Fanfic: E tudo aquilo que dissemos? | Tema: Romance, Traição, Amizade

Centro Educacional Novo Amanhã / 2013

Junho de 2013, um mês para o início das férias de meio de ano. A euforia reinava. No 2º ano não poderia ser diferente. Festas eram marcadas, fotos compartilhadas, histórias contadas e risos eram ouvidos. Sempre haviam risos naquele lugar, não importando o motivo. E era para uma dessas festas que Daniel convidava seus amigos.

Daniel: Vai ter uma festa no meu condomínio, e falaram que eu podia chamar geral, então, só bora.

Guilherme: Quando que vai ser? - perguntou, interessado.

Daniel: Esse fim de semana. Depois eu passo o endereço certinho pra vocês, só preciso saber quem topa ir.

Guilherme: Eu vou então.

Amanda: Tenho que ver se dá pra mim...

Natália: Pra mim não dá, vou ter vigília na igreja esse fim de semana.

Juliana: Colega, falou em festa, nem precisa me chamar. Já tô lá - disse, animada.

Carol: Se eu conseguir carona pra ir...

Daniel: Eu posso te levar, ué.

Carol: Beleza, então - e virou-se para Rafael - E você, Rafa?

O garoto hesitou por um momento. Não queria dizer que teria que pedir para a mãe, com medo de ser alvo de piada, então, assentiu.

Rafael: Posso ir, também...

Daniel então olhou para Lucas e Gabriela.

Daniel: E vocês, não vão?

O casal se olhou por alguns instantes, incertos da resposta. Lucas tomou a dianteira.

Lucas: A gente já ia sair esse fim de semana.

O grupo trocou olhares maliciosos, e em seguida riram.

Daniel: Que isso hein, Lucas.

Gabriela pareceu não gostar da brincadeira.

Gabriela: Ei, eu tô aqui, sabe? Respeito, por favor.

Daniel: A gente tá zuando, calma, Gabi - disse. Em seguida levantou-se - Bom, fechou então. Vou passar o endereço pelo Whats, pode ser?

Antes que pudessem concordar, o sinal tocou, indicando o início da primeira aula.

Os dias passaram lentamente. Rafael precisaria arrumar um jeito de convencer sua mãe a deixá-lo sair no fim de semana. Amanda havia decidio que não iria, pois iria viajar para Goiânia com a mãe no dia da festa. Lucas e Gabriela não estavam preocupados. Tinham planos melhores sobre o que fazer no dia em questão.

Sábado - Dia da Festa

Rafael: Mãe? - chamou o garoto.

Vanessa: Não.

Rafael: "Não" o quê? - ele riu - Ainda nem pedi.

Vanessa: Hm, vai, pede então. Se for pra comprar alguma coisa, pode esquecer, teu pai ainda não recebeu - ela disse, enquanto preparava o almoço.

Rafael: O Daniel me chamou pra dormir na casa dele hoje. Posso ir?

Vanessa: Que Daniel? - ela virou-se para o filho, uma expressão de desconfiança.

Rafael: Um amigo, lá do Novo Amanhecer.

Vanessa: Não conheço nenhum Daniel, filho. Quantos anos ele tem? Onde é a casa dele? Os pais dele vão estar lá?

Rafael: Ele tem dezesseis anos, a casa dele é na Asa Norte, não lembro a quadra agora... Sim, os pais vão estar lá sim. Tenho os números deles aqui, se a senhora preferir - ele disse, esperando que a tática desse certo. Não era exatamente mentira o que ele estava dizendo. Daniel tinha dezesseis anos, mas faria dezessete em novembro, ao passo de que Rafael havia feito quinze em maio. Quanto aos números, um era o do celular do próprio Daniel, e o outro pertencia à Carol (ambos cientes da versão que deveriam contar, caso recebessem alguma ligação).

Vanessa: Me passa depois... Mas e aí, tu vai de quê?

Rafael: De ônibus. A parada é bem em frente à casa dele.

Vanessa: E tu já sabe andar de ônibus aqui?

Rafael: Já. Quando eu tava com a vovó, só andava de ônibus.

Vanessa: Hmm, sei. E que horas tu vai pra lá?

Rafael: Depois do almoço.

Vanessa virou-se para a panela, e pensou um pouco antes de responder.

Vanessa: Assim que chegar lá, me liga...

O garoto mal podia acreditar que havia dado certo. Uma onda de adrenalina percorria seu corpo. Iria para um festa, sozinho! Não conseguia acreditar que estava realmente fazendo aquilo. E então sentiu-se idiota. Garotos da idade dele já eram pais naquele lugar, e ele ali, animado por mentir sobre festas. Deu de ombros e foi arrumar suas coisas para passar a noite fora.

Horas mais tarde / Casa de Lucas

Gabriela estava deitada na cama do quarto de Lucas, enquanto este terminava de lavar a louça. A garota havia passado o dia na casa do namorado, ajudando nas tarefas domésticas e conversando com os sogros. Agora esperava o namorado voltar, para que pudessem conversar a sós. Não demorou muito e a porta se abriu. Lucas entrou e fechou a porta atrás de si.

Gabriela: E aí, terminou tudo?

Ele assentiu, e sentou na cama, ao lado dela.

Lucas: Ainda temos tempo antes da sua mãe vir te buscar... - disse, sorrindo.

Gabriela: E o que quer fazer, hein? - perguntou, aproximando o rosto do dele, iniciando um beijo.

Lucas: O que eu quero? - perguntou, em meio ao beijo, inclinando-se levemente sobre a namorada.

Gabriela: Amor... - ela riu - A porta... Você não trancou... - sussurrou.

Ele levantou-se apressadamente e girou a chave da porta. Virou-se para a namorada. O coração acelerando com a possibilidade do que viria a seguir.

Lucas: Tem certeza disso? - ele perguntou, aproximando-se dela.

Gabriela: É só não fazer barulho... - ela deu sua típica risada cínica. Estava se divertindo com a situação.

Lucas: Sem barulho, então - e a beijou novamente.

A medida que o beijo ficava mais intenso, Gabriela colocava as mãos por dentro da camisa de Lucas, acariciando as costas do namorado. Os beijos desceram para o pescoço, onde viraram mordidas leves e chupões mais ousados. Estavam no limite do controle quando Lucas recuou, um tanto surpreso. Gabriela ficou sem entender o que havia acontecido. Lucas olhou para baixo, e a menina seguiu seu olhar. Ela sorriu, maliciosamente, e levantou-se, aproximando do namorado e colando o corpo junto ao dele. Lucas abafou um arquejo de prazer.

Gabriela: Ainda nem comecei - sussurrou, e levou a mão ao volume que se destacava na calça do garoto...