Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

                                                                                                                                                                                                                                                            Continuando...

Marcela: Obrigada Ale. – Agradeceu na porta de casa quando Ale chegou com Dulce.

Ale: Não precisa agradecer. Tchau Dul, se cuida.

Dul: Gracias.

Marcela: Acabei de esquentar comida, vou fazer seu prato e vou pra casa. – Seguiu para a cozinha e Dulce foi atrás percebendo que estava só.

Dul: Me perdoa. – A voz era rouca e as lágrimas já saiam. – Não quis dizer aquilo, eu te amo muito. – A tia ficou quieta. – Tia, por favor, me perdoa eu não sou assim eu só fiquei muito nervosa.

Marcela: Não sabe o quanto dói ouvir o que me disse. Não tem ideia de como meu coração está agora, Dulce. – A menina soluçou. – Pra mim é minha filha, eu te criei, eduquei. Se pra você isso não vale nada, então eu vou embora, assim como a mulher que você diz ser sua mãe fez.

Dul: Não! Não vai embora! Não vai! – Pediu desesperada indo até a tia, mas a cadeira a atrapalhou e ela caiu no chão.

Marcela: Dul! – Correu para levantá-la.

Dul: Não vai! – Abraçou a tia. – Eu não quero, eu não consigo viver sem você não me deixa! – Soluçou e fungou. – Por favor, eu te amo, eu não quero que me abandone! Não quero outra vez que me deixem só. Me perdoa, me perdoa, me perdoa! – Pedia sem parar, agarrando no pescoço da tia. Não podia ser abandonada por ela, isso nunca.

Marcela: Shii, pare de chorar. – Alisou seus cabelos. – Eu te perdoo ok? Sei que não falou por mal, sei que não meu amor.

Dul: Vai me abandonar? Vai embora como ela fez? Eu não posso ficar sem você tia! Não sou ninguém, por favor fica.

Marcela: Eu não vou a lugar algum. – Beijou sua testa. - Vou ficar aqui como sempre com vocês, cuidando de você. Sempre.

Dul: Obrigada. Obrigada tia, por tudo. – Se acalmava em seus braços. – Obrigada.

Marcela: Eu pensei sobre sua operação no caminho de casa. – Dulce soltou dela e olhou em direção a sua voz. – Você já tem idade suficiente pra saber o que quer, eu assino.

Dul: A.as.ssina?

Marcela: Assino. E seja qual for o resultado, vou estar aqui cuidando de você.

Dul: -sorriu – Obrigada. Você é mais que uma mãe. – Se abraçaram. – Eu te amo muito.

Marcela: Eu também, querida. Muito. – Enxugou seu rosto. – Vamos comer? – A ruiva assentiu.

 No jantar Marcela conversou muito sobre a operação com Dulce, mas esta já pensava em outra coisa. Depois dos planos para quando voltasse a enxergar ela queria falar outra coisa com a tia.

Marcela: Dul? Alouuu? Querida? DULCE!

Dul: -deu um pulo – Ai que?

Marcela: Estou um tempão te chamando. O que foi?

Dul: -suspirou – Eu quero contar uma coisa. Outra decisão que eu tomei.

Marcela: Ok, o que é? – Tomou um gole do suco e voltou a atenção para a sobrinha.

Dul: Eu decidi que... Eu... Quero fazer amor com o Ucker. – Comprimiu os lábios. – Eu quero.

Marcela: Ah... – Ficou confusa, na verdade. Estava assimilando a informação ainda. – Você sabe o que é fazer amor?

Dul: -assentindo – Ele me explicou. – Preferiu não contar como estava aprendendo, tinha vergonha demais pra isso. – E eu falei com a May e eu quero. Isso é muito ruim pra você?

Marcela: -sorriu de canto – Acho que minha bebezinha está crescendo.

Dul: Eu queria te contar porque você é quem sabe toda minha vida.

Marcela: Obrigada por confiar em mim. Se quer tanto, sente que está preparada, segura pra isso o que eu tenho a dizer é pra se cuidarem e que vou te levar em uma médica.

Dul: Ok. Obrigada.

Marcela: Mas depois da cirurgia né?

Dul: Por quê?

Marcela:  Acho melhor esperar só um pouco mais. Já vai estar mais segura. Vamos esperar ok? Só isso.

Dul: Ah. Tá bom. – Concordou, mas não sabia se conseguiria e o principal, se queria esperar.

  Dulce foi dormir com um turbilhão de pensamentos, tanto que quase não dormiu. Pensava na operação e em Ucker. Os pensamentos se revezando entre esses dois itens. Mas nessa noite quem prevaleceu foi ele. Sentiu falta de seu toque, do beijo, do abraço. Precisava vê-lo. No dia seguinte ela mal acordou e ligou para ele.

                                                                                                                                                      Ucker: Bom dia amor da minha vida.

                                                                                     Dul: -sorriu – Bom dia bebê. Posso ir pro colégio com você. Queria conversar.

                                                                                                  Ucker: Claro, pode ficar pronta em meia hora? Passo ai pra ir comigo.

                                                                                                                                                                                   Dul: Ok. Te amo.

                                                                                                                                                                        Ucker: Eu também. Até.

  A tia escolheu uma roupa e ela colocou. Falou que gostara das aulas, queria só hoje ir de novo. A tia autorizou sem problemas, e o diretor também iria aceitar, ela sabia. No carro com ele, ela só contou que ficou tudo bem com a tia e que ela assinaria para sua operação. Operação que ele passara a noite pensando também e estava se acostumando com a ideia. Quando chegaram no colégio ela falou com os amigos dele e na primeira aula ele não entrou.

Ucker: E então, o que queria conversar?

Dul: É que... De noite eu pensei muito em tudo que esta acontecendo e eu tomei duas decisões. Uma você já sabe.

Ucker: Que vai operar. – Ela assentiu. – Ok, já falei que estou com você e vou rezar cada segundo para que tudo saia bem. Qual é a outra.

Dul: Que... – Pegou suas mãos e suspirou. – Quero fazer amor. – Ele parou por um instante. – Quero que a gente se ame.

Ucker: Segura? – Ela assentiu sorrindo. – Mas você me disse que queria, só não tivemos a chance de ficar sozinhos. – Alisou seu rosto.

Dul: Eu sei. Mas eu quero que a gente faça ANTES que eu opere. Entende?

Ucker: Antes? – Estranhou. – Mas por quê?

Dul: Porque é assim que eu sinto que deve ser. Você me ensinou quase tudo já, não quero que seja diferente depois. E eu também quero muito, senti tanto sua falta de noite, de como você me abraça e me beija. De como eu me sinto quando estamos juntinhos, só eu e você.

Ucker: -sorriu – Verdade?

Dul: Sim.

Ucker: Posso te dizer o quanto eu te amo?

Dul: É muito?

Ucker: Muito. Muito, muito, muito! – A abraçou e deu vários beijinhos.

Dul: -riu – Amor!

Ucker: Ok, calma. – Separou e segurou seu rosto. – Então quer fazer amor antes da sua cirurgia, comigo... Ok. Eu não acredito. Não posso acreditar.

Dul: Acredite. E dessa vez vai ser de verdade, eu não vou parar eu prometo, eu quero muito! Eu te amo, confio em você, você é o mais importante na minha vida e vai ser perfeito, eu tenho certeza.

Ucker: Eu também te amo, anjinha. Pra sempre. – A beijou.

 Ela sentiu as borboletas no estômago e quando a língua dele invadiu sua boca ela suspirou e o abraçou mais forte. Ele a segurou e ela sentou em seu colo de lado, continuando assim o beijo. Era um tanto quanto engraçado como não precisavam de mais nada além de um ao lado do outro. Entre carinhos, beijos, abraços e planos passaram o dia. Ele não quis entrar em nenhuma aula, e deu um jeitinho de se esconderem pra que isso acontecesse.

Ucker: Assim que der pra ficarmos sós eu te aviso ok? – A deixava na porta de casa já de noite.

Dul: Ok! – Sorriu. – Ai que agora eu não posso acreditar.

Ucker: Eu prometo fazer ser inesquecível.

Dul: Tudo com você é inesquecível. – Ele beijou a pontinha de seu nariz e se despediram.

  Acontece que os pais dele não viajaram. Na casa dela não poderiam ficar e as semanas passaram. Dulce durante o mês programou tudo necessário para a cirurgia junto da tia e sua sogra(ai sogra quem dera meu pai ~saindo~) que as ajudava muito. Doutor Marcos não iria cobrar nada, era amigo de infância de Ale e queria poder ajudar a namorada do filho dela, além de que não conseguiria negar isso a uma pessoa que não tem condições de pagá-lo. Estavam há quatro dias da cirurgia e eles queriam estar juntos logo. Foi quando o celular dela tocou no fim da tarde.

                                                                                                                                                                                                Dul: Si.

                                                                                                                                                                       Ucker: Meu amor, é hoje.

                                                                                                                                                                       Dul: -sorrindo – É hoje*-*

                                                                                  Ucker: Sim. Eu tenho um amigo, ele vai me emprestar o apartamento, eu disse que eu queria estudar música e meu pai implica, e ele está indo viajar para visitar os avós.

                                                                                                                                                                                          Dul: Ai! Ok.

                                                                                                                                                          Ucker: Fica pronta umas sete ok?

Dul: Tá bom.

Ucker: Não esquece que te amo.

Dul: Nunca. – Mandou um beijo.

Pediu pra tia ligar para Maite. Ela ia precisar de ajuda. May voou para a casa dela e logo tratou de dar a desculpa pra Marcela queDulce ia dormir na casa dela com Anahí. Pegaram uma roupa, perfume, arrumaram a mala dela e foram.

Any: Como só me falam isso AGORA? Ai meu Deus viu. – Começou a colocar uma maquiagem leve na amiga.

May: Porque a tia dela podia desconfiar ok? E aiiiii que lindosss!!!! – Arrumava a roupa de Dul.

Any: Está bem, eu perdoo. E sim, não acredito amiga! Está ansiosa?

Dul: Sim! Muito.

May: Lembra no comecinho pode ser que doa um pouquinho ok? Mas passa e tenho certeza que ele vai ser super cuidadoso.

Dul: Não importa. Eu não vou sentir dor, eu sei. – Sorria sem parar.