Fanfics Brasil - Capítulo 10 Minha Dupla Vida AYA (PONNY)

Fanfic: Minha Dupla Vida AYA (PONNY) | Tema: AYA Ponny


Capítulo: Capítulo 10

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NA MANHÃ seguinte,Alfonso cruzava o terreno da vila em estilo espanhol onde havia passado

a infância, pelo menos sempre que um de seus pais não o carregava para Europa ou Nova

York quando viajavam a trabalho. Ele tinha uma pergunta para seu pai, então foi à fonte.

Não que estivesse ansioso para o encontro.

– O que diabos você está fazendo aqui? – O pai de Alfonso o cumprimentou diante do

cômodo convertido em estúdio artístico nos fundos da vasta propriedade na praia de

Malibu.

Um homem grande e robusto na casa dos 70 anos, Thomas Herrera II tinha barba

grisalha e cabelo branco desgrenhado e espesso que se arrepiava para todas as direções.

Atrás dele, esculturas em argila e mármore em várias fases de criação se amontoavam

no piso de ladrilhos. Além de ser um famoso produtor, o sujeito era escultor no tempo

livre. Pessoalmente, Alfonso sempre achara que seu pai tivesse transtorno de hiperatividade e

déficit de atenção, pois nunca conseguia ficar parado por mais de um minuto e sempre

precisava de algo novo para prender a atenção. Ele era um gênio criativo em muitos

sentidos, mas sua capacidade de acompanhar as coisas era terrível. Quando iniciaram o

negócio juntos, Alfonso tivera esperanças de que seus estilos opostos pudessem equilibrar

um ao outro. No entanto, esquecera-se do fato de que Thomas também gostava de fazer

as coisas do seu jeito o tempo todo.

– Olá para você, também. – Alfonso passou pelo pai rumo ao piso térreo ao ar livre do

estúdio, onde um longo painel de janelas estava aberto para permitir a entrada da brisa do

oceano Pacífico. Quando Alfonso era criança, o estúdio era a piscina da casa. – E acredite,

não estaria aqui se achasse que você poderia me dar uma resposta direta pelo telefone.

Era melhor ver a cara do pai pessoalmente. Assim Alfonso poderia distinguir a realidade da

ficção quando questionasse sobre sua empreitada mais recente. Alfonso  não teria arriscado

um confronto caso não necessitasse da verdade. A pesquisa de Anahí havia lhe dado

muito em que pensar.

– Bah – resmungou Thomas, virando as costas para Alfonso a fim de lavar as mãos em

uma pia encostada na parede. – Como se você tivesse direito a respostas diretas. Que

direito você tem de me questionar sobre meus negócios, afinal?

– Quem disse que vim com interesse profissional, pai?

Alfonso passou a mão ao longo das curvas graciosas de um cavalo de mármore inacabado.

A peça era uma das favoritas de Alfonso, originalmente concebida como uma homenagem a

sua mãe, mas tal noção romântica foi anulada quando Thomas a flagrou com outra

pessoa. A mãe atriz de Alfonso não passara muito tempo com os três filhos quando eles

eram jovens, porém ela os levava para o interior da Toscana em todos os verões para

ficar com os avós maternos, uma pausa bem-vinda de seu pai egocêntrico. Damian e

Lucien, seus irmãos mais novos, saíram da região de Los Angeles logo que completaram

18 anos, prontos para colocar algum espaço entre eles e o pai autoritário.

– Desde quando você tem alguma preocupação que não seja trabalho? – Thomas pegou

uma toalha de linho em uma estante e lançou um olhar penetrante enquanto secava as

mãos.

Alfonso caminhou até uma escultura do torso de uma mulher, seios empinados e tesos

bem na altura dos olhos do espectador graças a um pedestal. A coluna arqueada e os

quadris largos o fizeram pensar em Anahí.

E em Natalie.

– Desde que aprendi que preciso ficar duas vezes mais alerta quando faço negócios com

a família.

– Bobagem. – Thomas fez um gesto de desprezo. – Seu problema é que você ainda não

teve vida pessoal desde Heather. É por isso que você é muito intenso. Um homem precisa

de uma mulher.

Alfonso se recusava a discutir seu envolvimento romântico com a única mulher por quem

ele se apaixonara de verdade. Uma mulher mais atraída pela ideia de ser casada com um

Herrera do que pela realidade de amar Alfonso.

Thomas podia ser um pé no saco, mas tinha magnetismo pessoal de sobra. O velho

possuía uma competência e tanto, e Alfonso às vezes desejava não estar na mesma arena

que seu pai.

– Você certamente não se privou de mulheres – observou Alfonso sutilmente, ansioso para

desviar o assunto.

Ignorando o comentário, Thomas foi até um balcão do outro lado da sala e pegou uma

garrafa pesada de cristal.

– Bebida? – perguntou ele, enchendo um copo com um líquido âmbar.

Como era o pai de Alfonso, não havia como saber se aquele era o melhor uísque escocês

ou uma nova receita vinho de dente-de-leão preparada na mesma maldita pia onde ele

lavava as ferramentas de talhagem. Seu pai gostava de pensar em si como um homem

renascentista, mas suas habilidades como vinicultor eram rudimentares, na melhor das

hipóteses.

– Não. – Alfonso foi até uma cadeira alta perto de uma mesa de bar no meio do cômodo e

sentou-se. – Esta não é uma visita social.

Ele precisava ver a expressão do pai quando lhe perguntasse sobre os direitos do filme

que tinha adquirido para produzir uma história suspeitosamente semelhante àquela que

Alfonso tinha tentado fazer enquanto trabalhava para a empresa de Thomas. Ele precisava

entender as intenções do sujeito. Claro, Thomas sempre fora ridiculamente competitivo,

especialmente com Alfonso. Mas será que ele realmente faria um filme apenas para ofender

o filho? Trey sentia como se houvesse algo faltando e tinha esperanças de que aquele

momento cara a cara fosse ajudá-lo a descobrir por que o pai mudara para um novo nível

de agressão na guerra familiar corrente pela fama de Hollywood.

Será que Thomas não via que era a vez de Alfonso de obter reconhecimento? Que era a

vez de Alfonso brilhar?

– Notei que você não tem sido muito sociável desde que acabei com a produção do seu

último filme. – Thomas caminhou pelo estúdio, bebida na mão, olhos itinerantes sobre

suas criações. Ele fez algumas pausas para escovar o pó de pedra de uma escultura, ou

para traçar um sulco ao longo de um modelo de argila.

Lutando para não perder a paciência, Alfonso lembrou a si que estava ali para obter

respostas e que não podia deixar seu pai distraí-lo, usando a relação pessoal distorcida que

tinham. Foi assim que Alfonso conseguiu se juntar à empresa cinematográfica do pai, para

começar: empregando mal o sentimentalismo e a esperança de que poderiam trabalhar

juntos como adultos, mesmo depois de uma relação conflituosa durante a juventude de

Alfonso.

Péssima ideia.

– Com um bom motivo. – Alfonso pegou seu telefone celular e rolou pela tela buscando

notícias na área da cultura. – Mas acho que você me deve uma explicação caso vá

produzir o filme que não me deixou fazer. – Ele leu em voz alta: – “A Herrera Films

comprou os direitos de Quiet Places, um livro sobre a guerra do Vietnã que relata a

amizade improvável entre prisioneiros de guerra americanos.”

– E daí? – Thomas bebericou um gole demorado, sem nem mesmo olhar para Alfonso.

– Tenho um roteiro fantástico e angustiante sobre prisioneiros de guerra durante a

guerra da Coreia. Você sabe disso.

– O seu envolve presos de guerra australianos. Meu projeto tem mais da coisa

americana.

– Certo. Bem lembrado. – Alfonso desligou o celular e se levantou. Tinha conseguido o

suficiente da resposta de que necessitava. Thomas não estava comprometido com o filme

tanto quanto estava comprometido em irritar Alfonso. Mas isso não significava que ele não

faria o filme. Porém, até agora, a história não o empolgara artisticamente falando. – Vou

deixar você voltar ao trabalho.

Thomas ficou calado. Alfonso estava quase na porta quando o ouviu pigarrear. Agitar os

cubos de gelo no copo.

– Ouvi dizer que você andou saindo tarde da noite pela cidade – falou Thomas

casualmente, como se fosse uma simples observação.

Alfonso se virou. Precisava dar o fora da casa de seu velho pai, mas ficou aguardando pelo

golpe inevitável. Sem dúvida Thomas tinha um motivo para comentar a única noite da qual

Alfonso desfrutara em muito tempo.

– Decepcionado porque não convidei você? – Ele manteve o tom leve, mas a tensão

havia tomado seus ombros.

– Estou preocupado, Alfonso. – Ele colocou o copo vazio na mesa antes de pegar uma

pequena picareta e se aproximar de uma figura de barro com a cara de um leão. – Você

tem alguns clientes menores de idade nessa sua agência nova. Não tenho certeza se essa

coisa transmite uma boa mensagem para os pais de jovens atrizes cujo empresário está

apadrinhando clientes em boates.

– Eu ficaria surpreso se alguém pensasse qualquer coisa a respeito disso. – Los Angeles

não era nenhuma cidadezinha do interior onde um agente poderia ser visto como um

personagem decadente.

– Confie em mim. Basta apenas um artigo bem posicionado para transformar isso em

um escândalo. – Ele levou a picareta às linhas de argila ao redor da cara da nobre criatura.

– Você odiaria perder seus jovens clientes. Eles são o futuro de qualquer agência boa.

– E corta! – Alfonso usou as mãos para imitar o movimento de uma claquete. – Bela

tomada, pai. Pena que as câmeras não estavam rodando.

– Estou tentando ajudar você, Alfonso – argumentou o outro. – Só o pressiono para que

você possa alcançar mais sucesso. Você não vê? É o papel de um pai.

Alfonso não conseguia pensar em muitos pais que levassem tal papel tão a sério, mas não

ia cair nesse assunto outra vez. Já havia descoberto o que precisava saber.

– Tudo bem, papai. Obrigado. – Balançando a cabeça, saiu do estúdio e cruzou o

gramado até seu carro, incomodado por ter dirigido por toda a Pacific Coast Highway só

para ser recebido com mais joguinhos.

Pelo menos tinha descoberto o movimento seguinte do pai. Thomas ainda estava

tentando manipular Alfonso  como uma peça de xadrez, em um jogo que o filho nunca

desejara jogar.

Ainda bem que o próximo item em sua agenda era o almoço com Anahí. A

analista aparentemente tímida se mostrara cheia de todos os tipos de surpresas

interessantes na última vez que se encontraram.

Nas últimas 24 horas, Alfonso vinha pensando muito nela. Aquela plumagem branca sobre a

mesa tinha estimulado sua imaginação, fazendo-o se perguntar como ela passava o tempo

fora do escritório. Era uma ideia maluca achar que Anahí tinha algo a ver com Natalie

Night. Mas a foto dela no estúdio de dança definitivamente impulsionara tal pensamento.

A probabilidade era a de que Anahí só tinha ido ao estúdio para uma festa de

despedida de solteira. O Naughty by Night normalmente anunciava eventos como esse nos

meios de comunicação locais. No entanto, Anahí compartilhava algumas

características-chave com Natalie, incluindo a rara capacidade de deixar Alfonso enlouquecido

apenas com um olhar. Assim, muito embora uma conexão entre as mulheres fosse

altamente improvável, as fantasias de Alfonso estavam sendo bem prazerosas diante de tal

ideia.

Além disso, retornar ao Backstage seria perigoso para ele, caso houvesse alguma

chance de seu pai agir de forma tão baixa, tentando, por exemplo, minar a reputação do

filho. Para permanecer seguro, Alfonso iria manter suas fantasias para si.

Ou, melhor ainda, iria mantê-las entre ele e Anahí.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/05/2015 - 10:49:39

    lindooooooooooooooooooooooo amei... ;)

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/05/2015 - 10:38:06

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 11/05/2015 - 00:07:34

    COMO ASSIM??????? FIM???? Nãaaaaaao aceito volta akiiiiii

  • Angel_rebelde Postado em 10/05/2015 - 18:59:36

    Acabooou ??? :OOOO O.o Poncho td valente indo finalmente falar com o pai sobre td q o incomodou todo esse tempo. Realmente ele tem um jeito muito estranho de amar o filho, e acabou criando rivalidades qndo desde o início poderiam ter trabalhado juntos pois funcionam melhor. Anny não poderia ter ficado mais feliz ao ver Poncho de volta depois de ter acertado td com o pai. Ameeeeei essa fic. =DD

  • Angel_rebelde Postado em 09/05/2015 - 00:52:24

    O pai do Poncho é um cretino mesmo, que fica querendo disputar com o filho só pra se mostrar o *bonzão*. Poncho defendendo ela e mesmo assim a Anny firme e forte enfrentando o Sr Thomas numa boa. Deu dó do Poncho tbm q praticamente assinou o atestado de Covarde naquele instante. Mas ele precisou dessa sacudida dela pra entender q, assim como ela fez sem ao menos conhecer o pai dele, ele deveria enfrentar logo o pai e mostrar q ele tem voz sim. Conttttttt

  • Mila Puente Herrera Postado em 08/05/2015 - 14:18:01

    Tadinha da Anny o pai dele é ridiculo ¬¬ Postaaaaaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 19:34:59

    o pái do poncho é um idiotaaaaa

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 19:34:26

    some maiteeeeeeeeeee...

  • Angel_rebelde Postado em 06/05/2015 - 18:58:40

    Quasee q descobrem ela na boate ! Maite td atirada pro lado do Poncho ¬¬ Não se manca ¬¬ Foi um plano de fuga deles mtoo bom até o pai deles o ver juntos. Com certeza deve ter dito pro filho q ela tbm é apenas mais uma q ele encontrou por aí. Adooreeiii cochinadas na hidromassagem ;D kkkkkkkkkk. E agora q ela quer ir no Baile ?? :OOO Não teria problema se ela quisesse se esconder e ele evitar críticas do pai. Talvez seja a hora de enfrentarem isso de vez. Conttttt

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 18:55:57

    *.*


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