Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]
— Atenda e é um homem morto.
Christopher poderia ter rido de sua veemência se ele mesmo não estivesse desejando esbofetear-se por ter se esquecido do telefone. Levou a mão ao cinto, onde o tinha pendurado, para desconectá-lo. Mas antes de poder fazê-lo começou a soar um assobio procedente de seu bolso.
— Encontra-o.
— Parece que há alguém que está desejando matá-lo.
— Não há muitas pessoas que tenham os dois números — consultou o número da pessoa que o chamava — É da casa de minha avó.
— E também é ela quem o chamava por telefone — ambos olharam horrorizados o celular — Será melhor que responda — aconselhou Dulce, enquanto se vestia a toda velocidade, como se fosse uma adolescente a quem acabassem de descobrir com um menino no carro de seus pais.
— Sim, tem razão. Mas como talvez não seja uma emergência, esse telefone deixará de funcionar imediatamente.
Infelizmente, tratava-se de uma emergência. Depois de três minutos de conversa com sua avó, Christopher desligou e se voltou para a mulher com quem tinha estado "a ponto de fazer amor”.
— Está tudo bem? — perguntou-lhe Dulce.
— Acabam de internar meu pai em um hospital. Sofreu um ataque do coração. Não é nada importante, está consciente e é capaz de falar, mas minha mãe está muito nervosa.
— Como não poderia estar! Vai vê-lo?
— Sim. Minha avó já tem os bilhetes de avião. Será melhor que vá imediatamente ao aeroporto.
— Posso fazer algo por você? Necessita que telefone a alguém?
— Não, mas obrigado por perguntar. Não sabe quanto sinto tudo isso. Definitivamente, tinha outros planos para essa noite.
— Não se preocupe, de verdade. Espero que seu pai fique bem.
— Estou seguro de que ficará — acariciou-a no ombro e se entreteve em colocar-lhe a alça do vestido — A verdade é que não pôde escolher um momento pior.
— Diga-me isso. Acredito que assim que sair vou tomar um banho frio.
Christopher acariciou suavemente seu rosto.
— E por que não toma um banho de espuma? Pode relaxar e pensar em mim enquanto se ensaboa... Minuciosamente.
Dulce se ruborizou violentamente.
— Eu..., eu não... Isso... — Christopher riu suavemente. Gostava de sua confusão, seu inocente pudor.
— Prometa-me que o fará. Vai entrar na banheira e acariciar todos esses lugares que estou desejando acariciar. Dê a si mesma tanto prazer como o que eu pensava dar a você essa noite. Assim terei algo interessante no que pensar durante a viagem... E assim teremos algo interessante do que falar na próxima vez que nos falarmos por telefone.
Dulce continuava intensamente ruborizada. Seus seios subiam e desciam ao agitado ritmo de sua respiração. E antes de que Christopher pudesse desculpar-se por tê-la posto naquele estado, esticou os braços, afundou os dedos em seu cabelo e lhe deu um lento e prolongado beijo.
Comoveu Christopher tanta ternura. Sua doçura o cativava. E quando se separou dele, permitindo olhá-la nos olhos, comoveram-no suas lágrimas.
— Agora já tem algo no que pensar.
— Vou sentir sua falta. Vai ficar aqui até manhã?
— Sim, pode me telefonar essa noite para me contar como está seu pai?
Christopher assentiu e se dirigiu para a porta. Quando a alcançou, voltou para tornar a beijá-la. Naquela ocasião, Dulce já não pôde conter as lágrimas.
— Isso não é um adeus, Claudia. Estou seguro de que nos veremos logo.
Ela o olhou com expressão cética. Christopher queria lhe dar mais confiança, mas não tinha tempo. E não podia lhe dizer tudo o que sentia, o muito que gostava, o muito que a desejava e que acreditava que o que estava acontecendo entre eles era algo único.
Assim, se limitou a levar os dedos à orelha e a tirar o brinco. aproximou-se de Dulce, tirou o aro que ela usava e pôs seu próprio brinco no lugar. Compreendendo o que pretendia, Dulce tomou o brinco que Christopher acabava de tirar e o deslizou no lóbulo de sua orelha.
— Será uma lembrança constante — disse Christopher suavemente, alegrando-se de que as lágrimas tivessem desaparecido de seus olhos — Logo voltaremos a trocá-los.
— Conto com isso.
Christopher lhe deu um último beijo na ponta do nariz, abandonou o quarto e se dirigiu para o seu, prometendo voltar a vê-la muito em breve.
Quando as portas do elevador se abriram, curvou os lábios em um pesaroso sorriso.
— Não acredito que este elevador tenha espelho. E mesmo que tivesse, estou certamente seguro de que não estou num traje como esse. Então você não pode ser meu reflexo.
— Não, entre outras coisas porque eu não vestiria uns jeans tão velhos assim nem louco!
Christopher se limitou a sacudir a cabeça e a fixar o olhar em quem era ao mesmo tempo seu irmão e seu melhor amigo, Trent.
— Vá — comentou Trent — Se não fosse plágio, diria quão pequeno é o mundo.
— O que faz por aqui, Trent? Soube o que aconteceu ao papai?
O sorriso do Trent se desvaneceu.
— Sim, telefonou-me a avó. Entrei em contato com o hospital imediatamente e me disseram que está evoluindo muito bem. Inclusive estão começando a duvidar de que tenha sido um ataque do coração, mas estão fazendo exames.
Christopher suspirou aliviado, alegrando-se de que seu irmão tivesse telefonado ao hospital
— Então vai para o aeroporto? — perguntou-lhe Trent.
— Sim. Antes tenho que ir recolher a bagagem no meu quarto. Necessita que o leve?
— Não, irei em meu carro. Além disso, nem me ocorreria montar nesse monstro que você chama de carro — brincou — Eu também ia a meu quarto para fazer a bagagem.
— Não estava em seu quarto quando telefonou a avó? — quis saber Christopher, perguntando-se se Trent teria estado tão agradavelmente ocupado como ele.
A única resposta de Trent foi um suspiro nostálgico. Christopher pôs-se a rir, acostumado à agitada vida sentimental de seu irmão. Ambos tinham sua própria forma de escapar aos rígidos limites da família: Christopher mediante o trabalho e Trent através das mulheres.
— E você, que está fazendo por aqui? — rindo, perguntou por fim Trent — Não sabia que assistisse a esse tipo de congressos.
— Já sabe que minha empresa é a encarregada do projeto do jardim.
— Ah, é verdade. E que tal vão as coisas? Sei que este trabalho é muito importante para você.
— Estupendamente. Acredito que justo antes de meu aniversário vou ter um grande êxito.
— Então a avó vai ter que cancelar a festa de boas-vindas ao negócio familiar, não?
As portas do elevador voltaram a abrir-se. Ambos olharam para fora e Christopher distinguiu as costas da loira platinada que o tinha assaltado no elevador.
— Fecha a porta, rápido — Trent parecia quase apavorado, um sentimento muito pouco frequente nele.
Christopher nem sequer teve tempo de reagir antes de que Trent esticasse o braço para pressionar o botão de fechamento, esconder-se em um canto e levar um dedo aos lábios lhe pedindo silêncio.
— Por que tenho a sensação de que temos doze anos e estamos bricando a espiões? — perguntou-lhe Christopher.
— Quer fazer o favor de se calar? — repreendeu seu irmão num sussurro.
— Nem sequer vamos brigar para decidir quem vai fazer o MacGyver?
Trent o fulminou com o olhar e pressionou com mais força o botão. Christopher observou à loira, que justamente quando começavam a fechar as portas, voltou-se e ficou estupefata ao ver Christopher em seu interior.
Christopher se despediu dela movendo a mão enquanto ouvia o suspiro de alívio do Trent.
— Quer me explicar isso?
— Persegue-me — replicou Trent, sacudindo a cabeça — É uma psicopata como a de Atração Fatal.
— Conhece-a?
— Bom, digamos que «conhecer» não é exatamente a palavra que eu utilizaria.
— Oh, claro que a conhece. E não lhe bastou saber que tinha sido uma noite maravilhosa e com o cheque que você lhe deu para que pudesse comprar um bom presente por ter se comportado tão bem?
— Digamos que me pareceu normal quando a conheci.
— E quando foi isso?
— Ontem a noite. E hoje começou a telefonar para meu quarto me acusando de tê-la rechaçado, coisa que é absolutamente falso!
— No momento.
— No momento, sim — admitiu seu irmão — E nessa tarde recebi outra mensagem dela, me dizendo que supunha que devíamos nos ver às dez, algo que tampouco era verdade.
— Porque...
Trent deu de ombros.
— Porque precisamente, às dez, ia ficar com outra pessoa.
Christopher elevou os olhos ao céu. E então se lembrou de seu encontro com a loira no elevador.
— Sinto dizer que na realidade fui eu que o fez.
— Que fez o que?
— Rechaçar a essa loira — elevou as mãos desculpando-se quando seu irmão o olhou com o cenho franzido — Sinto muito, não tinha a menor ideia de que estava aqui. E quando me insinuou, basicamente lhe disse que se fosse.
— E ela pensou que foi eu.
— Provavelmente.
— Não estava interessado nela de verdade? — perguntou Trent com incredulidade.
— Não, graças a Deus.
— É meu irmão de verdade? O mesmo tipo que na universidade dava meu telefone a todas as mulheres a quem rompia o coração?
— Isso faz muito tempo, irmão. amadureci depois.
— Se amadurecer significa fazer-se celibatário, acredito que eu serei sempre jovem.
— Ninguém está falando de celibato — repôs Christopher, consciente de que seu sorriso ia deixar seu irmão louco de curiosidade.
Mas não pensava lhe dizer uma maldita palavra.
O que tinha acontecido aquele fim de semana era algo íntimo e pessoal. Muito novo para compartilhá-lo com alguém. Ou para degradá-lo com uma conversa sobre mulheres com seu irmão.
Levou a mão à orelha, acariciou o brinco que estava nela e sorriu.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Vamos, fale-me do congresso, conheceu pessoas interessantes? Divertiu-se? Dulce reconheceu a voz do Anahí atrás dela, enquanto estava trabalhando no escritório na segunda-feira pela tarde. Tinha ido ao trabalho quase com pesar, porque sabia que Anahí ia enchê-la de perguntas e que não poderia contar nada do Trent. Ele tinha d ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1653
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14
Own que lindos ! Amei
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17
ah, aki eh a Natyvondy!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50
amei!!!!!
-
vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47
amei!!!!!