Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 1? Capítulo

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Capitulo um



— Carinho, estou pronta. Passei toda a semana esperando este momento... Por fim sós. Já é hora de tirar essa roupa e pôr algo cômodo.


Sem esperar resposta e, é obvio, sem receber nenhuma, Dulce Saviñon tirou a fivela do cinto, abriu-a e, com um rápido movimento dos dedos, desabotoou o botão das calças. Agarrou a lingueta do zíper e baixou delicadamente. O dente metálico do zíper quebrou o silêncio da noite e foi seguido pelo sussurro do tecido caindo ao chão.


Dulce ficou nas pontas dos pés e alcançou o elástico da cueca, puxou-a para baixo, sentou-se sobre os calcanhares e suspirou.


— É sexta-feira de noite. Sou uma solteira razoavelmente atrativa de pouco mais de vinte anos e acabo de despir um homem — passou a mão pela testa e murmurou — É uma pena que seja tão anatomicamente correto como o boneco Ken.


O manequim não respondeu. E tampouco seu colega feminino que permanecia atrás de Dulce na vitrine principal da galeria comercial Uckermann`s.


Que forma de passar uma sexta-feira de noite. Sozinha, em um deserto e exclusivo armazém de Boca Ratón, na Florida. Rodeada de objetos de desenho ridiculamente caros, complementos de couro e preciosas jóias... e com um punhado de manequins de plástico como única companhia.


Dulce deu de ombros e revisou suas notas para pensar na nova disposição da vitrine. As sextas-feiras de noite trocavam as principais vitrines da galeria. Uma grande coisa, especialmente desde que o diretor lhe permitia fazer montagens mais atrevidas. Até então, Dulce tinha se limitado a contribuir com seus próprios toques criativos nas vitrines da parte posterior dos armazéns.


Embora só estivesse seis meses trabalhando no Uckermann`s, sabia que suas criações já tinham chamado a atenção. Não, ao diretor não tinha feito muita graça que deixasse um manequim completamente nu com um traje de banho pendurado em um de seus dedos. Mas ao público tinha encantado e no final Trent Uckermann tinha aceitado escutar suas ideias para as principais vitrines da entrada.


Justo quando estava esticando a mão para o zíper do traje de noite do manequim, Dulce ouviu o som de um motor. Afastou um pouco as grossas cortinas que cobriam a vitrine e viu uma caminhonete negra estacionada na calçada. Olhou o relógio. Era pouco mais da meia noite. O guarda de segurança devia estar fazendo sua ronda, mas podia encontrar-se em qualquer dos três andares do armazém. Com sua má sorte, e com a reputação do vigilante, certamente estaria roncando em um dos colchões da secção de móveis. O que significava que teria que tratar ela sozinha com o bando de ladrões que provavelmente estavam a ponto de quebrar com um banco a vitrine para roubar as jóias expostas nele.


Escondida atrás das cortinas, Dulce viu sair só um homem da caminhonete. E quando ele passou sob uma luz e pôde distinguir seu rosto, suspirou aliviada.


— Trent Uckermann.


Provavelmente tinha ido comprovar o que estava fazendo com sua preciosa vitrine.


— Por que os homens bonitos têm que ser tão impertinentes? — murmurou em voz alta.


Trent era um homem atrativo, isso era verdade, mas Dulce tinha conhecido poucos homens tão arrogantes como ele. Fixou-se nele em mais de uma ocasião desde que tinha começado a trabalhar naquela firma familiar.


Afinal, Trent era um homem solteiro, rico e bonito. Em alguns aspectos, era tudo o que Dulce podia desejar. Os rumores diziam que era muito inteligente, estável e trabalhador. Justo o contrário dos últimos homens com os quais tinha saído... E também de seu próprio pai, seus dois pais adotivos e a longa cadeia de noivos de sua mãe.


Exatamente o que estava procurando.


Ou ao menos isso tinha acreditado no princípio. Mas Dulce não podia suportar um homem que não sorria, que não desfrutava com nada. Esse era o problema de ser muito amadurecido e sensato. Por isso Dulce tinha ouvido, a única paixão do Trent era correr. Ao que parece vivia perto da praia e gostava de correr vários quilômetros todas as manhãs. O que provavelmente explicava seu físico perfeito, sem mencionar seu bronzeado. Dois traços que, de algum jeito, não encaixavam com a imagem de homem trajado com o que aparecia em público.


O caso era que, por mais atrativo que Trent Uckermann pudesse ser, parecia incapaz de desfrutar da vida. E por muito que Dulce desejasse encontrar um homem bonito, estável e trabalhador, para ela era um requisito indispensável que seu parceiro soubesse rir.


Reparou enquanto o observava, que não estava vestido com um de seus habituais trajes azul marinho. Por incrível que parecesse, usava uns jeans particularmente estreitos, que realçavam as linhas de seus músculos... sem mencionar as curvas de um traseiro magnífico que até então Dulce não tinha reparado.


Enquanto Trent saía do feixe da luz, um relâmpago iluminou o céu. Dulce o viu franzir o cenho e acreditou vê-lo pronunciar um juramento. Quando Trent se agachou ao lado da caminhonete para revisar o pneu compreendeu por que.


— Furou — murmurou para si.


Dulce observou Trent ir procurar o pneu e a alavanca na parte traseira da caminhonete. Era estranho, ela teria jurado que seria membro honorário de qualquer clube de estrada. Impressionava-lhe que um homem como ele soubesse mudar um pneu.


Em questão de minutos, Trent tinha tirado o pneu furado. Dulce, ainda escondida atrás das cortinas, teve que reprimir a vontade de sair para ajudá-lo.


Umas gotas de chuva começaram a deslizar pela parte superior da vitrine. Mas Trent não parecia notar a chuva.


— Será melhor que se apresse, amigo — sussurrou Dulce para si.


Trent deixou o pneu furado na calçada e Dulce apreciou a forte musculatura de seus braços.


— Muito bem, então não o  assusta o trabalho físico...


Trent limpou as mãos nos jeans, deixando uma mancha de graxa no quadril. Voltou de novo para trabalho, mas de repente se deteve e levantou a mão. Ao vê-lo fazer uma careta e levar um dedo aos lábios, Dulce compreendeu que tinha se machucado.


A visão dos formosos lábios de Trent Uckermann curvados ao redor de seu dedo fez com que o tempo parasse durante uns cinco segundos. Tempo suficiente para que Dulce engolisse a saliva e imaginasse esses mesmos lábios ao redor de alguma parte de sua própria anatomia.


Trent permanecia alheio a sua presença enquanto ela continuava olhando-o avidamente da vitrine. Colocou o pneu furado na parte posterior da caminhonete enquanto a chuva incrementava sua força. E estava terminando de ajustar a última porca quando a chuva começava a converter-se no típico dilúvio da Florida. Dulce esperava que Trent corresse ao interior da caminhonete ou procurasse refúgio sob a marquise do armazém. Mas não fez nenhuma das duas coisas. Enquanto Dulce o olhava com o coração na garganta, levantou-se, elevou o rosto para o céu e começou a rir. A camiseta de algodão branco absorvia a água com a voracidade de uma esponja e ia se escurecendo contra seu corpo, até ficar colada ao seus músculos como uma segunda pele.


Justo quando Dulce começava a pensar que não podia ficar nem um segundo mais naquele exercício de voyeurismo e tinha decidido voltar-se, viu que Trent agarrava o botão de sua camiseta. Ficou paralisada, com o nariz colado ao cristal e os olhos abertos surpresa, perguntando-se se realmente Trent ia fazer o que parecia que ia fazer.


Com o rosto inclinado para o céu, Trent começou atirar a camiseta para cima. Ia tirar! A camiseta demorou uma eternidade para  separar-se de sua pele. Dulce não movia um só músculo enquanto o olhava, respirando rápido e cada vez mais excitada. Trent tirou a camiseta, jogou-a na parte traseira da caminhonete e permaneceu com o torso nu sob a chuva.


— Uau — conseguiu murmurar Dulce.


Trent flexionava os músculos com a graça de um animal. Dulce pressionou os dedos contra a vitrine. A frieza do cristal se contrapunha à pele ardente que ela imaginava. Gemeu quando Trent elevou lentamente os braços ao céu. Parecia elegante e poderoso ao mesmo tempo. Evidentemente, estava saboreando a chuva sobre seu rosto. Começou a girar muito lentamente, como se quisesse encharcar-se ou, simplesmente, dançar desfrutando dos elementos.


Dulce retrocedeu instintivamente apesar de saber que era impossível que pudesse vê-la pela fresta das cortinas.


Não, não podia vê-la. Mas, definitivamente, ela podia vê-lo graças à luz que o iluminava da cabeça aos pés. Voltou a aproximar-se da janela e viu as grossas gotas de chuva escorregando pelos vigorosos músculos de seu corpo. A água encharcava a cintura dos jeans, escurecendo o tecido.


Trent não parecia se importar. Parecia um deus naquela sensual adoração à chuva. Forte. Poderoso. E perfeito.


Um homem em completa sintonia com seus sentidos. Um homem saboreando o fresco alívio da chuva em uma noite de verão. Um homem capaz de rir de um dilúvio.


Definitivamente, um homem a  quem gostaria de conhecer melhor.


 



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Autor(a): theangelanni

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Duas semanas depois, Dulce estava convencida de que Trent Uckermann era um vampiro que só vivia depois da meia-noite. Não havia tornado a ver um só indício daquele homem espetacular depois da noite em que o tinha visto trocando o pneu sob a chuva. Tinha procurado esse traço durante as reuniões, ou quando se cruzaram casualmente na ga ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



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  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


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