Fanfics Brasil - O prólogo do Apocalipse. Saint Seiya - Profetic Wars

Fanfic: Saint Seiya - Profetic Wars | Tema: Saint Seiya, Cavaleiros do Zodíaco


Capítulo: O prólogo do Apocalipse.

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# Igreja São Pedro – Vaticano #


  O Carmelengo estava em sua bancada no salão do papa fazendo algumas anotações. Enquanto escrevia sua mão tremia de tanto nervosismo. Desde a quatro anos atrás em que Naradata simplesmente sumiu com o demônio Orobas ele vem se perguntando no que teria falhado. Parecia um plano perfeito, mas o cavaleiro de Virgem parecia sempre ter uma carta na manga. Então, toda a noite ele rezava para que os infernais não o assombrassem por isso, porém aquela noite ele recebeu uma visita que ele esperava que não fosse para trazer boas notícias.


  Uma nuvem roxa começou a cobrir parte do escritório sagrado e uma bela mulher, com seus longos e lisos cabelos vermelhos que pareciam uma cachoeira de sangue, estava sentada por essas nuvens como se estivesse em um sofá. A presença dela tentava roubar a atenção do pobre carmelengo, que estava mais nervoso, porém aguentava em disfarçar.


 - O que foi, padre? – Ela começou a falar com tom de diversão. – Acha que minha presença profana este lugar sagrado?


 - O que você faz aqui, Lilith? – falou gaguejando e um medo súbito emanava de sua voz ao estar frente a frente com o demônio.


 - Asmodeus está cansando de esperar. Não só ele, mas todas as tropas do Inferno já estão impacientes para o retorno do nosso senhor Lúcifer. – disse isso mudando para um semblante mais intimidador.


 - O apocalipse vai acontecer. Isso é fato. Só peço para que ele tenha um pouco mais de calma. Aconteceu um contratempo e estou trabalhando o mais rápido que posso.


  Neste momento, num piscar de olhos, ela apareceu bem do lado do carmelengo. Segurou seu rosto com uma das mãos e lambeu a bochecha dele de uma maneira sádica.


 - Sabe, padre. Se os quatro reis não estivessem precisando de você neste momento, eu ia amar consumir a sua alma, ver você se tornar uma casca vazia e fazer você sofrer todo o dia no inferno. – deu uma pausa. – Mas, o ritual do Infestissuman não pode ser feito sem uma mão santa no meio, então por hora, espero que seus “contratempos” possam ser resolvidos o quanto antes.


  O padre respirou aliviado. Ao que parece, ela não sabia sobre o que aconteceu anos atrás


 - Padre. Você sabe que aqueles malditos cavaleiros do Santuário vão desconfiar quando o apocalipse começar. Devemos eliminá-los juntos com a deusa que eles protegem antes que se tornem uma barreira para os nossos planos. – dizia ela com um sorriso de canto.


 - Não se preocupe, Sra. Lilith. Já designei uma legião de demônios, com a autorização do Sr. Asmodeus, para cuidar deste assunto. – dizia ele com uma afirmação forçada.


  Asmodeus, como era o segundo demônio mais forte do inferno era ele que comandava todas as legiões enquanto Lúcifer estivesse em processo de renascimento, como é tal caso.


  Lilith sorriu mais uma vez e sem dizer nada desapareceu junto com sua nuvem roxa, deixando o Carmelengo mais uma vez só em sua sala. Para alívio imediato dele.


 


# Santuário – Grécia #


 


  A poeira estava em toda a arena. Soldados tossiam o tempo todo por causa da nuvem de pó que se formou quando os golpes de Kyram e Sora colidiram, formando uma tempestade que formava poeira e cosmo.


  Quando se dissipou, uma cena nunca antes vista se mostrava no centro do Coliseu: duas armaduras estava frente a frente e com Kyram e Sora atrás de cada uma delas. Elas tinham recebido o impacto dos ataques, pois parecia que tinham protegido os combatentes. O público estava atônito, e até Bahek demonstrava surpresa em seu rosto. Kyram ainda estava com a palma levantada em posição de ataque, porém ofegante e sem entender nada. O mesmo poderia se aplicar a Sora. De repente as armaduras brilharam e se partiram. Suas peças foram voando até seus respectivos, e novos, usuários.


 - Por Atena! – Bahek exclamava em voz baixa. – Nunca vi nada parecido.


  As armaduras terminaram de cobrir os corpos dos novos cavaleiros. A armadura de LINCE possuía uma cor púrpura, com ombreiras de ponta fina, protegia partes do peitoral e dos membros e o elmo tinha o formato de uma tiara, com as garras do lince nas pontas. Kyram ficou calado por um momento até que gritou de felicidade.


  A armadura de ERIDANUS cobria o corpo de Sora parcialmente na região acima da cintura. As pernas eram toalmente cobertas até a metade das coxas e o elmo era um capacete completo, deixando aberto apenas a região do rosto onde a máscara da amazona permanecia. Tudo num tom de azul turquesa.


  Os dois se olharam sem dizer nada. Até Bahek quebrar o silêncio que tomava conta da arena.


 - Cavaleiros! Virem-se para o altar. – Os dois olharam em direção de Bahek. – Atena honrou os dois como cavaleiros. Não há dúvidas que a determinação de vocês foi essencial para tal acontecimento. De agora em diante vocês carregam o título de Santos Guerreiros. Sora, discípula de Pagan de Aquários, és agora a Amazona da constelação de Eridanus. – Ela se ajoelhou e ascentiu com a cabeça. – E Kyram, discípulo de Régio de Boötes, foi consagrado com a armadura da constelação de Lince. – Kyram apenas sorriu com os dentes e levantou o polegar pra cima em sinal de “ok”.


  Após isso, os gritos de comemoração começaram, porém o recém cavaleiro de Lince estava com a atenção na Estátua de Atena, pois imaginava o que seu mestre estava fazendo por lá dessa vez.


 


# Salão de Atena #


 - Fale a verdade, Régio. – socou a mesa um dos que estavam presentes na reunião.


 - Klaus-Oir, essa atitude não vai levar em nada nessa reunião. Ainda não sei por que ainda chamam você pra cá. – A amazona dourada de Peixes, Árpiyja, brincava com a atitude imatura do companheiro de escalão naquele momento.


  Klaus-Oir era o cavaleiro dourado da casa de Escorpião. Seu jeito temperamental era sempre uma diversão para Árpiyja, que não perdia tempo em lançar uma brincadeirinha toda vez que ele agia como um garoto, apesar de ter 23 anos. E ela sabia que isso o deixava mais irritado, divertindo-a ainda mais.


 - Ela tem razão! – indagou o Grande Mestre, deixando o escorpião de cabeça baixa. – Lembrem-se que os assuntos aqui são de extrema importância.


 - Grande Mestre. Sinto em dizer que, por mais que o meu mestre e eu tivéssemos uma relação bastante próxima, ele me privou de qualquer tipo de informação sobre onde ia ou o que planejava. – Régio continuava sua alegação. – Eu nem mesmo o vi sair da casa de Virgem naquele dia.


 - Entendo. Mas o principal motivo de o chamar aqui hoje não é sobre você explicar alguma pista sobre a localização de Naradata, e sim nos esclarecer algo que descobrimos. – O Mestre ao dizer isso pareceu incomodado.


 - O que quer dizer, Grande Mestre?


  Naquela reunião, além do Grande Mestre e de Régio, estavam outros seis cavaleiros de ouro disponíveis dentro do Santuário. Eram: Séker de Touro, Dead Sinner de Câncer, Tao Sen de Leão, Desmond de Libra, Klaus-Oir de Escorpião e Árpiyja de Peixes. Era de vital importância a presença dos dourados para qualquer informação que possa ser considerado uma ameaça para o Santuário ou para a Terra. Os cavaleiros de ouro restantes, ou estavam em outras missões ou estavam meramente indisponíveis.


  O Grande Mestre continuou.


 - A algum tempo, tenho mandado alguns investigadores se adentrarem na casa de Virgem, e na biblioteca de Naradata conseguimos acesso de alguns dos últimos livros que ele possa ter lido ou revisado. – Até aí, Régio mostrou uma expressão uma expressão de indignação. Por mais que possam ter sido ordens do Grande Mestre, ele não gostava da ideia de alguém profanando o lugar mais sagrado do cavaleiro de Virgem. – Descobrimos algo em relação à uma espécie de ritual chamado Infestissuman. Sabe de algo parecido, Régio?


  Ao ouvir isso o cavaleiro de prata gelou. Não podia esperar que aquilo podia estar ou não acontecendo. Achava que não iria escutar esta palavra tão cedo.


 


# Entrada do Santuário – Grécia#


 


  O cavaleiro de Lince não quis ficar para a celebração que ocorria no Coliseu em comemoração às entregas das armaduras. Na verdade ele queria ficar um pouco sozinho. Aquilo tudo era bom, mas seu objetivo naquele momento era mostrar para Régio o quanto havia ficado forte, mas ele botou em prioridade à chamada do Santuário. Estava feliz com a armadura, porém triste com o seu mestre. Kyram estava na entrada do Santuário sentado em cima da urna de sua armadura observando a cratera onde acordou quatro anos atrás. Aquilo era a marca inicial de sua memória. Perguntava a si mesmo o por quê de não lembrar de algo antes daquilo.


  Ele acabou sendo despertado de seus devaneios quando sentiu um cosmo extremamente poderoso. E ia aumentando ainda mais quando sentia que estava chegando perto. Foi quando avistou vários cocheiros vindos em direção à entrada do Santuário. Não poderia saber quem é, mas tratou de especificar quem vinha.


  Quando as carruagens pararam bem em frente a Kyram, ele pode observar muitas coisas que o deixaram com um nó no estômago. Os cavalos que empurravam os cocheiros tinham a pele putrefata e com partes dos ossos expostos, como se estivessem em decomposição. Quem os dirigiam eram caras que apresentavam trajes parecidas com armaduras, porém com detalhes medonhos e cores mortas, como negro; vermelho-sangue; verde-cadáver; entre outras. Kyram teve uma ânsia de vômito.


 - Quem são vocês, afinal? – ele perguntou.


  Foi nesse momento que, ao parecer ser a carruagem principal, saiu um sujeito aparentando ter em torno de 30 anos. Tinha cabelos negros curtos e arrepiados, que faziam ligação com a barba também curta. Vestia um sobretudo sem o capuz. Parecia não querer esconder seu rosto. Ele se aproximou de Kyram.


 - Meu jovem. Este por um acaso é o caminho que leva ao Santuário? – Perguntou ao cavaleiro de Lince


 - Isso depende. Primeiro responda a pergunta que fiz primeiro. – Retrucou Kyram com um ar de deboche.


  O sujeito deu um sorriso de canto com a boca e num simples movimento com a manga de seu sobretudo, fez Kyram e a urna de sua armadura se chocar com uma rocha a metros de distância, fazendo-o o seu corpo sentir mais dores do que já tinha pela luta mais cedo com Sora.


 - Nós não devemos apresentação a um moleque como você. – Falou o homem. – Legiões. Cavalgar para o Santuário. – Ordenou aos cocheiros.


  Quando os cavalos zumbis batiam o galope se preparando para correr, Kyram novamente se pôs no caminho.


 - Não sei quem vocês são, mas... – Abriu a sua urna e a armadura cobriu seu corpo. – Não permitirei que se aproximem do Santuário, pois tá na cara que não vieram fazer coisa boa por aqui. Eu, Kyram de Lince, irei impedi-los.


 O homem deu novamente um sorriso.


 - Deve ser por este tipo de persistência que os cavaleiros do Santuário são temidos. Pois bem, Santo de Lince. Me apresentarei a você como forma de respeito por ser o primeiro cavaleiro a morrer nas mãos de um demônio.


 - Demônio? – pensou Kyram.


 - Meu nome é Dantalion. Duque Infernal e o principal Gênio das forças de nosso senhor Lúcifer.


  Neste momento todo o campo se revestiu em trevas.



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Autor(a): koutt_james

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