive pensando. Na época em que descobrimos a paternidade...tipo, foi apenas pelo que minha mãe nos disse.
_ Sim. E eu confiei nela. Mas por que está falando isso?
_ Pai... não seria melhor se fizéssemos um DNA?
Victor abriu a boca, os olhos arregalados e o rosto pálido. Levantou-se e passou a mão nos cabelos, gesto que a fez se lembrar de Christopher.
_ Por que isso agora? Você... você não se sente minha filha?
Dulce se arrependeu no mesmo instante. As palavras dele saíram carregadas de tristeza e mágoa.
_ Não. Claro que não é isso, pai. Eu só queria que não restassem dúvidas e...
_ Eu nunca tive dúvida, Dulce. Você é minha filha e eu a amo, da mesma forma que amo a Rose e o Jasper. Nunca mais repita um absurdo desses.
_ Mas pai... eu só queria...
_ Eu te amo tanto, minha filha. Eu sei... do fundo do meu coração eu sei que você é minha filha.
_ Desculpe. Não foi minha intenção magoa-lo.
Victor não disse nada. Apenas saiu da sala. Dulce iria se martirizar até a morte por causa dessa estupidez. Por que não propôs isso a Christopher e não a Victor? Burra! Baixou a cabeça, ciente do olhar de Alexandra sobre si.
Dulce remexeu as mãos sobre o colo, completamente constrangida. Falou num impulso e em nenhum momento imaginou que seu pai ficaria tão ofendido com suas palavras. E agora se arrependia amargamente, pois não só o tinha ofendido como estava manchando a imagem de sua mãe.
_ Dulce, querida... olhe para mim.
Dulce ergueu a cabeça e encontrou os olhos amorosos e brilhantes de Alexandra. Ela segurou sua cabeça, acariciando-a junto ao peito.
_ O que aconteceu, minha filha? Por que disso agora? Nós nunca fizemos questão. Sequer chegamos a cogitar a hipótese de não ser verdade.
_ Eu... eu não sei por que disse aquilo, sinceramente.
_ Você não se sente filha do vic, é isso?
_ Não. Não é isso, já disse.
Dulce apressou-se em responder, com medo de ferir ainda mais as pessoas da família que ela tanto amava.
_ Olha... eu vou conversar com meu pai. Irei pedir desculpas. Vamos esquecer essa bobeira de DNA.
Alexandra se afastou um pouco e olhou profundamente em seus olhos.
_ Victor me contou tudo logo que nos reconciliamos, Dulce. Eu sabia que ele teve um caso, sabia que a mulher se apaixonou por ele. Não foi surpresa quando você apareceu. E eu nunca duvidei sabe por que? Victor me disse que Blanca era honesta e trabalhadora. Se ela fosse uma interesseira, já teria procurado por ele. Mas se você quer esse exame, eu converso com seu pai.
_ Não precisa. Vamos esquecer, tudo bem?
Dulce se levantou e tentou dar um sorriso.
_ Eu sei por que está fazendo isso... é por causa dele, não é?
_ Dele?
_ Do Christopher.
Bella prendeu a respiração. Era só o que faltava! Ela... sabia alguma coisa sobre os dois? Era o maldito sexto sentido.
_ Christopher? O que ele tem a ver com isso?
_ Eu percebi desde aquela época Dulce. Sabe... nunca tive coragem... nem eu nem Victor. Nunca tivemos coragem de conversar com ele sobre aquele dia. Mas percebemos o quanto ele ficou chocado, abalado. Mas ele sempre foi educado e respeitador demais com as mulheres para destratar você. E desde aquele dia ele se transformou nisso... nesse homem sem emoções, sem sorrisos, sem felicidade. Eu sinto que ele pensa que sua mãe nos enganou. Não foi ele que propôs isso, foi?
_ NÃO. Juro que não. Christopher foi super simpático e atencioso comigo.
_ Ah... que alivio. Eu pensei que esse foi um dos motivos que a levou a querer ficar com ele ontem. Tentar... serem amigos.
_ Nós somos amigos, Alexandra.
Ela bufou.
_ Prefiro quando me chama de mãezinha.
Dulce sorriu e se apertou entre os braços dela.
_ Desculpe. Mas, olha... não tem nada a ver com Christopher. Foi só uma idiotice da minha cabeça.
_ É um alivio pra mim. Durante anos fiquei com essa ideia na cabeça, mas se estão se dando bem... eu fico feliz.
_ Christopher é maravilhoso. Bom... vou conversar com meu pai e depois fazer minhas malas.
_ Vá sim, querida. Você vai amar o Canadá. É uma pena que Christopher não terá muito tempo para passear com você.
_ Eu me viro.
Dulce falou, dando um beijo no rosto de Alexandra e subindo as escadas correndo. Mas chegando ao segundo andar, ela parou, suspirou e levou a mão ao peito. Por um instante chegou a pensar que Alexandra sabia do amor entre ela e Christopher. Ninguém poderia saber disso agora. Eles já tinham combinado que iriam viver esse amor às escondidas, e só quando estivessem fortes o bastante, iriam revelar a verdade a todos. Se a notícia fosse bem recebida por todos, ótimo. Se não fosse... os dois teriam que se bastar.
Hola meu povo...não poderei responder aos comentários...mas eu leio todos, então comentem MUITOOO...mil beijos
Passem nessa fic:
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