Fanfic: Entre Duas Versões | Tema: A Feia Mais Bela

(Olá meninas! Gostaria de me desculpar por não está postando diariamente, mas agora vou tentar ser mais pontual. Obrigada por tudo e continuem comentando.) 

- Angie, para onde você pensa estar indo? - digo me aproximando de seu corpo, quando aquele cara que estava ao seu lado toma a frente.

- Ela vai sair comigo. Você pode nos dar licença?

- Não. Não posso. Angie você pode mandar esse seu ``amiguinho`` tirado a machão sair da nossa frente, por favor? Se não, vamos só adiar mais a nossa festinha particular princesa, e não é isso que você espera estou certo? - ele sussurra as últimas palavras no ouvido dela, mas por estar bem próximo, me possibilita ouvir cada sílaba pronunciada. A puxa para si enquanto deposita vários selinhos em seus lábios.

- Sim, eu vou falar com esse insuportável, precisamos terminar de curtir a noite. - Angie não conseguia parar de rir. Era nítido que o seu corpo já estava sobre o efeito do álcool, a minha Angie não costuma agir dessa forma quando estava sobrea, eu precisava fazer algo urgente. Ela desviando o seu olhar para mim, volta a dizer: Olha Jaime... Você mesmo escutou? Deixe-me em paz, certo? Eu estou com o meu... Meu... Com ele. E vou continuar com ele a noite toda, entende? To-di-nha caso você queira saber. - ela apontava o seu dedo indicador em minha direção e se aproxima em passos lentos, quando quase cai.

- Olha pra isso. Angie você não está bem. Você vai sair comigo e vai ser agora. Eu vou te tirar daqui. - a seguro pelo punho praticamente a arrastando para me acompanhar.

- Eu não vou a lugar algum com você, por acaso eu vim com você? Não. E... Ah, que eu me lembre você veio com a sua “amiguinha`` , cadê ela? Não precisa levá-la para casa? Coitada, com tanto perigo como vemos hoje em dia nas ruas do México é inconveniente deixar uma amiga andar sozinha assim. - a sua ironia em cada palavra dita me deixava furioso.

- Não precisa, ela já foi. E é bem mais perigoso deixar você com ele Angélica. Isso sim é perigo. - ao ouvir o que digo com um olhar de repulsa direcionado ao acompanhante de Angie, ele a puxa pelo braço fortemente a fazendo quase cair, e avança para cima de mim.

- Solta ela. Você vai fazer o que, hein? Ela já disse que vai comigo, para onde eu a quiser levar e, é assim que vai ser. O que houve? Está como ciúmes “projetinho de protagonista” a gata é minha agora.

Não aguentei ouvir mais nenhuma palavra que saia daquela boca imunda dele que, há minutos atrás beijava a mesma boca perfeita da minha Angie. Ele também parecia um pouco alterado, e o bafo de bebida na sua boca era perceptível. O empurrei de imediato, fazendo o seu corpo colidir-se com o chão de uma forma brutal. Logo após, o peguei pelo colarinho de sua camisa o levantando, e quando ia socá-lo até poder quebrar o lindo rostinho que ele tinha, a Angie mesmo um pouco tonta por causa da bebida, tentou nos separar.

- Não Jaime, deixe-o, por favor, eu vou com você. Pronto. Mas que inferno você não me deixa em paz.

- Não princesa, você vai comigo, e ele que tente me bater, pois eu também sei revidar. - ele passa o seu braço pela cintura da Angie a segurando e ela o responde:

- Não, tudo bem, eu vou com ele. Não quero mais brigas, desculpa aí.

- Nada disso você vai comigo e vai ser agora. - ele praticamente tenta arrastá-la dali.

- Ai, você está me machucando. – falou Angie, quase gritando.

- Solta ela seu desgraçado. - falo já tirando a Angie de seus braços e voltando para batê-lo, quando a Paty chega.

- Mas o que está acontecendo aqui? Porque estão tão afastados de todos? Vamos curtir a festa... E que caras são essas?

- Não aconteceu nada demais Paty, só que a Angie não está se sentindo muito bem. Deve ter bebido mais do que devia, então, vim levá-la para casa. Mas muito obrigada pela preocupação e a festa estava ótima. - me despeço dela juntamente com Angie. Já ele se pronúncia:

- Olha, eu não vou perder o meu tempo aqui com vocês. Voltarei pra festa, com licença. – por fim, ele sai.

- O que deu nele? - perguntou Paty.

- Nada. Deve ser mal humor. Obrigada por tudo Paty! Agora já vamos.

- Certo, e juízo vocês dois hein? Cuida bem dela Jaime.

- Pode deixar, é o que sempre faço.

- Vamos pequena? – digo já entrelaçando a sua a minha, a fim de sairmos dali.

- Eu não preciso de ajuda, posso muito bem andar sozinha. E para de me chamar assim...

- Assim como? Pequena?

- Já mandei parar.

- Mas você é pequena.

- E você é grandão, mesmo assim não fico te chamando o tempo todo de “Grandão”.

- Hm, Grandão é? Gostei! Eu não me importo.

- Mas eu sim. Me solta já falei, fica passando essa mão em mim. Mantenha uma certa distância, por favor. – faço o que ela me pede, e saímos em direção ao estacionamento. Abro a porta do lado do passageiro para ela entrar, e logo após a minha, me sento, coloco o sinto de segurança e engato a marcha dando partida.

Passamos o caminho todo para a casa dela em silêncio. Estava uma noite bonita, um pouco fria e ventava forte. Já era por volta das onze da noite. Eu sabia que a Angie tinha se irritado comigo, e muito. Mas eu não podia se quer cogitar a possibilidade que ela naquele momento, estivesse nos braços de outro que, não fosse eu mesmo. Ainda mais na situação que se encontrava, Angélica adorava beber, não fazia isso sempre, mas quando fazia às vezes, se entregava literalmente a bebida, ainda mais a tequila, que era de sua estima. Enfim chegamos. Saio do carro dando a volta e abrindo a porta do seu lado, estendendo minha mão ajudando-a sair do carro.

- Está mais calma agora? - pergunto esperando atento a uma resposta sua.

- Sim, obrigada! – ela tenta andar, mas perde o equilíbrio.

- Opa, te peguei.

- E pegou mesmo hein. - ela morde o seu lábio inferior o soltando de leve, terminando em uma alta gargalhada que é possível ouvir o seu eco de longe. Fecho a porta do carro aciono o alarme e a seguro pela cintura ajudando a entrar em casa. Passando pelo jardim chegamos à varanda, ela pega a chave que estava em sua bolsa e deposita em minhas mãos para que assim, eu possa abrir a porta. A casa estava escura, só era iluminada pela luz da lua que podia ser vista pelos janelões de vidro naquele espaço.

- Jaime fica... Dorme aqui. – diz ela.

- Angie, eu não posso e sua mãe está aí, ela não vai gostar nada, nada de te ver assim.

- Assim como? Eu estou ótima, me sinto viva. E mamãe ela não está ai, vai dormir fora, os empregados também não estão. Eu estou sozinha. – ela faz uma cara manhosa, ainda cambaleando das pernas.

- Digamos que você exagerou no álcool por hoje, né? E você está só?

- Ain Jaime, só tomei duas doses, coisa pouca que exagero. Até parece que está falando com uma bêbada, olhe senhor “grandão” eu estou bem lucida. – ela da uma voltinha e perde o estabilidade novamente. Sorte que eu estava lá para ampará-la na queda.

- Sim da pra perceber muito bem. Acho que é melhor eu ficar mesmo, com você assim posso chegar aqui amanhã e nem estar mais viva.

- Seu idiota! – ela se separa do meu corpo e coloca seu pé sobre o primeiro degrau da enorme escada que levava ao segundo andar da casa.

- O que você vai fazer? – a olho um pouco confuso.

- Subir as escadas. Meio obvio, não?

- Nesse estado? – dou uma profunda gargalhada – Duvido que chegue ao segundo degrau. Vem cá.

- E qual é a melhor solução? Porque eu tenho que chegar lá em cima, e voar, me perdoe, mas ainda não aprendi.

- Engraçadinha, mesmo estando assim não perde a piada. Vou te levar nos meus braços vem.

- Não Jai... – a pego em meus braços e subo degrau por degrau, era tão bom a ter assim, nem que seja por poucos instantes no um colo. Chego ao seu quarto e a coloco com o máximo de cuidado no chão, deixando seu corpo rente ao meu.

- Pronto. Agora está entregue.

O perfume que tinha em seu quarto era o maravilhoso. O cheiro dela, que estava por toda a parte.

- Angie você precisa tomar um banho.

- Ach...Acho que não consigo sozinha – ela esbarra a sua mão sobre meu peito quando fala:

- Vem você mesmo me ajuda a tomar, é o único que tem. – ela rir.

- E-eu? Tem certeza?

- Se não quiser dormir comigo defendo ao seu lado, vai ter sim.

- Você sabe que não fede. Cheira, e muito bem.

- É mesmo? Então sente. - ela aproxima o seu rosto do meu e solta o seu bafo, digamos que, pouco agradável.

- Vem minha pequena louquinha. Vou te dar banho e cuidar de você.