Fanfics Brasil - Capítulo 6 Minha Dupla Vida AYA (PONNY)

Fanfic: Minha Dupla Vida AYA (PONNY) | Tema: AYA Ponny


Capítulo: Capítulo 6

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– JÁ NOS conhecemos? – soltou Alfonso com todo o requinte de um garoto no colegial chamando uma garota para sair pela primeira vez.Que delicado, cara. Realmente elegante.

A diva da dança vestida com lantejoulas prateadas balançou a cabeça negativamente, o negro e o prateado em sua máscara reluzindo quando ela se mexia. De perto, ela não era

tão alta quanto parecia no palco. Ela ainda se movimentava com graça atlética, mas havia uma diferença sutil no modo como se portava, como se um pouco de sua confiança tivesse se esvaído assim que ela saiu dos holofotes.Ele desejava poder enxergar por trás da máscara.

– Não? – Alfonso sentia-se um idiota por tê-la seguido após a apresentação, mas ele ficara tão hipnotizado que nem pensou no que estava fazendo. Além disso, havia algo de familiar

nela. 

– Sou Alfonso Herrera – apresentou-se, na esperança de que aquilo fosse ajudá-la a se lembrar dele. – Sei que soa como uma cantada, mas sinceramente, achei que já nos conhecêssemos.

Estendendo a mão, ele esperou que ela retribuísse a saudação, mas o segurança do clube surgiu em um instante. Tardiamente, Alfonso percebeu que outros caras que tinham visto o show haviam tido a mesma ideia que ele, e agora estavam logo atrás, à espera de uma palavra com a loura sexy.

Droga.

– Sr. Herrera. – Um dos seguranças se dirigiu a ele educadamente enquanto outro musculoso afugentava o restante da multidão que salivava. – Tenho certeza de que a srta.

Night ficaria feliz em conversar com você nos bastidores, onde as dançarinas têm um camarim.

– Não queria incomodar você – disse Alfonso contornando o sujeito fortão que estava entre ele e a loura. – Você foi ótima lá em cima.

Antes que ele pudesse se virar, o segurança colocou um braço em volta dos ombros da bailarina e a arrastou alguns passos mais para perto de Alfonso.

– Não é incômodo, sr. Herrera – assegurou o empregado do clube, endireitando umangravata azul-escura e lançando um sorriso insinuante. – Tenho certeza de que é um prazer para a srta. Night.

O que significava que era parte do trabalho dela.

E não é que aquilo colocou as coisas em perspectiva para Herrera? Que diabos ele estava pensando, seguir uma dançarina como se fosse um arroz de festa de áreas VIPs que

achava que qualquer coisa no local fosse sua por direito. Ele odiava tal ideia por saber que isso era exatamente o tipo de porcaria a que seu pai recorria o tempo todo. Thomas

Herrera II passara a vida presumindo que o mundo era dele por direito.

– É claro – disse a dançarina muito suavemente. Ela se adiantou para enlaçar o braço de Alfonso. – P-p-por aqui, por favor.

Ele a acompanhou apenas para se certificar de que ficariam longe dos ouvidos do segurança. Ela o guiou para trás de uma cortina preta, até uma pequena recepção com uma portinha, a qual ela deixou aberta. Havia um sofá compacto e um par de poltronas em

torno de uma mesinha de café com um grande arranjo de orquídeas e folhagens. Uma garçonete apareceu tão logo eles entraram, mas quando a dançarina sacudiu a cabeça para

recusar serviço, Alfonso deu uma gorjeta à garçonete e a liberou.

– Srta. Night, não é?

– Natalie – falou ela rapidamente, num fôlego só. – Nome artístico.

Ele se lembrava de ter visto vagamente o nome “Natalie Night” na programação afixada na entrada do clube.

Lá no palco, outra artista já entretia a multidão, a música sussurrada e a batida do baixo pontuados por alguns gritos masculinos de aprovação.

– Bem, Natalie, não vou segurar você por muito tempo. Só vim aqui porque não queria causar problemas entre você e a administração do clube. – Ele captou o espelho com

moldura dourada atrás do sofá e no teto, supondo que aquele quarto fosse designado para danças particulares e muito mais. Embora já tivesse estado em clubes como aquele, nunca

pagara por algo “extra”, nem uma única vez. O que mais Natalie poderia oferecer, caso ele estivesse inclinado a aceitar?

– Tudo bem – assegurou ela, puxando a alça de seu traje para a beiradinha do ombro. –Hoje foi apenas um período de experiência para… – Ela fez uma pausa. Sorriu, sem graça.

– Para mim.

Ela parecia falar com uma paciência deliberada, articulando lentamente, como se

estivesse incomodada por ter de conversar com um fã. Não que Alfonso a culpasse por isto.

Mas ele ficou muito curioso com o comentário dela para ir embora.

– Esta é sua primeira noite nesse emprego?

– Foi um teste público para um papel na… – Ela passou a mão pelo cabelo, os fios platinados de comprimento médio voltaram ao lugar. – Temporada de outono.

O movimento distraiu Alfonso das palavras dela, os olhos indo para toda a pele nua que o traje expunha. Com uma ferocidade súbita, ele percebeu que não a queria na temporada de

outono. Nem um pouquinho.

– Você não quer trabalhar aqui. – Ele imaginou os seguranças do clube a empurrando para salas VIP com convidados abonados que ficariam muito felizes em distribuir dinheiro

em um showzinho particular. – Sei que você seria destaque com seu talento, mas alguns frequentadores de clubes não respeitam os limites das dançarinas. Você não ia gostar de

ter que… você sabe… entreter os clientes aqui atrás.

Então, novamente, ela devia saber o que o trabalho envolvia. E ele provavelmente

avançara bem os limites ao querer dizer a ela como viver sua vida, mas droga. Ela era

talentosa demais para ficar lidando com idiotas ricos.

– Vou me preocupar com isso quando chegar a hora. – Ela falou tão baixinho que ele precisou se inclinar para ouvi-la.

Perto o suficiente para captar o perfume dela: uma fragrância leve, que mal dava para sentir.

– Não é da minha conta lhe dizer o que fazer. – Ele tentou recuar e sair de lá, mas se flagrou ainda muito perto dela.

Alfonso queria dar uma olhadinha por trás da máscara e ficou parado para tentar discernir a cor dos olhos sob a peça negra. Azuis, talvez.

– Você não gostou da dança? – perguntou ela, distribuindo o peso do corpo sobre um dos saltos altíssimos, os lábios pintados com esmero se movimentando com uma precisão lenta enquanto ela falava.Apanhado pelo desejo de lamber todo aquele gloss cor-de-rosa até ser capaz de enxergar

a cor verdadeira por baixo dele, Alfonso sentiu o sangue ferver. Queria aquela mulher, mesmo sem saber absolutamente nada a respeito dela.

– Gostei muito da dança. – Aquilo não explicava o que o havia feito segui-la. Ou o que o fizera continuar por ali quando ele não tinha planos de pagar por uma performance

particular. – Muito mesmo. Talvez por isso não ache que você deva executá-la em um lugar como este, onde as bailarinas são encorajadas a fazer horas extras.

Era difícil avaliar a reação dela sob a barreira da máscara. Mas a boca se curvou em um sorriso sexy e manhoso que elevou a temperatura em alguns graus.

– Você foi uma ótima plateia – confidenciou ela naquele tom suave que o fez sentir como se já fossem íntimos. – Não conseguiria ter feito aquilo sem você.

Ele estava perto o suficiente para beijá-la. E o jeito como ela falava com ele o fazia achar que ela poderia aceitar bem o beijo. Mas o relógio na parede tocou bem naquele instante, chamando a atenção dela.

– Tenho que ir – anunciou ela, aprumando os ombros.

O tempo dele já havia acabado? Alfonso se perguntou se deveria dar uma gorjeta a ela,embora eles só tivessem conversado.

– Espere. – Ele estava tão distraído esta noite que não sabia bem o que estava fazendo.

Mas não achava que seria capaz de se concentrar no trabalho ou no plano contra seu pai caso não encontrasse logo algum alívio para seu estresse. E aquela mulher definitivamente tinha flertado com ele.

 – Podemos nos encontrar mais tarde? Sem compromisso?

Ele poderia mandar Christopher para casa com o motorista e pegar um táxi para seu apartamento.

– Tenho certeza de que é contra a política do clube. – A rejeição dela pareceu cuidadosamente redigida.

Porque ela era cautelosa, ou porque estava tentando dispensá-lo com delicadeza?

– Mas você não começa a trabalhar aqui oficialmente até o outono.

– Eu não vou fazer horas extras… nem agora nem depois –lembrou ela, jogando as palavras na cara dele.

– Então me encontre mais tarde. – De repente, aquilo soou como a melhor razão já apresentada. Ele tinha planejado, traçado e pensado cada movimento seu tão cuidadosamente ao longo dos últimos seis meses, fechando totalmente sua vida pessoal

para se concentrar em ressuscitar sua carreira e seu nome.

Por que não fazer uma coisa só porque ele queria? Só porque Natalie Night era sexy e intrigante?

– Você realmente gostou da dança, não é? – Se aquela pergunta tivesse vindo de outra mulher, Alfonso acharia que ela estava caçando elogios. Mas Natalie pareceu genuinamente

surpresa.E isso não fazia sentido. Dançarinas exóticas buscavam o palco porque desejavam ser o centro das atenções e eram confiantes a respeito de seus corpos.

– Acho que é de você que gosto – admitiu, tocando a pontinha da máscara e deslizando o dedo ao longo do rosto dela. – Posso?

Ele puxou ligeiramente para cima, à espera de aprovação.

– Não. – Ela se afastou rapidamente. Vacilante. – Encontro você mais tarde, mas a máscara permanece em meu rosto.

– Sério? – Alfonso não sabia o que o surpreendia mais. O fato de ela concordar em se encontrar com ele ou de querer permanecer anônima.Embora uma imagem de Natalie em cima dele, com as coxas esguias o envolvendo enquanto usava nada além de tecido e plumas o tenha golpeado com tanta força que lhe tirou o fôlego.

– Você pode estar na porta dos fundos em 15 minutos? – Então o olhar dela se voltou para o relógio na parede outra vez.

– Sim, mas será que não vai haver uma multidão reunida lá para ver você?

– Sério?

Mais uma vez, aquela surpresa aparentemente inocente não fazia sentido. Ela estava brincando com ele?

– A segurança vai acompanhá-la até seu carro, mas acho que eles não vão incentivá-la a se encontrar com qualquer frequentador do clube uma vez que você estará fora do expediente.

Ela franziu a testa.

– Eu resolvo isso – disse ela finalmente, dando um passo para trás. – E Alfonso?

– Sim? – Ele ouviu a música mudando e soube que uma nova apresentação ocorria no palco.

– Estou muito feliz por você ter vindo esta noite.

Natalie deu meia-volta e saiu da sala, os quadris rebolando em uma caminhada delicadamente feminina e sem a intenção de ser sedutora. Ou assim pareceu para ele.

Alfonso estava tendo um trabalhão para decifrar aquela mulher.

Será que realmente iria encontrá-lo, ou já estava planejando mandar a segurança atrás dele assim que aparecesse no estacionamento? Alfonso não fazia ideia. Mas ela havia sido a

mulher mais quente, a mais divertida na qual ele já tinha colocado os olhos.E ele planejava aproveitar todos os momentos possíveis que pudesse ter com Natalie

Night. No dia seguinte, haveria tempo suficiente para interrogar a analista da Sphere Asset Management e obter as respostas que desejava.Talvez depois de se entregar à sua fantasia sensual superaquecida com Natalie, ele

seria capaz de olhar nos olhos azuis de Anahí Portilla e enxergar a mulher egoísta que ela realmente era, e não a analista sexy que o cérebro dele evocara.

ISSO ERA ruim. Muito ruim.


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Autor(a): Erika Herrera

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Tropecei no camarim e peguei minha bolsa, desesperada para sair do clube antes de Alfonso perceber que fui embora. Porque mesmo que meu coração estivesse batendo como as asas de um beija-flor, um zilhão de vezes por segundo, eu sabia que levar as coisas mais longe com um cliente estaria fora de questão. Ao contrário de Maite, eu nã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/05/2015 - 10:49:39

    lindooooooooooooooooooooooo amei... ;)

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/05/2015 - 10:38:06

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 11/05/2015 - 00:07:34

    COMO ASSIM??????? FIM???? Nãaaaaaao aceito volta akiiiiii

  • Angel_rebelde Postado em 10/05/2015 - 18:59:36

    Acabooou ??? :OOOO O.o Poncho td valente indo finalmente falar com o pai sobre td q o incomodou todo esse tempo. Realmente ele tem um jeito muito estranho de amar o filho, e acabou criando rivalidades qndo desde o início poderiam ter trabalhado juntos pois funcionam melhor. Anny não poderia ter ficado mais feliz ao ver Poncho de volta depois de ter acertado td com o pai. Ameeeeei essa fic. =DD

  • Angel_rebelde Postado em 09/05/2015 - 00:52:24

    O pai do Poncho é um cretino mesmo, que fica querendo disputar com o filho só pra se mostrar o *bonzão*. Poncho defendendo ela e mesmo assim a Anny firme e forte enfrentando o Sr Thomas numa boa. Deu dó do Poncho tbm q praticamente assinou o atestado de Covarde naquele instante. Mas ele precisou dessa sacudida dela pra entender q, assim como ela fez sem ao menos conhecer o pai dele, ele deveria enfrentar logo o pai e mostrar q ele tem voz sim. Conttttttt

  • Mila Puente Herrera Postado em 08/05/2015 - 14:18:01

    Tadinha da Anny o pai dele é ridiculo ¬¬ Postaaaaaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 19:34:59

    o pái do poncho é um idiotaaaaa

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 19:34:26

    some maiteeeeeeeeeee...

  • Angel_rebelde Postado em 06/05/2015 - 18:58:40

    Quasee q descobrem ela na boate ! Maite td atirada pro lado do Poncho ¬¬ Não se manca ¬¬ Foi um plano de fuga deles mtoo bom até o pai deles o ver juntos. Com certeza deve ter dito pro filho q ela tbm é apenas mais uma q ele encontrou por aí. Adooreeiii cochinadas na hidromassagem ;D kkkkkkkkkk. E agora q ela quer ir no Baile ?? :OOO Não teria problema se ela quisesse se esconder e ele evitar críticas do pai. Talvez seja a hora de enfrentarem isso de vez. Conttttt

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 18:55:57

    *.*


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