Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 15? Capítulo

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Christopher
se sentiu como se acabassem de lhe dar um murro no estômago. Enquanto via seu
irmão e a Claudia separarem-se, pestanejou duas vezes e tentou controlar a
situação. De tudo que tinha imaginado que aconteceria quando voltasse a
reunir-se com a Claudia, encontrá-la nos braços de seu irmão não estava
definitivamente na lista. Na realidade, não estava em nenhuma lista
absolutamente, a não ser que se decidisse a escrever uma lista de seus piores
pesadelos.


Pelo
menos, tinha que reconhecer que Claudia parecia se sentir como se acabasse de
beber um copo de leite rançoso.



Trent? — perguntou-lhe, olhando-o fixamente.


— Sim?
— respondeu seu irmão.


Trent
os olhava alternativamente. E Christopher percebeu que parecia zangado por
aquela interrupção.



Trent? — repetiu Dulce, naquela ocasião olhando ao gêmeo de Christopher.


— Sim —
respondeu Christopher.


Entrou
na sala, onde Claudia permanecia ainda perigosamente perto de Trent.


— Este
é o Trent — lhe explicou.


— Este
é Trent? — quis saber Dulce.


— Há
eco na sala? — perguntou Trent, irritado.


Dulce o
ignorou e se voltou para o Christopher.


— Então
você é...?



Christopher.


— Há um
verdadeiro Christopher? — parecia estupefata.


— Sim,
sou eu. Christopher Uckermann.


O
palavrão que Dulce soltou fez Trent abrir os olhos surpreso. Mas para
Christopher não havia uma forma melhor de definir o inesperado curso dos
acontecimentos.


As
palavras que Dulce tinha pronunciado justo no momento que ele entrava no quarto
deixavam claro que ela tinha encontrado algo estranho no beijo de seu irmão. E
o impacto que tinha causado vê-lo no batente da porta consolidava aquela
impressão. De modo que tinha que eliminar a primeira e desagradável sensação de
que, por alguma razão, aquela mulher desejava aos dois irmãos.



Alguém quer me explicar o que está acontecendo aqui? — perguntou Trent, zangado
ainda pela interrupção.


— Era
isso mesmo que eu ia  perguntar — disse
Christopher — Há algum motivo pelo qual esteja tentando deslizar a língua pelo
pescoço de  Claudia, quando essa mulher é
minha?


— Sua?
— perguntou Dulce com evidente indignação.


— Sim,
minha — replicou Christopher, consciente de que estava ficando como um homem
das cavernas.


— E
quem é Claudia? — perguntou Trent.



Pensava mesmo que eu era Claudia? — perguntou Dulce, abrindo os olhos com
surpresa.


— E
quem ia pensar que era?



Alguém vai explicar-me quem é Claudia? — voltou a perguntar Trent,
completamente confuso.


— Eu
sou Claudia — balbuciou Dulce —  Ou ao
menos isso é o que ele acredita. Mas, é obvio, eu pensava que ele sabia que eu
não era.


— Como
ia saber se me disse que se chamava Claudia?



Dulce, por que disse a ele  que se
chamava Claudia?


— Assim
que se chama? Dulce? — aquele nome curto e singelo ficava muito bem.


— Sim,
Christopher, meu nome é Dulce.


— Não
entendo o que está acontecendo aqui — Trent sacudiu a cabeça completamente
desconcertado.


Christopher
olhou a seu gêmeo e tentou explicar-lhe.


 — Estou começando a pensar que Claudia, ou
melhor dizendo, Dulce, está mesclando nossas identidades. Como aconteceu no
nono grau com alguns professores.


Trent
pensou nisso e assentiu.



Refere-se ao ano em que nós trocamos de lugar para que pudesse ser aprovado em
álgebra?


— Sim,
e também para nos assegurar de que não me suspendessem em geografia e cultura.



Talvez se tivesse aprendido matemática, poderia ter um trabalho que o
permitisse ganhar dinheiro de verdade, em vez de passar o dia jogando
fertilizantes.


— E se
tivesse aprendido um pouco de geografia, teria podido se fartar de estar todo o
dia metido no mausoléu que a avó construiu para nós e teria saído para conhecer
mundo.



Querem fazer o favor de calar? — pediu-lhes Dulce do sofá.


Christopher
e Trent ficaram olhando-a fixamente. Convencido de que fazia muito tempo que
ninguém ordenava a seu irmão que se calasse, Christopher esperou sua reação.


— Por
favor, não fique histérica — Trent cruzou de braços e inclinou a cabeça com um
gesto insuportavelmente condescendente.



Histérica? — replicou Dulce, saltando imediatamente do sofá —  Quem é a histérica aqui? Seria uma histérica
se tivesse quebrando coisas — sublinhou seu argumento dando um chute de
frustração. Acidentalmente, chocou-se com a perna de um manequim, que deslizou
sob o sofá até deixar unicamente fora os dedos do pé — Seria uma histérica se
saísse agora mesmo correndo ao departamento de sapatos e pedisse uma boa bota
para me chutar por ter sido tão idiota. — Trent olhou ao Christopher.


— Está
histérica.


— Se
voltar a dizer isso outra vez, terminarei lhe dando uma bofetada.


Dulce o
olhou com os olhos entrecerrados.


— Eu
sou a única pessoa do mundo que não sabia que tinha um irmão gêmeo?



Acredito que sim — replicou Trent —  Mas
não se sinta mal. Parecemo-nos tanto que houve muita gente que nos confundiu.


Christopher
sacudiu a cabeça e deu de ombros.


— Não
nos parecemos tanto.


— É
obvio que não. Só se  parecem fisicamente
— interrompeu  Dulce, como se a ideia lhe
parecesse ridícula —  Me custa acreditar
que não tenha percebido antes. São completamente diferentes... Mas como é
possível que não tivesse ouvido falar de vocês dois? Não tinha a menor ideia de
que Trent tivesse um irmão gêmeo.


— Sim,
disso já percebi — disse Christopher.


E
enquanto falava, deu-se conta de que seu aborrecimento virtualmente se
evaporou. Sim, ainda lhe doía ter visto seu irmão com as mãos em cima de uma
mulher que ele já tinha decidido que era dele. Uma mulher a quem tinha estado
esperando durante toda sua vida.


Por uma
vez podia perdoá-lo. Mas se voltasse a lhe pôr as mãos em cima...


— E
agora? — perguntou Trent.


— Agora
vai embora — respondeu Christopher — E rápido. — Seu irmão o olhou com os olhos
entrecerrados.



Acredito que era eu quem estava beijando-a quando você chegou. Por que eu
deveria partir ?



Possivelmente porque eu me deitei com ela nesse fim de semana?


Pela
extremidade do olho, viu que Dulce se deixava cair no sofá e tampava o rosto
com as mãos. Compreendeu que não tinha sido muito diplomático. Mas se
desculparia mais tarde, assim que seu irmão se fosse.


— Nesse
fim de semana? Durante o congresso?


— Sim —
admitiu Christopher —  E agora quer
partir? Vai repreender algum de seus empregados por estar mascando chiclete.


Trent o
ignorou e olhou para a Dulce. Ela permanecia tão quieta como um saco de
farinha. Christopher se perguntou se ia desmaiar, mas compreendeu que não
quando percebeu que estava esfregando os olhos.


— Então
me beijou pensando que eu era... você. Mas na realidade acreditava que você era
eu — refletiu Trent.


— Está
começando a me doer a cabeça — balbuciou Dulce, sem descobrir o rosto.



Exato. Simplesmente, beijou ao irmão equivocado. Fora!


— Ou se
deitou com o irmão equivocado — contradisse Trent, com uma elevação de
sobrancelha.


— Vá,
Trent, procura outra pobre mulher para quebrar-lhe o coração. Dulce está fora
de seu alcance.


— Pobre
mulher? — Dulce se ergueu e o olhou fixamente — 
Fora de seu alcance? Parecem um par de meninos de oito anos discutindo
por um cromo do Pokémon.


— Bom,
você é a única que pode esclarecer isso, não é? Escolha.


Christopher
odiou o sorriso de confiança que apareceu no rosto de seu irmão. Ia ser um
autêntico prazer ver como ficaria aborrecido quando Dulce o rechaçasse.



Escolher? Meu Deus, tenho que tratá-los como se fossem um par de frangos
assados? Sempre são assim?


— Não é
para tanto, anjo — repôs Christopher com um sorriso — Trent na realidade não é
tão mau. só um pouco cabeça dura. Diga-lhe que se vá e tudo estará resolvido.
Faz algum tempo que estabelecemos algumas regras para esse tipo de situação.
Fizemo isso desde que nós dois decidimos que queríamos nos casar com a Melanie
Jones no primeiro grau. Assim que a garota escolher, o outro desaparece.


— A
pobre Melanie provavelmente terminou indo parar no manicômio — murmurou Dulce,
mal-humorada.


— Vamos,
Dulce, diga-lhe que se vá, para que possamos conversar — pediu Christopher.


Dulce o
olhou em silêncio. E à medida que o silêncio se prolongava, Christopher começou
a franzir o cenho. Aquilo estava durando muito. Respirou fundo. Estava certo de
que não podia ter confundido o que tinha acontecido  entre eles naquele fim de semana. Houvesse ou
não confusão de identidades, era impossível que Dulce tivesse fingido seus
sentimentos. Desejava-o, isso era indubitável. Mas então, a que estava
esperando?


— Bem?
— apressou-a Trent — Esteve com meu irmão gêmeo quando na realidade pensava que
estava comigo. A pergunta é, qual dos dois deseja?


Dulce
cruzou de braços e fechou os olhos.


— Não
posso acreditar que isto esteja acontecendo.


— Quer
a mim  — interveio Christopher — Não um
diretor chato e vestido de terno que só afasta os dedos da calculadora para
baixar o ziper...


— Oh,
assim acredita que prefere a esse irresponsável cortagramas, que renunciou ao
negócio da família para dedicar-se a jogar esterco.


Estavam
tão acostumados a insultar-se daquela maneira entre eles, que nenhum deles se
ofendia. Além disso, por muito que discutissem, Christopher era consciente de
que não podia contar com nenhum amigo tão leal como seu irmão. E o sentimento
era mútuo.


— Mesmo
que seja meu irmão não quer dizer que não seja um autêntico imbecil — disse
Christopher, rindo com pesar.


— E
porque é meu irmão não vou renunciar e deixar que a ganhe.


Christopher
supunha que qualquer pessoa que os estivesse ouvindo devia pensar que realmente
se odiavam, de modo que não se surpreendeu quando Dulce disse:


— São
incríveis — parecia desgostosa com os dois — Já decidi quem tem que ir-se —
continuou, enquanto se inclinava para calçar as sandálias — Eu.


Christopher
se debatia entre evitar que partisse ou insistir em acompanhá-la. Mas algo o
deteve: uma triste e solitária lágrima que deslizava por um dos formosos olhos
de Dulce, riscando um caminho úmido por sua sedosa bochecha. A lágrima foi
acompanhada de um único sussurro:


— Por
favor...


Christopher
sabia o que estava pedindo. Estava pedindo espaço. Estava pedindo que a
deixassem sair  antes que começasse a
chorar. Que não a fizessem manter uma conversa em um momento que se sentia tão
humilhada. Que dessem tempo a ela.


Christopher
se afastou da porta, aproximou-se dela e secou sua lágrima.



Telefonarei a você mais tarde.


Dulce
levou a mão ao rosto, seguindo o caminho que Christopher tinha traçado com o
dedo e lhe dirigiu um choroso sorriso. Concordou e saiu correndo, deixando
Christopher e Trent sozinhos no escritório.




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Autor(a): theangelanni

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— Interessante. Não tinha percebido como é atraente a vitrinista. Sempre me pareceu tão tranquila, tão calada e... tão intelectual. — O contrário das loiras platinadas tão estúpidas que você gosta. — Quem ia imaginar que o doce rosto de Dulce podia chegar a ser tão excitante? Chri ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



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  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


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