Fanfics Brasil - Dois Homens {DyC [terminada]

Fanfic: Dois Homens {DyC [terminada]


Capítulo: 4? Capítulo

517 visualizações Denunciar


Dulce não sabia como, não sabia por que, mas enquanto se voltava, sabia que ia encontrar o homem de seus sonhos outra vez. Trent permanecia frente a ela, usando unicamente uns velhos jeans. Olhava-a com intensa curiosidade e Dulce esteve a ponto de lhe estender a mão, desejando convidá-lo a dançar com ela sob a chuva.


Entretanto, quando um novo relâmpago rasgou os céus e foi seguido pelo retumbar de um trovão, decidiu que não era uma boa ideia. De modo que se agachou para recolher suas coisas, sabendo, sem necessidade de olhá-lo, que Trent se aproximava para ajudá-la. A tormenta não o intimidava absolutamente.


Ali estava. Dulce colocou o livro, o protetor solar e os óculos de sol em sua bolsa de praia e assim que vestiu a canga, Trent a segurou pelo braço e puxou-a para o interior do edifício.


— Uma piscina não é o melhor lugar para desfrutar de uma tormenta — disse Christopher, elevando a voz por cima do vento. 


Dulce assentiu e se deteve unicamente para calçar as sandálias antes de correr junto a ele para a entrada do hotel. Não a surpreendeu absolutamente ao ouvir as gargalhadas que ela acreditava ser do Trent quando irromperam no interior, justo no momento que a chuva se convertia em um dilúvio torrencial.


— Entramos bem a tempo — Christopher sacudiu com força a cabeça. As gotas de água que se desprenderam de seu cabelo caíram sobre o rosto, garganta e o peito de Dulce. Foi um contato inocente, mas não por isso menos íntimo.


Christopher jogou o cabelo para trás e Dulce percebeu um brilho dourado em sua orelha. Era um brinco. Jamais, nem em um milhão de anos, pensou, teria podido imaginar Trent com um brinco. Certamente, jamais o tinha usado no trabalho. E nesse momento, só o que podia pensar era em quão interessante seria mordiscar o lóbulo de sua orelha. Puxar suavemente o brinco, acariciá-lo com a língua... estremeceu.


— Está bem? — perguntou ele.


Dulce assentiu, tentando respirar. Ambos se apoiaram contra a parede de vidro do vestíbulo do hotel.


— Sim, estou bem, obrigado — conseguiu dizer —  Eu gosto das tormentas. Se não fosse pelo perigo dos raios, iria agora mesmo à praia.


Christopher assentiu.


— Sim, também eu adoro sentir a força do ar e do mar. Sentir o sabor do mar nos lábios e um vento bem intenso que parece que nunca vai poder respirar.


— Soa maravilhoso.


— A maioria das pessoas pensaria que estamos loucos — Riu de si mesmo —  Mas me chamaram de coisas piores. O que parece a você um passeio sob a chuva? Quando acabarem os raios, claro.


— Eu adoraria.


Enquanto recuperava o ritmo natural da respiração, Dulce se deteve para observar-lo. E se encontrou cravando o olhar em seu torso desnudo, bronzeado e perfeitamente musculoso. Tinha os ombros largos, um peito poderoso e a cintura estreita. Dulce mordeu o lábio inferior e deixou que seu olhar continuasse descendo pelos pêlos que desciam por seu ventre até desaparecer pelo cós de seu jeans.


Exatamente, quanto tempo tinha passado da última vez que tinha feito amor?


Sacudiu a cabeça para afastar de sua mente as imagens eróticas que a invadiam e arriscou uma vez mais a olhar seu peito nu.


— Perdeu a camisa?


Era óbvio que ele percebeu o seu olhar, porque esboçou um sorriso devastadoramente provocador que Dulce não tinha contemplado jamais nos lábios de Trent Uckermann.


— Lá fora faz muito calor. Mas você tampouco está muito vestida.


Dulce seguiu o curso de seu cálido olhar descendo por seu corpo. A parte superior do biquíni era quase discreta comparada com outras que tinha visto na piscina, mas naquele momento lhe pareceu minúscula. As curvas de seus seios apareciam por cima do tecido, movendo-se ao ritmo de sua respiração. O ar condicionado do vestíbulo lhe punha a pele arrepiada. E a dureza de seus mamilos era inconfundível.


— Não tive tempo de me vestir — sussurrou.


— Por mim não se incomode em fazê-lo.


Dulce já era incapaz de mover-se. E de formular qualquer pensamento coerente. O olhar do Trent começou a subir até deter-se em seu rosto, em seus lábios. Ia beijá-la.


— Até arrisco em parecer um vulgar donjuán, mas eu gostaria de dizer algo: tem um sorriso precioso.


Um sorriso? Sim, supunha que se referia ao sorriso idiota que devia ter aparecido em seu rosto enquanto imaginava arrastando-a aos seus braços e pressionando seus lábios. Bastava-lhe imaginar aquele homem abraçando-a, imaginar sua língua acariciando a sua ou suas mãos em sua cintura para que suas pernas tremessem e seu cérebro deixasse de funcionar.


— Obrigado — murmurou. Tentou brincar, aliviar a tensão que havia entre eles —  E você também. Mas a verdade é que não sorri muito frequentemente.


Um empregado do hotel, o mesmo que esteve recolhendo as espreguiçadeiras durante a tormenta, caminhou para eles. Dulce retrocedeu um passo, tentando distanciar-se tanto física quanto emocionalmente da força sedutora de Christopher. Olhou a seu redor, mas seus olhos voltaram para ele. A seu rosto bronzeado. A curva de seus lábios. A linha de seu queixo. A perfeição de seu torso nu. Até a suas mãos. Suas mãos! Como não tinha percebido que tinha umas mãos tão fortes?


— Suponho que deveria voltar para meu quarto e me vestir para o jantar — conseguiu sussurrar Dulce enquanto reparava no divertido sorriso que lhes dirigiu a moço da piscina.


— Podemos nos ver mais tarde. Depois do jantar.


Não deveria. Ali estava acontecendo algo que não tinha nada a ver nem com os armazéns Uckermann`s, nem com o congresso. Deveria tranquilizar-se, subir ao seu quarto, tomar ar e lembrar o que era verdadeiramente importante: a universidade, o trabalho e sua família. Não um homem. Não um homem tão atrativo que lhe roubava a respiração.


Concordou.


— Ok — imediatamente arregalou os olhos. Por que havia dito isso?


— Nos encontramos às dez no bar?


Sem deixar-se levar mentalmente pela estupidez de seus atos, murmurou:


— Ali estarei.


— Então temos um encontro às dez.


Um encontro? Um encontro com seu diretor? Com um homem que poderia tê-la quando quisesse? Acaso havia ficado louca?


Possivelmente. Mas, maldita fosse, a loucura a fazia sentir-se maravilhosamente bem.


— Agora tenho que ir  — disse —  Você também, não?


Christopher arqueou uma sobrancelha com expressão zombadora.


— Nos veremos dentro de algum tempo — continuou ela, sem querer ouvir sua resposta.


Estreitou a bolsa contra seu peito, voltou-se e correu para o elevador, lutando contra a necessidade de voltar a cabeça para olhá-lo uma vez mais.


Não importava. Voltasse ou não a cabeça, sabia que ele estava atento a cada um de seus passos. A excitação que corria por suas veias era a única prova que necessitava.


Enquanto pressionava o botão do elevador, tirou o chapéu de si mesma lembrando as palavras da Anahí. «uma louca e fabulosa noite de sexo».


 


Quando aquela voluptuosa morena desapareceu de sua vista, Christopher se deu conta de que não sabia seu nome. riu de si mesmo, consciente de que provavelmente tinha parecido tão bobamente fascinado como um adolescente. Mas ela tinha concordado e com o encontro de mais tarde. E então perguntaria seu nome. E algumas outras coisas sobre ela.


Christopher não era capaz de lembrar a última vez que havia se sentido atraído por uma mulher só em vê-la, como lhe tinha ocorrido aquele dia. Tinham passado séculos da última vez que tinha tido tempo para um encontro, ou para envolver-se sentimentalmente com alguém. Sua empresa tinha sido um compromisso de vinte e quatro horas ao dia desde o dia que a tinha iniciado. Era curioso, ter que pagar um aluguel pela primeira vez em sua vida, tinha transformado o trabalho na coisa mais importante para ele.


Negava-se a pensar que a ruptura de seu compromisso tivesse sido a razão pela qual não permitiu a si mesmo interessar-se realmente por uma mulher durante os últimos três anos. Sexo sim. Isso era fácil de conseguir. Mas encontrar alguém a quem realmente desejasse conhecer? Não, isso não lhe tinha ocorrido há muito tempo.


A mera ideia de estar pensando naqueles termos o assustava. Não, o momento não era o ideal, certamente. A última coisa que necessitava durante aquelas últimas semanas do projeto era que uma morena voluptuosa com um sorriso devastador o distraísse. Mas ele jamais tinha precedido suas necessidades aos seus desejos.


Enquanto caminhava pelo corredor, desejou de repente ter  pedido o número de seu quarto, se por acaso no final ela decidisse não descer ao encontro.


— Virá — disse a si mesmo. E ao recordá-la olhando o mar sob a chuva, soube que era uma mulher por quem valia a pena arriscar-se.


Às dez e cinco, Dulce permanecia no quarto do hotel, mordendo o lábio nervosa e olhando seu reflexo no espelho do banheiro. Trent não tinha aparecido durante o jantar, de modo que fazia já várias horas que não o via. Umas horas durante as quais vinha se acovardando cada vez mais.


— Não pode fazer isto, sabe, não é? —  disse a seu reflexo.


Mas seria somente uma taça...


— Tolices. Você estava ali, sentiu o calor, Dulce Saviñon. Sabe que é possível que fique essa noite com ele e não voltem a se separar até manhã pela manhã.


«E tão terrível assim?».


— Sim, é terrível. Não pode ter uma aventura com seu chefe. Esse trabalho é muito importante. Se o perder, terá que deixar a universidade e conseguir um emprego com horário diurno para pagar o aluguel.


Mas quando sua própria vida ia ser tão importante como seu trabalho?


Aquela era a pergunta de um milhão. Quando ia poder começar a viver? Dulce tinha se responsabilizado por sua mãe e sua irmã desde os doze anos, justo depois que o segundo marido de sua mãe a abandonou. Aquele tinha sido o pior ano de sua vida. Dulce e Morgan tinham sido separadas de sua mãe durante meses e, quando haviam voltado a ficar  juntas, Dulce se tinha prometido que não voltariam à separar-se nunca mais.


E depois nunca tinha esquecido que era ela quem tinha a responsabilidade de manter à família unida. Morgan era muito pequena e Jeanine muito imprevisível.


Seguir os impulsos de seu coração, ou naquele caso de sua libido, não era algo a que Dulce estivesse acostumada. Mas, por que não permitir-se uma única vez? Ela sabia o que queria. Não podia ser tão covarde...


— Oh, cale-se — murmurou em voz alta.


Às vezes imaginava-se com aquela insidiosa vozinha interior um pequeno diabo com chifres e cauda, sentado sobre seu ombro esquerdo e lhe sussurrando ao ouvido cada vez que ela estava pensando em fazer algo realmente estúpido. E, no outro ombro, em vez de um anjo, imaginava uma versão diminuta da irmã Mary Frances.


Aquela religiosa tinha sido sua professora durante o único ano que Dulce tinha passado em uma escola religiosa. Um ano provocado por um daqueles estranhos períodos de religiosidade de sua mãe. Isso tinha sido antes que seu verdadeiro pai se fosse, quando ainda tinham uma vida normal. Dulce tinha passado a maior parte desse curso sentada em um canto, até que tinha aprendido a comportar-se como uma verdadeira dama. Em vez de aprender paciência e obediência, durante aqueles castigos Dulce se dedicava a inventar formas de se vingar do Pinguim, que era como as meninas chamavam à irmã. De modo que a irmã Mary Frances ganhava em suas batalhas contra o diabo.


No final, farta daquela discussão consigo mesma, agarrou a bolsa e saiu batendo a porta do seu quarto. Entretanto, a discussão mental continuou. Falou consigo mesma no elevador e durante o caminho para a piso inferior. E também enquanto se dirigia para o bar. Encontrou-o lotado e se deteve para dar uma rápida olhada a seu redor.


Estava a ponto de convencer-se de que Trent não tinha ido ao encontro quando o viu esperando-a em um canto, sentado em um dos tamboretes da barra. Qualquer ideia de sair correndo desapareceu imediatamente da mente de Dulce. E não só porque ele a tivesse visto. Nem pela intensidade de seu olhar enquanto se levantava e se dirigia para ela. Aquele não era o olhar de segurança e absoluta confiança em si mesmo do Trent.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Não, era um olhar de alívio. De admiração, de antecipação. — Pensava que não viria — lhe disse com voz rouca. — Estive a ponto de não vir. — E o que a fez mudar de opinião? Dulce afastou uma mecha de cabelo da rosto e tentou parecer natural. — Estava sedenta. — Me alegro ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1653



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 13/03/2016 - 10:43:14

    Own que lindos ! Amei

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:16:17

    ah, aki eh a Natyvondy!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:14:00

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:57

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:56

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:55

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:54

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:53

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:50

    amei!!!!!

  • vondyta Postado em 05/12/2009 - 23:13:47

    amei!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais