Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 10? Capítulo

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Depois das reuniões da manhã, o empreiteiro partiu, deixando Christopher a sós com Ripley, o diretor do hotel.


— Ontem estava com uma de nossas clientes, uma jovem loira, no vestíbulo do hotel?


A pergunta era um tanto impertinente, mas não de todo inesperada.


— Com uma loira? Não, definitivamente, não estive com uma loira ontem a noite.


— Seria uma coincidência, suponho. Pareceu-me que fosse você de longe, embora estivesse vestido de forma muito diferente. Enfim, está preparado para falar dos progressos do projeto com o representante do conselho de administração?


— Perfeitamente preparado. Estarei ali às duas — sem dizer uma só palavra mais, separou-se dele, decidindo ir a seu quarto antes de comer.


Precisava fazer algo para tranquilizar seus hormônios.


Resistindo a necessidade de ir ver se estava em seu quarto, apertou  o botão de seu piso e se apoiou contra a parede do elevador. Não pôde reprimir um suspiro ao lembrar que tinha estado nesse mesmo lugar doze horas antes com a Claudia envolvendo-o com suas pernas enquanto lhe dava um exemplo do que os esperava.


— E estou preparado para muito — murmurou em voz alta.


Havia outras pessoas no elevador, mas não deram atenção. Provavelmente pensavam que estava falando sozinho.


— Estou segura, carinho —sussurrou uma voz feminina — E quero que saiba que eu também  estou.


Christopher ergueu o olhar, esperando ver a morena de olhos azuis com quem tinha passado a noite, mas viu uma loira espantosa cujas curvas se derramavam obscenamente pela beira de um biquíni minúsculo. Quando Christopher a olhou aos olhos, ela umedeceu os lábios.


Christopher olhou ao seu redor, perguntando-se se realmente estaria falando com ele. Das outras três pessoas que havia no elevador, dois eram homens trajados absortos em sua própria conversa e a terceira uma anciã. Sim, a loira com Chapéu de palha estava falando com ele. Vinte e quatro horas antes lhe teria respondido. Mas agora não. Apoiou-se contra a parede do elevador e desviou o olhar.


Nem sequer a viu se movendo a seu lado. Pelo menos até que sentiu uma mão no traseiro.


— Epa!


A anciã agarrou com força sua bengala e os dois homens o olharam com receio. A loira sorriu como um felino satisfeito.


Surpreso pela estranha atitude daquela mulher, Christopher lhe dirigiu um olhar implacável e cruzou de braços. Ela fez biquinho, obviamente cheios de silicone. Quando o elevador chegou ao décimo sexto piso e as portas se abriram, até os homens de negócios se calaram para observá-la. A loira saiu, apoiou a mão na porta para evitar que se fechasse e olhou ao Christopher por cima do ombro.


— Está seguro de que não quer ficar aqui comigo?


— Não — murmurou Christopher.


Os dois homens o olharam como se estivesse louco e a loira o fulminou com o olhar enquanto se fechavam as portas do elevador.


 


*****


 


Dulce achou difícil manter a calma e aparentar naturalidade quando abandonou o quarto no sábado pela manhã e desceu à sala de conferências. Como aparentar normalidade? Como ia caminhar entre desenhistas, publicitários e detalhistas sem que todo mundo se desse conta do que tinha estado fazendo durante as últimas horas?


Desfrutar de uma noite apaixonada e selvagem com um homem que mal  conhecia. Mal? Diabos, o Trent com quem tinha passado a noite era tão diferente do Trent que conhecia no trabalho que lhe parecia um autêntico estranho. Um homem delicioso e encantador que lhe tinha provocado mais orgasmos em dez horas que os que tinha tido em toda sua vida.


Poderia morrer de uma overdose de orgasmos?


Conseguiu passar a manhã sobre uma mesa e ficar sem dançar para dar rédea solta a seu bom humor. De qualquer forma, sentia-se como se estivesse dançando, sobretudo quando pensava no que a esperava aquela noite.


Embora naquela manhã tivesse  considerado muito seriamente pôr um fim imediato na sua relação para proteger não só seu emprego, mas também seu coração, alegrava-se de ter mudado de opinião. Sim, sentia-se muito vulnerável ante ele. Sentia a emoção crescendo dentro dela com a intensidade de uma onda capaz de derrubá-la. Mas não podia deter-se. Não podia dizer ao Trent que não voltassem a ver-se. Não podia prescindir de passar outra noite em seus braços, trocando beijos e sussurros, amor e risadas.


— Só uma noite mais — disse a si mesma —  Depois voltarei para a vida, à realidade. Ele voltará a ser um sério executivo e eu uma simples vitrinista.


Pensar no dia seguinte a entristecia terrivelmente.


Dulce viu Trent algumas vezes durante o dia, embora nunca frente a frente. Quando se viram um ao outro pela primeira vez, Trent inclinou a cabeça e lhe dirigiu uma evasivo sorriso.


— Que bom ator — sussurrou Dulce para si quando cruzaram os olhares durante o almoço.


Dulce, para sobressaltá-lo um pouco, olhou a seu redor e quando se assegurou de que ninguém mais estava olhando, lhe piscou com o olho.


Trent franziu o cenho e inclinou a cabeça, aparentemente confuso.


— Realmente bom — Dulce continuava decidida a pô-lo nervoso. Naquela ocasião, apertou os lábios e lhe atirou um beijo.


A surpresa de Trent a fez sorrir. Havia tornado a ser o Trent frio e distante de sempre. Arregalou os olhos e olhou de soslaio para comprovar se alguém a tinha visto. Dulce acreditou vê-lo ruborizar-se. E esteve a ponto de morrer de rir. Como era possível que um homem que horas antes lhe tinha ensinado lugares de seu corpo que ela nem sequer sabia que existiam fosse capaz de ruborizar-se porque lhe enviava um beijo?


Parecia-lhe uma contradição absolutamente maravilhosa.


Durante o resto da tarde, Dulce tentou, sem muito êxito, separar de sua mente todas as lembranças da noite anterior e concentrar-se no trabalho. Ainda tinha muitas coisas nas quais pensar. Queria ser uma esponja, encharcar-se de toda informação que pudesse aprender sobre a indústria da moda.


Conheceu algumas pessoas interessantes, responsáveis pelos departamentos de moda de diferentes armazéns, representantes de promoção de algumas cadeias nacionais e jornalistas dos mais importantes jornais do sul da Florida. Quando perguntavam a que se dedicava, Dulce observava divertida a reação das pessoas ante sua resposta. Alguns se mostravam amistosos. Outros davam de ombros. Uma mulher perfeitamente maquiada que se apresentou como a diretora de uns armazéns de elite, enrrugou o nariz como se estivesse cheirando algo repugnante e deu meia volta sem lhe dizer uma só palavra.


Mas não, Dulce não era a única pessoa sem poderes executivos que havia no congresso. E provavelmente não era a única pessoa relacionada com o vitrinismo. Mas apostava que era a única que estava estudando durante o dia e dedicava as noites a trabalhar nas vitrines. E tinha que agradecer ao Trent que lhe tivesse permitido entrar naquele ambiente.


Uma pessoa mais receosa teria se perguntado por seus possíveis motivos. E a parte mais suscetível de seu caráter especulava sobre a possibilidade de que a decisão de Trent de lhe pagar aquela viagem pudesse ter algo que ver com a forma como  tinham terminado as coisas entre eles.


Mas não. Absolutamente não. O que tinha acontecido na noite anterior tinha sido algo mágico e perfeito. Nada calculado. Sua mãe teria dito que os planetas e a lua se alinharam sob o signo de Vênus ou algo parecido. Dulce não se importava com o porquê, onde ou quando tinha acontecido.


Só o que lhe importava era com quem e o como. Como Trent tinha conseguido fazê-la sorrir, ou como a beijou como se nunca tivesse saboreado nada mais doce que seus lábios, ou como brilhavam seus olhos sob a luz da lua enquanto faziam  amor na água. Ou como se afundou nela.


Dulce estremeceu. Tinha uma noite mais. E tinha a certeza de que seria maravilhosa.


No sábado de noite, como não viu o Trent no salão de baile no qual se celebrava o banquete, Dulce aproveitou para chamá-lo. De um dos telefones do vestíbulo, pediu que a  ligassem com seu quarto. Infelizmente, atendeu sua secretária eletrônica.


— Olá, sou eu — disse Dulce —  Seria maravilhoso que não tivesse descido para jantar porque estivesse decidido a desfrutar diretamente da sobremesa — rindo suavemente continuou — Agora a sério, se o coloquei em uma situação embaraçosa, sinto muito. Mas fica tão condenadamente bonito quando está tão formal e tão nervoso. Estou desejando que chegue essa noite, continua sendo às dez, não é? — e desligou.


Uns minutos depois, quando estava em um dos lavabos que ficavam perto do vestíbulo, soou seu celular. Abriu-o preocupada, temendo que pudesse ter ocorrido algo.


— Diga?


— Olá, preciosa.


Trent. Algo se abrandou imediatamente em seu interior. Cobriu o telefone com a mão para evitar que a ouvissem e disse:


— Passei todo o dia desejando ouvir sua voz.


— Eu também. Espero que não se importe que tenha telefonado. Esta manhã vi seu número escrito na capa do celular e o anotei antes de ir.


— Me alegro de que o fizesse. Faz um momento deixei uma mensagem em seu quarto.


— Sério? Pois estou aqui mais ou menos há uma hora. Ou melhor,  estava no banho — se interrompeu —  Não, a luz da secretária eletrônica não está piscando. Espero que não tenha deixado uma mensagem erótica a algum dos hóspedes.


Dulce soltou uma gargalhada.


— Não, não foi uma chamada erótica, mas suponho que me equivoquei de quarto. Espero que quem quer que esteja ocupando esse quarto não tenha uma noiva ou uma mulher ciumenta!


— Eu também. Se amanhã nos inteirarmos de que atiraram a bagagem de um homem pelo balcão, já saberemos por que. E agora, a respeito dessa chamada erótica...


Dulce ergueu o olhar ao perceber que entrava outra mulher no lavabo.


— Hum... acredito que esse não é o momento mais oportuno. E, bom, a verdade é que não tenho muita experiência nesse tipo de coisas.


— Sempre há uma primeira vez para tudo —  tentou enrrolá-la Christopher.


Dulce fechou os olhos e visualizou seu sorriso.


— Falaremos sobre isso essa noite.


— Estarei esperando.


 


As nove e meia da noite, Dulce estava já de volta em seu quarto, revisando sua maleta pela décima vez.


— Um vestido? Uma calcinha? Uma camisola? — disse em voz alta, perguntando-se como ia recebê-lo quando chegasse —  Como tenho que vestir-me para ter uma aventura?


Recebê-lo nua lhe parecia o mais apropriado. Entretanto, era impossível assegurar-se de que não houvesse ninguém no corredor do hotel quando abrisse a porta.


Olhou o relógio desesperada e, no final, imaginou um dos representantes do Neiman Marcus cruzando o corredor justo no momento que ela abrisse a porta, a fez decidir-se por vestir um pouco de roupa para receber seu amante.


Seu amante. Embora só fosse durante uma noite.


— Isto é só uma aventura — disse em voz alta —  Entre nós não pode haver nada permanente.


Entretanto, à medida que ia conhecendo o Trent, mais difícil parecia acreditar, porque o Trent com o qual  estava passando o fim de semana não só era um homem estável e atrativo, mas sim, definitivamente, sabia rir.


Dulce nunca tinha acreditado no amor a primeira vista. Sobretudo depois de ter tido o exemplo de sua mãe, que tinha uma fé cega nele e embarcou em uma interminável sucessão de relacionamentos. Em cada ocasião acreditava ter encontrado o homem perfeito. E sempre terminava sozinha e sofrendo miseravelmente. Não, Dulce não considerava a si mesma uma pessoa romântica ou idealista. Ela sempre tinha sido realista.


Não tinha se apaixonado pelo Trent a primeira vista. De fato, nem sequer gostava muito dele até a noite que o tinha visto sob a chuva.


Era estranho que tudo a levasse sempre àquela noite. Tinha sido então quando a indiferença que sentia pelo Trent se transformou em uma grande atração. Se não o tivesse visto e se desse conta de que havia muito mais no Trent Uckermann do que até então tinha conhecido, não teria se deitado com ele naquele fim de semana.


Parecia impossível, mas de repente se sentia como se tudo girasse ao redor dele. Como se tivesse que gravar em sua mente até o último detalhe de seus encontros porque temia que isso fosse só o que ficaria  do Trent durante o resto de sua vida. «É o sexo».


— Não, não é sexo — se respondeu zangada em voz alta.


«Admita-o. Esse homem conseguiu sacudir todo seu mundo na cama».


Sim, tinha sacudido todo seu mundo na cama. E também na praia, e na ducha, e...


— Ok — murmurou —  Em parte é o sexo.


Tinha que admitir a verdade. Entretanto, Trent era capaz de voltar seu mundo ao contrário só um sorriso. Ou cada vez que soltava uma gargalhada em resposta a uma de suas brincadeiras. Ou quando entrelaçava os dedos com os seus enquanto caminhavam juntos.


Sabia que podia apaixonar-se por ele.


Que podia? Mas a quem pretendia enganar? na realidade já estava meio apaixonada.


Sim, provavelmente estivesse. Por impossível que pudesse lhe parecer só vinte e quatro horas atrás, tinha encontrado o homem de sua vida. Mas a pergunta continuava sem resposta: estava preparada para admitir que queria algo mais que um fim de semana? . E ele, estaria?


Christopher bateu na porta de seu quarto poucos minutos antes das dez, levando um ramo de flores e uma garrafa de vinho em uma mão e uma pizza na outra. Ela abriu a porta e o recebeu com seu maravilhoso sorriso.


— Não imaginava — disse Christopher, esquecendo-se de tudo o que estava nas mãos.


— Não imaginava o que? — perguntou Dulce, tomando imediatamente o ramo e a garrafa, deixando que fosse ele quem se encarregasse da pizza.


— Que seu sorriso tivesse o mesmo efeito em mim que um bom gole de uísque — admitiu enquanto a seguia ao interior da quarto.


— Pois não sei com você, mas nas poucas ocasiões nas quais bebi uísque, sempre me senti como se estivesse a ponto de vomitar.


Christopher deixou a pizza em um canto da mesa, segurou-a pelos ombros e a fez voltar-se para ele para desenhar os lábios com o dedo.


— Eu me esquento e me sinto carregado de eletricidade. É uma sensação intensa e embriagadora.


— A do uísque?


— Não, a que provoca seu sorriso — sussurrou antes de dar um beijo em seus lábios entreabertos.


Da garganta de Dulce escapou um suspiro enquanto se beijavam. Um suspiro de absoluta satisfação.



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Autor(a): theangelanni

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Deslizou os braços ao redor de seu pescoço e inclinou a cabeça, convidando-o silenciosamente a saborear as profundidades de sua boca. Suas línguas se entrelaçaram em uma lenta dança de boas-vindas. Christopher sentiu os dedos de Dulce afundando-se em seu cabelo, acariciando delicadamente suas têmporas e descendo depois at&eacut ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



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  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


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