Fanfic: Saint Seiya - Profetic Wars | Tema: Saint Seiya, Cavaleiros do Zodíaco

   A noite parecia calma naquele momento no centro da Praça São Pedro, no Vaticano. Um homem com um sobretudo e um capuz em volta da cabeça andava sozinho em direção à igreja Central. Ele podia ser confundido facilmente com um padre, mas ele estava evitando ser reconhecido, pois estava ali sem as ordens do Santuário.

   Ao entrar na igreja, observou o lugar e viu a pessoa que procurava: outro homem estava ajoelhado perante o grande altar como se estivesse rezando. Foi em direção a ele e o cumprimentou:

  - Boa noite, Carmelengo. Faz um bom tempo que não nos vemos. – Disse.

  - Verdade. – respondeu o jovem ministro – desde que me tornei o Carmelengo há alguns anos, perdi o contato com o Santuário. Agora vivo para cuidar dos negócios da Igreja desde a morte do Papa.

   O Carmelengo é um cargo em que se fica próximo ao Papa, cuidando das coisas quando o Principado se encontra indisponível, nesse caso, quando o Papa falece.

  - Ouvi seu recado e saberia que o Santuário não me autorizaria a vir aqui, então não vai demorar muito antes que percebam que não estou guardando minha casa – tirou o capuz e revelou um cabelo esvoaçante de tom vermelho e um sinal na testa, mostrando ser um homem importante.

  - Você sempre foi um homem ocupado, Naradata. Mas na situação que iremos enfrentar futuramente, uma coisa precisa ser feita – indagou o Carmelengo.

  Naradata é o cavaleiro de ouro da casa de virgem e normalmente não saía do santuário, mas ultimamente sentiu uma cosmo energia anormal que está consumindo o mundo. Isso foi confirmado quando seu antigo amigo do Vaticano o contatou e pediu sua presença urgente no País.

  - Então, onde ele está? – Perguntou o cavaleiro.

  - Por favor, siga me.

   Eles desceram uma escada que levava bem adentro do subsolo até chegarem numa porta.

  - Tem certeza que não quer que eu entre junto? – perguntou o ministro

  - Tenho certeza. Afinal, creio que não irei demorar muito.

  E Naradata entrou em um espaço que parecia um calabouço medieval. Avistou ser uma pessoa presa numa masmorra no fundo da sala. Ela estava de cabeça baixa e sangrando muito. O cavaleiro de virgem foi ao seu encontro e disse:

  - Como vai, Orobas?

  Bastou isso para o tal levantar a cabeça e encarar o cavaleiro. Com um pequeno sorriso de canto, respondeu:

  - Ando meio preso, e achei que não irias me encontrar tão cedo. Já até sei porque você veio.

  Naradata então, sem medir muitos esforços, elevou seu cosmo.

  - O Santuário precisará de você, e como você é um demônio que é fiel aos bruxos, terá de me obedecer daqui pra frente.

  Orobas deu de ombros. Aquilo que ele falou era verdade, e sabia que Naradata era um bruxo muito poderoso e não poderia contrariá-lo, porém os 4 reis do inferno não iam gostar da situação em que se estava. Então resolveu ficar calado.

   - MAGIA SIGILLUM ASTRAL – invocou Naradata seu golpe e após isso ambos sumiram do local

# No Santuário – Grécia #

  Os soldados corriam em direção onde ouviram uma enorme explosão. Estava próximo Ás ruínas da entrada do santuário. O grande estrondo daquela noite parecia muito anormal para ser uma simples invasão, mais parecia que alguém detonou uma bomba aleatoriamente por acidente, porém ao chegarem no local o que viram foi um garoto desmaiado, com o corpo esfumaçando e em uma cratera no chão que dava a impressão que ele tinha sido arremessado do céu.

  Tiveram cuidado ao se aproximar, mas quando menos esperavam, o garoto acordou com um grito e vendo vários soldado armado, pensou serem inimigos querendo fazer mal a ele e começou a atacá-los.

  - Fiquem longe de mim – gritou o garoto.

  Os soldados no susto tiveram que revidar os golpes, mas estavam sendo massacrados pelo garoto. Perceberam que ele tinha uma cosmo energia muito poderosa, mas não parecia ser um cavaleiro. Um dos soldado tentou recuar e pedir reforço, foi quando viu duas figuras na sua frente que ele conhecia, uma delas tinha a armadura tão reluzente e brilhante que chegava a iluminar o ambiente e o outro uma armadura que demonstrava onipotência.

  - Para trás, nós cuidamos disso – disse a figura com a armadura reluzente.

  Os dois foram caminhando em direção ao garoto que ainda estava em posição de guarda, se preparando para qualquer investida deles.

  - Nós não vamos te machucar, rapaz. Pode nos dizer como se chama? – perguntou o segundo

  O garoto receoso, não respondeu.

  - Bom, então deixe que me apresente primeiro. Sou Régio, cavaleiro de prata da constelação de Boötes – disse o cavaleiro com a armadura onipotente

  - Deixe me apresentar também. Eu sou Árpiyja, amazona de ouro da casa de Peixes – disse com um sorriso de desdém

  - Cavaleiros? – perguntou o garoto surpreso.

  - Isso mesmo, moleque. Agora já pode nos dizer o seu nome? – Árpiyja debochava daquela situação como se aquilo a tivesse divertindo, enquanto o cavaleiro de prata pontuava uma postura bastante séria.

  O garoto baixou os braços e percebeu que não estava em perigo, então pronunciou:

  - Me chamo Kyram.