Entrou sob a ducha, sentindo seus músculos relaxarem imediatamente. Não iria demorar muito no banho, apesar de estar realmente cansado. Gostava de conversar com Dull. namorar um pouco antes de dormirem.
Saiu do banho e vestiu apenas uma boxer branca. Ao voltar para o quarto viu Dull enfiar a colher cheia de sorvete na boca, com os olhos gulosos percorrendo seu corpo. Não escondia sua satisfação ao perceber o efeito de seu corpo sobre ela. As mãos dela tremiam quando pegou o pote e levou de volta ao freezer.
_ Eu... acho que vou tomar um banho.
_ Mas você disse que não queria...
_ Deu... hum... calor...
Afastou-se rapidamente e pegou uma pequena valise, dirigindo-se ao banheiro. Christopher deitou-se na cama e ligou a tevê, procurando algum filme interessante enquanto esperava por ela. Passou por vários canais, remexeu-se na cama, quase cochilou... Dull nunca demorou assim num banho.
Bocejou, abriu e fechou os olhos novamente. Estava quase voltando a cochilar quando percebeu claramente um vulto passando. Abriu os olhos, arregalou-os e engasgou. Engoliu em seco, olhando-a de costas enquanto penteava os cabelos. Girou na cama, ficando de costas e apoiou-se nos cotovelos, a garganta seca, mas a boca salivando.
Que merda de roupa era aquela? Uma micro camisola rendada que não ocultava nada. Christopher passou a mão no rosto e voltou a se deitar enquanto ela caminhava até a cama. O cheiro dela estava em toda parte... morangos...deixando-o louco, atordoado.
Dull deitou-se na cama e bocejou também.
_ Nem tinha percebido como estava cansada.
Christopher nada respondeu, mas girou o corpo, colocando-se sobre ela, jogando todo seu peso sobre Dull.
_ Você quer que eu perca o controle não é? É isso o que quer.
_ Eu só quero que você me ame, Christopher.
Talvez ele estivesse cansado de se negar a ela. Talvez ela estivesse levando-o ao seu limite. Ou talvez... ele simplesmente estivesse tão desesperado de desejo quanto Dull. O fato é que Christopher a beijou, primeiro ardorosamente e aos poucos foi suavizando, como se degustasse uma fruta. Desceu seus lábios pelo pescoço dela até alcançar seus seios. Baixou a alça da camisola, expondo-os e acariciando com as mãos e depois com a boca. Dull suspirava e se remexia sobre ele, passando as mãos pelas costas largas de Christopher. Quando Christopher desamarrou o laço de frente da camisola, Dull gemeu alto. Girou a cabeça para o lado, abafando outro gemido. Apesar de carinhoso, Christopher a pegava com força e isso estava deixando-a maluca. Continuou acariciando os seios dela enquanto descia beijos pelo seu corpo até encontrar seu sexo. Se da primeira vez Christopher a fez delirar, dessa vez ele a fez gemer feito uma vadia. Mas ela não se importou. Fechou suas pernas, prendendo-o ali, enquanto sua língua enfiava-se profundamente em seu sexo úmido.
Christopher estava completamente embriagado com o cheiro que emanava do corpo de Dull. Aliás tudo nela estava enlouquecendo-o. Aquela mulher deve ter se banhado completamente com morangos, sua fruta predileta. Até mesmo seu sexo tinha o gosto da fruta, fazendo Christopher morde-lo, sem conseguir se conter. Dull remexeu os quadris freneticamente e o puxou pelos cabelos. Ao se colocar novamente sobre ela, Dull o afastou, já puxando sua boxer e expondo seu membro. E então ela fez o que vinha sonhando... levou-o a boca, sugando, lambendo, raspando os dentes levemente e voltando a engoli-lo quase por completo.
Christopher não era mais dono de si. Não segurava os espasmos de seu corpo ao sentir a boca gulosa se apossar do seu membro, provocando ondas de choque em seu corpo. Agora não tinha mais como voltar atrás. Todo seu corpo clamava por aquela união. Pegando Dull pelos braços, ele a jogou de volta na cama e se afastou. Ela apenas o observou, sabendo exatamente o que ele faria.
Foi até a mala e voltou com uma embalagem de preservativo. Retirou um e deslizou sobre o pênis ereto, sem deixar de olhar nos olhos de Dull. Ao se deitar novamente sobre ela, Christopher beijou carinhosamente seus olhos, bochechas, nariz e por fim sua boca.
_ Eu te amo, Dull. Amo demais.
_ Eu também amo você. E quero ser sua.
Passando a mão por trás de sua cabeça, Christopher segurou Bella pela nuca, nao querendo perder a conexão entre seus olhos. Com a mão livre, segurou a perna dela e levou até sua cintura, para depois segurar seu pênis e colocá-lo em sua entrada.
Beijaram-se mais uma vez, ambos sentindo o coração disparado e a respiração alterada apenas pela expectativa.
Quando Christopher empurrou os quadris e a cabeça penetrou o corpo de Dull, ela ameaçou fechar os olhos.
_ Não... não faço isso.
Ela voltou a abri-los, olhando-o ternamente. Christopher empurrou mais e quando se sentiu completamente dentro dela, soltou um suspiro. Automaticamente Dull ergueu a outra perna, passando-a também pela cintura dele.
_ Oh... Christopher...
Gemeu, apertando seus ombros. Christopher deixou a cabeça cair no pescoço dela, suspirando pesadamente. Somente quando Dull se remexeu, ele voltou a erguer a cabeça. Ambos com lágrimas nos olhos, começaram a se mover, os corpos em perfeita sintonia, as mãos tocando o rosto um do outro, os corações batendo em perfeito compasso.
Aos poucos a urgência se fez presente e os dois começaram a se movimentar mais rápido, gemendo o nome um do outro até alcançarem o pico mais alto do prazer. Christopher a abraçou com tanta força que Dull gemeu de dor. Mas nada disso apagava o prazer imenso que acabou de sentir.
_ Dull... Dull... foi... isso foi...
_ Eu sei.
Não tinham palavras. Olharam-se por longo tempo até que Christopher encostou sua testa na dela. Dull sentiu quando as lágrimas dele se misturaram às dela. Era apenas emoção por finalmente pertencerem um ao outro.
**********
No dia seguinte Christopher não queria sair da cama. Dull despertou a fera e agora teria que arcar com as consequências. Christopher não conseguia afastar as mãos do corpo dela e por isso ficaram na cama até as duas da tarde. Felizmente seus pais e irmãos só chegariam à noite, o que quer dizer que só iriam se encontrar na manhã da corrida.
Assim Christopher e Dull passaram o sábado se amando, descansando...e se amando novamente.
O domingo amanheceu frio, mas Dull se sentia aquecida nos braços de Christopher.
_ Acho melhor levantarmos. Daqui a pouco o pessoal chega e será difícil explicar que estamos no mesmo quarto.
_ Não por isso. Eu reservei um outro quarto. Se eles resolverem vir aqui... levamos suas malas pra lá.
_ Você pensa em tudo mesmo.
_ Não mais. Agora eu só penso em você, em amar você.
_ Meu Deus, Christopher... o que fizeram com você?
_ Você fez. Quem mandou me seduzir?
_ Ei... eu não fiz isso.
_ Você e aquela maldita camisola.
Dull sorriu e se espreguiçou.
_ Se eu soubesse que seria tão fácil.
_ Confesso que fui fácil demais pra você. E não me arrependo.
Levantou-se e puxou o cobertor, deixando-a nua.
_ Levante-se. Hora do banho.
Ela ergueu os braços e ele a pegou no colo. Tomaram banho e uma hora depois saíram do hotel. Victor ligou e avisou que devido a um atraso no voo iriam diretamente para o autódromo. Chegando lá o nervosismo tomou conta de dull. Estava com medo que as últimas horas interferissem na concentração de Christopher.
_ Promete que não vai pensar em nós dois enquanto estiver correndo?
_ Claro que vou. Será meu estímulo.
Foram em direção ao boxe, mas antes de chegarem lá... encontraram a família. Rose correu para abraça-los, os olhos brilhantes e as bochechas coradas.
_ Oi gente... ai estou amando isso.
Olhou para trás e dull percebeu de imediato qual era o motivo.
_ Oi mana. Foram bem de viagem?
_ Fora Annie vomitando o tempo todo.
_ Gravidez é assim mesmo, Rose.
_ GRÁVIDA?
Christopher e Dull perguntaram ao mesmo tempo. Poncho sorriu e acariciou a barriga de Annie.
_ Descobrimos há três dias. Dois meses apenas.
_ Oh... parabéns.
Christopher abraçou os pais bem apertado e depois eles abraçaram Dull.
_ Pelo jeito os dias aqui fizeram bem a vocês. Estão com uma cara ótima.
_ Christopher é uma boa companhia.
_ Dull é uma boa companhia.
Falaram ao mesmo tempo.
_ Bem, pessoal... eu preciso me preparar.
Alexandra segurou as mãos dele e rezou.
_ Boa sorte, meu filho. Que Deus o acompanhe.
_ Amém.
Victor deu mais um forte abraço em Christopher . também desejando boa sorte. Os demais também desejaram uma boa corrida, mas já antecipando a vitória. Dessa vez precisavam se conter. Dull o abraçou rapidamente, mas sussurrou em seu ouvido.
_ Boa sorte, amor.
_ Oh Deus, Dull... ele está com uma expressão tão serena. Não está com aquela frieza tão característica dele.
Alexandra falou assim que Christopher se afastou.
_ Ele tem se soltado um pouco, mas ainda é bem reservado.
_ Bom... vamos ocupar nossos lugares?
Rose puxou Dull pela braço enquanto procuravam seus lugares.
_ Você esteve aqui nos treinos?
_ Apenas um dia, por que?
_ Por Deus... quem é aquela gostosura de homem?
_ Emmett. Conversamos um bom tempo. Ele é bem legal.
_ Solteiro?
_ Tem namorada... mas acho que você e sua beleza conseguem dar um jeito nisso. Aliás... pelo olhar dele...
Emmett olhava embevecido para o gingado da loira enquanto se afastavam. Se ele soubesse que Christopher tinha uma irmã como aquela...
Ocuparam seus lugares e Dull passou a morder nervosamente as pontas dos dedos. Seu coração deu um salto ao ver o carro de Christopher. Por que ela tinha mania de pensar besteiras em momentos impróprios? Por que tinha que se lembrar do melhor piloto do mundo que morreu há anos numa pista de corrida?
_ Deus... não permita que nada aconteça a ele.
Assim que foi dada a largada... toda a família começou a vibrar. Seriam provavelmente duas horas de prova. Duas horas até saberem se Christopher seria mesmo campeão pela sexta vez consecutiva.
Setenta voltas, duas horas e meia de prova, duas largadas, três acidentes, sendo que em um deles Christopher rodou na pista e por pouco não saiu da competição. Após tudo isso Dull conseguiu respirar aliviada, entre risos, abraços e choros. Rosalie e poncho gritavam feito loucos. Annie mais contida abraçava Alexandra e Victor ao mesmo tempo. Depois de ter sido esmagada nos braços dos irmãos, Dull se afastou um pouco, aproximando-se mais, a procura de um lugar onde pudesse ver Christopher sendo coroado, ovacionado mais uma vez como o melhor do mundo.
Dull levou as mãos aos lábios no momento em que o viu subir ao topo do pódio, receber o troféu e a tradicional champanhe. Colocou a enorme garrafa de lado e seu olhar percorreu a multidão... procurando.
Fez um sinal de positivo com o polegar assim que avistou sua família. Desviou o olhar e um pouco mais à frente encontrou Dull. Seus olhares se cruzaram e foi como se fossem levados novamente ao passado... há sete anos. Dull levou a mão ao lado direito do peito e Christopher entendeu seu gesto. Era como se ele visse novamente a adolescente linda pela qual se apaixonou. A diferença era que agora ela era uma mulher feita e ele não era apenas um rapaz apaixonado. Era um homem que amava com toda força de seu ser. Entre lágrimas, Dull moveu os lábios.
_ Eu amo você, campeão.
Sorriu, sentindo o gosto salgado escorrer por entre seus lábios. E seu choro aumentou ainda mais quando viu Christopher erguer o troféu, apontando em direção a ela... e um sorriso lindo, o mesmo sorriso de sete anos atrás surgir no rosto dele.
Hey gente...vocês tão comentando pouquinho...por favor comentem mais, façam uma escritora feliz...obrigado a todos que comentaram e continuem comentando...mil beijos