Fanfics Brasil - Capítulo 06 - O que eu quero? - Parte 2 E tudo aquilo que dissemos?

Fanfic: E tudo aquilo que dissemos? | Tema: Romance, Traição, Amizade


Capítulo: Capítulo 06 - O que eu quero? - Parte 2

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Casa de Lucas / Antes da festa / 2013


Gabriela acariciava lentamente a ereção do namorado, enquanto este retribuía com beijos demorados pelo pescoço dela. Sutilmente, ambos voltaram para a cama. Num gesto rápido, Lucas livrou-se de sua camisa, deixando-a no chão. Gabriela fez o mesmo. Já haviam conversado sobre sexo antes, e sabiam que ambas as famílias só o aprovariam após o casamento. Mas, que se danasse a vontade das famílias naquele momento. A excitação e o desejo falavam mais alto. O casal estava disposto a ultrapassar limites naquele momento. Gabriela já ajudava Lucas a livrar-se da calça quando ouviram alguém mexer na maçaneta. Três batidas rápidas então foram escutadas. Lucas virou-se, assustado. Gabriela procurou rapidamente sua blusa.


Lucas: Oi? - perguntou, tentando parecer casual.


???: Sou eu, bobo - a voz era de sua irmã mais nova, Jéssica.


Lucas ficou enfurecido.


Lucas: O que é que você quer, caramba? - perguntou, exasperado.


Jéssica: Eu queria mostrar uma coisa pra Gabi. Ah, e se eu fosse vocês, fecharia a janela da próxima vez... - respondeu, num tom inocente.


Lucas ergueu os olhos e viu: a cortina da janela estava aberta. Num momento de terror interno, perguntou-se se mais alguém havia visto toda a cena. Procurou sua camisa e vestiu-a, apressado. Em seguida abriu a porta. Jéssica sorriu, como quem não queria nada, e foi até Gabi, que, neste momento, não conseguiria estar ainda mais corada. O objeto em questão era uma blusa nova que a menina havia ganhado de aniversário, mas Lucas sabia que o principal objetivo da irmã não era esse. Como toda boa irmã mais nova, Jéssica estava apenas garantindo mais uma ferramenta de chantagem contra o irmão. Naquela casa, o mais esperto sobrevivia.




Condomínio de Daniel / A festa


O aglomerado de jovens dividia um curto espaço no salão de festas do condomínio. Era início da noite, e teriam até às duas da madrugada para aproveitar. No fim das contas, Rafael realmente iria dormir na casa de Daniel, após este tê-lo convidado. Guilherme também fora convidado, o que, possivelmente, criaria uma situação incômoda na casa. Carol e Juliana aproveitavam o momento para servirem-se: petiscos doces e salgados estavam dispostos à uma mesa de canto. Carol vestia uma roupa simples, que transmitia seu estilo relapso. Juliana vestia algo um tanto ousado: peças de roupa chamativas e provocativas. Ser a palhaça da turma não lhe dava muitas opções de encontros sérios, então, a garota aproveitava momentos como aquele para mostrar o que sabia fazer. Rafael não sabia direito como se portar. Sua única experiência com festas era fictícia, seja pela televisão ou pelos livros. Guilherme e Daniel conversavam e riam de algo randômico, como quase sempre o faziam. Rafael observou que alguns dos que estavam ali, seguravam copos com um líquido que não parecia ser um daqueles dispostos na mesa: refrigerantes e sucos.


Rafael: O que é aquilo? - perguntou baixinho para Carol, apontando para os copos.


A menina se virou na direção que o amigo apontava.


Carol: Deve ser coquetel de alguma coisa, sei lá. Pede um de alguém e prova, se você quiser, mas acho que deve ter álcool - respondeu, dando de ombros.


A música agitada do local incentivava os jovens a dançarem no meio do salão, numa pista de dança improvisada. Rafael se perguntou, em sua ingenuidade, se aquela festa comemorava algo, ou se era apenas uma festa comum. Quis perguntar de Daniel, mas sentiu-se envergonhado.


Em certo momento, a música mudou. Carol gritou, entusiasmada.


Carol: Eu amo essa música, vei! - e puxou Juliana e Rafael para a pista de dança.


Juliana rapidamente começou a dançar ao som de Rihanna, enquanto Rafael apenas observava a tudo, um tanto surpreso. Carol juntou-se à colega, e ambas riam e dançavam, sem dar atenção aos que estavam ao redor.


Juliana: Se mexe também, pô! - gritou para Rafael, tentando sobrepor sua voz ao barulho do local.


Rafael sorriu fracamente, e pensou em dizer que não sabia dançar. Resolveu então dizer que precisava ir ao banheiro. Enquanto andava pelo lugar, deparou-se com uma pequena sala que não havia notado antes. Espiou para dentro e percebeu que era ali que estava o "coquetel". Olhou para os lados, perguntando-se se alguém o recriminaria por beber, e, dando de ombros, entrou na sala.


O primeiro gole foi uma surpresa para o garoto. Não esperava que a bebida tivesse aquele sabor adocicado. Logo bebeu mais um copo, e outro, em seguida, e outro depois deste, até que, quando deu por si, realmente precisava ir ao banheiro. Saiu da sala, mas o salão de festas já não estava como antes. O som parecia mais alto, e as pessoas eram como borrões dançantes. Sua cabeça latejava, e sentiu seu estômago revirar. Procurou rapidamente um local para vomitar, mas não o encontrou. Voltou para a sala e apoiou a cabeça na parede. Sentiu o líquido subir-lhe o esôfago, e fez força para não liberá-lo. Engasgou-se, e, ao sentir o gosto amargo, tossiu. Saiu da sala pela segunda vez. Sua cabeça girava e um sorriso involuntário surgiu em seus lábios. Sentia-se o dono do mundo, prestes a realizar uma grande façanha. Andou até a pista de dança, e, quando foi puxado por Carol para dançar a nova música, permitiu-se dançar. De princípio não sabia o que estava fazendo, mas então percebeu que apenas tentava copiar o que os outros faziam. A estratégia parecia ter dado certo. Carol olhou, surpresa, para o amigo, e riu, divertindo-se com a novidade.




Após três horas de festa, Carol estava sentada, suada e ofegante. Daniel e Guilherme estavam na pista de dança, incentivando o pequeno Rafael a dançar ainda mais. Juliana beijava alguém, as luzes e batidas da música inebriando os sentidos. Carol estava prestes a servir-se de mais suco, quando ouviu os gritos de afobação e assobios. Olhou para a pista de dança e viu Rafael, sem camisa, fazendo movimentos provocativos - que, dias depois, ainda se perguntava onde o garoto havia aprendido aquilo -. Ela levantou-se e foi até o amigo. Puxou-o e levou-o dali.


Carol: OK, melhor parar por aqui, né? - perguntou, fazendo o garoto sentar.


Ele ria sozinho. Carol deu-lhe suco e procurou a camisa do amigo. Depois, vestiu-o e ficou decidida a vigiá-lo. Ele virou-se para ela.


Rafael: Eu te amo... - disse, como quem não sabe o que diz.


Carol riu.


Carol: Meu Deus, amanhã você vai estar muito fodido... Até imagino sua ressaca, vei.


Rafael: Sabe? Eu ia te falar, um dia desses.


Carol: Quieta aí, doidinho.


Rafael: Mas aí você mostrou aquela merda de anel...


Carol parou de sorrir e encarou o amigo.


Rafael: Se não fosse pelo "Gabriel", eu casaria contigo... - disse, dando mais um gole no suco.


Carol ficou sem palavras. Preferia acreditar que o amigo realmente falou aquilo por engano, e não porque estava guardando a verdade consigo. Sentiu-se mal, mas não deixou transparecer. Continuava rindo e dando suco para o garoto. Definitivamente, aquele não era o lugar dele.




Juliana observava a própria imagem refletida no banheiro feminino. Seus olhos estavam vermelhos, como se estivesse chorando. Duas amigas entraram no local, e, ao se depararem com a desconhecida, foram até ela.


???: Tá tudo bem? - uma delas perguntou, colocando a mão no ombro de Juliana.


Ela enxugou os olhos e assentiu.


Juliana: Tá sim... Foi só uma lembrança que eu tive, só isso...


???: Se precisar de alguma coisa, é só chamar a gente, tá bom? Eu sou a Helen, e essa aqui é a Milena.


Juliana sorriu para elas. Milena começou a arrumar o cabelo, de frente para o espelho, enquanto Helen limpava o rosto suado.


Juliana: Sabe... Os palhaços mais alegres costumam ser os mais depressivos... - disse, olhando nos olhos de seu reflexo, como se visse sua própria alma ali.


Helen virou-se para ela.


Helen: Como assim? - perguntou, terminando de enxugar o rosto e pegando a maquiagem da bolsa.


Juliana: Nada... - disse, algumas lágrimas rolando por sua face - Me disseram que eu não posso ser levada à sério.


Milena: Nossa, quem disse isso? - perguntou, ao retocar o batom.


Juliana: Não sei o nome dele... - e então olhou para baixo - Mas sabe que ele tem razão?


Helen e Milena olharam para a garota.


Juliana: Ninguém gosta de palhaços tristes... - disse, o rancor reprimido na voz. Em seguida inspirou e expirou profundamente, como se estivesse se preparando para voltar a um personagem - Ninguém gosta de palhaços sérios... - disse, o sorriso novamente estampado no rosto, a última lágrima caindo ao chão.


"Ninguém gosta de palhaços que choram..."



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Autor(a): araton

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Casa de Daniel / Depois da festa / 2013 Daniel: Silêncio, vei! - sussurrou para Guilherme, que ajudava a empurrar Rafael para dentro da casa - Segura ele que eu vou ligar o chuveiro. Guilherme segurava Rafael pelos braços. O garoto balbuciava algo como "eu não quero ir pra casa" enquanto fazia uma estranha cara de choro. A festa havia acabado fazia ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 15



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  • mrti Postado em 19/04/2015 - 18:46:36

    to aki ansioso e nada de vc postar...

  • mrti Postado em 18/04/2015 - 14:47:09

    kd o capitulo, ansioso aki

  • araton Postado em 16/04/2015 - 21:58:54

    Vlw vei, seu incentivo me deixa mto feliz :D

  • mrti Postado em 16/04/2015 - 21:55:07

    Carambaaaaa. Ansioso pelos próximos cap. MUito fodaaaa

  • araton Postado em 15/04/2015 - 19:01:48

    Altas tretas ainda estão por vir huahuha

  • mrti Postado em 15/04/2015 - 18:55:17

    cara, to curioso pra saber quem fez o video!!

  • araton Postado em 15/04/2015 - 00:21:02

    Hahahaha Obrigado mesmo :D Fico feliz que esteja gostando ^^

  • mrti Postado em 15/04/2015 - 00:19:47

    Fodastico!!! a história evolui e o escritor evolui com ela. Fascinado!!

  • mrti Postado em 14/04/2015 - 22:18:38

    Ansioso pelos próximos capitulos!

  • araton Postado em 13/04/2015 - 23:32:44

    hasuhsau vlw vei o/


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