Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]
Embora houvesse dito a Claudia que chegaria a sua casa na quinta-feira à noite, na quarta-feira à tarde já estava lá.
Seu pai estava evoluindo maravilhosamente e tinha pedido a seus filhos que retornassem à Florida.
E o número do telefone da Claudia tinha sido a primeira coisa que Christopher tinha chamado assim que tinha saído do aeroporto.
Ao ouvir uma voz feminina do outro lado da linha, Christopher disse:
— Voltei e morro de vontade de vê-la. Diga onde podemos nos encontrar para que eu possa despir você imediatamente.
— Sinto muito, amigo, se está procurando a minha irmã, a proprietária deste telefone celular, equivocou-se. E se for um pervertido que se dedica a fazer chamadas por telefone, vá pro inferno.
A irmã. Aquela devia ser a irmã adolescente.
— Você deve ser Morgan. Escuta, sinto muito, de verdade...
— Esquece — respondeu ela rindo — Tenho a sensação de que já sei quem é: o tipo que ela conheceu este fim de semana no congresso.
— Sim, pode me dizer onde está?
— Veio para casa depois da aula e foi trabalhar na galeria comercial. E esqueceu o celular.
— Na galeria comercial? Qual galeria exatamente?
— Na Galeria Comercial Uckermann`S. Christopher levou um susto e quase saiu da auto-estrada.
— Na Galeria Uckermann`s, de Boca?
— Sim. Sabe como ir até lá?
— Sim, sei — gaguejou Christopher, confuso por aquela coincidência — E Morgan, se falar com sua irmã, não diga que telefonei. Quero fazer uma surpresa.
Quando na quarta-feira à tarde se aproximava a hora de fechar, Dulce viu o Trent na porta de seu escritório, falando com sua secretária. Estava distraído, olhando para outro lado e não se fixou nela. Melhor. Porque não teria sido capaz de fingir que não o estava comendo com os olhos. E tampouco queria vê-lo antes de ter oportunidade de tirar o rabo-de-cavalo e escovar o cabelo.
Nem sequer sabia que ia trabalhar naquele dia. E não teria informado de que estava ali se Anahí não o houvesse dito assim que tinha chegado do trabalho.
E sabia que Trent não demoraria para ir vê-la.
*****
Suas sandálias retumbaram sobre o chão enquanto corria através do departamento de roupas. Sua antecipação crescia a cada passo, e também a velocidade dos batimentos de seu coração. Porque em muito pouco tempo, e pela primeira vez desde aquele mágico fim de semana, iam estar juntos no mundo real.
Assim que chegou a seu pequeno canto, Dulce soltou o cabelo, pintou os lábios e pôs umas gotas de perfume nas pulsos e no pescoço.
Começou a perguntar-se com quem Trent ia encontrar-se. Rezou em silêncio para que fosse a amante do fim de semana. Não acreditava que pudesse suportar que se apresentasse convertido no Trent tenso e conservador que até então tinha conhecido. Queria ver seu sorriso travesso, contemplar seus olhos obscurecidos pelo desejo quando a visse. E, sobretudo, queria que a beijasse como se nunca fosse saciar-se dela.
Sentada no sofá, frente à porta, alisou a saia e esperou. E esperou. E continuou esperando.
Mas Trent não chegava.
Quando olhou o relógio e se deu conta de que na realidade tinha passado mais de uma hora desde que tinha visto Trent no escritório, respirou fundo e levantou o telefone de sua escrivaninha.
— Sou Dulce Maria Saviñon. Poderia falar com o senhor Uckermann, por favor?
— Neste momento está terrivelmente ocupado — replicou o cão de guarda que tinha por secretária.
— É muito importante.
Depois de uns minutos de tenso silêncio, a secretária respondeu:
— ok, direi que quer falar com ele e veremos o que diz.
A próxima voz que ouviu foi a de Trent. Quando respondeu com um distraído «diga?», Dulce ficou tão contente que não vacilou.
— Estava esperando que voltasse. E agora mesmo vou começar a tirar a calcinha. Assim vem imediatamente me saudar como eu mereço.
Silêncio.
— Trent? Está aí?
Trent clareou a garganta.
— Dulce? A verdade é que... não esperava isso. Nesse momento há alguém em meu escritório.
Dulce fez uma careta. Deveria ter pensado melhor antes de decidir-se iniciar uma conversa como essa no trabalho.
— Sei. Sinto muito. Esquece que chamei. Mas vem me ver assim que esteja livre, ok?
Desligou o telefone sentindo-se como uma idiota. Pobre Trent. Podia imaginá-lo vermelho. Esperava ao menos que não tivesse o escritório cheio de executivos.
Os próximos trinta minutos transcorreram de forma desesperadamente lenta. Dulce tentou fazer alguns esboços, mas não conseguia concentrar-se e terminou atirando seu caderno ao chão. Aconchegada no sofá, tirou os sapatos e encolheu as pernas. Sentia-se como se estivesse a ponto de dormir. Algo que não podia surpreendê-la, tendo em conta o pouco que dormia ultimamente. Além das aulas na universidade, estava sofrendo a pressão dos exames finais.
E não se deu conta de que realmente cochilou até que ouviu o pigarro de uma garganta masculina. Abriu os olhos desorientada, olhou ao redor da sombria sala e viu o Trent.
Permanecia a vários metros de distância, observando-a com ar ausente e esfregando o queixo. Parecia definitivamente concentrado e interessado no que estava vendo.
Dulce seguiu o curso de seu olhar. Enquanto dormia, a saia tinha subido para cima dos joelhos, ficando à altura de suas coxas. O Top de algodão caía por um de seus ombros, deixando descoberta a curva de seu seio direito.
— Voltou — murmurou Dulce suavemente.
Sentia-se insegura apesar do muito que se alegrava em vê-lo. sentou-se rapidamente, arrumou o Top e esticou a saia.
Se Trent tivesse sorrido, se tivesse piscado o olho e tivesse cruzado a sala para abraçá-la, todas as suas preocupações teriam desaparecido. Mas Trent não fez nenhuma dessas coisas. Permanecia frente a ela, completamente sério e profissional com seu traje imaculado, olhando-a fixamente.
— Trent? Estás bem? Parece... diferente.
Trent clareou a garganta. Continuou deslizando o olhar por suas pernas, detendo-se nos pés descalços, nos tornozelos, e por fim apareceu um sorriso em seus lábios.
Dulce calçou rapidamente os sapatos.
— Sinto muito. Estava esperando você e adormeci.
— Não se preocupe. Me alegro de ter me atrasado — respondeu Trent com voz sedutora.
— Ah sim? E por que?
Trent se aproximou dela sem responder enquanto seu olhar vagava por suas enrugadas roupas e por seu cabelo sem pentear. Provavelmente tinha o mesmo aspecto quando levantava da cama. E esse era o lugar onde Trent parecia desejar que estivesse.
— Se tivesse vindo antes, imagino o que perderia. Mas suponho que deveria repreender você. É evidente que disse uma mentirinha.
Dulce arqueou uma sobrancelha com expressão interrogativa.
— Vejo que ainda está com a calcinha — cruzou de braços e lhe dirigiu um olhar desafiante.
Sentindo-se mais confiante, Dulce se levantou e deu um passo a frente.
— Possivelmente não por muito tempo. E agora, vai beijar-me?
Durante um décimo de segundo que demorou para segurá-lo pelo cabelo e procurar seus lábios, Dulce percebeu que ficava perplexo. E se não estivesse tão ocupada beijando-o, teria rido às gargalhadas. Quase imediatamente, Trent começou a devolver o beijo, estreitando-a com força contra ele e tomando com as duas mãos seu traseiro.
Dulce esperava os foguetes. Esperava que amolecessem as pernas e que fizesse cócegas nos seios. Esperava a explosão do desejo.
Nada. Nada de nada. Zero de explosões. Nenhum fogo artificial.
Oh, foi um beijo agradável, não podia negar. Mas nada tão demolidor como o que tinha ocorrido durante o fim de semana.
Esteve a ponto de chorar de desilusão por não poder recuperar os impactantes sentimentos daquele fim de semana.
Instintivamente, levantou a mão para sua orelha, procurando o pequeno aro de ouro. E embora no fundo não esperasse, não pôde evitar uma nova pontada de desilusão ao dar-se conta de que não o encontrou. Apesar de sua promessa, Trent o tinha tirado.
Inclinou a cabeça enquanto Trent se movia para continuar lhe beijando o pescoço com entusiasmo e abriu os olhos. Teria substituído o brinco por algum brinco menor? Ou seria tão covarde que não usava nenhuma espécie de brinco quando ia ao trabalho? Pestanejou e se fixou com atenção. Que estranho, não tinha nenhum brinco. Mas o mais estranho de tudo era que tampouco tinha buraco!
Nenhuma espécie de buraco.
Trent por fim percebeu sua distração. Sem tirar as mãos de cima dela, ergueu a cabeça e lhe perguntou:
— Dulce?
Dulce apertou os olhos e sacudiu a cabeça, como se aquilo fosse alguma espécie de sonho sulrrealista. Possivelmente estivesse dormindo em cima de um manequim e as mãos que sentia sobre seu traseiro eram umas mãos de plástico.
Voltou a abrir os olhos. Nada de sonhos. E Trent continuava sem ter buraco.
— Que diabos está acontecendo aqui? — perguntou ela.
— Isso é exatamente o que eu gostaria de saber.
Trent não tinha respondido. Bem, na realidade sim, ele tinha respondido, mas não quem estava só a alguns centímetros dela. O Trent que tinha falado, o fez da porta.
Perguntando-se ainda se estaria sonhando, Dulce se voltou lentamente, olhou para a porta e viu...
Outro Trent.
Autor(a): theangelanni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1653
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stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14
Own que lindos ! Amei
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17
ah, aki eh a Natyvondy!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50
amei!!!!!
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vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47
amei!!!!!