Fanfics Brasil - Cap 1 Perdida (Vondy)

Fanfic: Perdida (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Cap 1

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Eu sabia que devia ter voltado pra cama assim que saí de casa e tentei pegar um táxi; era dia de rodizio. Eu devia ter voltado pra baixo dos meus lençóis assim que aquele motorista idiota passou rente ao meio fio e literalmente ensopou meus jeans dos joelhos pra baixo.


Eu devia ter voltado!


Mas, em vez disso, respirei fundo e o insultei por uns dois minutos com todos os palavrões que eu conhecia. Ignorei claro, os pedestres que me atiraram olhares reprovadores.


Não ficou melhor quando cheguei – vinte minutos atrasada – no escritório e o imbecil, rechonchudo e desalmado do meu chefe me fuzilou com os olhos e depois disse com desdém:


-Além de chegar atrasada, você ainda aparece aqui usando essa roupa imunda? Você devia se vestir um pouco melhor, Dulce. Com o salário que eu te pago...


Ah, sim. QUE SALÁRIO!


Eu mal conseguia pagar minhas contas em dia. Trabalhava naquela empresa desde o estágio na faculdade. Depois que me formei, acabei sendo efetivada e, como não apareceu coisa melhor, me acomodei um pouco. Além disso, eu tinha um plano: Carlos já estava esperando sua aposentadoria e eu tinha grandes chances de substituí-lo. Claro que, antes, teria que passar pela provação de suportá-lo até que isso acontecesse.


-Eu sei, seu Carlos –comecei. – Mais acontece que um motorista idiota passou...


-Ah! Chega de desculpas. Já estou farto delas. Acha mesmo que eu acredito em suas histórias? Não entendo por que ainda não te demiti! –ele arqueou uma sobrancelha desafiadoramente.


Porque eu sou a mais competente de todo este prédio, seu porco arrogante!


-Me desculpe. Vou pra minha mesa agora mesmo para compensar o atraso, está bem? –e sem esperar por mais um de seus ataques, marchei em direção à minha mesa, espiando sua reação pelo canto dos olhos.


Carlos ficou parado me encarando por um momento, bufou e depois saiu resmungando.


Tentei dissolver a pilha de papéis acumulada em minha mesa o mais rápido que pude. Era uma pilha considerável, mas eu era realmente eficiente e terminaria tudo bem rápido.


No entanto, pero da hora do almoço, meu computador travou e depois apagou completamente. Tentei religa-lo, mas nada aconteceu. Estava morto!


Bati algumas vezes na máquina tentando fazê-la voltar a vida através de tortura, mas nem uma luz acendeu.


-Preciso desses papéis na minha mesa até as cinco! – Carlos urrou da porta. Devia ter visto meu embate com a máquina.


-Eu sei! Mas não é culpa minha. Como posso fazer todos os contratos sem o computador?


Ele sorriu ironicamente e apoiou uma mão na porta.


-Como fazíamos antes de inventarem essas máquinas complicadas que sempre nos deixam a gente na mão.


Olhei pra ele sem compreender. Do que diabos aquele homem estava falando?


Carlos notou minha expressão – cética, imaginei – e acrescentou


- É claro que você sabe que os computadores nem sempre estiveram aqui, não é? – ele disse lentamente, como se eu fosse uma débil mental.


Grrr!


- Claro que eu sei!


Eu preciso deste emprego! Não adianta nada pular no pescoço dele e estrangulá-lo! Repeti para mim mesma várias vezes. Contudo, não me convenci inteiramente.


-Então, mãos à obra, Dulce. Você tem até as cinco. A máquina de datilografia está no armário do almoxarifado. Ela não trava, não dá pau, o cartucho não acaba... Você vai gostar! É muito eficiente. Dá até saudades do tempo em que o escritório era preenchido pelo barulho dos botões. – um sorriso cínico apareceu em seus lábios. Um sorriso que dizia você não vai conseguir!


Vamos ver, careca! – e fui buscar a tal máquina. Era pesada e desajeitada para carregar. Coloquei-a sobre minha mesa e observei.


Hummm... eu já tinha ouvido falar sobre ela.


Mas cadê o botão pra ligar?


Experimentei uma tecla qualquer.


Tec. Tec, tec, tec, tec, tec, plim!


Plim? Será que eu quebrei esse troço? Ai meu Deus! Só me faltava essa!


Joana, que ria alto, provavelmente da minha cara de pânico, saiu de sua mesa – atrás da minha – e veio ao meu socorro. Ela era a funcionária mais antiga da empresa, certamente chegou a trabalhar com a coisa pré-histórica.


-Dulce, pare de olhar para a máquina com essa cara! – ela disse, empurrando os óculos marrons com o dedo indicador. – Isso não é um objeto alienígena.


-Não.  – concordei. – Se fosse, eu provavelmente saberia como usar. O problema é que... – eu estava mesmo com medo daquela máquina barulhenta cheia de tecs e plins, mas precisava terminar meu trabalho. - Bem... eu já vi uma dessas uma vez no museu da tecnologia, mas...


-Você não sabe usá-la. – ela concluiu, ainda rindo. Suas bochechas vermelhas.


As minhas também deviam estar vermelhas, mas de vergonha. Não existia programa algum de computador que eu não soubesse utilizar, sempre aprendia rapidamente assim que um novo aparecia. Mas aquela máquina robusta...


-Eu nem sei ligar essa coisa! – sussurrei. Algumas pessoas nos observavam com olhos curiosos.


Joana explodiu em outra gargalhada e quase todos voltaram sua atenção para onde eu estava. Devo ter ficado roxo berinjela!


-É bem simples, Dulce. Você coloca o papel aqui – pegou um papel em branco, enfiou numa fenda e depois girou um botão enorme na lateral da coisa. Rec, rec, rec, rec. – Depois prende com isso – ela ergueu um pequena e fina haste metálica, encaixou a folha e depois soltou a haste, prendendo o papel. – E pronto!


-Ah! Parece fácil!


Joana não pareceu acreditar muito na minha convicção. Voltou para sua mesa sacudindo levemente a cabeça, erguendo os óculos grandes para poder enxugar as lágrimas  do olho. Que bom que pelo menos ela estava se divertindo!


Concentrei-me na máquina.


Experimentei digitar com certa cautela, e percebi que nada saia no papel.


-Precisa apertar com mais força! – Joana gritou, ainda me observando. – Tem fazer tec.


Tentei outra vez Ah! Deu certo. As letras apareceram no papel.


Digitei – datilografei – algumas linhas, meio desajeitada, e parei. Observei o teclado atentamente. Não. Nãos estava lá.


-Joana, onde fica o delete?


Ela ergueu as sobrancelhas e abriu ligeiramente a boca.


-Como? – perguntou como se eu tivesse falado japonês.


-Não tem delete! Eu errei um número e não tô encontrando a tecla delete em lugar algum!


O escritório todo explodiu em uma gargalhada estrondosa, me deixando com vontade de me enterrar debaixo da papelada que estava à minha frente.


Urgh!!!


 




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Autor(a): anasz

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Saí do escritório um pouco depois das seis – com a cabeça estourando de tantos tecs e plins e recs –, mas não sem antes ligar para o técnico e fazer com que me prometesse entregar meu computador no dia seguinte. Na primeira hora! Peguei um táxi e, assim que entrei na avenida abarrotada de carros, ônibus e pedestres ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • dul_y_Ucker22 Postado em 29/10/2015 - 01:49:54

    Eu ja li esse livro. Tem uma parte q me fez chorar sério eu chorei litros

  • dul_y_Ucker22 Postado em 15/07/2015 - 15:40:44

    faz maratonaq pfvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv. To te implorando

  • morenamarques Postado em 10/07/2015 - 18:13:11

    http://m.fanfics.com.br/fanfic/47474/confiando-em-um-lobo-vondy-vondy Ana, flor se não for incomodo poderia divulgar? Agradeço desdd ja

  • dul_y_Ucker22 Postado em 08/07/2015 - 16:24:42

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. VC VOLTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! FINALMENTE. ( sim as vezes sou histérica ) CNTCNTCNTCNTCNT

  • traumadaa_ Postado em 24/05/2015 - 17:09:07

    Oi! Sou leitora nova e cara, to apaixonada por essa fic, essa história tá muito perfeita. Vamos por partes, achei super incrível a Dul voltar no seculo XIX hahahahahahhahahahahaha, to rachando de rir por causa do Christopher, tá sendo incrível ler essa história, segundo, RI demais com aquela historia do alface kkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkk e como RI, se não tem noção, to rindo ate agora, enfim, essa web me pegou e acho que agora você criou uma nova viciada, porque não vou largar do seu pé ate essa história ter um final feliz e vondy claro. Enfim, posta logo vaaaaaaai, isso ia me fazer tao feliz, e sabe oq me deixaria com o melhor humor do mundo? 119 capítulos novinhos só ora mim poder ler, sei que a web não tem muitos leitores, mais eu te prometo, palavra de escoteiro que não vai faltar comentário meu aqui, acredito que cê já percebeu que eu falo bastantes. Enfim, só queria desabafar e dizer que agora dependo dessa fic pra viver! Beijos e continua lindaaaaa do meu <3!!!

  • dul_y_Ucker22 Postado em 21/05/2015 - 14:35:28

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. meu Deus como assim umar alface como papel higienico. eu to louca ou aquela mulher fala mais q a boca issso ta me dano nos nervos

  • dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 18:31:43

    vc n respondeu....

  • dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 17:33:46

    A Anahi é o q do Ucker?

  • dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 17:26:55

    DIOS MIO...Q ISSO MEU PAI?... To muito barava com vc... só posta 1 capitulo depois de 1 milênio... POSTA MAIS CAPÍTULOS MINHA FILHA OU EU N FALO MAS CUMCÊ

  • dul_y_Ucker22 Postado em 04/05/2015 - 13:29:12

    como eu ja disse sou bipolar


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