Fanfic: o Quarteto de Noivas - Adaptada - Vondy - Ponny - Chaveroni - Zoreddy | Tema: Rebelde

Como, por princípio, sempre discordava da avó, Zora acabou se interessando pela câmera. Só para

irritá-la – a avó tinha ido visitá-las naquele verão, em vez de ficar no lar para idosos em Scottsdale, que, na cabeça de Zora, era o seu lugar –, a menina começou a levar a Nikon para onde quer que fosse. Brincava com ela, fazia experimentos. Tirou fotos do quarto, dos próprios pés, das amigas. As imagens ficavam desfocadas e escuras, sem definição e descoloridas. Como não teve muito sucesso e pelo iminente divórcio da mãe e do padrasto, Zora acabou perdendo um pouco do interesse pela Nikon. Dessa forma, mesmo muitos anos mais tarde não sabia dizer o motivo de ter levado a câmera para a casa de Annie naquela bela tarde de verão em que brincaram de Casamento.

Todos os detalhes de um tradicional casamento no jardim tinham sido planejados. Maite, a noiva, e Dulce, que seria o noivo, trocariam seus votos sob o caramanchão coberto de rosas. Mai usaria o véu e a cauda de renda feitos pela mãe de Annie com uma toalha de mesa antiga, e Harold, o velho e amável golden retriever de Annie, levaria a noiva ao altar.

Um monte de Barbies, Kens e outros bonecos, além de muitos bichinhos de pelúcia, foram dispostos pelo caminho para se passarem por convidados.

– É uma cerimônia íntima – comunicou Annie um pouco atrapalhada com o véu de Mai. –

Seguida de uma pequena recepção ali no pátio. Mas onde se meteu o padrinho? Dulce, que tinha acabado de esfolar o joelho, apareceu por trás de três arbustos de hortênsias.

– Ele fugiu e subiu numa árvore atrás de um esquilo. Não consegui fazê-lo descer.

Annie revirou os olhos.

– Vou buscá-lo. Você não pode ver a noiva antes do casamento. Dá azar. Zora, ajude Mai a pôr o véu e leve o buquê para ela. Dulce e eu vamos tirar o Sr. Peixe da árvore.

– Eu preferia ir nadar – disse Zora, puxando distraída o véu de Mai.

– Podemos ir depois que eu me casar.

– É, podemos. Você não está cansada de se casar?

– Ah, não me importo. E tem um cheirinho tão bom aqui. Está tudo muito bonito.

Zora entregou a Mai o buquê de dentes-de-leão amarelos que tiveram permissão para arrancar.