Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

Dul: Maria?

Blanca: Você ligou errado! Quem é?

Dul: É a Dul. Mas sua voz é igual.

Blanca: Ah! Sou eu sim Dul! Desculpa sabe que estavam ligando pro meu celular errado ai já estava falando que não era eu.

Dul: -riu – Ok. Eu te liguei porque to sozinha e sem nada pra fazer. Queria saber se você quer passear?

Blanca: Claro que sim! Onde quer ir?

Dul: Qualquer lugar... Quer ir nas lojinhas do centro? Eu ia com a Dul, mas ela não pôde hoje.

Blanca: Então tá, daqui a meia hora te vejo lá.

Dul: Tá! Um beijo.

   Ela escolheu uma roupa. Colocou uma saia com uma blusa. A tia já tinha falado as cores que combinavam e ela adorava ficar escolhendo. Demorava um pouco, mas saia sempre linda. Colocou uma rasteirinha, pegou uma bolsinha e saiu, trancando a casa. O pai ela não via há dias, mas não estava com tempo para pensar nisso, estava ocupada aprendendo tudo que precisava. Foi andando pela cidade e sentou no banquinho quando chegou nas lojas do centro.

Blanca: Ola!

Dul: Oi! – A senhora lhe deu um beijo. – Que bom que veio! Assim eu não fico só!

Blanca: Sempre que quiser é só me ligar.

Dul: Ok! Vamos ver tudo?

Blanca: Claro!

Dul: Você tá bonita.

Blanca: Obrigada – As duas foram conversando e olhando as lojas. Tinha de tudo quanto é coisa.

Dul: Esse é igual o meu. – Mostrou a aliança de namoro e apontou para a vitrine.

Blanca: É sim. Uma aliança.

Dul: Aham. Eu fico sem ver ele umas horas e já fico com saudade. – Fez bico.

Blanca: -sorriu – É assim mesmo. Quando se está apaixonada.

Dul: Você é casada?

Blanca: Não!

Dul: E suas filhas conhecem o pai?

Blanca: Conhecem sim.

   Dulce assentiu. Elas passearam a tarde inteira e Blanca comprou um caderno para Dulce, disse que era para ser seu diário para quando aprendesse a escrever. A ruiva agradeceu com um abraço e um beijo, feliz da vida. Quando chegou em casa esperou o namorado, ela contou do dia e ele tentou falar para ela não sair mais com aquela mulher, mas ela insistiu que ela era muito legal. Assim foram quatro semanas. Ela começava a escrever já, aprendia super rápido, mas também saia sempre com Blanca, que a ligava às vezes também. Faltavam três dias para sua apresentação quando ela entrou em casa e viu a tia, Marcos e o namorado sentados no sofá com uma cara não muito boa.

Dul:  O que foi? – Sentou ao lado deles.

Marcela: Estava com ela?

Dul: Com a Maria? Sim! A gente foi comprar coisinhas pro cachorrinho dela! Eu vi a foto é tão fofo! Só não mais que o nosso Tobby. – Beijou a bochecha do namorado. – E vocês, por que essas caras?

Ucker: A gente queria falar com você.

Dul: O que houve?

Marcela: É sobre a Maria.

Dul: Ixi, o que é?

Marcela: O nome dela não é Maria, querida.

Dul: Mas você que disse que era, e um homem na rua a chamou de Maria também.

Ucker: Mas não é o nome dela, princesa.

Dul: -confusa – E por que mentiram então?

Marcela: Ela não é uma amiga minha. Eu te falei é uma conhecida, eu não gosto muito dela.

Dul: Mas por que tia? Ela é muito legal! Ela até fala de você, que você foi uma amigona pra ela, que a ajudou muito.

Marcela: Ela não é quem você pensa Dul, por favor, fica longe dela.

Marcos: Ouve sua tia, ela quer seu bem.

Dul:  Mas o que ela fez? Eu não entendo! Se me falar eu prometo que me afasto, mas se não eu vou continuar saindo com ela.

Marcela: Só me escuta e me obedece, por favor!

Dul: Por que ta tristinha tia? – Foi para o lado dela e pegou suas mãos. – Você tá com ciúmes? – Brincou. – Eu te amo muito, como se fosse minha mãe. Ela é só uma amiga que me faz companhia pra passear às vezes.

Marcela: Não é ciúmes! Só se afaste, por favor. – Implorou e uma lágrima caiu.

Dul: Não chora tia! Eu prometo que não saio mais com ela. – Todos respiraram aliviados.

Marcela: Ok. Brigada, meu amor. – A abraçou apertado. – Eu só quero seu bem, não fica brava comigo.

Dul:  Eu não estou. – Sorriu e a olhou. – Se você me diz pra não ver eu não vejo mais.

Marcela: Obrigada. Eu te amo muito. Muito, você sabe não é? – Acariciou o rosto da sobrinha.

Dul: Eu sei. Eu também te amo muito.

Marcela:  Minha lindinha.

Dul: Para de chorar! Assim eu choro. – Fez bico a abraçando.

Marcela: Parei já. Pode ir com seu príncipe. – Brincou.

Dul: EBA! Vamos amor quero te mostrar meus desenhos.

Marcos: Antes... E os olhos?

Dul: Perfeitos! Enxergo tudinho de tudo! *-*

Marcos: Que bom.

Dul: GRACIAS! – O abraçou e saiu arrastando o namorado.

Marcela: Gracias mesmo.

Marcos: Não precisam agradecer. Bom.... Ela não... Você. – Sorriu e ela lhe deu um selinho. – Vamos se não perdemos o filme. 

Marcela: ESTAMOS INDO.

Dul: -do quarto – OK!

Marcela: VÊ SE NÃO ME APRONTAM.

Dul: TCHAU TIA! – Falou envergonhada.

Ucker: Ela sabe? – Perguntou depois de ouvirem o barulho da porta.

Dul: -negou – Não! Ela tinha me pedido pra ser depois da operação, mas eu quis antes.

Ucker: Ah ta. E assim... Depois da operação você não quer? – Fez careta negando e ela riu sentando no colo dele. – Não?

Dul:  Bueno... No sé.

Ucker: Não sabe? – Fez bico.

Dul:  Own com esse biquinho eu não resisto.

Ucker: Não? – A deitou na cama e ficou por cima dela.

Dul: Não. Meu bebê. – Falou como criança e ele riu começando a beijar seu pescoço. – Ai amor. – Mordeu o lábio e fechou os olhos

Ucker: Sinto saudades. – Foi subindo os beijos para sua boca.

Dul: Eu também. Muita. – Sorriram e se beijaram. – Mas.. Daqui a pouco ... a Mari chega.... com a carona dela. – Falava entre o beijo.

Ucker: Droga. – Deixou o corpo cair.

Dul: Não fica assim.

Ucker: Minha mãe vai passar o fim de semana na minha vó com a Carol. – A olhou sorrindo. – Quer ficar em casa?

Dul: Si. – Assentiu corada.

Ucker: Perfeito. – Voltou a beijá-la, mas sem nenhuma malícia.

  Dois dias depois Dulce decidiu ir no parque. Ela não tinha atendido as ligações de “Maria”, prometera para a tia que não ia mais falar com ela e cumpriria. Ela estava andando, pegando flores quando sentiu tocarem seu ombro e virou assustada.

Dul: Oi. – Desviou o olhar.

Blanca: Por que não me atende mais?

Dul: Eu... Eu só estou sem muito tempo pra ligar de volta.

Blanca: Podia ter me ligado pra eu vim com você. Eu adoro flores.

Dul É que eu quis vim sozinha. Eu...Eu preciso ir. – Ia se virar, mas foi segurada. – Eu preciso ir. – Repetiu.

Blanca: Por que tá fugindo de mim?

Dul: F.f.fugindo?

Blanca: Eu sei que está. Foi alguma coisa que eu fiz?

Dul: Não. – Negou e abaixou a cabeça.

Blanca: Eu disse algo?

Dul: Nâo. Olha, eu não posso mais te ver. – Comprimiu os lábios.

Blanca: Por que não?

Dul: Porque... Eu prometi pra minha tia e eu amo muito ela. Tenho que cumprir o que prometi.

Blanca: Mas a gente se dá muito bem! Por que não podemos ser amigas?

Dul: Não sei. Mas ela me pediu e eu não vou desobedece-la. Ela é como minha mãe e eu tenho que obedecer ela.

Blanca: Mas não é sua mãe. – Falou um pouco mais alterada.

Dul: -a olhou – Mas é como se fosse! E eu não quero que ela se magoe comigo.

Blanca: E eu? Vai me magoar?

Dul: Não. Mas eu não posso mais te ver nem falar com você. Me desculpa. Olha eu gosto muito de você tá? Mas não posso. Tenta se aproximar da sua filha! Tenho certeza que vão se dar bem. – Sorriu passando confiança.

Blanca: Não! – Puxou o braço dela com força e Anahí a olhou assustada. – Não pode fazer isso comigo!

Dul: Ai! Está me machucando! – Se encolheu e ela a soltou.

Blanca: Desculpe. Desculpe, mas não pode se afastar de mim.

Dul: Desculpa, mas eu vou sim. – Falou tristinha e ia sair de novo.

Blanca: Foi seu namoradinho que falou pra se afastar de mim?

Dul: Não! O Poncho não me pediu nada.

Blanca: Tem certeza?

Dul: Tenho! E se ele tivesse pedido eu ia fazer.

Blanca: Toma cuidado com ele, querida.

Dul: Eu não tenho que tomar cuidado com ele! Ele me ama e cuida de mim, não fala dele, você não o conhece. – Falou já irritada.

Blanca: Eu sei, calma. Eu só estou falando para tomar cuidado.

Dul: Não tem cuidado nenhum. Eu sei o quanto ele me ama, Não me procura mais, não quero mais te ver! Não posso.

Blanca: Annie não!

Dul: Eu preciso ir. Me desculpa, fica bem, espero que seja feliz. – Deu um beijo em sua bochecha e saiu correndo.

Marcela: O que foi que está assim? – Sentou na cama da sobrinha horas mais tarde.

Dul: Nada. – Sorriu triste e a tia tirou o lápis das mãos dela.

Marcela: Eu sei que algo está acontecendo.

Dul: Não é nada não tia.

Marcela: Hum vou tentar adivinhar! Brigou com o Poncho?

Dul: Não! Claro que não. – Arregalou os olhos e a tia acabou rindo, ela acompanhou.

Marcela: Está se sentindo só? – Balançou a cabeça em um movimento que queria dizer “mais ou menos”. – Vem aqui. – Encostou-se à cabeceira da cama e Dulce a abraçou, deitando em seu peito. – Por que se sente só?

Dul: Não sei. Não é que me sinto só, é só que sabe quando você sente algo no coração? Como se algo estivesse acontecendo e você não soubesse por que ou como?

Marcela: Sei sim. – Passou a acariciar seus cabelos. – Não é porque enxergamos que podemos ver tudo que acontece, meu amor. O coração sempre é o mesmo. Bom... O seu não é, é muito mais especial.

Dul: -sorriu – Se eu te contar uma coisa não fica brava comigo? Bom... Duas coisas.

Marcela: Não. Pode dizer.

Dul: A primeira é que eu encontrei com a Maria hoje.

Marcela: Por quê? Você me prometeu Dul!

Dul: Eu sei! Eu juro que não sei como, mas ela me achou no parque! Eu nem avisei ela, nunca mais atendi nem nada! E ela falou que eu a estava magoando e eu me senti mal. – Falou tristinha.

Marcela: -suspirou – Não precisa se sentir mal. Ela tem a vida dela, não vai ficar chateada eu tenho certeza.

Dul: Ela falou pra eu tomar cuidado com o Ucker ai eu senti um pouquinho de raiva, eu nunca senti raiva antes tia, mas eu senti naquela hora.

Marcela: Não se condene por sentir raiva, Dul. – Alisou seu rosto. – É normal, todos nós sentimos, é do ser humano. Ainda sente raiva?