Fanfic: A Última Música - AyA (Adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso

-Então você não deveria ter dito o que disse.

Ela não perdeu seu tempo respondendo pela terceira vez. Seu irmão sempre tinha a última palavra. Isso a deixava louca.

-Você foi capaz de dormir um pouco? Sua mãe perguntou.

-Até você passar por aquele buraco. Obrigada, por sinal. Minha cabeça praticamente atravessou o vidro.

O olhar de sua mãe continuou na estrada. –Estou feliz em saber que seu humor fica melhor depois de um cochilo.

Annie estourou uma bola feita com seu chiclete. Sua mãe odiava quando ela fazia isso,  que era o principal motivo dela ter feito praticamente sem parar enquanto eles dirigiam pela I-95. A  interestadual, em uma humilde opinião, era o pedaço mais chato de toda a estrada. A  não ser que alguém gostasse de fast foods gordurosos, banheiros de estradas nojentos e zilhões de pinheiros, sua monotonia hipnótica poderia ninar uma pessoa. Ela disse essas exatas palavras  para sua mãe em Delaware, Marylan e Virgina, mas sua mãe tinha ignorado os comentários todas as vezes. Alem de tentar fazer a viagem ser legal, desde que essas seria a última vez que iriam se ver por um bom tempo, sua mãe não era do tipo que conversava no carro. Ela na estava nem um pouco confortável dirigindo, o que não era surpreendente levando em consideração que eles ou andavam de metro ou pegavam táxis quando precisavam ir algum lugar.  No apartamento, no entanto... Era outra história. Sua mãe não pensava duas vezes na hora de se meter nas coisas, e o sindico fora duas vezes nos últimos meses pedir para que falassem mais baixo. Sua mãe provavelmente acreditava que quanto mais alto ela gritasse sobre as notas de Annie, ou os amigos de Annie, ou o fato que Annie continuava a ignorar o toque  de recolher, ou o incidente – especialmente o incidente – faria com que Annie passasse a se importar.

Okay, ela não era a pior das mães. Ela realmente não era. E quando se sentia generosa, Annie talvez até admitisse que ela fosse bem razoável em relação às outras mães. O problema e que parecia que sua mãe estava presa em alguma esquisita máquina do tempo na qual seus filhos nunca cresciam, e Annie desejava pela centésima vez que ela tivesse nascido em Maio  em vez de Agosto. Ela já teria dezoito anos e sua mãe não poderia força-la a fazer nada. Legalmente, ela seria velha o suficiente para tomar suas próprias decisões, e vamos dizer que essa viagem não estava nos seus planos. Mas agora, Annie não tinha nenhuma voz na hora das decisões. Porque ela ainda tinha dezessete anos. Porque tinha sido enganada pelo calendário.  Porque sua mãe a concebeu três meses antes de que deveria. O que era aquilo? Não importava o quanto Annie havia ferozmente implorando e reclamdo ou gritado ou choramingado sobre os planos pro verão, nada faria a menor diferença. Annie e Arthur iriam passar o verão com seu pai e ponto final. Sem se, e ou mas sobre isso,  foi como sua mãe se expressou. Annie tinha aprendido a desprezar aquela expressão.

Mesmo a saída da ponte, o tráfico estava lento como uma tartaruga. Do lado, entre as casa, Annie capturou vislumbres do oceano. Yippee. Como se ela se importasse.

-De novo, por que você esta nos obrigando a fazer isso? Annie gemeu.