Fanfics Brasil - Capítulo 9 Minha Dupla Vida AYA (PONNY)

Fanfic: Minha Dupla Vida AYA (PONNY) | Tema: AYA Ponny


Capítulo: Capítulo 9

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EU PRECISAVA respirar fundo.

Muito, muito fundo.

Porque se não conseguisse um pouco de ar em breve, iria derreter aos pés de Alfonso 

Herrera pela segunda vez em 24 horas. Uma coisa era a dançarina Natalie Night flertando

descaradamente com aquela figura conhecida em Hollywood; para mim, no entanto, essa

possibilidade não existia. De. Jeito. Nenhum.

– Isso não é necessário – informei a Alfonso. – Não será preciso me persuadir mais.

Embora eu pudesse ficar em vias de exigir respiração boca a boca caso alfonso chegasse

mais perto com seu terno de seda italiana, suas mãos bronzeadas de aparência tão

perspicaz apoiadas nos joelhos. Eu definitivamente sentia um desmaio chegando.

Alfonso era o equivalente a um prêmio para uma garota com a mais modesta das

aspirações românticas. Naquele momento, eu devia dar um jeito de tirá-lo do meu

escritório antes que ele descobrisse minha verdadeira identidade. Dali do meu assento ao

lado da janela, via alguns fragmentos de provas contundentes que poderiam me trair, caso

ele os notasse. Um deles era um passe VIP do Backstage que eu tinha guardado como um

maldito troféu para me lembrar do meu triunfo na noite passada. Não estava supervisível,

mas preso em minha bolsa perto da minha cadeira.

Também guardei uma plumagem branca, que estava decorando o tampo da minha mesa,

bem na frente, bem no centro. Sim, eu era realmente uma idiota.

– Sério? Você vai me contar onde conseguiu a informação? – Ele se endireitou, e me

perguntei se ele empregava a sedução como técnica coercitiva com frequência. Só pensar

no assunto já era o suficiente para me fazer ceder ao que ele quisesse.

Além disso, quanto mais cedo ele saísse da Sphere, melhor.

– Bem. – Lambi os lábios porque minha boca tinha ficado seca. No entanto, por incrível

que pareça, não gaguejei. De algum modo, mantive minha compostura e minhas palavras

fluíram com breves pausas entre elas. – Na verdade, faço o mais rudimentar da pesquisa,

então não fui eu quem descobriu a notícia de que você pode expandir seus talentos abrindo

um estúdio.

Ele cerrou os punhos e a boca se contraiu em uma linha reta.

– Então preciso convencer outra pessoa a falar.

– Não. – Eu não iria contar o nome da minha fonte, ou ela nunca mais iria me ajudar

com meus perfis novamente. – Estou familiarizada com os métodos dela e posso lhe

garantir que notícias como esta vieram de dados desprotegidos na internet.

Alfonso deu um pulo da poltrona.

– Você pagou alguém para invadir meu computador?

– Claro que não. – Não pude evitar um suspiro. Infelizmente, a maioria das pessoas não

sabia o quão vulneráveis seus dados ficavam quando eram armazenados on-line. – Você

provavelmente não entende muito de armazenamento na internet. Acontece que eu sei que

ela viu seu plano de negócios em um arquivo que surgiu em uma busca de rotina.

– Rotina? – Ele começou caminhar pelo meu escritório, passando a mão no cabelo. –

Você chama invasão de privacidade de rotina?

– Nossas pesquisas são agressivas, mas nunca antiéticas. – Eu acreditava firmemente

nisso, ou não teria protegido a empresa de pesquisa. – Você não pode esperar que a gente

não procure pistas na internet sobre os negócios de um cliente. É como se você estivesse

postando informações em um mural público e, em seguida, pedisse às pessoas para não

olhar.

Mais ou menos como colocar uma peninha branca estúpida na minha mesa na esperança

de que Alfonso não fosse notá-la. Mas quem teria pensado que ele iria aparecer na Sphere

hoje, pedindo para ver a mim dentre todas as pessoas?

Ele parou ao lado da minha mesa, tão perto da pena, que quase podia tocá-la. Eu tentava

manter o contato visual e não entregar a pista sobre a verdadeira identidade de Natalie

Night. Mas era impossível não notar o elefante na sala.

Um suor nervoso irrompeu pela minha testa, e embora meu cabelo o cobrisse,

perguntava-me se minhas bochechas também estavam num tom vermelho vivo. Só de

pensar nisso, eu corava mais.

– Entendo. – Os dedos dele roçaram minha mesa, se apoiando ligeiramente ao lado de

uma foto da minha casa depois de eu reformá-la. – Talvez você possa me dizer como

proteger melhor as informações no futuro. Gostaria de me livrar de todos os vestígios de

quaisquer planos de negócio.

Os belos olhos escuros de Alfonso encontraram os meus, e me perdi por um minuto. Ele

era incrivelmente bonito. Tinha nuances dessa coisa toda de amante latino rolando, mas

também possuía um senso de cuidado caloroso que lisonjearia qualquer mulher. Deus do

céu, para ele eu era apenas uma analista de pesquisa aleatória que havia entrado em

contato com seu mundo, e ele estava fazendo eu me sentir o centro de sua completa

atenção. Era uma coisa inebriante.

– Anahí? – chamou ele.

– Hum? – Eu tentava parar de pensar no abdome tanquinho que Maite tinha jurado que

ele tinha, porém fiquei observando seu tronco secretamente, procurando vestígios daqueles

músculos na abertura de seu paletó desabotoado. – Realmente não sou a melhor pessoa

para aconselhar alguém sobre segurança digital.

– Tenho certeza de que você sabe o suficiente para não cometer os mesmos erros que

eu. – Ele não parecia nada dissuadido.

E então aconteceu.

Alfonso olhou para minha mesa. Seus olhos pousaram na plumagem.

Tenho certeza de que um suspiro audível escapou dos meus lábios porque ele olhou para

mim abruptamente.

– N-n-nesse caso – gaguejei no começo, então acelerei meu discurso para botar as

palavras para fora antes que pudesse estragá-las mais – ficaria feliz em lhe dar algumas

dicas sobre como proteger suas informações on-line. Vou lhe enviar minhas observações

ao final do dia.

Ele ainda olhava para a peninha. Ai, droga.

Fiquei de pé, na esperança de o gesto sinalizar o fim da reunião, para que pudéssemos

seguir nossos respectivos caminhos. Em vez disso, ele pegou a plumagem branca elegante

e me lançou um olhar demorado.

Meu coração disparou. Estaria morta se ele me reconhecesse. Imagens de mim mesma

enroscada ao poste de dança na noite anterior voltaram com força total em detalhes

vívidos. Eu tinha dançado para ele. Para ninguém mais. Como poderia esperar que ele não

soubesse que era eu?

– Anahí. – A atenção de Alfonso se voltou para a pena. Ele alisou as fibras macias entre

o polegar e o indicador, um toque lento, deliberado.

Será que com a intenção de me provocar com uma informação perigosa que ele agora

poderia esfregar na minha cara?

Ou será que era aquela atenção masculina cuidadosa projetada para me lembrar do quão

sedutoramente persuasivo ele podia ser? Não sabia se ficava com medo ou… excitada.

Daí, fui capturada em um ponto frenético da situação. Eu não conseguia recuperar o fôlego.

Minha boca ficou tão seca que falar não era mais uma opção.

– Hum? – Enfiei as mãos nos bolsos do casaco antes de me agarrar loucamente a ele.

– Você cogitaria se encontrar comigo em particular?

Olhei em volta do escritório, muito consciente da porta fechada.

– Quer dizer – esclareceu ele –, você seria capaz de se encontrar comigo fora da

Sphere?

– Não sou gerente de contas. Na verdade, não costumo me reunir com clientes. – O

suspense estava me matando. Se ele sabia meu apelido secreto, por que simplesmente

não dizia? Por que simplesmente não corria até meu chefe e acabava comigo?

– Então agradeço se você me encontrar fora do expediente. – Ele abanou a peninha,

quase como se fosse uma gangorra, entre dois dedos. Então a largou na mesa. – Obrigado.

Será que ele estava me agradecendo por tê-lo encontrado ontem à noite no clube? Ou

estava supondo que eu concordaria com o encontro que ele havia acabado de propor?

Sua expressão não me dizia nada.

Mas não importava se havia uma chance de 50 por cento de ele ter me reconhecido e

poder me chantagear para sempre: Alfonso ainda era o homem mais atraente que já vira.

Além disso, ele tinha me notado no dia anterior, mesmo antes de eu colocar os trajes do

espetáculo para assumir o lugar de Natalie no Backstage. Não conseguia me esquecer do

jeito como ele me convidara para a sala de reunião, os olhos encarando os meus como se

eu fosse uma mulher atraente, e não apenas mera funcionária da Sphere.

– Acho que consigo uma brecha no horário de almoço. – Manteria a postura profissional.

Despesa da empresa. Não havia nada em meu contrato que dissesse que eu não poderia

trazer novos negócios. Se muito, havia incentivos financeiros para fazer exatamente isso.

– Hoje? – incitou ele. – Há várias coisas que gostaria de discutir com você.

Tais como? Eu queria gritar, meus nervos tensos ao ponto de ruptura. Mas se o que ele

queria dizer tinha algum tipo de relação com o trabalho clandestino da noite passada, seria

melhor encontrá-lo fora do escritório mesmo. Talvez pudesse convencê-lo a guardar meu

segredo.

No mínimo, poderia me render à atração tépida que dispensei na noite anterior, quando

dei o bolo nele. Parecia justo recuperar a chance, já que ia perder meu emprego por causa

de um erro.

– Tenho uma reunião interna no horário de almoço hoje. – Tive de me aproximar dele

para espiar o calendário semanal aberto na área de trabalho do meu computador. – Que tal

amanhã?

Senti-me incrivelmente ciente da presença dele, de pé ao meu lado, um pouco mais

perto do que o estritamente profissional. Remexi as coxas sob a saia em um esforço para

acabar com o calor repentino, entretanto o gesto do intensificou a sensação.

– Que tal hoje à noite? – pressionou, baixando a voz para poder falar bem próximo ao

meu ouvido.

Um arrepio varreu meu corpo. Foi só o que pude fazer para não fechar os olhos, inclinar

a cabeça para trás e lhe conceder pleno domínio sobre meu pescoço. Ombros. Qualquer

outra parte que ele quisesse.

– Uma reunião no almoço provavelmente seria mais apropriada. – Eu soava como uma

puritana, mas me agarrei à esperança de que ele não me reconhecera. De que minha

consciência culpada estava pregando truques em mim e via perigo onde não havia nenhum.

Ele assentiu, mas não recuou. A plumagem permanecia sobre a mesa, no espaço

estreito entre nós.

– Se você insiste. Posso buscá-la ao meio-dia amanhã?

Péssima ideia. Isso só iria levar a problemas. No entanto, assim como na noite anterior,

descobri que não era capaz de recusar.

– C-c-claro. – Engoli em seco. – Espero que eu tenha o suficiente a oferecer para fazer

valer a pena.

Era a emoção de uma mulher insegura – e uma que eu não devia ter verbalizado. Sabia

que não devia me minar.

– Mais do que suficiente. – Alfonso sorriu, do mesmo jeito que o lobo mau teria feito após

degustar a vovó. – Até lá então, Anahí.

Alfonso deu meia-volta com seus sapatos de couro polido, e achei ser capaz de respirar de

novo. No entanto, ele fez uma pausa entre minhas estantes para pegar a foto no portaretrato

de prata que – tinha notado – estivera espiando mais cedo.

Era uma foto da despedida de solteira da nossa recepcionista, no ano anterior, a festa

que me apresentara ao pole dancing. Perguntava-me por que Alfonso quereria olhá-la com

mais atenção.

Ele largou a foto e partiu antes que pudesse perguntar. Quando dei outra olhadinha no

retrato, no entanto, fiz uma boa ideia do motivo.

O poste de dança não estava tão óbvio ao fundo, uma vez que poderia ser confundido

com um apoio para o teto ou com a base de uma luminária de pé alto. No entanto, não

poderia haver nenhuma dúvida em relação ao logotipo na parede dos fundos do estúdio de

dança. Se você olhasse de pertinho, notaria o nome Naughty by Night pintado na parede de

tijolos.

Meu coração foi à garganta enquanto me perguntava o que Alfonso pensara ao ver aquela

foto.

Será que ele conhecia meu segredo?

 


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/05/2015 - 10:49:39

    lindooooooooooooooooooooooo amei... ;)

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/05/2015 - 10:38:06

    *.*

  • Mila Puente Herrera Postado em 11/05/2015 - 00:07:34

    COMO ASSIM??????? FIM???? Nãaaaaaao aceito volta akiiiiii

  • Angel_rebelde Postado em 10/05/2015 - 18:59:36

    Acabooou ??? :OOOO O.o Poncho td valente indo finalmente falar com o pai sobre td q o incomodou todo esse tempo. Realmente ele tem um jeito muito estranho de amar o filho, e acabou criando rivalidades qndo desde o início poderiam ter trabalhado juntos pois funcionam melhor. Anny não poderia ter ficado mais feliz ao ver Poncho de volta depois de ter acertado td com o pai. Ameeeeei essa fic. =DD

  • Angel_rebelde Postado em 09/05/2015 - 00:52:24

    O pai do Poncho é um cretino mesmo, que fica querendo disputar com o filho só pra se mostrar o *bonzão*. Poncho defendendo ela e mesmo assim a Anny firme e forte enfrentando o Sr Thomas numa boa. Deu dó do Poncho tbm q praticamente assinou o atestado de Covarde naquele instante. Mas ele precisou dessa sacudida dela pra entender q, assim como ela fez sem ao menos conhecer o pai dele, ele deveria enfrentar logo o pai e mostrar q ele tem voz sim. Conttttttt

  • Mila Puente Herrera Postado em 08/05/2015 - 14:18:01

    Tadinha da Anny o pai dele é ridiculo ¬¬ Postaaaaaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 19:34:59

    o pái do poncho é um idiotaaaaa

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 19:34:26

    some maiteeeeeeeeeee...

  • Angel_rebelde Postado em 06/05/2015 - 18:58:40

    Quasee q descobrem ela na boate ! Maite td atirada pro lado do Poncho ¬¬ Não se manca ¬¬ Foi um plano de fuga deles mtoo bom até o pai deles o ver juntos. Com certeza deve ter dito pro filho q ela tbm é apenas mais uma q ele encontrou por aí. Adooreeiii cochinadas na hidromassagem ;D kkkkkkkkkk. E agora q ela quer ir no Baile ?? :OOO Não teria problema se ela quisesse se esconder e ele evitar críticas do pai. Talvez seja a hora de enfrentarem isso de vez. Conttttt

  • franmarmentini♥♥ Postado em 06/05/2015 - 18:55:57

    *.*


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