_ Por que ao invés de ficar procurando um emprego, você não abre sua própria clínica?
Dulce rolou os olhos. Até já sabia onde iriam chegar.
_ Sabe que não tenho dinheiro pra isso. E não! Não irei aceitar dinheiro de vocês.
_ Querida, você é nossa filha. Nada mais natural que dar nossa ajuda.
_ De jeito nenhum pai. Mais pra frente, quando eu conseguir guardar algum dinheiro, ai sim, abrirei minha própria clínica.
Victor balançou a cabeça. Teimosa. Chegou a pensar na hipótese de conversar com Christopher. Mas então se lembrou que ele e Dulce ficaram mais unidos a pouco tempo. Talvez se ele tentasse interferir, isso pudesse prejudicar o relacionamento deles. Achou por bem, deixar do jeito que estava. Talvez com o tempo Dulce mudasse de ideia.
Deixaram o assunto de lado e voltaram a prestar atenção a entrevista. Enquanto a oferecida entrevistava o outro piloto, Christopher remexeu em seu celular.
_ Olhe ele. Aposto como está mandando alguma mensagem para o Chris.
_ Fico satisfeito demais com a amizade deles.
Dulce ficou tensa ao sentir o celular vibrando em sua mão.
_ Vou tomar água. Já volto.
Correu até a cozinha e abriu a mensagem, sorrindo antes mesmo de ler seu conteúdo.
“Quero sair logo daqui. Não aguento mais essa mulher sem noção. Pode se encontrar comigo em frente à emissora? Tenho uma novidade para te contar.”
Rapidamente Dulce respondeu.
“A que horas?”
A resposta veio rápida.
“Em meia hora”.
Ela apenas digitou um ok e voltou para a sala.
_ Eu vou sair. Tenho mais alguns currículos para entregar.
_ A entrevista já acabou também. Volta pra casa hoje?
_ É provável que sim.
Respondeu já sentindo um gosto amargo por não ficar com Christopher. Teria que dar um jeito de sair da casa dos pais rápido. Mas sem trabalho... sem dinheiro para alugar qualquer coisa. Claro que tinha algum dinheiro guardado da época em que trabalhou em Milão, mas se fosse pagar um aluguel, ficaria pobre em menos de um ano.
_ Vou ligar para o Christopher. Talvez ele venha jantar conosco.
Dulce deu um beijo no rosto dos dois e saiu para finalmente se encontrar com ele. Assim que saiu do taxi, Christopher passou pela porta de entrada, acompanhado pelo outro piloto que Dulce não se lembrava do nome. Os dois se despediram com um aperto de mão. Christopher foi até Dulce, seu olhar percorrendo-a de cima a baixo, demonstrando sua saudade.
_ Oi.
_Oi. Ainda bem que teve a ideia de vir de taxi. Quero você comigo e não em carros separados.
_ Imaginei isso. Vamos? O que tem pra me contar?
_ Sabia que seria a primeira coisa a perguntar. Pensei que me daria um beijo.
_ Sabe que não podemos aqui.
_ Sim, eu sei. Estava só brincando.
Foram até o volvo, Christopher abriu a porta para que Dulce entrasse e deu a volta, entrando no carro. Deu a partida e só então começou a falar.
_ Eu estive conversando com o Chris ontem e ele me incentivou a perguntar isso. Claro que já tinha pensado na hipótese mas não tive coragem de propor.
_ O que é?
_ Por que você não abre sua própria clínica?
Dulce ergueu a sobrancelha, encarando-o.
_ O que foi?
_ Nosso pai pediu para que falasse isso?
_ Logico que não. Por que a pergunta?
_ Porque ele me falou isso agora há pouco. Está disposto a me ajudar financeiramente, mas eu recusei.
_ Não conversei sobre isso com ele. Aliás, eu venho pensando nisso desde quando você voltou. Olha... nem vem me falar que não tem dinheiro porque sabe que eu posso ajudar.
_ Se eu recusei dos meus pais, irei aceitar de você?
Christopher diminuiu a velocidade do carro e estacionou perto a uma praça. Segurou a mão de Dulce, girando levemente o corpo para olha-la.
_ Sabe que me ofende falando assim. Estamos juntos não estamos? Tudo que é meu, será seu.
Dulce balançou a cabeça. Não podia aceitar isso de Christopher Era... estranho.
_ Por favor, Dull. Diga que sim. Eu amo você... sou seu homem. Por que não aceitar minha ajuda?
Dulce abriu a boca e em seguida mordeu os lábios, controlando a vontade de agarra-lo e beija-lo. Aquelas palavras: sou seu homem, tiveram um impacto que Christopher não conseguiria dimensionar.
_ Meu homem?
_ Sempre.
_ Você não tem noção de como me deixa falando assim?
_ Eu tenho noção sim. Diga sim, por favor.
Dulce suspirou pesadamente e encarou os olhos pidões de Christopher. Ele estava ajudando-a e ainda precisava implorar? Que espécie de mulher estúpida ela era?
_ Tudo bem, eu aceito.
Ele abriu um sorriso largo, fazendo o coração de Dulce disparar. Ainda não estava acostumada a ver aquele sorriso deslumbrante novamente. Ofegou e sem se conter, acariciou o rosto dele. Ele virou o rosto e beijou a palma da sua mão.
_ Então vamos que irei lhe mostrar uma coisa.
Dulce nem se atreveu a perguntar, sabia que ele não diria. Percorreram mais algumas ruas e logo Christopher estacionava o carro em frente ao que já foi uma casa um dia. Amplas janelas de vidro enfeitavam a frente, assim como uma larga porta de madeira. Havia um belo jardim em frente.
_ O que é isso?
Christopher desceu do carro, deu a volta e abriu a porta pra ela.
_ Olhe bem se isso não daria uma clínica elegante, moderna...perfeita.
Dulce o encarou por um tempo, o coração disparado no peito.
_ E isso... está para alugar? Está à venda?
_ Não mais.
_ Não mais o que?
_ Não mais à venda.
Dessa vez apenas meio sorriso torto, mas que também era o suficiente para deixa-la de pernas bambas.
_ Eu comprei. Pra você.
Ela olhou para o rosto de christopher, olhou para o que seria sua clínica e voltou os olhos novamente para ele. Sentiu os olhos marejados e passou rapidamente as mãos nos olhos. Deu dois passos em sua direção e o abraçou com força.
_ É perfeita.
_ Gostou mesmo?
_ Amei.
Eles se afastaram e Christopher segurou sua mão. O que ele não faria para ver aquela mulher feliz? Para ver aquele brilhos nos olhos dela?
_ Está me deixando mal acostumada com tanto carinho.
_ Eu lhe devo sete anos de carinho, amor.
Dulce o abraçou de novo e Christopher não resistiu. Vinha se refreando há sete anos. Sete anos guardando aquele amor. Quando sentia Dulce em seus braços, tudo desaparecia ao seu redor. Ele literalmente se esquecia de tudo. Esquecia que precisavam se resguardar, precisavam conversar com a família. E agora se esqueceu, que principalmente nesses dias, ele estava mais em evidência do que sempre. Qualquer coisa que se referia a Christopher Uckermann virava notícia.
Quando Dulce ergueu o rosto e sorriu para ele, Christopher não se controlou. Beijou-a com paixão demonstrando seu amor para quem quisesse ver.
Hey...obrigado pelos comentários
Nossa fic ta acabando ao todo sao 12 capitulos e o epilogo, mas como divido por partes...mas falta alguns capitulos ainda
Continuem comentando...mil beijos
Ahh...e pra quem ainda não passou, passe la na minha fic
Revista nerd : http://m.fanfics.com.br/fanfic/45624/revista-nerd-vondy-adaptada