AQUELA MULHER o deixara de pernas para o ar.
Sexy para diabo num minuto. Docemente vulnerável no outro. E por baixo de tudo,
inteligente e engraçada. Anahí o atraía em todos os sentidos.
Alfonso a seguiu por um caminho pavimentado com lajes, até que avistou um brilho azul no
quintal. Eles contornaram a casa, desviando de árvores de murtas de crepe, para encontrar
um pátio com uma banheira de hidromassagem e uma piscina entre alas da construção
em formato de L. Cercas de quase três metros bloqueavam os vizinhos, criando um oásis
particular. A água da banheira de hidromassagem fluía sobre uma borda para a piscina, o
som de água escorrendo calmante como qualquer fonte. As flores de lótus flutuavam na
superfície da piscina, o brilho bruxuleante fazendo parecer que funcionavam com velas à
pilha. Provavelmente tinham um temporizador ou sensor de presença.
– Muito bom. – Ele passou a mão por um poste de madeira lisa que servia de apoio à
varanda no segundo andar, a qual abrangia todo a extensão da casa.
Palmeiras-anãs em vasos pontilhavam as pedras lisas ao redor da piscina, e uma tenda
branca transparente escondia o que Alfonso imaginava ser um chuveiro ao ar livre.
– Não é exatamente luxuosa como a da família Herrera, mas é um lar. – Ela fez uma
pausa perto de uma espreguiçadeira de bambu comprida, entrelaçando o braço ao dele, o
perfume fresco de Anahí provocando o nariz dele.
– O luxo não precisa ser exagerado. Isso é lindo. – O pai de Alfonso havia vivenciado tanta
pobreza quando criança, que aparentemente nunca teria bens o suficiente para compensar
isso. A casa de Anahí , menor do que qualquer uma das residências de seus pais,
provavelmente tinha sido construída na década de 1950 e era dotada do tipo de charme
que a maioria das casas maiores nunca poderia alcançar.
Daí, novamente, talvez o apelo da casa tivesse mais a ver com Anahí em si. Alfonso
gostava de tudo que a envolvia. Demais.
– Quer entrar? – perguntou ela baixinho, um dedo adentrando a manga da camisa dele
para roçar o pulso.
– Pergunta capciosa. – Ele a girou para encará-lo, necessitando se esquecer de todo o
restante. Esquecer-se de tudo, exceto dela.
– Na casa? – Ela sorriu, flertando com ele enquanto seu dedo encontrava o botão do
punho na manga e o deslizava pela casinha.
O polegar de Anahí permanecia no pulso de Alfonso , um simples toque erótico só
porque era Anahí . Ela não precisava de roupas e plumagens para enlouquecê-lo. Ela
poderia deixá-lo de joelhos com apenas um olhar.
– Depende. – Ele refletia sobre as opções. Pronto para estar com ela em qualquer lugar.
Querendo que fosse a decisão certa para ela.
Anahí enfiou a mão na outra manga e a desabotoou também.
– Estou esperando… – sussurrou Anahí contra o pescoço dele, os lábios roçando com
leve suavidade na garganta.
Droga. Ela era simplesmente… Droga.
Alfonso não conseguia elaborar nenhum pensamento, quanto menos palavras, então tirou o
casaco dos ombros dela, atirando a seda para o lado. O traje de dança minúsculo brilhava
à luz da lua, as lantejoulas criando pontinhos de fogo sobre a pele dela.
– Você vai ficar com muito frio? – perguntou ele, dando um passo para trás a fim de
abrir um botão da própria camisa, e em seguida tirando a peça por cima cabeça.
Os olhos azuis rastreavam os movimentos dele, o olhar mergulhando lá embaixo
antes de se erguer de volta ao rosto dele.
Anahí mordeu o lábio enquanto balançava a cabeça respondendo que não.
– Perfeito. – Ele assentiu com satisfação e estendeu a mão para ela, abaixando as alças
do corpete bordado.
A pele de Anahí era perfumada e macia, e ela entrelaçou os braços ao redor do
pescoço de Alfonso enquanto o restante do traje escorregava. O tecido ficou ao redor do
peito, descansando na curva dos seios empinados, tesos.
A pele dela reluzia, pálida, uma mecha de cabelo escuro retorcida ao longo da clavícula,
repousando no ligeiro decote. Alfonso pôs uma das mãos nas costas dela e puxou os fios
escuros com a outra, acariciando aquela maciez sedosa entre o polegar e o indicador.
Anahí suspirou de prazer, a cabeça inclinada para trás. Alfonso sentia-se o desgraçado
mais afortunado por poder vê-la daquela forma, desinibida e sensual, relaxada e com os
dedos enganchando no cós da calça dele.
Alfonso a beijou delicadamente. Os lábios tinham gosto de gloss de canela, e ele se
demorou lambendo-os, sugando o lábio inferior carnudo para saborear cada pedacinho.
Anahí cravou os dedos no couro cabeludo dele, se emaranhando no cabelo antes de
baixar as mãos até o pescoço, até os ombros nus.
Os quadris de Anahí encontraram os de Alfonso , e ela arqueou ao encontro dele,
rebolando sedutoramente até ele puxá-la para si. Os seios dela se achataram ao encontro
do peito dele, o peso suave dos montes volumosos se acomodando a ele enquanto Alfonso
baixava a roupa dela até os quadris. Anahí estava nua sob as lantejoulas, e os mamilos
estavam rijos colados ao corpo dele.
O ar noturno estava quente ali, a brisa diminuta por causa da cerca alta. Ainda assim,
Alfonso os incitou para mais perto da banheira de hidromassagem, desejando certificar-se de
que Anahí não ficaria com frio. Além disso, eles estavam em brasa, a pele dele tão
quente que Alfonso provavelmente faria o restante da roupa dela derreter em um minuto.
Ela abriu a fivela do cinto enquanto ele a guiava de costas até a água fumegante.
Tiraram os sapatos perto de uma mesa no pátio, e Alfonso jogou o cinto perto da porta de
tela da casa. Enquanto ele desabotoava as calças e tirava um preservativo da carteira,
Anahí pegava um controle remoto em um banco de pedra e apertava os botões para
diminuir as luzes exteriores. A luz do spa foi acesa, e a da piscina mudou para um tom
intenso de vermelho sob a superfície, as flores de lótus flutuantes ainda piscando acima.
Mas os olhos de Alfonso já estavam adaptados à penumbra, e ele conseguia enxergá-la muito
bem.
Mais do que bem.
Anahí não esperou por ele para levá-la para a água. Assim que largou o controle
remoto, ela beijou o peito de Alfonso . Aí foi abaixando-se. Alfonso tentou levá-la para a banheira,
mas ela balançou a cabeça e seguiu para mais abaixo das costelas dele, ficando de
joelhos.
Alfonso queria esperar. Aquecê-la primeiro e lhe dar prazer exaustivamente, mas Anahí
enganchou os dedos na cueca boxer e a tirou, e aí ele se perdeu. Anahí pôs a boca em
torno dele, e Alfonso não pôde fazer nada senão aproveitar a sensação da língua macia,
sedosa, deslizando em torno na ponta, pelo comprimento.
Ele sentiu um rastro de fogo pela espinha em reação, as mãos se emaranhando no
cabelo dela. Para detê-la ou mantê-la ali, ele não tinha certeza. Ele inspirou de maneira
arfante e olhou para a imagem que Anahí criava, seu corpo encolhido ao mesmo tempo
que as mãos deslizavam nos quadris e flancos dele.
Deus do céu.
A visão dos cílios longos cerrados tocando o rosto dela, o rosto como uma imagem do
perfeito contentamento ou talvez até mesmo do prazer, o deixou no limite. Ele soltou o
cabelo dela e lhe agarrou os ombros, incentivando-a a se levantar em meio a protestos
suaves.
Só de olhar para os lábios reluzentes dela, Alfonso ficava tão excitado que
precisava se obrigar a pensar em algo, em qualquer outra coisa coisa.
Com mãos trêmulas, tentou se concentrar em remover o restante do traje dela. Meio
sem jeito, deslizou a mão por baixo da seda e das lantejoulas para libertar os quadris.
Colocando um dedo na tira da calcinha fio-dental de cor clara, a removeu também, em um
movimento lento.
Só quando Anahí estava ali, espetacularmente nua, ele a levou para a banheira de
hidromassagem. Uma plataforma ampla formava o primeiro degrau raso, e ele a puxou
para lá. O nível da água era perfeito para o que ele tinha em mente, mas primeiro ele
queria deixar Anahí completamente úmida e muito, muito excitada.
– Venha – insistiu ele, guiando-a para baixo em águas mais profundas.
Ela estendeu a mão para a borda da banheira e apertou um botão embutido. Bolhas
começaram a retumbar na superfície e, em seguida, se romperam, espirrando água morna
e ao mesmo tempo escondendo os corpos de ambos com espuma branca.
O sorriso repentino de Anahí fez Alfonso querer beijá-la. Prová-la. Retribuir o favor
sensual que ela lhe oferecera. Talvez, assim que a provasse, já estaria recuperado do que
Anahí fizera para ele. Ele ainda estava no ponto de chegar ao ápice e ainda nem a havia
penetrado.
– Gosta disso? – perguntou, trilhando os lábios sinuosos dela com o dedo.
– Adoro isso – respondeu ela, a voz firme. Sincera.
Ele a beijou com força, desejando selar o momento na memória para sempre. Marcá-la
para ele.
Ele lambeu e provou, explorando todos os cantos e nuances da boca de Anahí até ela
se enroscar nele sob a água, as pernas dela travando os quadris dele. Alfonso a carregou
naquela posição, as mãos firmando os quadris, de volta à plataforma da piscina no raso.
Anahí não protestou quando ele abandonou sua boca para beijar até o vão suave na
base do pescoço. Para desenhar um círculo com a língua em torno de cada seio e tomar
os mamilos rijos na boca. Ela empinou em direção a ele, mas Alfonso prendeu os quadris dela
com as mãos, mantendo-a em águas rasas.
Aí mordiscou e provou o corpo escorregadio de Anahí , descendo, fazendo breves
pausas para atiçar a pequena poça de água no umbigo. Parando ainda por mais tempo para
lamber a coxa e depois pousar entre as pernas dela, exatamente onde ele queria estar.
Alfonso mudou de posição para se ajoelhar no degrau abaixo da plataforma, a altura perfeita
para colocar as coxas de Anahí em seus ombros.
O cheiro dela o deixava louco, e ele a sorveu, lambendo até a fenda do se*xo de
Anahí . Ela se abriu para ele, úmida e pronta, mas ele se demorou, pincelando as dobras
volumosas do núcleo feminino até ela se contorcer e gemer. Na primeira vez que Anahí
chegou à beira do ápice, Alfonso recuou e aumentou a tensão mais uma vez, desejando levála
mais alto do que ela jamais estivera.
Na segunda vez, ele não conseguiu se conter, e quando Anahí curvou as costas na
borda, ele continuou com mais intensidade, lhe dando tudo de que ela necessitava enquanto
cavalgava em espasmos exuberantes.
Alfonso nunca tinha visto nada mais bonito do que Anahí até então. Sua cabeça estava
girando, as emoções cruas para diabo quando ele vestiu o preservativo e a penetrou com
uma investida suave. Ele a ergueu, para que ela pudesse montar nele, o corpo tão flexível
que ele poderia fazer qualquer coisa com ela.
Alfonso queria fazer tudo.
Mas, por enquanto, ele apenas lhe ancorava a cintura com o braço e a penetrava mais
fundo. Anahí cravou as unhas nos ombros dele, os gemidos como uma música doce e
erótica aos ouvidos dele, até que ela chegou ao clímax de novo, e ele também.
A libertação de Alfonso pareceu eterna, uma onda tépida após outra pulsando através dele
e para dentro dela. Anahí gritou o nome dele, desabando contra o peito forte, e o corpo
dele ainda fervia com as consequências daquele orga*smo. Alfonso a abraçou, dando beijos em seu cabelo úmido enquanto recuperavam o fôlego.
Quando foi capaz de se mexer, Alfonso levou ambos para águas mais profundas. Ele ajudou
Anahí a sentar-se de lado em seu colo enquanto ele apoiava as costas contra a borda
da banheira. O motor do spa desligou, deixando a água tranquila e fumegante ao redor.
Ela aninhou a bochecha no ombro dele, os olhos se fechando. Alfonso olhou para as
estrelas, sentindo-se sortudo para diabo por abraçá-la. Pena que as emoções irregulares
dentro dele diziam que não podia se dar ao luxo de arriscar muito mais tempo nos braços
de Anahí .
Algo havia mudado entre eles esta noite. Um novo entendimento. Um olhar mais
profundo para dentro um do outro. Pelo menos ele achava que a compreendia melhor, e
tinha certeza absoluta de que ela havia começado a decifrá-lo. E isso o fez parar e pensar.
Anahí era uma das mulhers mais quentes e mais genuínas que já conhecera. Ela não
merecia o drama da família Herrera , o escândalo iminente que era sua vida cotidiana. E seu
pai já sabia quem ela era. Provavelmente já suspeitava de alguma coisa sobre o
relacionamento deles.
Será que seu pai levaria o nome dela à imprensa? Revelaria os segredos dela ao seu
local de trabalho conservador?
– Meus olhos estão fechados – disse Anahí a ele de repente, sem olhar para cima. –
Mas posso ouvir as engrenagens girando na sua cabeça.
A risada grave dele foi tão dolorosa quanto divertida. Como diabos ela sabia disso?
– Ainda estou me recuperando. – Alfonso se inclinou para apoiar o rosto no topo da cabeça
de Anahí .
– Mentiroso – acusou ela com delicadeza. – Sinto a tensão em você. – A mão dela
deslizou para o quadril dele. – E não do tipo bom.
Por mais extenuado que estivesse, o corpo respondeu à insinuação dela. Alfonso trocaria
tudo para esquecer as pressões de seu mundo profissional e se perder nela novamente.
– Não gostei do fato de meu pai ter nos visto juntos. Vai chamar a atenção do público
para você.
– Você não pode continuar me escondendo. – Anahí levantou o queixo e ergueu a mão
para a bochecha dele.
– Eu não estou escondendo você. – Embora, mesmo ao dizer tais palavras,
compreendesse por que ela achava aquilo. – Eu estou apenas… tentando proteger você.
– Tudo bem – concordou ela, mas pela velocidade com que concordou, Alfonso teve a
impressão de que ela não acreditava nele. – E se eu disser que não preciso de proteção?
Ele se lembrou da fuga apressada de Anahí da sala de reuniões quando a conheceu.
– Minha vida é uma casa de vidro. – Sempre há alguém espiando. Julgando.
– Se eu não conseguir cuidar de mim, então não pertenço à sua vida, para começo de
conversa. – Ela traçou um círculo molhado com o polegar no rosto dele. – Certo?
– Não deveria ser assim…
– Mas é. Você é uma figura pública. Nunca vai ter uma vida pessoal totalmente privada.
Admitir isso o irritava, então ele não disse nada.
– Você sabe que estou certa. – Ela pôs a mão de volta na água e se afastou para olhá-lo
diretamente nos olhos. – Então me dê um momento tipo “ou vai ou racha” para provar
meu valor.
– O quê? – Ele tinha perdido parte da conversa? Alfonso balançou a cabeça, sem saber do
que Anahí estava falando. – Você não precisa prov…
– Leve-me para o baile de gala amanhã à noite.
É aí será que ele vai leva-lá ?
Ok muitos post
leitoras novas bien venidas
hasta después
besos