Fanfic: A Rush To Fiction | Tema: Fanfiction
Corpo para cima e braços ao longo do corpo. Uma pessoa reservada e que foge dos padrões elevados. Esse é o meu modo de dormir e essa é uma das que não poderei dizer se são qualidades ou defeitos. O despertador não me acordava, mais o sol que ia direto pro espelho do meu quarto e refletia em uma feixe nos meus olhos, faziam com que, naturalmente me levantasse e olhasse para o meu trabalho: Fotografias coladas na parede do meu quarto e a câmera do outro lado, me esperando para capturar momentos que a vida me proporcionava.
Mas dessa vez, isso não aconteceu. Algo estava diferente, um barulho devastador rondava as quatro paredes do meu assento, meus olhos abrem lentamente, com isso consegui compreender claramente duas coisas: alguns pontos vermelhos e minha posição encolhida, enrolada no cobertor com apenas os olhos, nariz para fora e a respiração ofegante; Porque estou nesta posição? -Pensei- Rapidamente percebo que o barulho vem dos mesmos pontos vermelhos que fez eu enxergar que eram 6:00 da manhã, comecei a apertar esse “despertador” desesperadamente até que em um certo momento ele desligou-se, me deixando sem reação. Para mim isso não passava de algo abstrato. 5 minutos parada em forma de uma estátua pensando no que estava ocorrendo e assustada ao ao mesmo tempo, até ouvir um chiado chamando por um nome desconhecido.
— Caitlin -sussurra alguém-
— Caitlin -sussurra novamente em um tom de proximidade- Até que em um certo momento essa voz chega perto e a porta se abre medianamente, iluminando em certas partes o quarto, onde só se enxergava o horário com sua luz nitidamente visível.
— Caitlin -exclamou em um tom mais alto essa mulher em um olhar diretamente a mim. — Vamos, você vai se atrasar, o café já está pronto, te espero lá em baixo, anda – exclamou abrindo a janela –
Depois desta mulher anônima se retirar, comecei a olhar em tudo que estava ao redor quando a luz do sol resolveu se manifestar, e percebi, que esse não era meu quarto, que mais parecia de uma típica adolescente com algumas roupas jogadas, aparelhos de última geração, livros entre outros; E logo minha cabeça começou a questionar-se: Que lugar é esse? Cadê minhas fotos? Atrasar em que? Quem é essa mulher? Quem é Caitlin? Porque me chamas assim sendo que meu nome é Victória?.
Assim como dizia Aristoteles “inteligente é aquele que não se cansa de aprender”, estava na hora de tomar atitudes e ter conhecimentos do que está havendo nessa utopia da minha nova realidade. Ao tentar levantar-me da cama, uma força de ociosidade penetrava meu corpo fazendo com que, eu não quisesse sair dali; Muito estranho por sinal, pois eu nunca me sentia assim. A naturalidade da minha rotina definitivamente não estava nesse roteiro. Depois de muito esforço, consegui levantar-me e por alguns segundos meu coração apertava: Era a falta dos meus momentos capturados nos cantos da parede e a câmera que me esperava todo dia do outro lado para o trabalho. Depois de uma respiração profunda, retirei-me do quarto e comecei a caminhar pelo corredor tentando avistar algo, que por sinal, era uma casa elegante que parecia de classe média/alta com um longo tapete estendido; Tentei me posicionar, não ficaria com medo, mesmo esta casa não sendo minha. No final, acho uma escada, desço e encontro uma cozinha: A mulher anônima ainda se encontra nesta residência.
— Finalmente Caitlin! – exclamou-se mais rude do que no quarto – Seu café vai esfriar, venha! – disse sem olhar nos meu olhos com um tom de pressa.
Desci os últimos dois degraus com as mãos firmes na alça da escada e meu rosto de dúvida, caminhando lentamente até a cadeira mais próxima; Sentei-me. Peguei a xícara com a duas mãos, e continuava naquela posição de encolhimento olhando a mulher e sua volta.
— Ok, o que você fará hoje? – questionou a mulher –
— Bom... – disse na dúvida se responderia ou não. — Vou tirar as fotos e, mais tarde, ir pra faculdade de sociologia – terminei com um rosto de dúvida –
— Oi? – riu em um tom de sarcasmo. — Pelo que eu sei sua faculdade é daqui a pouco, você faz medicina e você não tira fotos – riu-se de novo, com um tom mais sarcástico. – Você está bem minha filha?
Meu rosto simplesmente girou-se para ela lentamente, meu coração, palpitava três vezes mais do que o normal continuando com as duas mãos na xícara.
— Sim... Mãe – resolvi dizer no último tempo para disfarçar o que estava sentindo –
— Hum, ok, vamos então, se não você vai se atrasar – disse apressada –
Levantei devagar como se cada movimento fosse brusco, a mulher anônima que se declara como minha mãe saiu pela frente, não sabia mais quais eram meus sentimentos, as dúvidas apenas aumentavam e minha cabeça, questionava mais um vez, só que agora em algo muito maior: ONDE ESTOU? QUE MUNDO É ESSE? É REAL OU APENAS UMA FICÇÃO? A xícara debruça-se sobre o chão, minhas forças nem estavam mais para aguentar a segurar este objeto, a tensão, o coração, a cabeça super pensativa, fez com que eu não tivesse mais reação de algo. Tentei continuar firme, seguindo a mulher anônima e descobrir o que me reservava para frente.
Autor(a): thexxgr
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