Fanfics Brasil - Epílogo Principe De Gelo

Fanfic: Principe De Gelo | Tema: vondy / ADAPTADA


Capítulo: Epílogo

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Um ano depois

Passavam das cinco da tarde quando Dulce finalmente entrou em casa e deixou seu corpo cair sobre o sofá. Estava exausta. Chris que estava lá juntando alguns brinquedos abriu um sorriso acolhedor.

— Cansada?

— Morta de cansaço.

— Isso é que dar ser uma das melhores cardiologistas do pais.

Dulce fez uma careta. Sabia que quando começou a clinicar, os clientes apareceram simplesmente por mera curiosidade. Queriam conhecer pessoalmente a irmã e esposa do príncipe Christopher.  Mas logo viam nela uma excelente profissional, e sua fama cresceu. Hoje em dia só conseguiam marcar uma consulta com quase dois meses de espera.

— Uma massagem nos pés?

— Ai... seria ótimo Chris

Ela mal terminou de falar e ele já estava sentado sobre a mesinha de centro, retirando os sapatos de Dulce e massageando seus pés.

— Onde estão meus meninos?

— Chegaram há mais ou menos meia hora... imundos.

— Como assim?

— Christopher foi buscar o Tay na escola... e resolveram esticar, como ele disse. Foram para o parque e jogaram bola com outros garotos que estavam lá. Chegaram aqui com um sorriso satisfeito e foram tomar banho.

— Own...

Dulce fez um bico, imaginando seus dois amores cansados e suados. Desde quando Taylor entrou para a família, a alegria se multiplicou. Era incrível ver a forma como ele se desenvolvia, como se afeiçoou a todos da família. Tudo na vida deles mudou. Quando Dulce chegava do trabalho, se juntava aos dois em alguma brincadeira, ou para ver televisão. Jantavam sempre juntos, contavam histórias para o filho até ele dormir. Nos finais de semana iam para a casa da avó, onde continuavam a farra. Rose e Emmett estavam morando juntos e ele se revelou um moleque. Bastava Taylor aparecer e a bagunça começava. Annie deu à luz a uma menina que recebeu o nome de Ashley. Era loira como a mae e tão delicada quanto a avo. Apenas Alexandra permanecia na mesma. Alias... não totalmente na mesma. Vinha saindo com amigas e até conheceu um tal de Peter, que claramente mostrava seu interesse por ela. Entretanto ela não se arriscava, já que oficialmente ainda era casada com Victor.  Esse simplesmente perdeu o amor à vida. Parou de trabalhar, pois pouco a pouco os clientes o abandonaram. Ninguém queria se consultar com um médico que ia trabalhar bêbado. Dizem que andava por ai, pelos bordeis e bares. Christopher se preocupava, afinal ele não sabia de onde o pai poderia estar tirando dinheiro para se sustentar.

— Acho que vou subir, Chris Preciso ver meus amores.

— Vá lá. Aproveite e tome um banho de banheira. O jantar vai demorar um pouco.

— Obrigada Chris.  Feliz da mulher que se casar com você.

— Eu acho lindo a relação que você e cht construíram, mas eu não invejo. Eu sou do mundo.

Dulce gargalhou e deu um soco em seu peito, pegando sua bolsa e subindo para o quarto. Espiou pela fresta da porta do quarto do casal e não viu nenhum dos dois. Entrou e foi até o banheiro, mas nem sinal deles. Voltou e se dirigiu ao quarto do Taylor. Parou ao abrir a porta e seu coração deu um solavanco. Seus olhos encheram-se de lágrimas ao ver os dois homens de sua vida deitados na cama, em sono profundo. Christopher estava apenas de bermuda e Taylor de calça de moletom e blusa de manga, completamente enroscado ao corpo do pai. Ambos tinham um aspecto cansado, mas a satisfação era evidente em seus rostos adormecidos. Dulce entrou e foi até o closet, de onde tirou uma manta e colocou sobre os dois. Nesse momento Christopher abriu os olhos.

— Oi amor... chegou há muito tempo?

— Acabei de chegar. Estou indo tomar um banho. Pode voltar a dormir.

Mas Christopher deu um sorriso safado e se desvencilhou de Taylor com cuidado. Deu um beijo na cabeça dele e saiu, puxando Dulce pela mão.

— Acho que vou acompanha-la no banho.

— Pensei que já tivesse se lavado.

— Já, mas não com você.

— Poderia então encher a banheira enquanto separo minhas roupas?

Christopher deu um beijo casto, que nada refletia o que ele tinha em mente. Abriu a torneira e regulou a temperatura. Chamou por Dulce quando a banheira já estava cheia. Dulce entrou no banheiro, apenas com a toalha em volta do corpo. Christopher já se despia da bermuda e entrou na banheira. Sentou-se e esticou a mão, segurando a de Dulce. Ela retirou a toalha e entrou sob o olhar ardente do marido. Sentou-se entre as pernas dele, com as costas contra o peito de Christopher....

— Ah que delícia... era tudo o que eu precisava agora.

— Muito movimento hoje?

— Aquilo estava um caos hoje. Alguns problemas graves que uma simples consulta não resolveria, mas acabou me tomando mais tempo que uma consulta normal.

— Mas nada desagradável, espero.

— Não. Tudo certo. E seu dia, como foi?

— Pra variar, mais uma entrevista. Levei o Tay para escola, depois fui para a maldita entrevista. Quando sai já era horário de busca-lo. Aproveitamos e fomos a uma praça. Ele adorou jogar futebol.

— Deu pra perceber pela carinha dele. E a entrevista, como foi?

— Mesma baboseira de sempre.

Como não poderia deixar de ser, Christopher mais uma vez foi campeão da temporada. Agora era heptacampeão. Dessa vez foi sim, uma surpresa. Christopher não vinha bem, mas nada a ver com a troca de escuderia. Na verdade ele estava focado na família. Dulce quase se arrependeu de praticamente tê-lo obrigado a correr nessa temporada. Ele queria curtir o filho e a esposa e não ficar viajando de canto a canto para competir. Quando ia muito longe, Dulce e Taylor assistiam pela TV. Mas quando não era uma viagem muito cansativa, os dois o acompanhavam. Ainda assim ele foi bem, mas não a ponto de ter larga vantagem. Por isso a competição só foi mesmo decidida na última corrida. E foi emocionante... foi maravilhoso para Dulce ver Christopher acenando e dessa vez sorrindo, ao passar pela bandeira. E mais lindo ainda foi ver Taylor, ainda tão pequeno no colo da mãe, segurando uma bandeira do pais e gritando o nome do pai.

Dulce nunca encontraria palavras para aquele momento.

Inclinou a cabeça para trás e fechou os olhos ao sentir os lábios de Christopher em seu pescoço.

— Hum... não faça isso, amor.

— Estou com saudades.

— Eu também.

— Dulce... está se lembrando da consulta amanhã?

Christopher perguntou, mudando de assunto. Logo após terem adotado Taylor, o casal resolveu deixar a questão do mapeamento genético para outra oportunidade. Não iriam desistir de tentar um filho, mas o momento era apenas do Taylor. Queriam curtir cada momento com aquele pequeno, dar a ele toda a atenção que ele merecia naquela fase. Ainda era demasiado cedo, mas Christopher optou por procurarem novamente uma ajuda. Eram totalmente leigos nesse assunto e ele queria ter um parecer, se poderiam ou não sonhar em serem pais. Se a resposta fosse negativa... talvez mais no futuro tentassem nova adoção.

— Claro que estou. Não marquei nada para a parte da manhã justamente por isso.

— Ótimo.

— Está ansioso?

— Curioso seria a palavra adequada.

Christopher respondeu, novamente mordendo o pescoço de Dulce e agora fechando a mão sobre o seio dela. Dulce não resistiu, girando o corpo e se sentando sobre e de frente pra ele. Seus lábios se encontraram calma e lentamente, mas suas línguas dançavam eroticamente.

— Trancou a porta, amor?

— Sim.

— Então venha... mate o desejo que estou de você.

Nenhum dos dois se importou ou percebeu a agua que escapava pela borda da banheira, ocasionada pelo balanço de seus corpos. Queriam apenas se amar com a mesma paixão de anos atrás.

Horas mais tarde eles se reuniram em volta da mesa do jantar. Taylor já estava mais desperto do que nunca e falava sem parar sobre o dia na escola. Chris tirou a noite de folga para sair e paquerar um pouco. Após o jantar subiram e os três escovaram os dentes juntos, com Christopher e Taylor empurrando um ao outro por um lugar ao lado de Dulce. Gostavam daquela brincadeira idiota, o que fazia Bella revirar os olhos diante das risadas dele. Deitaram-se na cama com Taylor no meio deles e assistiram a um filme animado. Dessa vez Dulce e Taylor adormeceram primeiro. Christopher se sentou na cama e ficou observando sua família. Amava aqueles dois de forma tão intensa que chegava a doer. E como fazia todas as noites, ele rezou e agradeceu a Deus pela família que tinha. Nunca pedia nada, exceto saúde para eles. Se tivessem saúde para ficarem ao lado de Christopher, o resto ele garantia.

Na manhã seguinte acordou eufórico. Não via a hora de ouvir o que a geneticista tinha a falar sobre o caso deles. Deixaram Taylor aos cuidados do Chris e saíram para a consulta. Dulce estava quieta, calada. No fundo ela tinha medo do que iria ouvir. Não queria ver a decepção nos olhos de Christopher. 

Foram chamados até a sala da doutora Selena Jones, uma loira alta e peituda, que fez Dulce erguer a sobrancelha para Christopher e este rolar os olhos.

— Bom dia. É um prazer recebe-los aqui.

— Bom dia. O prazer é nosso doutora.

Christopher respondeu e Dulce apertou a mão dele disfarçadamente.

– Aliás... parabéns pelo campeonato.

— Obrigado.

— Bom... eu já faço uma ideia, mas gostaria de ouvir de vocês. O que os traz aqui?

— Então doutora... como já sabe de nossa história, deve saber o que queremos. Queremos saber quais os riscos corremos se tentarmos um filho... biológico.

Ela se inclinou um pouco e cruzou as mãos sobre a mesa.

— Digam-me o que pensam. Quais as probabilidades de vocês virem a ter um filho com alguma anomalia genética?

Dulce e Christopher se entreolharam.

—Não sei... setenta por cento?

— Oitenta?

Dulce completou.

A doutora deu um sorriso que quase pareceu tranquilizador.

— Imaginei que pensariam assim. A grande maioria pensa, mas por total falta de conhecimento ou até mesmo por conceitos errados... vindos de tempos atrás. Mas a realidade não é essa. Na verdade casais sem relação de parentesco têm três por cento de chance de terem filhos com alguma anomalia genética. Para os consanguíneos, ou seja, pessoas que são parentes pelo sangue, o risco dobra, e passa a ser de seis por cento.

Dulce e Christopher arregalaram os olhos e por um momento Dulce imaginou que ela estivesse curtindo com a cara deles. Mas é obvio que uma geneticista respeitável não faria isso.

— Seis? Seis por cento?

— Pouco diante do que pensaram não é? Mas entendam que isso só traduz a realidade de um casal que não apresente histórico de doenças genéticas na família. Então o que temos que fazer é investigar as três últimas gerações e avaliar a possibilidade de combinações negativas.

— E o que a doutora acha? Deveremos tentar?

— Isso não cabe a mim opinar, sequer aconselhar. O meu papel é explicar e mostrar os riscos de maneira clara e objetiva. Se estiverem dispostos a tentar, como faremos? A primeira coisa será montarmos a árvore genealógica das três ultimas gerações de vocês. Será um trabalho em equipe, terão que conversar com seus parentes para sabermos se houve casos de surdez, Síndrome de Down e retardo mental nas últimas três gerações para que minha avaliação seja mais precisa.

Dulce e Christopher se entreolharam. Da parte dela seria mais complicado. Sabia que a mãe tinha alguma parente perdido por ai, mas não fazia ideia de como encontrar. Mas teriam que fazer de tudo para que soubessem dos riscos e assim pudessem se decidir se iriam ou não arriscar. Ficou combinado então que fariam essas seções de aconselhamento genético, onde montariam a árvore genealógica deles. A próxima consulta seria na próxima semana.

— E então? O que achou?

Christopher perguntou assim que entraram no carro.

— Fiquei surpresa com a porcentagem. Eu sempre pensei que a chance seria altíssima.

Ela franziu o cenho.

— Não era para eu ter estudado isso na faculdade?

—Claro que não, Dulce. Você é uma médica cardiologista e não geneticista.

Ela deu de ombros.

— Acho que o maior problema será encontrar alguém da família de minha mãe. Eu acho que ela já mencionou uma prima, mas não tenho certeza. Nem sei se era prima ou tia.

— Começaremos comigo então. Enquanto isso vamos fazer uma busca para encontrarmos algum parente seu.

Eles se deram as mãos enquanto Christopher dirigia com a mão livre.

— Seria muito bom termos um filho biológico. Mas se não for possível... eu não me importo. Temos o Tay que foi o maior presente que já recebemos.

— Sim. E se quisermos mais... poderemos adotar outros.

Christopher sorriu e beijou suas mãos.

— Vai dar certo. De uma forma ou de outra.

— Eu sei. Sempre deu e sempre dará enquanto estivermos unidos.

Eles sorriram um para o outro. A vida realmente tinha sido uma mãe para eles.

***********

Cinco anos depois

Christopher estava parado, completamente estático observando aquela cena. Obrigou suas pernas a caminharem e tentou não fazer barulho. Ao chegar bem perto de Dulce ele a segurou pela cintura e a tirou de cima da escada de três degraus.

— Ai Christopher. Que susto.

– Que susto digo eu. Você ficou maluca, Dulce? Olha o tamanho dessa barriga. Porra... você como médica deveria saber o risco que correu.

— Ela é firme, Christopher.  Eu só fui pegar o cereal para o Tay.

— E por que não pediu ao Chris? 

— Ele está de folga, esqueceu?

— Merda.

Ele colocou Dulce sentada na cadeira e sem dificuldade ergueu o braço pegando a caixa de cereal. Dulce bufou, apoiando o queixo na mão. A outra mão acariciava o ventre avantajado de oito meses. Após muita luta, muita pesquisa, muita conversa até chegarem a um consenso eles se decidiram. Iriam tentar um filho. Após a análise da árvore genealógica que demorou um bom tempo para ser montada, a conclusão foi que eles estavam sim no grupo dos seis por cento de risco. Nunca houve nenhum problema com os antepassados que aumentasse a porcentagem de risco. No entanto, não começaram a tentativa logo de cara. Curtiram mais um pouco o pequeno Tay. Viajaram com ele, participaram das atividades na escola, e quando ele completou sete anos, ele disse que queria seguir os passos do pai. Hoje ele era um piloto de kart. Esse também foi um dos motivos que levou o casal a esperar um pouco mais. Participavam de todos os treinos e corridas do filho, vibravam e comemoravam com ele. Enfim... viveram intensamente a vida familiar durante pouco mais de cinco anos. Há pouco mais de um ano, resolveram tentar e isso significa sexo quase todo dia. Não ficaram com a paranoia de ficar observando o ciclo ou deixando de fazer sexo para esperarem o período fértil. Simplesmente... faziam amor sem qualquer proteção e esperavam o resultado. A notícia da gravidez foi recebida com entusiasmo e os cuidados foram redobrados. Exames específicos, alguns que Christopher sequer tinha ouvido falar. Dulce não se queixava de nada e a gestação seguia tranquila.

Com o restante da família também houve novidade. Emmett e Rose se casaram oficialmente há dois anos. Annie e poncho se mudaram para a França e vinham visitar a família três vezes por ano. Alexandra conseguiu se divorciar no litigioso e hoje estava envolvida com o Peter. Victor simplesmente desapareceu no mapa. Era como se nunca tivesse existido. Christopher ainda tentou procurá-lo, colocando anúncios na internet e nos jornais, mas ninguém sabia do seu paradeiro.

E como poderiam saber? Quem iria imaginar que aquele ser maltrapilho, com cabelos sebosos e marrons de tanta sujeira era aquele homem loiro e lindo de anos atrás? Quem diria que o médico tão requisitado era aquele mendigo que vivia numa caverna debaixo da ponte de onde só saia ao final da tarde para observar a casa do filho? Ali ele via vida, via o neto adotivo sentado no gramado ao lado da mãe... sua filha-nora. Estava grávida. E ele nem ao menos poderia chegar perto da sua Dulce... e do seu Christopher.  Não teria coragem de pedir perdão, pedir para voltar. Ele procurou pela própria desgraça e agora teria que arcar com isso.

— Como está se sentindo?

Christopher perguntou de repente, fazendo Dulce pular de susto.

— Bem. Uma dor leve aqui em baixo...

Mostrou pouco abaixo do ventre.

— Oh merda, Dulce... por que faz isso?

— Não é nada, Christopher. 

— Não é nada... não é nada. Sabe que essa gravidez pode não chegar aos nove meses. Caramba, Dulce... me ajude.

Um soluço escapou pelos lábios dela e Christopher se ajoelhou a sua frente. Ela estava mais sensível. Na verdade estava com medo da maldita cesariana. Desde quando descobriram que teriam gêmeos, eles optaram pela cesariana. Além disso a obstetra alertou para o fato de que raramente uma gravidez de gêmeos chegava aos noves meses.

— Desculpe. Não queria chateá-la. Eu só fiquei nervoso.

— Está tudo bem.

— Mamãe?

Taylor apareceu, já de pijama, com um olhar sonolento.

— Por que está chorando?

— Só estou um pouco nervosa, querido.

— Por causa dos bebês?

Taylor estava agora com dez anos e estava um rapazinho. Era bem maduro para a idade dele e ficava aflito quando via a mãe nervosa ou chorando. Acariciou o rosto dela e depois colocou a mão em seu ventre.

— Eles estão quietinhos?

— Sim. Acho que estão dormindo. Aliás... é hora de meu campeão ir pra cama também. Coma o cereal e escove os dentes.

Christopher preparou o cereal para o filho, mas de olhos atentos na esposa. Não sabia se era impressão dele, mas Dulce tinha um aspecto cansado. Ela estava afastada do trabalho, assim como ele. Há dois anos ele se afastou das pistas. Não sabia se um dia iria voltar. No momento ele não sentia falta, mas sabia que um dia iria sentir. Mas deixaria para pensar nisso daqui a algum tempo. Sua prioridade era ajudar Dulce a trazer os filhos ao mundo.

Após lanchar, Taylor beijou os pais e subiu para o quarto. Não precisavam ficar repetindo a todo momento o que ele deveria fazer. Foi muito bem educado nos primeiros anos com eles e já adquiriu bons hábitos. Assim que ficaram a sós, Christopher se sentou ao lado de Dulce. 

— Quer comer alguma coisa?

— Não. Quero me deitar. Estou com sono.

— Vamos. Eu ajudo você.

Por mais forte que Christopher fosse, ele não conseguia mais subir com Dulce nos braços pelas escadas. O máximo que podia fazer era apoia-la já que estava com quase dezoito quilos a mais. Mas estava linda. Christopher não se lembrava de tê-la visto mais linda do que agora.

Dulce foi direto para o banheiro, fez suas necessidades e sua higiene. Como sempre, Christopher a ajudou a se deitar, ajeitando os travesseiros e as almofadas sob seus pés.

— Está confortável?

— Sim.

— Eu já volto.

Christopher foi ao banheiro e após fazer sua higiene voltou para o quarto indo diretamente para a cama. Pousou a mão sobe o ventre de Dulce enquanto observava seu rosto.

— Daqui a uma semana nossos bebês estarão aqui, amor.

— Sim. Mal posso esperar para ver a carinha deles.

— Agora eu me arrependo de não ter visto o sexo deles.

Christopher riu, beijando-a. Ele sempre foi curioso e quis logo saber o sexo, mas Dulce bateu o pé. Agora estava arrependida.

— Logo logo saberemos.

Dulce bocejou e Christopher fez um cafune em seus cabelos.

—Hum... tão bom.

— Pra você dormir mais depressa.

— Obrigada... eu te amo.

Falou já meio grogue de sono.

— Eu também te amo.

Logo Dulce ressonava tranquilamente. Christopher demorou um pouco mais para dormir, mas foi acordado algumas horas depois com um gemido de dor. Abriu os olhos e tateou ao lado, procurando pelo abajur. Novo gemido e ele se sentou na cama.

— Dull? Amor o que houve?

— Acho... acho que eles não querem esperar, Christopher. 

Ele deu um salto na cama e caiu de joelhos ao lado dela.

— O que está sentindo? As dores do jeito que a doutora falou? Inspire...

Dulce inspirou e soltou o ar lentamente, mas ela sabia que tinha chegado a hora. De nada adiantou marcar a cesárea para a próxima semana.

— Minha bolsa... minha bolsa se rompeu,Christopher. 

— Oh meu Deus...

Rapidamente Christopher se vestiu, com o celular na orelha ligando para a mãe.Chris não estava e alguém teria que ficar com o Taylor. Christopher falava ao telefone e revirava o armário a procura de alguma roupa pra Dulce.  Felizmente ela era meticulosa em arrumação, tanto que a mala que levaria para a maternidade também estava pronta.

Christopher a ajudou a se vestir, pegou a mala e levou para o carro. Nesse meio tempo Alexandra chegou. Tinha jogado apenas um casaco sobre a camisola.

— Como ela está?

— Está bem, mas a bolsa se rompeu. Cuide do Tay pra mim, por favor?

— Claro, querido. Mantenha-me informada.

Alexandra deu um beijo na bochecha de Dulce assim que Christopher desceu com ela.

— Vai dar tudo certo, filha. Vou fazer uma oração para as grávidas.

— Obrigada, mãezinha. Mas esses seus netos... são meio apressados.

— Puxou ao pai. Christopher também nasceu uma semana antes do esperado.

— Ta... ta... agora vamos.

Dulce bufou e seguiu agarrada ao braço do marido. Não ia negar que estava com medo... mas ele estava ao seu lado. Christopher sempre seria sua força.

*********

 


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Autor(a): nessavondy

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Quatro horas mais tarde, agarrado à mão de Dulce e chorando copiosamente, Christopher ouvia o choro do primeiro bebê. Dulce também chorava, olhando para o rosto emocionado do marido. Era um choro alto, forte, quase revoltado. Era como se o bebê não quisesse sair daquele abrigo quentinho onde estava. —Olhem papai e mamãe.. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 113



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  • recuerdosvondy Postado em 31/08/2021 - 20:26:17

    Achei a fanfic lindaa! Parabéns 💖

  • janaynafarias Postado em 01/06/2016 - 00:54:45

    Olá flor!....nossa q fic linda nunca li algo tão lindo,belo e apaixonante cmo essa história, certo q n começo estranhei o pq ele ser assim fecharão e depois d chegada d irmã a ficha caiu.antes msm d ser revelado a verdade d situação tava n cara o q rolava entre eles.....mais deixar isso pra lá. Uma coisa q aprendi é não julgar o livro pela capa,e foi isso q aconteceu e não me arrependo d ter lindo e me apaixonado pela fic.n fundo eu torcia pra eles conseguirem ter filhos biológicos e foi mto bonito a atitude deles em adotar.parabéns flor pelo bela adaptação vondy,sou vondy iludida até o último coração vondy para!BIOS :) :) :*

  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 19:02:11

    Que história linda ! Nunca tinha lido nada parecido e amei demais

  • jucinairaespozani Postado em 10/08/2015 - 20:55:24

    Perfeita

  • Vanuza Ribeiro Postado em 05/07/2015 - 03:20:17

    li a fanfic esta noite, adorei fantastica nunca tinha lido nenhuma desse genero mais amei, parabéns

  • wermelinnger Postado em 12/06/2015 - 16:31:34

    Uauuuuu linda demais! ameeei!!

  • vondy_magnific Postado em 07/06/2015 - 10:16:57

    Maravilhosaaa(carinha de choro)..que pena que acabou

  • rebelde6 Postado em 26/05/2015 - 16:41:56

    Eeeeeh.. Amém... uhuuul qq lindaaaaa .. ameeei

  • rebelde6 Postado em 25/05/2015 - 18:54:37

    Ai ai ai ai ai:.. continuaaa.. Aposto q Saiu foto deles na midia sei laaa.. caracaaaa... :3

  • sweetpink Postado em 25/05/2015 - 18:48:43

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa , sua web está linda ! , será que o victor descobriu ??? ahhh meu deus continuaaaa <3


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