Fanfic: Perdida (Vondy) | Tema: Vondy
— Ah! Esses tempos modernos estão acabando com o sossego das pessoas de bem. — o bigodudo sacudiu a cabeça, exasperado. Por que ele também vestia roupas estranhas? — Precisa de ajuda?
— Se puder avisar o Dr. Almeida que precisarei de seus serviços imediatamente, lhe serei muito grato.
— Então irei imediatamente! Avise-me se precisar de alguma ajuda.
O rapaz assentiu. E, com um aceno de cabeça do bigodudo para o carinha sentado do lado de fora, a carruagem partiu apressadamente. Fiquei olhando até que sumisse de vista.
— Podemos ir, senhorita? — o rapaz me perguntou com a voz aflita.
— O que está acontecendo aqui? — exigi, desconfiada que ele mentisse sobre o desfile.
— Não tenho certeza se a compreendi. — e seu rosto pareceu sincero.
— Por que você fala desse jeito estranho, tá vestido com estas roupas e tem carruagens passando pela estrada?
— Senhorita... — disse preocupado. — Por favor, vamos até minha casa! Acho que pode ter tido uma lesão. A pancada que levou deve ter sido muito forte!
— Não vou pra sua casa, ficou doido? Eu sei lá o que você pretende fazer comigo? Você pode muito bem ser um psicopata que quer me fazer em pedacinhos e me guardar dentro do freezer pra comer aos poucos. Não sabe em que ano estamos? — estava desconfiada que ele fosse maluco, mas ele não parecia ser um psicopata.
Tinha alguma coisa diferente em seu rosto, o brilho em seus olhos negros me parecia familiar, seus traços bonitos e fortes o deixavam parecido com um deus da Grécia Antiga. E seu tamanho — tão grande e forte, mas não bombado me transmitia segurança. Mas, afinal, quantos psicopatas eu conhecia para poder comparar?
Nenhum. Pelo menos que eu soubesse.
— Estamos no ano de mil oitocentos e trinta e garanto-lhe que sou um homem de bem. Não tenho outra intenção que não seja ajudá-la! — ele respondeu, ofendido, à minha pergunta retórica.
Ele disse mil oitocentos e trinta?
Explodi num ataque de riso histérico, não pude controlar. O rapaz pareceu perturbado.
— Senhorita, vamos...
— Mil... Mil... Oitocentos e trinta! — eu não conseguia me conter. Respirei algumas vezes antes de poder falar. — Boa piada! Muito engraçada mesmo!
— Não lhe contei piada alguma!
— Então acha que eu tenho cara de idiota! —comecei a rir outra vez.
— É claro que não. Jamais ousaria ofendê-la, mas vejo que está muito transtornada — falou, o rosto sério.
— Por isso, vou levá-la para minha casa. Então, suba logo, por favor! — e indicou a cela, obstinado.
— Mil oitocentos e trinta! — zombei.
— Não consigo entender o motivo que a diverte tanto— resmungou baixinho.
— Tá bom, maluco. Vamos até sua casa. Lá no século dezenove!
Aproximei-me do cavalo e parei. Nunca tinha subido em um antes. Parecia alto demais. O rapaz percebeu meu temor e gentilmente tocou minha cintura, colocando minha mão em seu ombro para apoio. De novo aquela sensação estranha de que já o conhecia me perturbou. Eu não tinha ideia de onde estava, mas ele, aparentemente sabia. Mesmo que fosse um maluco, ainda poderia me emprestar o telefone para chamar um táxi ou ligar para Maite.
Subi com muita dificuldade no cavalo, quase caindo do outro lado por culpa de um impulso mal calculado.
O rapaz rapidamente se esticou e me pegou pelo braço, impedindo que eu me estatelasse.
— Segure-se. — ele disse enquanto subia, fazendo a cela se movimentar um pouco e eu oscilar.
Uma de suas mãos circulou minha cintura assim que ele se acomodou na cela. Fiquei incomodada com a proximidade.
— Você precisa mesmo me apertar tanto? — perguntei asperamente.
— Posso soltá-la, se estiver disposta a cair e bater sua cabeça novamente.
Olhei para o chão. Era alto demais. Segurei firme com as duas mãos o braço que me rodeava, apertando-o um pouco mais. Ele riu baixinho.
— Não tente nem uma gracinha. — alertei. — Eu sei alguns golpes de Jiu-Jitsu. Quebro seu nariz em dois tempos!
— Estou, de fato, muito preocupado com sua cabeça, senhorita. — sua voz séria, sem vestígio de humor.
— Não está dizendo palavras coerentes. Você precisa ver o Dr. Almeida.
— É. — concordei, pensando na carruagem e no sumiço repentino da cidade. — Acho que você tem razão. Preciso muito. Muito mesmo!
**
Isso não está acontecendo! Isso não está acontecendo! Repeti a frase para mim mesma na última meia hora, tentando desesperadamente me convencer de que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. Tinha que ser um pesadelo! Que outra opção eu tinha?
Demência?
Era uma opção a ser considerada. Mas eu a deixei de lado rapidamente, já que todas as outras áreas de meu cérebro pareciam funcionar normalmente.
Não me sentia embriagada. Não mesmo! O nó em meu estômago era prova de que eu já estive embriagada e agora estava na fase dois: a ressaca. Talvez a pancada na cabeça fosse a explicação. Talvez tivesse batido a cabeça com muita força e algum fio importante tivesse se soltado lá dentro e agora eu estava criando essas alucinações.
Mas parecia tudo tão real!
Como a cama imensa na qual me obrigaram a deitar ou o médico magricela que saiu do quarto enorme (de paredes verdes e altas) por uma porta dupla imensa há alguns minutos. Ou a mulher baixinha — os cabelos presos num coque bem feito, usando um vestido longo e bufante — que abriu a porta e ficou horrorizada quando me viu ao lado do rapaz. Ou os móveis antigos da sala gigantesca pela qual entrei, ou aquela casa imensa com aparência de museu, só que tudo era novo, sem desgaste do tempo. Ou as duas garotas de cabelos arrumados e roupas de princesa que me observaram assustadas.
Claro que tinha uma explicação razoável para tudo isso escondida em algum lugar.
Tinha que ter.
Virei-me de um lado para o outro no colchão gigante e espantosamente duro tentando encontrar uma explicação lógica e sensata, mas não conseguia pensar em nenhuma. Parecia que meu cérebro não era mais capaz de fazer ligações coerentes.
Humm. . .Talvez devesse reconsiderar a demência.
Uma batida sutil na porta me tirou do turbilhão de pensamentos.
— Hum... Entre? — o que mais eu poderia dizer?
O rapaz que me trouxe até ali entrou no quarto, o rosto sério.
Christopher.
Christopher Uckermann. Agora sabia o nome da minha primeira alucinação.
dul_y_Ucker22 : É flor, é sim. O nome é Perdida. Não, não é bom ter só vc comentando! Rs. E mesmo se tivesse muuuitas leitoras, daria atenção pra vc, com certeza. Vou postar sim uma foto do Ucker, acho que no próximo capitulo. Calma mulher, que a Anahi, vai já aparecer. Percebi essa sua bipolaridade ein rs. Postadooooo, demorou só um pouquinho, mas chegou. Bjs, continue comentando <3
Comentem <3
Autor(a): anasz
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Como está se sentindo, senhorita Dulce? — ele parecia desconfortável, ali em pé ao lado da cama. — Estou bem. O médico só encontrou um galo na minha cabeça, o corte foi superficial. Nada de mais. — nada além de terem me dito que estávamos há dois séculos daquele em que eu v ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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dul_y_Ucker22 Postado em 29/10/2015 - 01:49:54
Eu ja li esse livro. Tem uma parte q me fez chorar sério eu chorei litros
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dul_y_Ucker22 Postado em 15/07/2015 - 15:40:44
faz maratonaq pfvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv. To te implorando
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morenamarques Postado em 10/07/2015 - 18:13:11
http://m.fanfics.com.br/fanfic/47474/confiando-em-um-lobo-vondy-vondy Ana, flor se não for incomodo poderia divulgar? Agradeço desdd ja
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dul_y_Ucker22 Postado em 08/07/2015 - 16:24:42
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. VC VOLTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! FINALMENTE. ( sim as vezes sou histérica ) CNTCNTCNTCNTCNT
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traumadaa_ Postado em 24/05/2015 - 17:09:07
Oi! Sou leitora nova e cara, to apaixonada por essa fic, essa história tá muito perfeita. Vamos por partes, achei super incrível a Dul voltar no seculo XIX hahahahahahhahahahahaha, to rachando de rir por causa do Christopher, tá sendo incrível ler essa história, segundo, RI demais com aquela historia do alface kkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkk e como RI, se não tem noção, to rindo ate agora, enfim, essa web me pegou e acho que agora você criou uma nova viciada, porque não vou largar do seu pé ate essa história ter um final feliz e vondy claro. Enfim, posta logo vaaaaaaai, isso ia me fazer tao feliz, e sabe oq me deixaria com o melhor humor do mundo? 119 capítulos novinhos só ora mim poder ler, sei que a web não tem muitos leitores, mais eu te prometo, palavra de escoteiro que não vai faltar comentário meu aqui, acredito que cê já percebeu que eu falo bastantes. Enfim, só queria desabafar e dizer que agora dependo dessa fic pra viver! Beijos e continua lindaaaaa do meu <3!!!
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dul_y_Ucker22 Postado em 21/05/2015 - 14:35:28
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. meu Deus como assim umar alface como papel higienico. eu to louca ou aquela mulher fala mais q a boca issso ta me dano nos nervos
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dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 18:31:43
vc n respondeu....
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dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 17:33:46
A Anahi é o q do Ucker?
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dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 17:26:55
DIOS MIO...Q ISSO MEU PAI?... To muito barava com vc... só posta 1 capitulo depois de 1 milênio... POSTA MAIS CAPÍTULOS MINHA FILHA OU EU N FALO MAS CUMCÊ
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dul_y_Ucker22 Postado em 04/05/2015 - 13:29:12
como eu ja disse sou bipolar