Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

Dul: Compra um!

Fernando: Tudo bem, coma o seu. - Guardou a carteira.

Dul: Por favor, vai! Então come do meu! - Esticou. - É muito gostoso Fernando!

Fernando: Ok. - Pegou um pedaço e colocou na boca. - É mesmo gostoso.

Dul: Uma delícia. - Voltaram a caminhar. - Pode comer mais.

Fernando: Obrigada. Sabe Dul, sei que é cedo pra pedir isso, mas eu ia gostar muito se me chamasse de pai.

Dul: Desculpa. É que eu ainda não acostumei. Não quis te magoar. - O olhou apreensiva.

Fernando: -sorriu – Tudo bem. Só para saber que quando conseguir eu vou amar ouvir. - Ela sorriu de novo. Ele a fazia sorrir tão facilmente que ela achava engraçado.

Dul: Olha, ali é onde eu conheci o Ucker. *-*

Fernando: Que lugar mais bonito para conhecer um namorado, não é?

Dul: Eu também falo isso! Não é verdade?

Fernando: É sim.

Dul: Eu também gosto de ficar lá sentada com ele.

Fernando: Eu imagino que sim. Há quanto tempo namoram?

Dul: Um ano e …. - Pensou. - dezenove dias.

Fernando: Quanto tempo. Dá pra perceber o quanto o ama.

Dul: Porque eu amo muito mesmo. Ai todo mundo percebe. - Levantou um ombro e ele riu. - É sério. 

Fernando: Eu sei, mas é muito fofo você falando. - Apertou seu nariz. - Parece uma menininha ainda.

Dul: O Ucker: diz isso também. E ele também aperta meu nariz. - Franziu o nariz e ele sorriu fazendo de novo. - Ya! Asi no.

Fernando: Sabe falar espanhol? - Ela assentiu feliz.

 Sentaram no gramado, comendo o algosão doce e conversando. Eles sempre sorriam descobrindo algo novo do outro. Ela disse o quanto gostava de patinação no gelo também e ele a levou. No caminho ela ligou para o namorado e o convidou. Ele iria encontrá-los depois.

Dul: VEM! - Estava de pé, ainda fora da pista, já com os patins.

Fernando: Eu vou cair. Não sou mais um menino.

Dul: E dai? Um monte de gente da sua idade vem.

Fernando: Eu vou assistir você, querida.

Dul: -de bico – Só um pouquinho poxa.

Fernando: Não vai desistir? - Ela negou. - Ok.

Dul: YES! *-* Moça ele também vai! - Falou animada. O pai calçou os patins. - Eu te ensino, não precisa ter medo!

Fernando: Ai meu Deus do céu, onde me meti. - Derrapou na primeira tentativa, segurando no corrimão.

Dul: -riu – Eu era assim. Eu vou ensinar. Olha, vem comigo. - Ergueu a mão e ele aceitou. - Agora devagarzinho. - Riu do pai, que não se mexia. - Tem que mexer sabe. 

Fernando: -riu – Sou muito ruim em esportes.

Dul: Desliza assim ó! - Foi ainda segurando sua mão.

 Ela foi ensinando e ele conseguiu progredir um pouco, mas nada que os salvasse de um tombo e deixasse as calças molhadas, arrancando gargalhadas de Dulce. Essas sim faziam o pai rir mais ainda.

Dul: Aiiiiiiii. - Ria tentando levantar o pai. - Que pesado.

Fernando: Não me chame de gordo. O que eu tenho é só muita gostosura

Dul: Começou a rir. - É nada! É gordurinha sim

Fernando: Sua abusada! - Brincou já de pé e a fez cócegas.

Dul: NO! - Gritou se afastando aos risos.

Fernando: Acho bom não falar das minhas gostosuras.

Dul: -mostrou a língua. - Tem que patinar pra entrar em forma. - Ele estreitou os olhos e ela arregalou os dela. - Opa. 

Fernando: -riu – Se eu soubesse andar nisso ia fazer você engolir a língua, menina.

Dul: Que maldade. - Fez bico.

Fernando: -sorriu depois de olhar para o lado – Eu vou descansar um pouco.

Dul: Eu vou então também!

Fernando: Tudo bem, eu quero te ver patinar direito heim. Jà arranjou companhia melhor ao que parece. - Apontou com a cabeça e ela olhou, sorrindo largamente em seguida. O namorado acenou e se apoiou no corrimão, mas do lado de fora. - Pode ir, pretendo sair por aqui mesmo. - Apontou a saida e ela riu. - Te espero.

Dul: Tá bom. - Ela patinou até a ponta da entrada e foi recebida com um abraço. - Meu lindinho. - Cheirou seu pescoço. - Como foi?

Ucker: Ótimo. E seu dia?

Dul: Perfeito! Entra!

Ucker: Quero te deixar aproveitar seu pai. - Deu um selinho.

Dul: Mas ele vai descansar um pouquinho! Vem! Eu consegui girar rápido, sabia? Eu imitei aquela moça. - Apontou para uma das monitoras.

Ucker: Se é assim... Me espera. - Foi pegar os patins e os calçou.

Dul: Ieiiii! *-* - Esticou os braços, já indo de costas e ele a alcançou. - Que saudade de patinar juntinho amor.

Ucker: -a abraçou pela cintura – Minha futura bailarina precisa me mostrar o que aprendeu.

Dul: Então solta ela.

Ucker: Soltei! - Ergueu as mãos e ainda quando andavam ela girou duas vezes em torno de um só patins, erguendo o outro pé e ele, assim como o pai dela que estava fora assistindo, arregalou os olhos.

Dul: -sorrindo – Tcha-rán!

Ucker: Amor... Eu.... Alo? - Ela riu se atirando em seus braços. - Que linda princesa! - Sorriu beijando seu rosto. - Aprendeu sozinha?

Dul: Não, eu fiquei olhando pra ela! - Apontou de novo. - E ai eu tentei e deu certo, não é o máximo? *-*

Ucker: Mais que isso! É perfeita.

Dul: Será que se eu vim sempre, ela deixa eu assistir e tentar?

Ucker: Por que não procuramos um lugar que te ensinem?

Dul: Porque tem que pagar.

Ucker: Hum... Sinto que isso não será problema daqui algum tempo.

Dul: -sem jeito – Não quero pedir pra ele. 

Ucker: Tudo bem. Nós vamos pensar em algo. - Piscou e a puxou

  Ainda patinaram um bom tempo. Dulce empolgada copiando uma das instrutoras e o pai com um sorriso besta a observando. Saindo de lá foram tomar um lanche. Eles riam com Dulce contando dos tombos do pai.

Fernando: Bom, eu vou comprar o seu sorvete.

Dul: Eu ia recusar, mas eu gosto muito pra isso. *-* Obrigada.

Ucker: Ela só come sorvete e algodão doce! Ah, e brigadeiro.

Fernando: Bem saudável essa minha filha.

Ucker: Nem imagina como! - Brincou.

Dul: -de bico. – Parem.

Fernando: Com essa carinha quem não atende? - Beijou sua testa e ela sorriu envergonhada. - Eu já volto.

Dul: Viu como ele é muito legal? - Falou assim que o pai saiu.

Ucker: To vendo. Como to vendo esses olhinhos azuis brilharem como nunca. - Beijou sua mão e ela lhe deu um selinho.

 Passearam mais um pouco e então foram para casa. Duas semanas passaram e Dulce estava muito ligada à Fernando, se viam todos os dias e ele preparava uma surpresa, que só Christopher sabia.

Dul: Volta aqui! - Riu e saiu correndo atrás do cachorro. Sim, o pai e a família tinham comprado um cachorrinho para Dulce, de boas vindas à família. Um poddle e ele só tinha alguns dias, portanto ainda não sabia onde devia fazer xixi. - MAX! - Arregalou os olhos quando ele começou a fazer xixi no tapete.

Ana Luiza:-chegou atrás – IH FERROU!

  Blan a irmãzinha menor, agora já conhecia toda a família por parte de pai da irmã e se davam incrivelmente bem.

Alma: O que é essa gritaria? - As três se olharam e Dulce pegou o filhotinho no colo.

Dul: Desculpa Alma! Eu juro que eu limpo. Ele não sabe, não briga com ele. - Abraçou mais o cachorrinho em seu colo.

Alma: Ele precisa aprender, Dul, vamos ensinar a fazer só no jornal ou quando for passear.

Dul: Eu sei. Desculpa, desculpa! - Pediu se sentindo mal.

Alma: Tudo bem, querida. Max seu sapeca. Sujou a casa da tia Alma. - Acariciou o cão, que lambeu sua mão.

Dul:- com voz de criança – Soy un bebe. Meu amor. - Deu um cheirinho. - Mamãe vai te levar pra passear depois e te ensinar a fazer pipi na rua! 

Blan: E o papai dele?

Dul: É o Ucker, Blan. Já disse. Agora a gente tem dois filhos o Tobby e o Max. Eles até se deram bem. - Sentou com o animal ainda em seu colo, que ficava querendo brincar.

Ana Luiza: É tão lindinho. Nós somos tias dele, Blan.

Blan: É! Lu vamos brincar comigo? De Barbie vai?

Ana Luiza: Só porque você é minha irmã mais nova agora. - Fez careta e Dulce riu das duas subindo.

Alma: Por favor. - Pediu a empregada que providenciasse a lavagem do tapete.

Fernando: Cheguei. - Dulce o olhou sorrindo. - Olha só meu netinho. - Brincou e Dulce estendeu Max pra ele fazer carinho. - Oi minha bonequinha. - Beijou a testa da filha.

Dul: Oi.

Fernando: Temos uma surpresa pra você mais tarde.

Dul: Outra??

Fernando: Sim.

Dul: Nossa! Agora to curiosa.

Fernando: Depois do jantar.

Dul: Tá né. - Fez bico.

Alma: Dul, vai almoçar conosco?

Dul: Não, eu prometi pra minha tia ir com ela porque já vou jantar aqui. O Ucker já tá chegando.

Fernando: E a Blan?

Dul: Quer ficar com a Lu. - Sorriu. - São fofinhas né?

Fernando: São sim. - Ouviram a campainha e logo Christopher chegou. 

Dul: PAPAIIIIIIIII! - Riu deixando Max em pé no colo, Christopher riu balançando a cabeça.

Ucker: Oi, oi gente. - Cumprimentou Fernando e Alma, então deu um beijo na testa da namorada e pegou o cachorro. - E ai garotão. - Max latiu e o lambeu. - Eca.

Dul: -riu – É só como ele diz que te ama. - Levantou.

Ucker: Pois é! Meio nojento né. - A namorada riu de novo. - Podemos ir?

Dul: Sim! Tchau! - Abraçou o pai e a madrasta. - Até de noite.

 Se despediram. Dulce pela primeira vez na vida se atrasou se arrumando. Queria estar bonita no jantar na casa do pai onde conheceria os tios, avós e primos. Colocou um saia rosa que ia até os joelhos, rodada e uma blusinha de alcinha preta. Uma sapatilha e estava pronta. Foi com o namorado e, claro, Max, que tinha sido convidado também. Chegaram lá e Antônio, levou Max para a área externa um pouco e quando entraram na sala já estavam todos lá. Ela ficou vermelha e encolheu um pouco os ombros.

Sara: Oh querida! - Emocionada a abraçou. Era sua avó e Dulce soube por fotos que já tinha visto. - Minha netinha.

Dul: Oi. A olhou encantada. - Que bonita a senhora é. Mais assim pessoalmente.

Sara: Você que é linda. - Passou a mão em seu rosto.

 As duas ainda ficaram se olhando por segundos, Dulce sorria, ainda encantada e segurava na mão da avó.

Sara: Vamos nos dar muito bem.

Dul: Sim! *-*

Sara: E esse rapaz? - Se virou para Christopher.

Dul: É meu namorado. O Christopher.

Ucker: Só Ucker. Muito prazer.

José: Posso conhecer minha neta? - Parou na frente de Dulce, que sorriu e o abraçou no impulso. - Que preciosa, que preciosa... - Acariciou seus cabelos e ela o soltou. O sorriso estava lá, parecia que ia ser difícil sair.

Dul: É tão legal conhecer vocês.

Fernando: E tem muita gente pra conhecer. - Mostrou os dois tios, as duas tias e os quatro primos.

  A apresentação demorou. Todos foram muito receptivos e parecia que agora a família dela era a família que merecia, de fato. Christopher só não gostou muito de um dos primos dela, que foi receptivo demais.

Nicolas: Bem vinda a famlia.

Dul: Obrigada. - Sorriu. - Esse é o Ucker, meu namorado. - Apresentou e Nicolas estendeu a mão. Alfonso apertou de má vontade.

 Depois de todas as apresentações feitas foram para o jantar. Dulce ficou um pouco atordoada com todos falando com ela, perguntando o que fazia e contando de cada um. 

Sheila: Mas não faz nada? - Perguntou no meio do jantar.

Dul: Eu só sei dançar. - Levantou um ombro – E eu amo.

Blan: Ela dança tão linda. *-* - Dulce sorriu para ela.

Sheila: Mas e faculdade?

Dul: Eu era cega. - Murmurou acanhada. - Houve um silêncio.

Alma: Eu acho que dança é uma arte maravilhosa querida. Um dia vai dançar no Municipal e vamos estar na primeira fila te aplaudindo. - Piscou sorrindo e Dulce agradeceu com os olhos.

Fernando: Claro que vamos! E quem sabe uma patinadora?

Dul: Patinadora?

Fernando: Do jeito que sabe, poderia fazer umas aulas.

Ucker: Ela sabe mesmo e só de olhar aprende. Eu já falei que ela deveria ir sim Franco.

Dul: Ah... Eu gosto.

Fernando: -piscou – Minha filha vai ser dançarina e patinadora. Ouçam o que eu estou dizendo.

José: Do jeito que é linda poderia ser modelo.

Sara: Eu também acho!

Dul: -vermelha – Obrigada.

Nicolas: Poderia tentar mesmo. Ia fazer sucesso. - Christopher fechou a cara e Dulce ficou mais vermelha ainda.

Alma: É... A Dul é linda. Mas está morrendo de vergonha, vamos falar sobre nós também pra ela saber mais um pouco da família né? - Anahí sentia vontade de abraçá-la, mas se conteve.

 O resto do jantar eles falavam de viagens, empresa da família e afins... Na hora da sobremesa foram para a sala principal e se espalharam por lá.

Dul: Tá bravo? - Perguntou só para o namorado ouvir.

Ucker: Não. Só acho que vou ter problemas com seu primo. - Fuzilava Nicolas, que não tirava os olhos de Dulce.

Dul: Por quê?

Ucker: Ele que tente ser engraçadinho pra cima de você.

Dul: Ele só falou brincando, príncipe. - Sorriu. - Só pra eu me sentir bem com todos eu acho. Não liga não! Fica amigo dele. *-*

Ucker: Tudo bem. - Beijou sua testa e sorriu disfarçando, não queria tirar a alegria dela e sabia que ela realmente não tinha se tocado de nada. - Não se preocupa com isso.

Dul: Te amo. - Sussurrou.

Ucker: Yo más. - Piscou e logo o pai dela se aproximou.

Fernando: Preparada para sua surpresa?

Dul: Sim!!! To muito curiosa.

Fernando: Queria subir só com você, pode ser? Um minuto.

Dul: Tá bom.

Fernando: Já te devolvo sua anjinha.

Ucker: O senhor pode levar por um tempo, mas não muito se não eu morro de saudade.

Dul: -sorriu – Já venho meu amor. - Ele beijou a pontinha do seu nariz e enquanto ela subia com o pai, ele falava com os avós dela.

José: Agora... Quais são as suas intenções com minha preciosa?

Ucker: -riu com Sara – As melhores possíveis, eu prometo.

  Era um senhor muito brincalhão e Christopher soltou muitas risadas com ele. No piso de cima Fernando parou com Dulce na frente de uma porta.

Dulce: Aqui não era o quarto que o senhor tinha feito pra mim?

Fernando: Era. E é.

Dul: -sorriu – Ele é lindo. Nós vamos entrar?

Fernando: A vontade. – Apontou e ela abriu a porta. Paralisou assim que colocou os pés lá dentro.

 O quarto era todo rosa claro e lilás. Uma parede era rosa mais forte, a atrás da cama. Tinham sombras de bailarina nas paredes, nada exagerado e muito delicado e bonito. Ela mordeu o lábio. A roupa de cama era toda temática de ballet. Tinha uma escrivaninha, com um laptop, caixas decoradas... Em cima da cama tinha um par de sapatilhas de ponta e um patins, de gelo, branco. Ao lado do guarda roupas, que era uma porta d ecorrer toda de espelho por fora tinham inúmeras sacolas e ela deduziu que eram roupas. Ficou totalmente sem reação. O banheiro era ocmo o quarto, o box com as sombras de bailarina e ela estava encantada com aquilo.

Dul: Mas... O que... C...

Fernando: -sorriu – Surpresa. – Pegou suas mãos. – Eu tenho um pedido e espero que aceite.

Dul: Um pedido? – Olhava em volta de si, sem acreditar ainda.

Fernando: Quero que venha morar comigo. – Ela o olhou assustada. – Eu sei que tem sua tia, sua irmã... Mas ficamos afastados muito tempo. Nos damos incrivelmente bem, eu quero recuperar cada segundo perdido e viver com você, meu amor. – Ela ficou sem reação mais uma vez. E agora? Ela queria muito e ao mesmo tempo pensava na tia e na irmã. – Eu sei que deve estar confusa, sei que posso estar forçando a barra, mas é muito importante pra mim te ter aqui comigo. Eu vou te deixar pensar um pouquinho, mas pode me responder quando quiser. Eu amo você, minha filha, e espero o tempo que for por você. – Ela assentiu devagar com os olhos brilhando e ele saiu.

Dul: E agora? – Sentou na cama, pegando a pequena caixinha da bailarina, que ele nunca tirou de lá e a abriu. Ficou olhando a bonequinha e ouvindo a música.

 Ela estava muito feliz pelo convite do pai, estava mesmo. Sorria pensando na carinha dele de medo quando a perguntou se queria morar lá e quando disse que a amava, então balançava mais ainda na decisão. Pensou... Pensou.... Pensou e pensou mais um pouco, quando desceu já tinha se passado uma hora que ficara só. O pai a olhou ansioso e ela sorriu.

Dul: É... – Falou um pouco mais alto e todos a olharam, se calando em seguida. – Eu queria dizer uma coisa. – Se envergonhou com os olhares em si.