Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 3? Capítulo

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— Possivelmente tenha sorte este fim de semana —  continuou Anahí —  Talvez os rumores sejam verdade e seja um homem muito diferente fora do trabalho.


Dulce deixou cair uma perna de plástico sobre seu pé esquerdo, gemeu e se agachou, tentando aliviar a dor.   


— A que se refere? — conseguiu perguntar. Fazendo uma careta, aproximou-se ofegante até sua mesa e se apoiou contra ela.


— Bom, já sabe que também vai estar lá.


— Não, não acredito. Essa reunião é mais para varejistas, desenhistas e relações públicas, não para diretores executivos.


— Claro que vai, Dulce. Vai todos os anos, não sabia?


Dulce negou com a cabeça.


— Não tinha nem ideia. E vai se alojar no mesmo hotel?


— Pois claro — um sorriso cruzou o rosto do Anahí ao advertir a óbvia consternação de sua amiga —  Oh,  já o olhou com outros olhos, né?


— Sim, olhei-o, mas não me interessa. Já disse que não é meu tipo.


— Não é seu tipo para uma relação permanente, possivelmente. Mas por que não ter uma aventura enquanto estão ambos fora da cidade?


— Uma aventura? Não me interessam as aventuras desse tipo, obrigado — já tinha suportando suficiente as de sua mãe.


— Que não o tenha feito até agora não quer dizer que não possa fazê-lo — repôs Anahí —  Já é hora de que dê a você um descanso, que se permita um pouco de diversão para variar. Muito bem, sabe perfeitamente que não tem nada a ver com esse pedante e que não poderia ter uma relação séria com ele. Mas e daí? Nada impede você de passar uma louca e fabulosa noite de sexo.


Dulce tentou não escutá-la. O que Anahí estava sugerindo era impossível. Embora ela mesma estivesse desejando-o, Trent Uckermann jamais tinha dado o menor sinal de sentir-se atraído por ela.


— Que diabos, eu tentaria seduzi-lo se ele pudesse estar interessado em mim — continuou Anahí —  Infelizmente, a julgar pelas mulheres com as quais ouvi dizer que saiu, gosta das mulheres com curvas, como você. Não altas e magras como eu. Olhe, por que não passa pelo meu mostrador e lhe dou umas amostras de maquiagem para este fim de semana?


— Esquece. Essa vai ser uma viagem de negócios, não de prazer. E não penso ter nenhum tipo de relação pessoal com o Trent Uckermann.


Se por acaso Trent Uckermann fosse aquele deus pagão que tinha visto trocando um pneu, certamente não se importaria.


— Ok — respondeu Anahí, e se levantou para sair do escritório —  Mas lembre, continue adiando a busca de seu homem ideal até que se forme e sua mãe e sua irmã possam cuidar-se sozinhas, e quando o encontrar ele já estará casado... ou será tão velho que terá que animá-lo com a Viagra.


 


*****


 


Apesar do sol inclemente que abrasava suas costas, Christopher Uckermann decidiu dar uma volta mais. Tinha estado trabalhando desde do amanhecer; e eram já cinco da tarde. Tinha sido um dia muito longo, mas também produtivo. Aquele trabalho definitivamente merecia a pena, tanto para ele como para o resto de sua equipe. E por longa e dura que fosse sua jornada trabalhista, passar o dia ao ar livre continuava sendo preferível  a fazê-lo no armazém familiar, com o seu irmão gêmeo, Trent.


O projeto do Centro Turístico Dolphin Island era o mais importante que tinha conseguido a empresa de jardinagem que tinha montado três anos atrás. Seus trabalhadores não estavam se queixando das longas jornadas, e tampouco da perfeição que lhes exigia.


Eles sabiam tão bem como ele o muito que se jogavam naquele projeto.


Mas quem mais arriscava era Christopher. Os duzentos mil dólares que iam cobrar poderia manter a empresa durante algum tempo. Mas o mais importante eram os futuros clientes que a partir daquele projeto obteriam.


— Isso poderia consegui-lo com algumas chamadas — estava acostumado a dizer Jason, seu capataz.


E era verdade. algumas chamadas a antigos amigos e colegas bastariam para que sua empresa tivesse mais clientes do que podia atender. Mas Christopher não queria fazer as coisas desse modo.


Quando tinha saído da casa de sua avó, havia lhe dito que queria construir seu próprio futuro sem recorrer ao sobrenome da família. A sua avó não tinha achado nenhuma graça, mas Christopher se negou a voltar  atrás. Nem as lágrimas nem as súplicas de sua avó o tinham feito mudar sua opinião. E, é obvio, tampouco suas ameaças.


Christopher adorava a sua avó, e o resto de sua família, mas tinha perdido cinco anos de sua vida dedicando-se a fazer as coisas tal como eles pretendiam. Cinco anos vestindo terno, assistindo a reuniões e tentando preocupar-se com as futuras tendências do mercado para que a galeria comercial de sua família pudesse continuar ganhando seus todo-poderosos dólares.


Cinco ano sabendo que nunca seria feliz fazendo o que sua família queria que fizesse.


Christopher tinha passado pela galeria umas semanas atrás só para lembrar o que estava jogando fora. Como se fosse parte de um escuro presságio, tinha furado um pneu, algo que tinha divertido muitíssimo ao Trent quando tinha contado no dia seguinte em uma reunião familiar. Trent tinha sugerido que provavelmente sua avó tivesse atirado pregos na rua intencionalmente, para atrapalhá-lo. Quando Christopher tinha admitido que tinha terminado desfrutando de uma refrescante ducha diante da vitrine principal, sua avó se pôs muito séria. Mas a verdade era que nada a divertia, salvo as promoções e as vendas.


Trent foi feito para essa vida. Gostava daquele ambiente sério e responsável. Gostava da ordem, os horários, até usar gravata, pelo amor de Deus! E, definitivamente, gostava do dinheiro que lhe permitia manter a interminável sucessão de mulheres de sua vida.


Christopher desfrutava sentindo o calor do sol nas costas. Gostava do som do vento batendo nas palmeiras durante as tormentas. O rugido das ondas em uma praia deserta e o aroma da erva cortada. E gostava de tocar a terra com as mãos.


Nada que o capacitava para atender o negócio familiar. Mas ele  estava completamente apto para sua nova aventura, uma empresa de jardinagem.


Na realidade ninguém o tinha compreendido. Nem sua avó, nem seus pais nem Trent. E tampouco Jennifer, a mulher que pensava que o amava. Sua devota noiva. Havia lhe devolvido o anel de compromisso menos de vinte e quatro horas depois de lhe dizer que ia deixar o negócio da família para dedicar-se a cortar erva.


— Algumas coisas é preferível descobrir quanto antes — murmurou em voz alta.


Como sua noiva era uma caça-fortunas, se dedicou a perseguir seu irmão gêmeo, assim que se deu conta de que ele não ia levá-la na Mercedes conversível.


A ruptura daquele compromisso tinha sido uma interessante lição. No princípio importou-se. Mas agora não. Gostava de sua nova vida. Gostava de levantar-se pelas manhãs e enfrentar ao dia de trabalho que tinha pela frente. E planejava continuar fazendo exatamente isso. Mas tinha que conseguir o que queria... e logo. Sua avó não ia deixar que a enganasse eternamente.


— Até que faça trinta anos —havia dito ela —  Se não tiver um completo êxito financeiro, me prometa que voltará para a galeria.


E, sendo ele muito tolo, tinha-o prometido. Até tinha assinado um documento legal com tal efeito. E estando já perto de seu trigésimo aniversário, começava a sentir-se pressionado.


Aquele trabalho podia ser a oportunidade que tinha estado procurando. Mas também sua ruína. E sabia que não havia lugar para o engano.


Enquanto caminhava pela zona de grama que seus homens acabavam de instalar, elevou o olhar e observou as nuvens que sulcavam o céu. Inalou fundo, saboreando a eletricidade da tormenta. A erva recém plantada absorveria a umidade que a ajudaria a enrraizar naquele chão. Tomou uma nova baforada da brisa marinha que a iminente tormenta tinha esfriado.


Mas ficar perto de uma praia da Florida durante uma tormenta não era exatamente uma decisão sensata. De modo que se despediu de seus homens e se dirigiu ao edifício principal do hotel. Felizmente, tinham lhe proporcionado um quarto para o fim de semana. Tinha previstas várias reuniões importantes com o empreiteiro que estava a cargo da ampliação do hotel e além disso queria revisar pessoalmente o trabalho que sua equipe tinha feito. O centro turístico tinha decidido lhe pagar o quarto, uma verdadeira surpresa, tendo em conta a atitude mesquinha do diretor.


Como tinha investido até o último centavo que tinha naquela empresa, não tinha dinheiro para pagar umas férias em hotéis de luxo. Na realidade, aquelas tampouco iam ser umas férias, a não ser um fim de semana de trabalho. Mesmo assim, havia lugares piores para trabalhar que um hotel de luxo com campo de golfe, piscinas e centenas de metros de praia.


Começaram a cair as primeiras gotas de chuva e outro relâmpago cruzou o céu. Christopher chegou até a área ajardinada da piscina que dava ao mar. A zona estava virtualmente vazia, a maioria dos hóspedes do hotel tinham se recolhido assim que começou a aparecer as primeiras nuvens da tormenta. Só ficou uma pessoa.


— Que mulher louca — murmurou Christopher enquanto observava uma morena de cabelo encaracolado, levantando-se de uma das espreguiçadeiras da piscina.


Ao que parece, era completamente alheia ao efeito  elétrico do ar, às gotas que começavam a cair e aos trovões que retumbavam à distância. De fato, nem sequer tinha começado a dobrar a toalha. Ao contrário, voltou-se lentamente para o mar, que se agitava furioso a seus pés.


Christopher a observou, deleitando-se nas pronunciadas curvas que o biquíni preto pouco ocultava.


— Linda — murmurou. Gostava da curva de seus quadris e a esbeltez de sua cintura, e suas pernas bronzeadas e perfeitamente torneadas.


De repente, perguntou-se de que cor teria os olhos. E se estaria sorrindo enquanto olhava para o mar.


— Será melhor que entre antes que piore a tormenta — lhe gritou alguém.


Christopher olhou para a piscina e viu o encarregado recolhendo as cadeiras. Obviamente, estava falando com a mulher, mas não lhe prestava atenção. Ao contrário, estendeu os braços, jogou a cabeça para trás e elevou o rosto para o céu.


Christopher a contemplava fascinado, perguntando-se quem seria. E, o mais importante, por que parecia tão atrativa quando nem sequer tinha visto seu rosto.


Então ela se voltou lentamente, como se estivesse atrasando o momento de recolher a toalha. Do outro extremo da piscina, fixou-se nele. Olhou-o nos olhos. E esboçou o sorriso mais lindo que Christopher tinha visto em sua vida. 


 



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



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  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


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