Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 25? Capítulo

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Como
Dulce esteve muito distraída para terminar todas as vitrines na noite anterior,
teve que ir às galerias no sábado pela tarde. Christopher tinha que trabalhar,
embora dissesse que tentaria acabar logo para reunir-se com ela à noite. E
Dulce quase não podia esperar.


Não
havia um só departamento das galerias onde não tivesse estado com Christopher.
E embora tenham guardado e limpado qualquer prova de seu encontro, não podia
evitar perguntar-se se alguém suspeitaria que na noite anterior tinha estado
ali, desfrutando de horas e horas de maravilhosa euforia.


— Olá —
saudou Anahí quando passou na frente do mostrador da perfumaria — A vitrine de
hoje é incrível. Garota, que valor tem.



Obrigado. Talvez ontem estivesse um pouco... selvagem — Provavelmente Anahí
detectou algo especial na voz de Dulce.


— Ei, o
que se passa? Aquilo da vitrine não terá sido real, não é?


Dulce
se limitou a dar de ombros e continuou caminhando.


O único
trabalho que Dulce tinha terminado a noite anterior tinha sido o da vitrine
principal. Christopher a tinha ajudado e entre risadas, tinham posto fim à
romântica história que Dulce tinha iniciado umas semanas antes. O público
merecia saber qual tinha sido a escolha da mulher. Naquela manhã, tinha
aparecido vestida com um conjunto de lingerie de cor safira. Seu amante estava
atrás dela e só era visível sua mão sobre seu ventre. Sim, Anahí tinha razão.
Definitivamente, era muito atrevido.


Poucas
horas depois, após ter mudado várias vitrines, Dulce voltou para seu escritório
para recolher suas coisas. Entrou no quarto assobiando e ficou gelada ao ver
que havia alguém ali.



Senhora Uckermann?



Espero que não se importe que tenha vindo esperar. E se quiser, pode me chamar
Sophie.


Dulce
entrou em seu escritório  sentindo-se
como se a rainha da Inglaterra acabasse de convidá-la a chamá-la Lizza.



Queria me ver?


— Sim,
podemos nos sentar a falar um momento?


— É
obvio — Dulce se aproximou de sua mesa e tirou a cadeira para oferecer à anciã.
Ela se sentou no sofá —  Há algo que
possa fazer por você? Veio pela vitrine?


— A
verdade é que não. Embora tenha que reconhecer que é muito bom. Provocador.
Acredito que vá atrair a novos clientes. Trent está pagando bem a você?



Bastante bem.



Bastante bem? É o que diz uma mulher que tem muitas contas a  pagar e um salário que apenas permite
cobrí-las.


— Estou
contente com esse trabalho. Permite-me trabalhar pela  noite e não interfere no horário de minhas
aulas.


— Sim,
já sei que está a ponto de terminar o curso.


— Como
sabe?


— Sei
muitas coisas de você, Dulce. Procuro saber tudo sobre as pessoas que estão
perto de minha família — ao ver que Dulce se ruborizava violentamente continuou
— Sei tudo sobre o Christopher e você. Meu Deus, Dulce, o mundo inteiro deve
saber, tendo em conta que esteve  expondo
na vitrine seu romance durante todo um mês. E presumo, pelo que vi nessa manhã,
que estão..., progredido em sua relação.


Dulce
tossiu sobressaltada. Aquela mulher era a avó deChristopher!


— Não
se preocupe. Aprovo sua relação. Sua família pode deixar algo a desejar, mas
pelo menos você parece ser uma mulher ambiciosa. E sua bondade é um formoso
complemento para a generosidade de espírito do Christopher.


— Minha
família? — A Dulce importaram muito pouco suas adulações.


— Sua
mãe é um pouco... peculiar, não? — Dulce se endireitou em seu assento e olhou
fixamente à anciã.


— O que
é o que quer, senhora Uckermann?


— Nada
em especial, querida. só quero conhecê-la e fazê-la saber que me alegro de que
as coisas estejam funcionando entre meu neto e você. É uma boa influência para
ele. Poderia ajudá-lo a corrigir alguns dos enganos que cometeu em sua vida.



Enganos?



Christopher é muito impulsivo. Deixa-se levar pelo coração, não usa a cabeça.
Corre riscos e vive perigosamente. Necessita de uma pessoa estável que o
mantenha com os pés no chão e o impeça de desperdiçar seu talento em aventuras
absurdas.


Dulce
não pôde evitar perceber  os paralelismos
entre o Christopher que a anciã descrevia e sua própria mãe.



Aventuras absurdas como a de sua empresa?


— Uma
revoltante perda de tempo. Pode terminar arruinado. Esse menino precisa voltar
para cá, onde é o seu lugar.


— Mas
ele é muito feliz com seu trabalho, senhora Uckermann.


— E
você, Dulce? Você está satisfeita com a profissão de Christopher?


— Eu só
quero que ele seja feliz — respondeu sem vacilar.


— Que
leal de sua parte. Mas me pergunto o que sente depois de oito horas de aula e
cinco de trabalho. Ou se sente quando vai pagar as contas sem saber se vai dar
o dinheiro. É consciente do que seria estar com um homem que pudesse eliminar
todas essas preocupações?


— Não
necessito que ninguém se ocupe de mim. Sei cuidar de mim mesma.


— E o
que me diz de Morgan e de sua mãe? Durante quanto tempo poderá cuidar delas? —
Dulce se levantou e se aproximou da mesa.



Acredito que isso não é assunto dele. E agora tenho que ir.


— Eu só
perguntava, é obvio, porque com os problemas de sua mãe não sei o que vai
acontecer agora.


Dulce
ficou completamente gelada.


— Do
que está falando?


— Oh,
sua mãe não lhe contou? Suponho que está muito envergonhada. Enfim, não
pretendia me entrometer em sua vida, Dulce, sinceramente. só pedi a meu
advogado que fizesse algumas averiguações sobre seu passado. Alguém tem que ser
muito cuidadosa, já sabe.


— Me
diga o que é que sabe de minha mãe.


— Bom,
o homem com quem  estava saindo
ultimamente, um tal Howard, esteve convencendo muita gente para que investisse
em uma nova aventura empresarial. Um centro comercial cheio de galerias de arte
e lojas de artesanato — interrompeu-se, procurando a confirmação de Dulce, mas
esta não respondeu — Sua mãe o ajudou e animou a outras pessoas a investir. E
agora ele desapareceu, levando todo o dinheiro.


Dulce
suspirou, inclinou-se contra a mesa e sacudiu a cabeça desconcertada. Sabia que
Jeanine não estava bem e nesse momento desejou ter se incomodado em averiguar o
que acontecia.


— Minha
mãe só é culpada de ser uma mulher confiada e de grande coração.


— Sim,
estou certa que sim. E espero que a polícia não seja muito dura com ela,
embora, é obvio, esteja  sendo
investigada como cúmplice. Mas como sua mãe também perdeu muito dinheiro,
possivelmente sejam compreensivos com ela.


Dulce
sentiu que amoleciam suas pernas. Sentou-se lentamente sobre a superfície da
mesa, presa de  um terrível choque.
Sophie observava atentamente cada um de seus movimentos.



Quanto dinheiro perdeu? — atreveu-se a perguntar Dulce, com voz trêmula.



Minhas fontes dizem que retirou do banco uma grande soma de uma conta que você
e ela abriram faz alguns anos — quando os olhos de  Dulce se encheram de lágrimas, Sophie se
levantou da cadeira e lhe bateu carinhosamente no ombro —  Eu sinto muito, Dulce, mas a conta está
vazia.


— Como
pôde...? Ela me prometeu...


— Sei.
Eu gostaria de poder ajudá-la. E também a sua mãe e a Morgan. Essa garota
parece ser muito inteligente. Merece muito mais do que passar anos e anos
trabalhando enquanto tenta terminar seus estudos.


E aí
era aonde Sophie queria chegar, Dulce estava segura.


— Por
que não me diz o que é quer? — perguntou-lhe — 
Está tentando me subornar? Quer que convença Christopher de que renuncie
a seu sonho e em troca pagará os estudos de minha irmã e evitará para minha mãe
qualquer problema legal?



Suborná-la? Não, é obvio que não. Mas acredito que para sua irmã seria de
grande ajuda se casasse com o mais importante executivo da Uckermann. E é óbvio
que graças às relações dos Uckermann poderia conseguir para sua mãe os melhores
advogados



Sempre tentou controlar assim aos membros de sua família? Meu Deus, não me
admira que Christopher tenha preferido partir.


— Estou
disposta a fazer algo por minha família. E, é obvio, também a lhes dar um
empurrãozinho na direção indicada quando a ocasião requer. Como, por exemplo,
quando teem a mulher de sua vida diante de seus narizes e não são capazes de
vê-la.


— Do
que está falando?



Alguma vez se perguntou  por que Trent a
enviou a esse congresso?


— É
obvio que sim. Você teve algo a ver com isso?


— Pedi
que permitisse você ir. E me assegurei de que o diretor do centro turístico
oferecesse para Christopher passar ali o fim de semana.


Dulce a
olhava sem compreender.


— Mas
por que?


— Pela
vitrine, é obvio. No  mesmo dia que
apareceu essa vitrine, Christopher havia me dito que tinha furado um pneu em
meio da tormenta, diante das galerias. Essa vitrine demonstrava que o tinha
visto e tinha se sentido atraída por ele. Eu me dava conta de que, assim que a
conhecesse, ficaria louco por você. E só o que fiz foi dar um pequeno
empurrãozinho para que os dois se encontrassem no lugar indicado.


Dulce
não era capaz de pronunciar palavra.


— E
funcionou, não é? Tudo terminou exatamente como eu imaginava. Agora só tem que
terminar o trabalho.


Christopher
chegou às galerias no sábado a tarde decidido a fazer uma surpresa a Dulce.
Passou o resto do dia revisando papéis e perguntando-se, não pela primeira vez,
se ia ser capaz de ir adiante com sua empresa. Mas até isso parecia menos
importante que a outra questão que ocupava sua mente: sua relação com a Dulce.


Na
noite anterior tinha demonstrado o que suspeitava há semanas: estava apaixonado
por ela. E queria dizer-lhe. Além disso, queria assegurar-se de que Trent tinha
visto a vitrine e tinha compreendido a mensagem.


Assim
que chegou, correu a procurar seu irmão.


— Ei,
canalha. Teve sorte — Trent o recebeu com um enorme sorriso.


— Viu?


— Sim,
vi — admitiu Trent — Mas me diga, era esse mesmo modelo  azul... o do zíper?


— Não
penso dizer uma só palavra. E o que tem que fazer agora é se afastar para
sempre dela.


— Feito
— respondeu Trent. Quase imediatamente, Christopher foi procurar Dulce.


Quando
chegou ao escritório de Dulce e ouviu vozes, pensou ao princípio que se tratava
da rádio. Mas ao reconhecer a voz de sua avó, ficou paralisado com a mão no
trinco.


— O que
se supõe que tenho que fazer? — ouviu Dulce perguntar.


— Bom,
há várias formas de concluir essa tarefa. Poderia pedir-lhe amavelmente.
Dizer-lhe que se a quiser, deverá estar disposto a fazê-lo.


— Esqueça.
Não posso convencer Christopher a deixar seu trabalho.


Christopher
sentiu uma aguda dor na têmpora.



Possivelmente nem sequer precise, Dulce. Christopher está tão distraído com
você que possivelmente fracasse. Está muito atrasado em seu projeto e, se o
mantiver ocupado, o desastre chegará de forma natural.


Embora
fosse difícil, Christopher obrigava-se a permanecer em silêncio. Precisava
ouvir a resposta de Dulce. Não queria acreditar que aquilo fosse verdade.


— E
como sabe que o projeto não vai bem?


— Tenho
minhas fontes. Tem dúvidas de que eu possa ter acesso a esse tipo de
informação?


— Não.
É você muito meticulosa, não é? Tinha tudo perfeitamente planejado. Enviou-nos
a esse congresso para que pudéssemos nos conhecer e começássemos uma relação.


A dor
da têmpora se transformou em um intenso palpitar. Sua avó tinha conspirado com
a Dulce para fazer fracassar o trabalho mais importante de sua vida?


— Eu
não forcei ao Christopher a fazer absolutamente nada. Os dois são adultos. E se
ele permitiu que sua relação o distraísse de seu trabalho, isso só demonstra o
que estive dizendo: que não se dedica a sua empresa tanto como diz. Christopher
está preparado para voltar, Dulce. Agora só necessita que o ajude a dar-se
conta.


Christopher
se afastou dali, incapaz de seguir escutando. Que sua avó pudesse fazer uma
coisa assim não o surpreendia. Tinha crescido em sua casa e sabia que, em nome
do amor e da lealdade à família, sempre tinha estado disposta a jogar sujo.


Mas
Dulce? Não queria acreditar. Teria sido consciente dos planos do Sophie desde o
começo? Evidentemente que sim, posto que sua avó a tinha enviado
intencionadamente à conferência.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



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  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


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