Fanfic: Em algum lugar - Vondy

FLASH BACK

- Alô. – Christopher atendeu o seu celular enquanto digitava um contrato para um cliente seu.

- Christopher! – Ele ouviu a voz desesperada da esposa do outro lado da linha. – O nosso filho...

- O que foi Dulce? Aconteceu alguma coisa com o Fábio?

- Aconteceu. – A ouviu chorando. – Ele foi atropelado na saída da escola.

- Mas como isso aconteceu? – Ele ficou preocupado.

- Um carro invadiu a calçada e atingiu ele. Ele perdeu muito sangue.

- Onde estão?

- Na clínica Fátima. Estão operando ele. Ele está em coma. – Dulce ia dizendo rapidamente. – Os médicos me disseram pra não ter esperança.

Christopher desligou o celular e saiu correndo até a clínica. Entrou no hospital e parou na recepção.

- Por favor, meu filho está passando por uma operação. O nome dele é Fábio Von Uckermann.

- Só um momento. – A recepcionista olhou no computador. – Está no oitavo andar sendo operado.

- Ok. Obrigado.

Ele seguiu para o oitavo andar e viu Dulce sentada em um banco, com as mãos no rosto.

- Dulce. – Ele a chamou e ela correu para abraçá-lo. – Como isso aconteceu?

- A culpa foi minha. Se eu não tivesse me atrasado, isso nunca teria acontecido.

- Não seu culpe. – Ele afagou os cabelos dela. – Quem foi o irresponsável? – Sentiu seu sangue ferver.

- Perdão, mas eu fui o culpado.

Christopher se afastou de Dulce e virou-se para ver a figura da pessoa que havia tirado a vida de seu filho.

- Perdoe-me. Eu não sei como isso aconteceu. – O rapaz disse.

- É fácil dizer que não sabe como aconteceu não é camarada? – Christopher sentiu vontade de meter um soco nele.

- Eu estava no celular e perdi o controle quando avistei um buraco no meio da rua.

- E por um buraco, invadiu uma calçada cheia de crianças? Por um buraco meu Deus.

- Se eu soubesse que isso iria acontecer, teria passado pelo buraco.

Christopher se aproximou dele para agredi-lo, mas foi impedido por Dulce.

- Não Christopher. – Dulce o segurou pelo braço. – Se ele fosse uma pessoa ruim ele teria fugido, mas ele veio prestar solidariedade.

- A solidariedade dele não vai trazer nosso filho de volta. – Christopher a mirou.

- Tenham esperança. – O rapaz disse.

- Ter esperança quando não há nada para se fazer? – Christopher perguntou irritado. – O médico já avisou.

- Eu já arquei com todas as despesas do hospital. Acho que é a única forma de compensar a perda de vocês.

- A morte de um filho nunca é compensada. – Dulce disse num tom baixo.

- Eu estarei à disposição de vocês para qualquer coisa. Meu nome é Christian Chávez e a aqui está meu número. – Entregou a Christopher um cartão. – Me liguem se precisarem.

FIM DO FLASH BACK

FIM DO CAPÍTULO 1