Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

                                                                                                                                                                                            Continuando...

Ale: Entendo. Bom, não é minha área, mas posso indicar colegas e você a leva.

Ucker: Ótimo!

Ale: Mas, eu acho melhor não dar esperanças a ela. 

Ucker: -fechou o sorriso - Por quê?

Ale: Porque quando é de nascença pelo que sei é mais difícil de se reverter. E também é uma cirurgia extremamente cara, querido, e pode ser que nem seja garantia.

Ucker: Entendi.

Ale: Você se incomoda com ela não enxergar?

Ucker: sorriu - Não. Pra mim ela é perfeita assim, mas ela que se sente às vezes deslocada.

Ale: Eu entendo, mas não custa ir ver. Vou dormir boa noite. - O filho beijou sua testa.

 O sábado chegara e com ele o dia de Dul conseguir ver Christopher. Poncho foi com ela até a mansão dos Uckermann.

Ucker: Minha princesa!- Feliz a levantou pela cintura e ela riu se agarrando nele. - Que saudade. - A colocou no chão e deu vários selinhos.

Dul: Eu também estava!- Abraçou sua cintura. - Muita, muita, muita!

Ucker: Vem! Vou te mostrar a música que eu fiz!

     Ela soltou um gritinho quando ele a pegou pelar pernas e a levou correndo pro quarto.

Any: -gritando - OI PRA VOCÊ TAMBÉM AMIGA!

Dul: -gritando lá de cima - OI ANY!- Anahí e Alfonso riram.

Poncho: Sobramos.

Any: Quer brigadeiro?

Poncho: O seu?

Any: Claro!

Poncho: Sempre!- Pegou sua mão e foram pra cozinha. Onde bagunçaram horrores pra fazer um simples brigadeiro. Teria sido fácil se ele não agarrasse a loura a cada 3 segundos.

Dul: LINDO!- Bateu palmas, animada. - EU AMEI!

Ucker: Ta falando isso só pra me agradar?

Dul: Eu não! Se tivesse ruim eu falava ta?- Mostrou a língua.

Ucker: Sabe que falam que quem mostra língua quer beijo. - Deixou o violão de lado e se aproximou dela, que estava sentada no chão.

Dul:  Eu quero beijo!

  Ao sentir a respiração dele perto da sua se atirou em seus braços e ele riu da animação da namorada, a beijando em seguida. A deitou o chão e ficou com metade do corpo em cima do dela. Encerrou o beijo com um selinho demorado.

Ucker: Te quiero. - Passou o nariz pelo dela, que sorriu. Ele a abraçou e ficou com a cabeça entre seu pescoço e seu ombro. - Mucho.

Dul: Eu também. - Acariciou seus cabelos. - Muito e eu estava morrendo de saudades do meu namorado. - Fez bico.

Ucker: Eu também meu amor. Prometo que vou te ver mais vezes. – Ficaram em silêncio alguns minutos, assim, abraçadinhos no chão do quarto e com ele às vezes dando um beijinho em seu pescoço e ela fazendo carinho em seus cabelos. - Assim eu vou dormir.

Dul: Pode dormir.

Ucker: Não posso. Tenho que ir treinar. - Falou triste e ela notou.

Dul: Ahh meu amor. - Suspirou o abraçando mais forte. - Não quero que fique triste.

Ucker: Ta muito ruim viver nessa casa. - Afundou a cabeça no peito dela de novo.

Dul: Pensa nas suas irmãs e na sua mãe. - Beijou sua cabeça. - Elas também não gostam dessas brigas o tempo inteiro.

Ucker: Eu sei. Mas é tão difícil de controlar.

Dul: Precisamos pensar em um jeito de seu pai entender e deixar você fazer o que gosta.

Ucker: Já perdi as esperanças.

Dul: Mas eu não. - Ele a olhou e sorriu. - Eu vou ser sua fã número um. - Levou as mãos pro rosto dele. - Eu vou não, eu sou. Você não pode me decepcionar.

Ucker: Nunca. - Colou suas testas. - Obrigado.

Dul: Você pode me dar um beijo de agradecimento. - Fez bico e ele rindo fez o que ela “impôs”. E a porta se abriu.

Any: Toma, trouxe brigadeiro para os pombinhos. - Deu o pote para o irmão e os dois se sentaram.

Dul: Obrigada, Any!

Any: Nem quero falar com você, nem me deu oi.

Dul: -fez bico - Own, eu dou agora. - Abriu os braços e a cunhada se jogou neles. - Meu amorzinho.

Any riu – Só liga pra esse ladrão de amigas agora.

Dul: Não fala assim dele!

Poncho: E ai, Ucker, quais são suas intenções com a minha ruiva?

Dul: -riu- Ai meu Deus.

Ucker: As melhores possíveis.

Any: Acho bom!- Continuou abraçada a Dulce.

Ucker: Amor, eu vou ter que ir agora, mas a Any te faz companhia, me espera voltar?

Dul: Claro que sim.- Sorriu ganhando um selinho demorado.

Ucker: Depois se eu não voltar muito tarde nós podemos dar uma volta.- Pegou a mochila.

Dul: Não se preocupa, pode ir tranquilo que eu estou em boas mãos.

Any: Boas não, ótimas.- Eles riram.

Ucker: Então eu já vou.- Deu um beijo na cabeça da irmã e um selinho na namorada.

Dul: Boa sorte! Faz gol pra mim.

Ucker: Todos são seus.- Saiu apressado ou se atrasaria.

   Ela passou a tarde com os dois amigos. Contaram que estavam ficando as escondidas por medo de Christopher não aceitar. A ruivinha ainda tentou convence-los de que não era necessário, mas o medo deles falou mais alto. Ele demorou muito, Any teve que ir pra aula de dança e Poncho ir ajudar a mãe. Dulce ficou no quarto do namorado o esperando, deitada na cama, mas era chato ficar lá sozinha, o que melhorava era ter o perfume dele no travesseiro. Ouviu a porta se abrindo e sorriu se sentando.

Dul: Ucker! Que demora.

Vitor: Não é ele.

Dul: -envergonhada- Oi senhor Vitor.

Vitor: Como sabe que sou eu?

Dul: Eu reconheço pela voz.- Falou desconfortável.

Vitor: -riu de leva- Sabe aproveitando que está aqui queria conversar com você.

Dul: Ah.. Ok. O que o senhor quer conversar?

Vitor: Quero que s e afaste do meu filho.- Ele viu o choque cruzar os olhos dela e sorriu.

Dul: Que Eu... Mas por quê?

Vitor: Não quero nada que o prenda e o impeça de formar uma carreira e você, com certeza, é um empecilho.

Dul: Eu não entendo.- Falou triste.- Eu gosto dele e ele de mim, por que quer que a gente se afaste?

Vitor: Já expliquei, além de cega é burra?- Perdeu a paciência.

Dul: Eu...- Engoliu o choro.- Eu...

Vitor: Eu nada! Se afaste dele, acredite quando digo que uma hora ele vai enjoar de você. Até parece que vai ficar com uma cega por muito tempo.- Uma lágrima escorreu pelo rosto dela.

Dul: Não quero deixa-lo.

Vitor: -riu- Se quiser o bem dele vai o fazer.

Dul: O bem dele é o senhor aceitar o que ele quer ser, sem força-lo a seguir uma carreira que não o agrada.- Aquele homem sabia mesmo machucar.

Vitor: Está me enfrentando? Não ouse, sua insolente! Deixe meu filho em paz, e se ele souber da nossa conversinha você não sabe do que sou capaz. Você tem que se por em seu lugar, não é boa o bastante pra ele, como pensa que é o namoro de vocês? Não consegue ser uma namorada normal, que fique claro isso. O namoro de vocês não é igual ao das outras pessoas.- A cada palavra ela deixava lágrimas silenciosas caírem. – Ele vai enjoar de você. Agora eu preciso ir.- Saiu batendo a porta e ela se deixou chorar, deitando e abraçando uma almofada.

  Ela se acalmou porque não queria que o namorado a visse daquele jeito, mas segundos depois que ela enxugou as lágrimas ele abriu a porta.

Ucker: Cheguei, meu amor!- Falou feliz e tacou a mochila no chão, pulando na cama a beijando.- Me desculpa a dem... Ei o que foi?

Dul: O que?

Ucker: -pegou seu rosto- Por que chorou? 

Dul: Eu não chorei!

Ucker: Chorou sim!

Dul: Não chorei!- Contestou e abaixou o rosto.

Ucker: O que foi que aconteceu?- Beijou sua testa.- Confia em mim, minha princesa. Eu só vou te ajudar.

Dul: Te quiero.- O abraçou forte.- Pra sempre.

Ucker: Own, minha anjinha, eu também. Não chora não que eu fico triste por não poder te ajudar.

Dul: -sorriu- Você está comigo, é muito mais do que eu poderia pedir.- Acariciou seu rosto.- Como foi

Ucker: -desanimado- Normal.

Dul: Ok, não vamos falar disso. Ainda ta cedo pra darmos uma volta?

Ucker: Não muito, mas podemos ir no jardim brincar com o Tobby, quer?- Ela assentiu, animada, e foram.

  Da janela de um dos quartos, o pai olhava com raiva os dois se divertindo e sorrindo. Da janela do quarto da irmã, as duas irmãs sorriam. Nunca viram o irmão tão feliz assim. Dois meses se passaram e o namoro dos dois não podia estar mais perfeito. May e Chris namoravam também, um namoro tempestivo como os dois. Any e Poncho ainda escondidos levavam um namoro calmo na medida do possível. Christopher estava na cozinha pegando alguns salgadinhos pra levar para os amigos e para a namorada na sala. Iam assistir a um filme. Dulce ficou na sala de estar esperando o namorado, junto de Tobby. Ela ria com ele a lambendo e pulando em cima dela.

Vitor: Não me obedeceu .- Apareceu e ela caiu pro lado, sentada no chão com a mão no peito.- Te assustei, norinha?

Dul: Sim.

Vitor: Largue dele. Estou avisado, Dulce.

Dul: Não vou.- Falou firme.

Vitor: Que foi está apaixonada?- Ela ficou quieta e ele riu.- Ai meu Deus, cada absurdo que me aparece.

Dul: Absurdo é você!- Acusou. - Você não ama seu filho! Quer o mal dele!

Vitor: Quem ama? Você? Faz me rir. Amor de cego é pior do que não ter amor.

Dul: Pare de falar essas coisas! Eu sou normal!- Os olhos já lacrimejaram.- E se eu o amo é problema meu!

Vitor: Se enxerga, garotinha mimada. Opa, você não pode não é mesmo?- Ela não aguentou e deixou as lágrimas caírem, silenciosamente, como sempre.

Dul: Pare!- Tobby começou a latir a olhando, percebia o choro dela e ele não gostava.

Ucker: Pai?- Chamou sério.

Vitor: Christopher!- Falou como se nada tivesse acontecido.- Olhe sua namorada caiu, não devia deixa-la só.

Ucker: Dul.- Se aproximou e enxugou seu rosto.- O que foi? O que ele te fez?- Sussurrou só pra ela, que balançou a cabeça negativamente.- Me conta.- O pai sorria frio os olhando.- Fica longe dela!- Levantou enfrentando o pai.- Não chega perto dela nunca mais.

Vitor: Que dó que eu tenho, de vocês dois.

Ucker: Pai fica quieto!

Vitor: Ela por motivos mais que evidentes e você por tentar fazer caridade a uma cega.

Ucker: CALA A BOCA!- Explodiu- Eu não to fazendo caridade, eu gosto dela!

Vitor: Abre o olho Ucker, essa ai é uma interesseira.

Dul: É MENTIRA! Ucker porque ele diz essas coisas de mim?- Chorou.- Eu não sou assim.

Ucker: Eu sei que não.- Se abaixou e a abraçou.- Vem, vamos sair daqui.- A ajudou a se levantar e saíram depois de ele ter pegado a chave do carro. Ele ligou pro celular de Chris avisando o que tinha acontecido e que não voltaria tão cedo.

Dul: Eu gosto de você, eu não sei por que ele diz isso.- Se apertou nele quando estavam sentados, já no parque.

Ucker: Ele é louco. Mas eu não vou deixar que ele te agrida nunca. Ele te machucou?

Dul: -negou- Só com palavras.

Ucker: Nunca mais te deixo sozinha, eu juro.- A apertou em seus braços.- Minha anjinha.- Beijou sua testa e de um selinho.

 As horas foram passando e eles estavam deitados no gramado. Já era noite e as estrelas e a lua enfeitavam o céu.

Dul: O que mais?- Estavam lado a lado.

Ucker: Bueno nada. Ta cheio de estrelas, muito brilhantes e a lua cheia está linda.

Dul: -sorriu- Queria ver elas.

Ucker: -pegou sua mão e acariciou- Às vezes é mais legal imaginar. - A confortou.- Muitas coisas são feias no mundo e é preferível não vê-las.

Dul: Mas também tem coisas muito bonitas.

Ucker: Tem.- Virou o rosto pro lado e a viu de olhos fechados.- Mas nenhuma delas se compara a você.- Ela sorriu e ele lhe beijou a mão.

Dul: O que você acha que é mais bonito? A lua ou as estrelas?

Ucker: Hum...- Voltou a olhar pro céu.- Entre as duas eu acho que eu prefiro a lua.

Dul: Na minha cabeça eu acho que prefiro as estrelas. Uma vez a Blan fez um trabalho pro colégio e as desenhou e depois recortou. Eu senti a forma delas. Eu gostei.- Comentou passando a mão livre na grama.

Ucker: Você tem cara mesmo de gostar mais das estrelas.- Ela riu.- Que?

Dul: Como pode saber?

Ucker: Eu sei! Conheço minha namorada ta? E não ria de mim.

Dul: Nunquinha!- Falou com voz de bebê e ele se derreteu.- Minha tia me disse que temos que fazer um pedido pra estrela que mais brilha no céu. Eu nunca fiz nenhum.

Ucker: Bom... Abra os olhos agora e faça. Eu to vendo a que mais brilha. Faça seu pedido e eu olho por você.

Dul: Eu gostei da sua idéia.- Sorriu e abriu os olhos. Seu desejo foi “Que eu possa enxergar algum dia”. Só que não foi dito em voz alta.- Pronto.

Ucker: Já? Vai me contar seu pedido?

Dul: No! Porque eu sei que se contar o pedido ele não se realiza.

Ucker: Poxa. Vai me deixar curioso? Eu preciso saber, eu olhei por você!