Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 28? Capítulo

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Dulce
acabava de chegar a seu bairro quando soou o celular. Abriu-o rezando para que
não fosse sua mãe  que a chamava.



Dulce, sou eu Christopher.


Dulce
mordeu o lábio. Estava desejando falar com ele. Entretanto, aquele era um
péssimo momento.


— Olá.



Podemos falar?


— Estou
no carro, a ponto de chegar a minha casa. Christopher, escuta, aconteceram
muitas coisas. Podemos nos ver mais tarde? — baixou a voz —  Quero falar com você. Não quero que pense...
Quero que saiba... — soou uma buzina atrás dela —  Sim, sim, já vou — murmurou.


— O
que?


— Sinto
muito, Christopher, há muito tráfego. Mas tem razão, temos que ter uma conversa
longa e séria, mas não agora. Tenho que... — 
salvar a sua mãe outra vez? — 
Tenho que pensar.


— Ok,
Dulce. só queria que soubesse que vou voltar a trabalhar com o Trent.


Cortou
a comunicação antes de que Dulce pudesse dizer uma só palavra mais.


O tipo
que estava atrás dela continuou fazendo soar a buzina, porque Dulce não era
capaz de mover-se enquanto tentava absorver a informação que acabava de
receber. Tinha renunciado por ela? Os olhos se 
encheram de lágrimas.


— Não,
Christopher, não — não podia permitir que fizesse uma coisa assim.


Por
fim, quando novos condutores se uniram ao coro de buzinas, Dulce reiniciou a
marcha e conduziu até sua casa. E teria seguido dando voltas à revelação de
Christopher se não tivesse visto um carro da polícia na porta de sua casa. As
coisas não podiam estar pior.


Dulce
estacionou e correu imediatamente para o interior da casa.



Mamãe, não diga uma só palavra até que venha um advogado — gritou enquanto
irrompia no interior da casa.


Jeanine
e o homem que estava com ela no sofá ergueram o olhar.


— Olá,
Dulce.


Dulce
ficou olhando fixamente ao oficial.


— Leu
seus direitos? — O oficial, um cavalheiro maduro e atraente, levantou-se e
estendeu a mão.


— Você
deve ser Dulce, a outra filha. E não, sua mãe não necessita que eu leia seus
direitos porque não tem nenhum problema.


— Sei
tudo, mamãe — Dulce se voltou nervosa para sua mãe — Sei o que fez e por que.
Mas já falaremos disso mais tarde — olhou à polícia — Então não vão denunciar a
minha mãe?


— Oh,
não. Sua mãe foi a primeira a entrar em contato conosco para nos comunicar suas
suspeitas sobre o senhor Howard, aliás senhor Hilton e senhor Howell. Buscam-no
em vários estados. Ela nos ajudou a nos pôr em contato com outras vítimas e nos
deu suficiente informação para detê-lo. Essa mesma tarde o prendemos.


Dulce
se deixou cair em uma cadeira. Era tal seu alívio que não podia manter-se em
pé. Respirou fundo e elevou de novo o olhar. Sua mãe e o policial estavam
trocando carinhosos sorrisos.


— Então
o apanharam. E devolveu o dinheiro?


Morgan,
que acabava de entrar, respondeu à pergunta.


— Não,
ao que parece era um jogador. Gastou tudo, incluído nosso dinheiro.


Morgan
não parecia absolutamente triste, mas Dulce se levantou e abraçou a sua irmã.



Encontraremos a forma de voltar a reunir esse dinheiro, carinho.


Sua
irmã lhe permitiu abraçá-la e depois se separou dela.


— Já
encontramos. Mamãe tem um trabalho novo e eu posso trabalhar durante todo o
verão. Além disso há a recompensa.


— A
recompensa?


— Não é
tanto o que perdemos, Dulce — interveio Jeanine, que quase não tinha falado
desde da chegada de sua filha — mas nos ajudará a restituir a maior parte do
que tínhamos na conta.


O
oficial tomou a boina que tinha deixado sobre a mesinha do café e disse:



Acredito que será melhor que as deixe falar a sós. Jeanine, obrigado pelo chá.
Verei você na segunda-feira no trabalho.


Dulce
arqueou uma sobrancelha.


— Vou
trabalhar em uma delegacia de polícia — explicou Jeanine —  Me contrataram como recepcionista — e trocou
um cálido olhar com o policial antes que ele 
partisse.


Dulce e
sua irmã se olharam com receio. E assim que ficaram  sozinhas, Dulce se voltou para sua mãe.


— É
possível que Morgan e o polícial se conformem com o que aconteceu, mas eu não,
mamãe.


Jeanine
tomou-a pela mão e a conduziu até o sofá.



Dulce, não tem que preocupar-se pelo que aconteceu. Pela primeira vez, eu mesma
fui consciente do que estava ocorrendo e não esperei que ninguém me tirasse de
apuros. Fiz algo por mim mesma.


Embora
Dulce estivesse  disposta a ter uma
discussão com sua mãe, conteve-se.


— Sim,
fez, não é, mamãe? — Jeanine assentiu feliz.


— Sabia
como se sentiria. E também que faria todo o possível para  solucionar o desastre. Mas sou capaz de
aprender com meus erros, Dulce. Sou capaz de mudar e quero fazê-lo. Por você —
se voltou para Morgan — Por vocês.



Mudar?


Jeanine
baixou o olhar para suas mãos.


— Já
empacotei toda a tralha de cerâmica. Quero começar a ser como vocês querem que
seja.



Mamãe, eu não quero que mude — sussurrou.


Dulce
custava a acreditar que fosse ela que estava pronunciando aquelas palavras, mas
era verdade. Pela primeira vez em sua vida, permitia-se admiti-lo. Apesar das
ocasionais frustrações, os aborrecimentos e as preocupações, adorava cada um
dos minutos que tinha passado com sua mãe.



Quero-a tal e como é e me importa o suficiente para querer que seja
completamente feliz. Não é assim como devem ser as coisas?


— Por
fim alguém diz algo sensato nessa casa — assentiu Morgan.


E com
aquela mesma resposta, o dilema de Dulce deixou de sê-lo. Amava Christopher tal
como era. E não o mudaria por nada do mundo.


 


Embora
fosse quase seis, Christopher não voltou para casa depois de ter telefonado
para Dulce. Retornou ao Dolphin Island. Renunciasse ou não, ia terminar aquele
trabalho antes de ir-se.


Além
disso, precisava trabalhar. Afundar a pá, golpear com o martelo. Manter seu
corpo ocupado para assegurar-se de que sua mente não passasse todos e cada um
dos segundos perguntando-se o que pensaria e decidiria Dulce.


Uma vez
no centro turístico, escreveu uma nota para o Jason, tirou a camisa e se
preparou para ir trabalhar no jardim. Queria suar. Queria que lhe doessem os
músculos. Possivelmente assim naquela noite pudesse conciliar o sono.


Acabava
de chegar à porta do jardim quando viu um carro na entrada.


— Dulce
— murmurou.


Ficou
completamente paralisado enquanto a observava estacionar e sair do carro. Sua
expressão não dava nenhum indício de seu humor. Christopher não sabia o que
esperar. Júbilo? Desilusão? Compreensão? um pouco de tudo?


— Olá —
saudou Dulce quando por fim chegou a seu lado — Imaginei que estaria aqui.


— Ainda
tem muita luz. — Dulce cruzou de braços.


— O que
disse por telefone era verdade? Quer renunciar a este trabalho?


— Sim.
Já disse ao Trent que vou voltar com ele.


— Isso
não responde a minha pergunta. Quer renunciar a seu trabalho?


— Quero
você, Dulce — viu que nos lábios de Dulce aparecia um sorriso.


— E me
tem, Christopher. Teve-me desde a primeira vez que o vi sob a chuva — Se aproximou
dele e lhe acariciou o rosto com o dedo. Depois procurou o lóbulo de sua orelha
para tocar o brinco de ouro — Amo você.


Christopher
inclinou a cabeça, e lhe beijou a palma da mão.


— Eu
também a amo, Dulce. E quero fazer seus sonhos realidade.



Deu-me muitos sonhos novos, Christopher. E uma nova forma de entender o amor e
a lealdade — deslizou o braço por seu pescoço para estreitá-lo contra ela — Mas
há algo que deveria saber. Não tenho intenção de ser a esposa de um aborrecido
executivo.


— O que
quer dizer?


— Quero
dizer que me apaixonei por você tal e como é. Não quero que renuncie a seu
sonho só porque pensa que tem que fazer realidade o meu. Quero que estejamos
juntos, construindo novos sonhos — sorriu de orelha a orelha — Só me prometa
que, quando começar a ser muito imprudente, terei permissão para ser a voz da
razão.


Christopher
procurou seus lábios, fechando com aquele beijo sua promessa e dizendo, sem
pronunciar uma só palavra, o muito que a adorava.


— E
agora — disse Christopher quando por fim se separaram — ouvi dizer a palavra
«esposa»?


— É
possível.



Poderíamos nos casar na praia?


— Está
me propondo casamento?



Pensava que você tinha proposto. — Dulce pôs os braços na cintura.


— Bom,
como sabe, supõe-se que é mais normal que a proposta se faça pelo homem! —
Christopher voltou a abraçá-la.


— Não
me dou muito bem pedindo o que quero, Dulce — sussurrou contra seus lábios.
Justo antes de beijá-la acrescentou — às vezes me custa — e voltou a beijá-la.
Profundamente naquela ocasião. Saboreando-a, desfrutando dela sabendo que ia
ser a mulher de sua vida.


— E sim
— sussurrou ela —  definitivamente,
casaremo-nos na praia.


Antes
que Christopher pudesse responder, ambos ouviram que se aproximava um carro.
Christopher lhe passou o braço pelos ombros e se voltou para a estrada. Viu
então um velho Vokswagen estacionando ao lado do carro de Dulce. Depois dele
chegava o Jaguar do Trent.



Alguém se esqueceu que me convidar para a reunião?


Jeanine
e Morgan os saudaram enquanto desciam do carro. Christopher olhou para Dulce e
a viu rir e sacudir a cabeça.


— Quer
me explicar isto?


— Bom,
faz algum tempo, quando estava tentando localizar você, telefonei para a
galeria para falar com o Trent. Disse-lhe que ficasse com seu aborrecidíssimo
trabalho porque você estava muito ocupado sendo empresário para voltar para
essas galerias tão velhas e acartonadas.


— Estou
certo que ele ficou encantado.



Acredito que achou graça, pelo menos até que lhe disse que desejava conhecer a
mulher que o fizesse comer na palma de sua mão.


— Eu
lhe disse algo parecido. — Dulce se pôs a rir.


— Ele
também me confirmou o que sua avó me disse desse trabalho, Christopher. Sinto
que as coisas não vão bem. E se sua avó estiver certa e eu sou a culpada, sinto
ainda mais. Quero ajudá-lo. Assim não só vim aqui para oferecer-lhe casamento.
Também vim para ajudá-lo a trabalhar.


Foi
então quando Christopher percebeu que usava umas calças curtas de cor caqui,
uma camiseta e botas de trabalho.


— Ao
trabalho?



Estamos todos preparados. Onde está o chá e as bolachas de arroz para o lanche?
— perguntou Jeanine, aproximando-se com Morgan a passos largos. Por seu traje,
também elas pareciam estar dispostas a trabalhar.


Morgan
ergueu os olhos ao céu.



Insistiu em trazer toneladas de água e leques. Como se fosse meio-dia.


Antes
de ter oportunidade de responder, Christopher percebeu que Dulce ficava
boquiaberta. Seguindo o curso de seu olhar, viu que Trent se aproximava. Ele
mesmo arregalou os olhos quando viu a roupa que seu irmão usava.


— Meu
irmão com bermudão e tênis?


— Tem
pernas para isso — comentou Jeanine com um suspiro de admiração.



Certamente — acrescentou Morgan.


Jeanine
e Morgan continuaram olhando ao Christopher e a seu irmão. Christopher pôs-se a
rir quando viu que Dulce erguia os olhos ao céu.


Trent
olhou aos dois.



Obrigado, senhoras. Esta linha de roupa temos à venda no Uckermann`s. O que é
uma verdadeira sorte, pois não estava disposto a arruinar um terno para ajudar
a plantar uns quantos arbustos.


Christopher
olhou a seu irmão nos olhos, ignorando seu sarcasmo. Enviou-lhe uma silenciosa
mensagem de agradecimento, sabendo que ele compreendia que oferecia de coração.


— De
nada — Limitou a dizer Trent e olhou aos demais — E agora, ao trabalho!


— Ok,
cunhado — replicou Dulce.


Trent
arqueou uma sobrancelha. Quando Christopher assentiu, confirmando seu
compromisso, sorriu de orelha a orelha.


— Por
fim! Agora a avó estará dependente de vocês. Estou certo de que começará a
pedir bisnetos assim que saiba. E possivelmente assim deixe a minha vida sexual
em paz.


A mãe
de Dulce não pareceu inteirar-se da notícia, possivelmente porque ainda estava
admirando as pernas de Trent. Mas os olhos de Morgan brilharam de prazer.
Inclinou-se e deu um beijo na sua irmã. Ao ver a surpresa no rosto de sua
noiva, Christopher assumiu que era algo que não ocorria com frequência.


— Ok,
vamos — disse Dulce, feliz. Tomou uma pá que tinha apoiada na porta do jardim e
a estendeu ao Trent —  É uma pá. Vai
precisar.


— Já
sei o que é uma pá.



Estupendo. E agora, Trent, lembre — instruiu Dulce — quando se planta um
arbusto, o que terá que afundar na terra é o marrom, a raiz — esboçou um
sorriso travesso —  E uma coisa mais,
esses tipos de leitos são para plantar, não para deitar-se neles.


Christopher
nunca tinha visto seu irmão ficar sem palavras. Definitivamente, Dulce era o
que sua família necessitava.


Christopher
olhou ao céu sorridente e gritou:


— Amo
essa mulher!


Dulce
ficou nas pontas dos pés, posou a mão em seu rosto e o fez inclinar-se para
ela. Olhando-o com ternura nos olhos, beijou-o nos lábios:


— E
essa mulher também ama você.


 


FIM




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



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  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


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