Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 16? Capítulo

23 visualizações Denunciar




Interessante. Não tinha percebido como é atraente a vitrinista. Sempre me
pareceu tão tranquila, tão calada e... tão intelectual.


— O
contrário das loiras platinadas tão estúpidas que você gosta.


— Quem
ia imaginar que o doce rosto de Dulce podia chegar a ser tão excitante?


Christopher
entrou na sala até ficar nariz com nariz frente a seu irmão.



Trent, estou dizendo, esqueça-a. Ela é minha. Não tem nenhuma oportunidade.


— Hum.
Vejo-o terrivelmente possessivo. Mas não acredito que a conheça há muito tempo,
porque, nesse caso, ela saberia como se chamava.


Christopher
o olhou com os olhos entrecerrados.


— Está
entrando em um terreno muito perigoso.


— Oh,
vamos, apenas a conhece. Vai dizer-me que não se retiraria desportivamente do caso
de ela decidir que sou eu quem a 
interessa?


— Isso
é impossível. Agora está confusa, mas tudo se resolverá assim que o supere.


Trent
deu de ombros e levou o dedo indicador aos lábios.



Possivelmente, mas de verdade, está assim tão seguro? Christopher, deixando à
parte todas essas tolices, não ocorreu a você pensar na possibilidade de que o
que aconteceu no fim de semana não tenha sido um engano? Talvez algo
intencional.


Christopher
não compreendia o que queria lhe dizer.



Refiro-me — continuou Trent — Que possivelmente o propósito era chamar minha
atenção durante o congresso, antes que se conhecessem. E não por motivos
sentimentais, e sim econômicos.


Christopher
apertou os dentes com força.


— Está
completamente equivocado.


— Olhe
— insistiu seu irmão — possivelmente tenha razão e tudo isso tenha sido um
estranho malentendido. Possivelmente tudo isto os leve ao verdadeiro amor, a
uma casa, uma família e toda essa repugnante utopia.


Christopher
não pôde evitar rir ante o desdém com que Christopher falava do casamento e do
compromisso.



Christopher, Dulce não seria a primeira mulher que julga as diferenças entre
nós pelo tamanho de nossas contacorrentes.


— Ah!
Suponho que espera que essa seja a única comparação que façam as mulheres entre
nós —espetou Christopher, sem deixar de pensar nas acusações de Trent.


Não
gostava, mas a chata semente da suspeita tinha enrraizado em seu cérebro. E
sabia que permaneceria ali até que pudesse falar a sós com a Dulce.



Acredito que devo ir procurá-la.


— Não
acredito que a encontre. Além disso, esteve uns dias fora, já foi pagar seus
empregados? Ou passou pelo armazém ao qual chama de escritório?


— A
empresa é minha, de modo que isso é meu assunto.



Preocupo-me com você Christopher, suponho que tenho direito.



Obrigado, Trent, mas não tem por que preocupar-se. Embora compreenda que não
queira o meu fracasso ou terei que voltar aqui. E então teria que buscar outro
trabalho, irmãozinho.


Trent
soltou uma gargalhada.



Acredite, as vezes eu até gostaria. Assim a avó poderia dedicar-se a vigiar o
outro de seus netos durante uma temporada. E para lhe buscar uma esposa,
certamente. A avó parece decidida a ter bisnetos logo.


Apesar
de seus comentários, Christopher sabia que seu irmão respeitava sua decisão de
montar um negócio próprio.


E o
sentimento era mútuo. Frequentemente tinham falado entre eles da falta de
liberdade no seio de sua família. Não era nenhum segredo que Trent nem sempre
estava feliz no papel de herdeiro. Mas se não estava feliz, pelo menos estava
satisfeito. Além de estar completamente dedicado a ele.


— A avó
não vai se sair com a sua, não é?


— Temo
que não, assim continuará sendo o rei do castelo da moda durante o resto de sua
vida. E eu continuarei sendo o príncipe sem reino.



Acreditava que era o bobo da corte. — Christopher elevou os olhos ao céu. Antes
de sair da sala, disse:


— Por
certo. Procure manter-se  longe de Dulce.
Se voltar a beijá-la, é um homem morto.



Acredito que ela ainda não tomou nenhuma decisão. Assim, até que não o faça, o
campo está livre.


Sabendo
que seu irmão só estava tentando irritá-lo, Christopher o ignorou e abandonou a
sala.


Embora
soubesse que Dulce tinha ido, Christopher ao sair do edifício olhou ao seu
redor. E a viu ao lado de sua caminhonete, com os braços cruzados e esfregando
a testa com a expressão preocupada.



Claudia — gritou Christopher enquanto se dirigia a passos largos  para ela — Sinto muito, queria dizer Dulce.
Acredito que vou demorar a me  acostumar
com seu verdadeiro nome — inclinou a cabeça e a olhou —  Mas combina com você.


Dulce
mordeu o lábio.



Alegro-me que tenha me esperado — 
continuou Christopher.


Não
queria que Dulce saísse correndo outra vez. E isso era exatamente o que parecia
que estava  desejando fazer..


— Vamos
a algum lugar para conversar.


Dulce
retorcia as mãos com o olhar pregado no chão. No final elevou o olhar para os
olhos do Christopher.


— Me
diga uma coisa, ok? Só uma coisinha antes que eu vá a algum lugar pensar em
todo este terrível assunto, o que é exatamente o que vou fazer dentro de dois minutos.


— Não é
tão terrível — disse Christopher suavemente, tentando consolá-la —  Lembre-se ao menos de algumas coisas muito
agradáveis que aconteceram desde sexta-feira à 
noite.


Dulce
franziu a testa. Christopher desejava beijá-la para apagá-lo. Queria beijar
seus lábios até vê-los curvarem-se em um formoso sorriso. Desde que precisou
separar-se dela tão bruscamente no sábado, não tinha pensado em outra coisa que
em voltar ao momento no qual uma chamada telefônica os tinha interrompido.


Entretanto,
naquele momento em particular, Dulce parecia disposta a lhe dar um murro, caso
se atrevesse a tocar seu braço.


— Esse
é o problema — sussurrou Dulce por fim — você acredita que nos conhecemos na
sexta-feira à noite.


— E nos
conhecemos na sexta-feira à noite.


— Você
sim, mas eu não.


Christopher
assentiu, compreendendo sua lógica.


— Ok,
evidentemente, você não sabia que na sexta-feira estávamos nos vendo pela
primeira vez.


— Sim,
essa é precisamente a questão. Você acabava de me conhecer, mas eu...


— Você
também acabava de me conhecer.


— Mas
não assim! Eu acreditava que o conhecia.


— E
suponho que agora precisa saber se eu tenho o costume de ir abordando a
mulheres bonitas nos hotéis e passar com elas noites de sexo selvagem na praia.


Dulce
mordeu o lábio, parecia quase envergonhada, mas respondeu com um desafiante:


— Sim.


— Pois
não tenho. Nunca tinha feito isso. E nunca voltarei a fazer.


— Oh,
obrigado. E deveria me sentir adulada por ter tirado você de sua letargia? —
Christopher sorriu ante seu óbvio desgosto.


— Olhe,
estou sendo completamente sincero com você. Nada de jogos, nada de fingimentos.


— Isso
seria algo completamente novo em nossa relação.


— Não
sou um santo — continuou Christopher, esquecendo seu pessimismo — E não estou
precisamente orgulhoso de muitas das coisas que fiz em meus anos de juventude.
Mas de uma coisa pode estar segura, o que aconteceu na sexta-feira à noite
ocorreu porque combinamos imediatamente. Eu soube imediatamente que estaríamos
perfeitamente juntos — cruzou de braços — 
Sabe? Se eu fosse um tipo menos crédulo, poderia me sentir ofendido por
pensar que sou tão fácil.


Dulce
engoliu em seco.


— Então
foi isso que pensou? De verdade que não pensou em nenhum momento que eu era uma
golpista?


— Não,
estava muito contente e me perguntando sobre os motivos pelos quais havíamos
terminado juntos — baixou a voz e se inclinou para ela — E todavia me alegro do
que aconteceu. Para mim nada mudou, nada.


Dulce
ficou em silêncio durante um longo minuto, inclinando-se inconscientemente para
ele. De repente, deu um passo para trás e assentiu com firmeza.



Obrigado por esclarecer as coisas, mas ainda tenho muitas coisas nas quais
pensar. Tenho que averiguar como vou enfrentar ao acontecido. Me deitar com um
completo desconhecido é algo que nunca tinha considerado fazer, Christopher.
Isso não é próprio de mim!


Christopher
lhe acariciou o rosto com o dorso da mão.


— Seja
como for, Dulce, isso não vai mudar nossa forma de nos relacionarmos. Nada vai
poder apagar o que aconteceu entre nós no fim de semana. Nem tudo o que possa
acontecer no futuro.


Dulce
respirou fundo e Christopher se inclinou para lhe dar um beijo no rosto.


— Há um
futuro para nós?


— Sim —
sussurrou Christopher — Definitivamente. Mas acredito que você mesma precisa
chegar a essa conclusão.


Dulce
retrocedeu.



Telefonarei para você — entrou no pequeno carro que tinha estacionado na
calçada e se afastou.


E até
que o carro não desaparecesse de sua vista, Christopher não se deu conta de que
ela tinha deixado a bolsa sobre o capô de sua caminhonete.


 


Depois
de deixar Christopher, Dulce perguntou-se aonde ir. Sua casa estava descartada.
A sua mãe e a sua irmã bastaria olhar seu rosto para saber que algo não estava
bem. Sua mãe tentaria ajudá-la com qualquer infusão estranha. E Morgan daria um
novo exemplo da patética vida sentimental das mulheres da família.


Assim
conduziu até a praia. Estacionou sem preocupar-se com o sinal de proibido e se
dirigiu ao acesso mais próximo à praia. A última vez que tinha estado ao lado
do mar tinha sido na sexta-feira à noite. Com o Trent.


— Não,
Dulce, com o Christopher.


Enquanto
olhava a espuma das ondas, sentiu que as lágrimas alagavam seus olhos.


— É uma
idiota, Dulce Maria Saviñon, e deveria ter ouvido à irmã Mary Frances — esperou
que a voz de sua consciência a contrariasse, mas não ouviu nada — Vê? Nem
sequer seu subconsciente está disposto a defendê-la. Meu Deus, Christopher era
realmente Christopher.


Era o
homem com quem  gostava de dançar sob a
chuva. O paraquedista. O amante do risco. O do sorriso devastador e do brinco
de ouro. O único capaz de excitá-la em menos de um décimo de segundo.


E Trent
era verdadeiramente Trent. O proprietário das galerias comerciais. O homem de
negócios. O milionário. Embora, por alguns dos insultos que seu irmão lhe tinha
dedicado, suspeitava que no Trent havia muito mais do que até então tinha
suspeitado. Diabos, na realidade não conhecia nenhum dos dois irmãos.


Dulce
tirou as sandálias e caminhou pela praia deserta. Provavelmente os turistas
estariam nos quartos de seus hotéis. Logo entrariam em suas limusines para sair
para jantar. E nunca teriam que preocupar-se com coisas tão vulgares como pagar
o aluguel, ou o seguro médico, ou a roupa que tinham que comprar para seus
filhos.


Eram
gente rica e mimada. Como Trent Uckermann. Mas não como seu irmão gêmeo.


Depois
de ter passado uma boa parte de sua infância perguntando-se se sua mãe ia poder
pagar a conta do telefone, Dulce não podia compreender que alguém renunciasse à
segurança econômica. E isso era precisamente o que Christopher fazia. Tinha
renunciado à segurança e ao dinheiro.


O
dinheiro era o de menos, sim isso era verdade. Dulce nunca tinha desejado iates
nem caviar. Mas gostava de pensar que logo poderia ver em sua despensa algo
mais que macarrão e salsichas para jantar.


Pensando
em quando sua mãe ficou sem trabalho e suas economias diminuíam dia a dia, para
Dulce era  particularmente
incompreensível que alguém pudesse renunciar ao êxito. Suspirou, com o olhar
fixo no mar.


Se sua
mãe conseguisse um trabalho que podesse pagar o aluguel, as coisas melhorariam
grandemente. Mas Jeanine estava tão emocionada com seu último romance que Dulce
teria que deixar de perguntar se alguma vez ia ajudar a manter a casa. Dulce
tinha tomado a precaução de esconder o número da conta em que guardavam o
dinheiro da futura matrícula de Morgan. Normalmente confiava em Jeanine, mas
muitas vezes sua mãe agia antes de pensar. E Dulce não ia arriscar o futuro de
Morgan por culpa dos sonhos de sua mãe.


Então o
problema era o dinheiro? Essa era a razão pela qual a tinha impressionado tanto
que Christopher e Trent fossem duas pessoas diferentes? O fato de que
Christopher não fosse o homem rico e de êxito que pensava que era?


— Não,
não é — Não, ela não se considerava uma pessoa tão superficial. E além disso
sabia que não estava interessada no Trent porque era o rico e distante diretor
de umas galerias comerciais.


Não,
era indiscutível que seu desejo tinha sido somente pelo Christopher. Por aquele
homem maravilhoso, sedutor e deslumbrante que dançava sob a chuva.


O
coração pulsou a toda velocidade só em pensar nele. Recordou o momento que
Christopher tinha secado sua lágrima, olhando-a nos olhos com imensa ternura,
como se realmente a quisesse. E, é obvio, Dulce tinha percebido que estava com
o brinco, tal como ele tinha prometido...


Mesmo
assim, fez com ele o que jurou que jamais faria: envolver-se sentimentalmente
com um completo desconhecido. Dulce tinha decidido que jamais beijaria um homem
a menos que soubesse seu endereço e sua data de nascimento. Envolver-se com
Trent tinha parecido algo seguro, uma vez que sabia muitas coisas sobre ele...
E tinha se equivocado totalmente!


Quanto
ao Christopher, na realidade se deitou com ele sem nem sequer saber seu
sobrenome, seu número de telefone nem sua idade. Além disso, quanto mais
averiguava sobre ele, mais temia que fosse o contrário do tipo de homem que
sempre tinha acreditado desejar. Christopher gostava dos riscos, era impulsivo,
a espécie de pessoa que não se importava com a insegurança, que não se preocupava
com o que ia acontecer no dia seguinte, que o presente era glorioso e era só o
que importava. Tal como  sua mãe.


Bastaram
quatro palavras para descrever sua relação com Christopher Uckermann: era uma
relação impossível.


Mas,
curiosamente, só o que  podia lembrar era
como havia se sentido completa e maravilhosamente bem fazendo amor com ele.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Christopher odiava invadir a intimidade de Dulce mexendo em sua bolsa. Mas se não encontrasse ele mesmo seu endereço, teria que pedir ao Trent, assim tirar a carteira de Dulce do fundo da bolsa lhe parecia o melhor dos males. Assim que se encontrou em frente a sua casa, situada em Coral Springs, soube que Dulce não tinha exagerado as modestas cir ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais