Fanfic: A mediadora - Reescrita {Blood Cases} | Tema: Vampiros

Depois que falhei miseravelmente em recuperar minha estaca usando meu charme – no estado atual que me encontre nem foi de se surpreender – A recuperei por meios mais ilícitos e voltei para pegar meu carro que por sorte tinha estacionado a duas quadras antes de interceptar a garota, deixando fora de vista para o detetive e mantendo minha historia. Isso que eu ganho salve uma vida e passe duas horas no xadrez, essa cidadezinha estava me dando mais trabalho do que o aceitável e esse irritante e intrometido detetive não ai durar muito questionando tanto. Assim que cheguei ao meu carro a conhecida sensação – graças a minha descendência mais que especial – me atingiu e cheio, só tive tempo para tirar a estaca do casaco quando um soco veio em minha direção batendo em meu carro quando desviei. Olhei para o amassado e podia ter certeza esse meio morto estaria completamente morto em menos de dez minutos.

- Achei que voltaria – Ele falou tentando novamente me golpear, me afastei do carro. Começamos a nos circular.

- Claro nunca deixo negócios inacabados – Falei com um sorriso mortal.

- Você acabou com meu jantar, mas deve servir – Ele falou mostrando as presas alongadas, ele tentou agarrar meu braço, mas usando meu outro cotovelo infligir um golpe em seu estomago e rapidamente mudei de posição torcendo seu braço em suas costas.

- Menino mal, brincado com os talheres antes da comida ser servida. – Falei pronta para estacar, ele se livrou do meu agarre e me empurrou – jogou – na rua, cai rolando protegendo meu rosto com os braços.

- Chega de papo caçadora – Ele falou e antes que pudesse me pegar novamente me levantei impulsionando as pernas.

- Digo o mesmo – Avancei contra ele, tentando o estacar mais ele bloqueou meus golpes, finalmente consegui uma brecha e o estaquei na perna depois o atingi com um chute no peito o fazendo cambalear, me permitindo o estacar no ombro e aplicar uma rasteira para o ter no chão. Coloquei um braço em seu pescoço e minha estaca bem acima de seu coração, ele me fuzilava com o olhar.

- Dia de azar querido, agora me diga quem é o Egrégio dessa área? – Perguntei perfurando seu peito por puro incentivo, ele grunhiu e se debateu, usei meu corpo para imobilizar o dele.

- Vá para o inferno vadia – Ele falou entre dentes.

- Hoje não – Falei e afundei minha estaca, acabado com sua existência por completo.

Odeio vampiros

Sim, se não percebeu pelas presas, evidente característica de desejo por sangue e por eu ter acabado de estacar um, vampiros existem e para minha infelicidade e bem maior eu tenho o trabalho de os eliminar. Mas eles não são nada com sua caracterização cinematográfica se eles só virassem pó pode ter certeza 80% do meu trabalho seria mais fácil, mas nope, eu tinha um cadáver murchando agora mesmo, abri o porta malas do meu Jeep renegade e arrastei o cadáver para dentro e se você estiver se perguntando como uma mulher como eu conseguiria botar 70 quilos de carne podre dentro do carro vamos dizer que por causa do meu trabalho eu venho com benefícios, não sou tão forte como eles, mas não sou fraca como um humano comum, basicamente eu tenho meus sentidos aguçados, posso sentir a presença de um vampiro entre outras coisinhas.

Entrei no carro e dei uma conferida em mim mesma, não seria nada bom ser parada com por ter sangue fresco no rosto, eu não estava nem um pouco satisfeita com a idéia de ter que voltar a ver o detetive Lussaf tão cedo, dirigi para a zona rural e parei em um terreno baldio, peguei minha pá e fiz uma cova rasa, quanto maior a idade do vampiro mais rápido ele se decompunha, meu amiguinho aqui já não era tão novo então duas semanas não teria mais nada que alguns ossos amarelados.

Terminado meu serviço voltei para a pousada, já fazia duas semanas que eu estava em Rubisbel e nada de um vampiro me dizer quem era o Egrégio da área, isso seria dizer quem era o vamp manda chuva do pedaço, matando o Egrégio você condena suas ramificações, ou seja corte a cabeça principal e as outras caíram, mas sempre há duas opções o Egrégio podia aceitar meu acordo e controlar suas crias afinal vamps gostam de ser discretos, se os humanos descobrissem já sabem tochas e estacas ai vamos nós. Contudo sempre tinha os que gostavam de dissimular o caos principalmente em cidades pequenas onde pesavam que nunca seriam descobertos isso se o conselho não manda-se uma mediadora, e aqui estou eu, sempre pronta para sujar as mãos.

Nem me dei ao luxo de tomar um banho, só me despi rapidamente e me joguei na cama, daqui para diante estava morta para o mundo até as quatro.

Dormi como um bebe até quatro e meia da tarde depois tomei um banho e estava pronta para fazer meus relatórios semanais quando senti uma onda de energia me atingir, sabe as outras coisinhas de que falei. Aqui estava à melhor.

O ambiente ao meu redor começou a se dissolver até a completa escuridão e depois retomar totalmente desconhecido aos meus olhos, mesas, saleiros, cheiro de comida, eu estava em uma lanchonete. Há uma mulher limpando o balcão o crachá dela reluz sobre a luz Cindy, ela acabou e esta saindo o relógio de parede marca 22:26, eu a sigo assim que ela tranca a lanchonete tento memorizar tudo que posso, toalhas de mesa vermelhas, paredes brancas com amarelo. Corro para a acompanhar na calçada, eu não conheço essa rua. Ela para sob a luz de um poste e começa a tragar um cigarro, ela escuta algo e olha em volta, e passa a andar mais depressa até estar correndo. Um homem aparece na sua frente e deixa transparecer sua verdadeira face ela grita e pronto.

Estou de volta ao meu quarto.

Regularizo minha respiração, essas coisas sempre me drenam sorte minha estar sentada. Tudo bem, eu tinha uma hora, uma vitima, um lugar e um vampiro. Só faltava escachar as peças. No começo era difícil entender um chamado, não era uma vidência ou premonição, mesmo eu vendo o futuro, era como se eu pudesse me transcrever para aquele lugar e determinado tempo. Antes eles eram menos detalhados e às vezes eu só tinha perspectiva da vitima ou do agressor, mas agora eles estavam ficando melhores e como conseqüências mais fortes, não era algo que eu podia controlar e acredite se eu tivesse um desses perto de alguém a pessoa surtaria, gravei a mim mesma uma noite e percebi que meus olhos ganhavam uma coloração  dourada brilhante em minha íris o mesmo acontecia quando eu chegava a um extremo de alguma emoção, como o que aconteceu na sala de interrogatório, eu deveria estar tão furiosa que meus olhos deveriam ter mudado, não totalmente eu imagino graças a expressão do detetive mais deve ter chegado perto.

Voltando a me concentrar no presente, eu ainda tinha que descobrir qual era a lanchonete em que Cindy trabalhava.

E inacreditavelmente tive que parar em seis antes de encontrar a certa, mesmo Rubisbel sendo uma cidade pequena eu ainda não estava ambientalizada com as ruas.

- Bem na hora – Falei conferindo a hora no meu celular eu ainda tinha 26 minutos até o vampiro atacar, desci do carro e entrei na lanchonete. Pedi um café e aguardei inquieta o tempo passar com lentidão, finalmente Cindy me informou que fecharia as portas mais cedo hoje, paguei meu café e fui para o anonimato da escuridão, esperei até vê-la acender o cigarro para ter a sensação de que um vampiro estava a espreita, o senti pronto para dar o bote saindo do beco, ela escutou o barulho e antes que ele pudesse aparecer em sua frente eu o surpreender o mandado direto para o beco.

- Acho que você vai servi já que me fez perder meu jantar – Ele falou sorrindo para mim, mostrando suas presas, sempre o mesmo discurso.

- Não estou no menu de hoje - Eu disse tirando minha estaca do casaco, ele pareceu um pouco surpreso, serio? Era normal as pessoas saírem por ai empurrado vampiros para becos escuros?

- Uma mediadora ou será melhor dizer caçadora. - Ele disse vindo para cima de mim.

- Então me diz quantos de você estão por aqui? - Falei me esquivando de um soco.

- Qual é o grande plano maligno? Quem é o Egrégio?  - Eu interroguei de novo meu adversário dessa vez lhe atingindo na barriga com minha estaca, ele urrou e me impurrou para longe, rapidamente fiquei de pé.

- Vamos, porque não facilita para nós dois? - Ele tentou me socar e eu segurei sua mão a pregando no muro com a estaca, era definitivamente uma cria nova.

- Sua vad... - Apertei com mais força fazendo a estaca abrir um buraco maior, ele estava preso.

- Fala e eu arranco seu braço - Não gosto de ser xingada, ele me chutou o que me fez cambalear levando a estaca junto, me recompus e arranhei seu rosto com a estaca, ele fez uma expressão de dor, mas prossegui tentando limitar meu espaço me pondo contra a parede de tijolos do beco, eu o chutei na barriga o que o fez dar passos para trás e finquei minha estaca em seu peito.

Arrastei o corpo até atrás de um latão e sai em busca do meu carro. 

Andei tranquilamente até meu carro, mas algo me chamou a atenção eu estava sendo seguida e não era por um vampiro, abri a porta e fingi procurar algo abaixo do banco, usando como distração guardei a estaca no casado. Ainda de costas percebi que a pessoa havia parado atrás de mim, me virei calmamente.

E realmente não era um vampiro era um ser pior.

O Detetive Lussaf.