Fanfics Brasil - Cap 8 Perdida (Vondy)

Fanfic: Perdida (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Cap 8

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— Como está se sentindo, senhorita Dulce? — ele parecia desconfortável, ali em pé ao lado da cama. 


— Estou bem. O médico só encontrou um galo na minha cabeça, o corte foi superficial. Nada de mais. — nada além de terem me dito que estávamos há dois séculos daquele em que eu vivia. Nada de mais. Tudo normal! 


— Fico feliz em ouvir isso. — e pareceu sincero. Fiquei surpresa que um estranho se preocupasse comigo daquela forma. Fiquei olhando pra ele como uma idiota. Ele me lembrava os mocinhos dos meus romances. 


Seria isso? Eu bati forte com a cabeça e estava fantasiando? Mas, se fosse isso, por que eu também não me parecia com uma das heroínas desses livros? 


Christopher ficou um pouco constrangido. Também pudera eu o encarava como se ele fosse um fantasma ou uma assombração! 


Depois de limpar a garganta e parecer não saber onde colocar os braços — acabou cruzando atrás das costas —, ele me perguntou com a voz instável: 


— Gostaria de comer algo? Posso pedir para a senhora Madalena para trazer-lhe alguma coisa. 


— Não, não. — apenas a menção da palavra comida fez meu estômago se revirar. — Eu tô legal. 


— Legal? — me olhou intrigado. — A senhorita tem uma maneira muito peculiar de se expressar. 


Eu não tinha, não! 


— Acho que posso dizer o mesmo. Você fala tipo meu avô! — disse, um pouco ofendida. 


— Tipo? Hum... É algo bom? 


Ah, meu Deus! 


— É como dizer que você fala como meu avô. — expliquei. Se eu realmente estava criando as alucinações, poderia ao menos criá-las de forma que compreendessem o que eu dizia. 


Christopher ficou surpreso e depois constrangido. 


Fala sério! 


— Bem — ele pigarreou. — Fiquei muito perturbado com a forma com que a encontrei. — então éramos dois! — A senhorita foi vítima de algum saqueador? 


— Saqueador? — perguntei debilmente. 


Eu tinha que acordar daquele sonho maluco. E rápido. 


Ou acabaria tão doida quanto todas as pessoas daquele hospício. 


Christopher apenas me encarou. 


— Você está falando sério? Isso tudo é um tipo de piada de mau gosto que alguém armou pra cima de mim? Por que, olha, não tem mais graça! — será que era algum tipo de pegadinha, daquelas da TV e eu estava pagando o maior mico? 


Suas bochechas ficaram vermelhas outra vez. 


Ah! Tem dó! 


— Senhorita! Eu não sei se entendi exatamente suas palavras, mas... Eu não estou brincando. — sua voz continha toda a indignação que seu rosto demonstrava. — Quando a vi caída no chão com o rosto cheio de sangue e praticamente... — ele pigarreou — Nua, supus que... 


— Nua? - Gritei. Quem estava nua? — Você tá louco? Eu estou perfeitamente vestida! 


Fiquei realmente ofendida. Era por isso, então, que ele me olhava pelo canto dos olhos e depois ficava constrangido? Como se atrevia a pensar que eu estava nua? Esperei que ele pensasse que o tom escarlate em meu rosto fosse de raiva e não do meu súbito constrangimento. 
Ele recuou um passo e colocou as mãos nos bolsos da calça, parecendo tão envergonhado quanto eu acabara de ficar. 


— Desculpe-me. Mas suas pernas estavam descobertas e... 


— E por que minhas pernas estavam à mostra você pensou que eu estava nua? Fala sério! Eu tenho shorts muito mais curtos que este, que até é bem comportadinho! 


O short ficava no meio da minha coxa. Como é que eu podia estar pelada? 
Mas... se ele fosse mesmo um rapaz do século dezenove, como afirmava ser — era uma suposição muito idiota, claro, mas se ele realmente fosse — talvez ficasse verdadeiramente escandalizado ao ver pernas de fora. 


O que é que eu estou pensando? Ele não podia ser um rapaz 1830. Simplesmente não era possível. Eu descobriria o que estava acontecendo ali. 


— Percebo que ainda está um pouco incoerente. Vou pedir criada para que lhe traga uma xícara de chá. 
Eu não disse nada. Apenas fiquei observando ele se curvar e sair do quarto, fechando a porta atrás de si.


Fechei os olhos outra vez.


Vamos! Eu preciso acordar! Tá tudo bem. Eu não estou maluca. É só um sonho. Vamos!  


Abri meus olhos. 


Tudo estava exatamente igual. Lá estava eu, naquele quarto estranho com cama de dossel e janelas imensas. Olhei em volta, procurando por minhas coisas. Eu tinha que sair dali e arrumar um jeito de acordar. Encontrei minha bolsa jogada numa poltrona — de madeira escura e forrada com um luxuoso tecido dourado — e notei uma coisa prateada refletindo dentro dela. Meu novo celular. 


Pulei da cama, peguei o pequeno aparelho e o observei por um tempo. Alguma coisa lá no fundo me dizia que aquela confusão toda começou por causa dele. E então, como se confirmasse minhas suspeitas, ele vibrou e acendeu. Dei um pulo e quase o deixei cair, mas consegui pegá-lo antes que se espatifasse no chão. Ninguém tinha aquele número. Nem mesmo eu sabia qual era o número. Nem tive tempo para descobrir isso. 


O celular continuou vibrando em minha mão. Com dedos trêmulos — não sabia bem o por quê, mas tinha a intuição de que aquilo não era nada bom —, apertei a tecla verde e lentamente o levei até a orelha. 


— A-Alô? — gaguejei. 


— Olá, Dulce. Como está se saindo? 


Pisquei convulsivamente. Aquela voz suave e baixa...


— É você? É a mulher que me vendeu este celular? Olha, ele não funciona bem... — comecei e me detive. Lembrei-me de que tinha problemas mais urgentes naquele momento. — Há... Será que você poderia me ajudar? Estou meio... Perdida. — um riso nervoso escapou de meus lábios. 


— Perdida? — sua voz não pareceu nada surpresa. 


— É. Eu estou num lugar muito estranho onde... onde... — era difícil dizer em voz alta. Tomei fôlego. -Onde algumas pessoas pensam ser o século dezenove. —- ri nervosa outra vez. — Dá pra acreditar? 


Um curto silêncio. 


— Claro que dá! — ela disse, satisfeita. — E você não está perdida. Está exatamente onde deveria estar. 


Eu pisquei. Tentei falar, mas meu cérebro não obedeceu ao comando. 


— Hein? — foi só o que consegui fazer sair. 


— Você está onde deveria estar! — ela repetiu convicta. 


— Estou? — minha voz muito baixa, mal era um sussurro. 


— Sim, está sim, querida. Fico feliz que tenha começado sua jornada. 


—Jornada? — repeti debilmente. Minha voz com algum volume agora. — Que jornada? Do que você esta falando? — será que o mundo tinha enlouquecido? Ou será que tinha sido apenas eu? 


— Dulce, você precisa completar sua jornada, querida. Descobrir quem realmente é. 


— Eu sei quem eu sou! Não preciso de coisa alguma. — o desespero começava a me invadir. 


— Precisa sim. Só que ainda não sabe disso. — ela riu Suavemente. 


— Olha só... — tentei persuadi-la. — Me ajude a sair daqui e depois a gente conversa sobre isso, hã? 


— Mas eu já estou te ajudando, não vê isso? — sua voz um tom meio maternal. 


— Ajudando? Como? 


— Você sempre foi muito cética, não é? Nunca acreditou em magia. Nem mesmo em conto de fadas ou Papai Noel. Sempre prática! Está na hora de começar a crer que existem mais coisas no universo além das que os seus olhos podem ver e finalmente começar a viver sua vida! Você sempre a deixou para depois, esperando que ela acontecesse, mas nunca fazendo nenhum movimento para isso.


Senti meu corpo se transformar em pedra. Ela tinha falado com a Maite? 


— Não. Não falei com a Maite. — ela respondeu, parecendo adivinhar o que eu pensava. — Não preciso falar com ninguém para saber. Conheço cada segredo de sua alma. Por isso, precisei intervir. 


Eu não tinha reação. Senti meu cérebro virar mingau. Nem um único pensamento coerente. 


— Intervir? C-como? — não sei como ela conseguiu me ouvir, por que me pareceu que as palavras não tinham som algum. 


— Intervir, Dulce. Você não voltará até que encontre o que procura. Terá que completar sua jornada. Mas terá que ficar aí até que a complete. Você não está sozinha, acredite! — sua voz ficou triste. 


— Não pode estar falando sério? —comecei a tremer. 


— Estou falando muito sério. Você voltará de uma forma ou de outra, mas primeiro terá que encontrar o que procura. 


— Mas encontrar o que? Eu não tenho ideia do que você está falando! 


— Isso — ela disse com delicadeza. — você terá que descobrir sozinha. Vamos, Dulce! Você sempre foi a mais competente! Saberá o que fazer. 


— Mas... 


— Eu sei querida. — disse, maternalmente, outra vez. — Também queria que existisse uma outra forma! Mas tudo ficará bem, você verá! E antes que eu me esqueça, não vai adiantar tentar usar o telefone. Não vai funcionar. Ele servirá apenas para que eu possa orientá-la. Não o perca, por favor. 


O celular! O clarão, as coisas desaparecidas, as pessoas estranhas, este lugar, tudo isso foi... 


— Sim. Tudo causado pelo celular. — ela completou. 


Eu ainda não conseguia me mover. Era demais pra mim! 


— Quem é você? O que quer de mim? Por que está fazendo isso? 


— Eu sou sua amiga, querida. E já disse que só quero te ajudar. É minha obrigação te ajudar! Agora, comece logo a se misturar. Pare de reclamar e comece sua busca. Quanto mais rápido começar, mais rápido poderei trazê-la de volta. E, por favor, evite confusão e não saia por aí dizendo que veio do futuro. Ninguém vai acreditar em você! — um curto silêncio. — Eu farei contato em breve. 


— Espere! — gritei, mas ela já tinha desligado.




Nenhum comentário? Que triste...


Comentem, por favor gente.



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Autor(a): anasz

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Toc-toc!  Observei a porta com o telefone ainda pressionado em minha orelha.  Não podia ser real! Aquilo não podia estar acontecendo! Quem era aquela criatura? O que eu fiz pra merecer isso? Por que eu? Que jornada era essa? E o que eu tinha que encontrar pra ela? O que eu iria fazer agora? Eu estava mesmo em 1830? Mas era loucura! Como era poss&iac ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • dul_y_Ucker22 Postado em 29/10/2015 - 01:49:54

    Eu ja li esse livro. Tem uma parte q me fez chorar sério eu chorei litros

  • dul_y_Ucker22 Postado em 15/07/2015 - 15:40:44

    faz maratonaq pfvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv. To te implorando

  • morenamarques Postado em 10/07/2015 - 18:13:11

    http://m.fanfics.com.br/fanfic/47474/confiando-em-um-lobo-vondy-vondy Ana, flor se não for incomodo poderia divulgar? Agradeço desdd ja

  • dul_y_Ucker22 Postado em 08/07/2015 - 16:24:42

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. VC VOLTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! FINALMENTE. ( sim as vezes sou histérica ) CNTCNTCNTCNTCNT

  • traumadaa_ Postado em 24/05/2015 - 17:09:07

    Oi! Sou leitora nova e cara, to apaixonada por essa fic, essa história tá muito perfeita. Vamos por partes, achei super incrível a Dul voltar no seculo XIX hahahahahahhahahahahaha, to rachando de rir por causa do Christopher, tá sendo incrível ler essa história, segundo, RI demais com aquela historia do alface kkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkk e como RI, se não tem noção, to rindo ate agora, enfim, essa web me pegou e acho que agora você criou uma nova viciada, porque não vou largar do seu pé ate essa história ter um final feliz e vondy claro. Enfim, posta logo vaaaaaaai, isso ia me fazer tao feliz, e sabe oq me deixaria com o melhor humor do mundo? 119 capítulos novinhos só ora mim poder ler, sei que a web não tem muitos leitores, mais eu te prometo, palavra de escoteiro que não vai faltar comentário meu aqui, acredito que cê já percebeu que eu falo bastantes. Enfim, só queria desabafar e dizer que agora dependo dessa fic pra viver! Beijos e continua lindaaaaa do meu <3!!!

  • dul_y_Ucker22 Postado em 21/05/2015 - 14:35:28

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. meu Deus como assim umar alface como papel higienico. eu to louca ou aquela mulher fala mais q a boca issso ta me dano nos nervos

  • dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 18:31:43

    vc n respondeu....

  • dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 17:33:46

    A Anahi é o q do Ucker?

  • dul_y_Ucker22 Postado em 12/05/2015 - 17:26:55

    DIOS MIO...Q ISSO MEU PAI?... To muito barava com vc... só posta 1 capitulo depois de 1 milênio... POSTA MAIS CAPÍTULOS MINHA FILHA OU EU N FALO MAS CUMCÊ

  • dul_y_Ucker22 Postado em 04/05/2015 - 13:29:12

    como eu ja disse sou bipolar


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