Fanfic: Tu Mirada (adaptada) Vondy **Finalizada** | Tema: Superação

   Ficou combinado de no dia seguinte passar na clínica onde Pedro estava internado. Christopher foi junto dela e do sogro, a pedido da namorada. Se fosse pra entrar com alguém ia ser com ele, não queria entrar com o pai porque sabia que poderia sair algo errado.

Enfermeiro: Podem me acompanhar.

Dul: Papai... 

Fernando: Eu quero muito ir com você.

Dul: Eu preciso fazer isso sem você. Ok? – Ele assentiu contrariado. – O Ucker vai comigo, não precisa se preocupar ele não vai me machucar eu prometo. Eu sei que não. – O pai assentiu de novo, beijando sua testa e eles foram.

Ucker: Boa sorte. – Sorriu beijando sua mão e os dois entraram. Pedro estava em pé, olhando pela janela.

Enfermeiro: Tem visita para o senhor. – Pedro se virou e ficou quieto.

Dul: É... Oi.

Pedro: O que faz aqui? – Perguntou tranquilo, sem entonação nenhuma.

Dul: Eu vim falar com o senhor.

Pedro: Já sabe de tudo não é? – Ela assentiu e ele assentiu junto. – Bom... Veio esfregar na minha cara o quanto agora vai ser feliz? Ou veio só ver o meu fracasso mesmo?

Dul: -confusa – Não eu... Eu vim ver como está, conversar com você.

Pedro: Estou preso aqui, saindo daqui devo ir para cadeia ou então voltar para aquela casa e fazer trabalho comunitário. Já viu, pode ir. – Se virou para a janela novamente.

Dul: Mas eu... Eu não quero te deixar só. – Se aproximou e Christopher já ficou atento. Não sabia como Henrique reagiria a ela do lado dele.

Pedro: Por quê? 

Dul: Porque... Eu... Eu gosto de você. – Assumiu e ele a olhou incrédulo. – Você também foi enganado e não foi justo. – Ela já tinha os olhos lacrimejando. – Eu sei que me amava, que cuidou de mim quando eu era pequena. – Ele desviou o olhar. – Mas eu sei que me odeia agora.

Pedro: Eu te fiz muito mal.

Dul: Não importa. – Parou na frente dele. – Cuidou de mim mesmo quando ela foi embora. Eu sei que ficou magoado por eu não ser sua filha. – Ele fechou os olhos com força. Christopher deu uns passos para frente. – Eu... Eu sinto muito papai.

Pedro: Eu não sou seu pai. – Abriu os olhos e uma lágrima escorreu, assustando Dulce e Christopher. – Eu não sou. – Sussurrou e sentou na cama. Dulce sentou ao lado dele e pegou sua mão.

Dul: Não importa. 

Pedro: Sim, importa. Veja só... – Riu irônico. – Eu te fiz mal, te machuquei com palavras, machuquei fisicamente, machuquei escolhendo a mãe que te dei. – Olhou para a mão dela, acariciando a sua delicadamente.

Dul: Eu entendo.

Pedro: Entende? – Se encararam.

Dul: Ficou magoado. Eu também fiquei. Mas nós podemos ser... Algo.

Pedro: Algo? – Franziu a testa.

Dul: É. – Sorriu de canto. – Quero dizer eu posso ser sua amiga.

Pedro: Amiga?

Dul: -triste – Você me odeia? – Ele ficou quieto. – Não queria que me odiasse. – Falou baixinho e lágrimas silenciosas caíram. – Não queria ter causado tudo isso na sua vida. Me desculpa.

Pedro: Eu não te odeio. – Se virou para ela. – Eu odeio sua mãe, mas não te odeio.

Dul: Não?

Pedro: Eu não consigo. – Abaixou o rosto envergonhado. – Eu tento, mas não consigo e me dá raiva, mas ao mesmo tempo sei que nada é sua culpa. Pelo contrário, foi tão machucada quanto eu. Foi mais machucada e eu sei que fui um dos que mais te machucou. – Ela ficou quieta, com o rosto sendo molhado pelas lágrimas. – Eu... Eu queria tanto que fosse minha. Tudo seria tão diferente. A gente se dava muito bem sabe. – Sorriu, agora permitindo as lágrimas caírem. – Sempre que você chorava era só comigo que se acalmava, quando caia, me chamava...

Dul: Era? – A voz quase não saia e ela fungou.

Pedro: Era. Dormia quando eu cantava pra você. Sempre foi muito boazinha, mas ás vezes era levada. – Sorriu de novo. – Sapeca sabe? – Dulce assentiu soluçando. Até Christopher tinha que segurar o choro. – Era tão perfeita. – Acariciou seu rosto, os olhos vidrados nela, que fechou os dela sentindo um carinho daquele homem. Coisa que não tinha desde sua infância. – Linda... Tão linda. Parecia uma boneca de porcelana. Ainda parece. – Ela o encarou novamente. – Mas não é minha. Nunca foi minha. – Abaixou a cabeça se deixando chorar. – Nunca foi.

Dul: Eu... – Não sabia o que falar. A verdade era que os dois choravam as mágoas de uma vida inteira. – Eu sinto muito papai.

Pedro: É dele. – Soluçou. – Eu não sei por que ela fez isso comigo. Eu não sei, me perdoa. Me perdoa. – Ela negou e o abraçou. Ele escondeu o rosto no pescoço da “filha”, a abraçando de volta. – Ela me enganou e eu a amei. Eu juro que a amava e olha o que fez comigo, olha onde estou! Me desculpa.

Dul: Eu sei... Eu sei que a amou. – O soltou e segurou suas mãos. – Mas ela enganou todo mundo e a gente não teve culpa! Eu não quero que fique sozinho papai, eu quero que fique bem. Eu não queria que tivesse sofrido isso por culpa dela.

Pedro: Eu te fiz mal! Por que diz essas coisas?

Dul: Porque eu sei que é bom! Agora eu sei que gosta de mim e eu vou te ajudar, eu prometo! – Sorriu, fofa, entre as lágrimas e enxugou o rosto dele. – A gente pode ser amigos! Sério, eu quero muito! Você não quer? Não quer que a gente se dê bem e que se ajude sempre? Como quando eu era pequenininha?

Pedro: -suspirou deixando os ombros caírem - Você não merecia nada disso. Eu não mereço seu perdão.

Dul: Merece sim. Só Deus quem perdoa, eu não sou ninguém pra te julgar. Pode... Pode me deixar te ajudar?

Pedro: Você... Tem certeza que quer me ajudar?

Dul: -sorriu – Aham!

Pedro: E se eu tiver uma recaída?

Dul: Hum.. – Pensou. – Ué eu vou te ajudar. Tá? – Ele assentiu meio sem palavras e ela o abraçou. – Senti saudades papai. – Fechou os olhos e ele fez o mesmo acariciando seus cabelos. – Sentiu a minha? – Perguntou mesmo sabendo que a resposta poderia machuca-la.

Pedro: -sorriu, como há muito tempo não fazia – Como nunca senti saudades de ninguém antes em toda minha vida.

Dul: Sério? – O rosto se iluminou.

Pedro: Sim.

Dul: -riu – Ficou vermelhinho! Eu te amo. – O abraçou de novo. A cada palavra ela conseguia quebrar o gelo do coração dele, mas essas...

Pedro: Ainda me ama?

Dul: Sim. Mesmo depois de tudo ficou comigo. Sabe... E eu te amo.

Pedro: E eu amo você. Mas... Eu acho que seu pai vai ficar com ciúmes de ver você me ajudando.

Dul: Não vai não, ele é muito legal! E pensa, eu tenho dois pais. Não tenho mãe, mas tenho uma tia-mãe, dois pais e uma madrasta. É legal assim. – Sorriu. – Logo você me dá outra madrasta.*-*

Pedro: -negou com a cabeça – Eu não tenho mais jeito.

Dul: Tem sim! – Levantou. – Vamos pedir pra você sair um pouco? Acho tão triste só ficar no quarto. – Pegou a mão dele.

Pedro: Não sei. Prefiro ficar por hoje.

Dul: Ahhh poxa. – Fez bico. – Só um pouquinho lá no jardim vai!

Pedro: Ok. – Sorriu sem graça.

Dul: Yes! Vem também né amor? – Pedro o olhou e assentiu.

Ucker: Ok.

          Os três saíram e Fernando olhou a filha ao lado daquele homem.

Dul:-animada – Papai nós vamos andar ali no jardim. Pode vim com a gente pra vocês dois se conhecerem! 

Fernando: -seco – Não quero conhecer o homem que fez da tua vida um inferno. – Pedro abaixou a cabeça.

Dul: Ele se desculpou. – Defendeu. – E agora a gente já se acertou e eu vou ajuda-lo. Ele também é um pai pra mim.

Fernando: Ele te bateu Dul! Te machucou fisicamente e com palavras.

Dul: Todo mundo erra!

Pedro: Ele está certo. Eu não... Eu não mereço isso que faz por mim, Dul.

Dul: MERECE! Para pai! – Se aproximou de Fernando. – Por favor! Por favor! Por favor! Seja legal. Eu gosto dos dois.

Fernando: Não posso. Saber que ele te machucou, que você sofria... Não posso filha, me perdoa, mas não posso.

Dul: Por mim? – Fernando negou. – Mas... Ele vai ficar bom e então podem ser amigos e a...

Fernando: Filha, nós nunca poderemos ser amigos.

Dul: Por que não?

Fernando: A mulher dele o traiu comigo e ele criou minha filha, tirou isso de mim.

Dul: Mas ele não sabia!

Fernando: Não importa.

Dul: Eu queria que se dessem bem. – Deixou os ombros caírem.

Fernando: Eu... Eu sinto muito.

Dul: Não pode me proibir de vê-lo.

Fernando: Eu sei. – Suspirou. – Já sei como é seu coração. – Sorriu de canto. – Pode vim visita-lo, mas sempre com mais alguém.
Pedro: Eu nunca a machucaria de novo.

Fernando: É minha condição. De preferência o Ucker deve estar junto.

Dul: Tudo bem. Mas ele não vai fazer nada porque eu sei. – Sorriu e abraçou o pai biológico. – Gracias.

Fernando: Sei que é importante para você. – Beijou sua cabeça.

Dul: Mas vem com a gente. – O puxou sem deixa-lo responder.

   Aparentemente todos iam para o jardim. Christopher mais observava do que falava. Observava cada um, principalmente Pedro, tinha medo de que ele a machucasse, não fisicamente porque para isso tinha que estar bêbado, mas emocionalmente.

  No caminho ela perguntava muitas coisas para Pedro e ele se sentia feliz. Pela primeira vez naquele lugar ele achou algo pelo que devesse se manter longe das bebidas. Fernando só observava os dois. Não senti ciúmes, ele só conseguia pensar onde foi que aquele coração da filha fora achado? Christopher o fazia mais companhia, deixando a namorada e o pai de criação mais a vontade. Só que depois de quase uma hora tinham que ir embora.

Dul: Eu vou vim todos os dias, eu prometo papai. – Abraçou Pedro.

Pedro: Obrigado.

Dul: Quando eu não vim é porque não pude mesmo. Mas olha fica com a minha pulseira! – Tirou uma das várias que ocupavam seu pulso e o entregou. – Pra lembrar de mim. – Sorriu fofa.

Pedro: -sorriu – Eu vou lembrar sempre.

Dul: Tchau! – Se abraçaram de novo. – Te amo. – Sussurrou em seu ouvido e ele sussurrou de volta.

Pedro: Tchau. – Fernando só assentiu uma vez com a cabeça . – E você... – Olhou para Christopher. Os três o olharam. – Obrigado por cuidar dela quando eu não fiz isso.

Ucker: Não precisa agradecer. Eu faço porque a amo. – Pedro assentiu sorrindo de canto. – Até mais.

  Os três saíram. No carro ela ainda tentava convencer o pai a perdoar Pedro e depois de um olhar paciente do namorado ela resolveu deixar aquilo para outro dia. Um mês se passou desde aquele dia e os enfermeiros diziam para eles que Pedro tivera uma melhora notável em seu quadro.

Dul: E eu também comecei a fazer aulas de patinação! – Caminhavam no parque. Agora ele tinha permissão para sair duas vezes por semana.

Pedro: Que legal, filha.

Dul: Sabe... Eu sou boa. – Ela mesmo arregalou os olhos, o fazendo rir junto de Chrsitopher. – A professora disse!

Pedro: Eu não duvido! Você dança como uma princesa.

Dul: Como sabe? Você nunca me viu dançar. – Fez bico.

Pedro: Eu vi todas as vezes. – Ela o olhou surpresa. – Estava lá escondidinho.

Dul: Sério? *-* - Ele assentiu. – Você gosta?

Pedro: Muito. – Os olhos dela brilharam. – No dia que sua mãe te fez chorar e te fez perder a apresentação eu estava lá. Eu fiquei com muita raiva e bebi muito. Foi o dia quando vocês me encontraram batendo nela.

Dul: Foi por aquilo?

Pedro: -abaixou a cabeça – Sim.

Dul: Nossa.

Pedro: Me sinto tão mal em lembrar o quanto te agredi.

Dul: Já passou. – O abraçou. – Não pode mais pensar nisso papai! Logo você vai sair daquela clínica o médico me disse! Não é Ucker?

Ucker:  É sim. O senhor melhorou muito.

Pedro: É o que mais quero. Pra poder ver a Blan, sua tia...

Dul: -sorriu – Elas vão querer te ver também!

 Terminaram o passeio tomando um sorvete e depois o deixaram na clínica. Assim que chegaram na casa dela, Alma veio contente.

Dul: O que houve?

Alma: Fui ao shopping hoje, vi uns vestidos LINDOS pra você ir no casamento do seu tio.

Dul: Ai eu tinha esquecido!

Alma: Já é mês que vem! Vamos escolher algum logo?

Dul: Sim! *-* E você vai né? – Se virou para o namorado.

Alma: Claro que vai! Ele foi convidado! Vamos todos!

Ucker: Eu fui?

Alma: Sim! Depois do jantar que fizemos eles te convidaram.

Dul: EBA! Então eu vou comprar um vestido ainda mais lindo, pra ficar mais linda pra você! – Segurou o rosto dele lhe dando selinhos.

Ucker: -sorriu – Impossível ficar mais linda.

Alma: Deus preciso casar de novo com um desses. – Eles riram.

Ucker: Preciso ir, nos vemos mais tarde.

Dul: Tá. – Ele beijou sua testa.

Alma: Vamos no fim de semana escolher tudo! Já marquei salão para nós no dia do casamento.

Dul: Que divertido! Eu nunca passei um dia no salão.

Alma: Vai passar e vai amar!

Dul: Eu acho que sim. Cadê meu bebê? Max? MAX? – Saiu pela casa atrás do cachorrinho que já veio correndo quando ouviu a voz dela.

 Mais tarde ela foi ao cinema com o namorado e depois jantaram juntos. Ela passou para ver as amigas na casa dele e depois ele a levou para casa. Ele nunca tinha dormido lá, eles não sabiam direito se o pai dela ou a madrasta se importavam. Iam esperar um pouco para pedir algo assim. Era madrugada e ela saiu do quarto já de pijamas, com Max no colo e desceu as escadas.

Dul: -sussurrando – Não pode fazer barulho, bebezinho. – Ele quase dormia em seu colo. – Vamos ver o que a mamãe pode comer. Hum... – Abriu o armário e acabou pegando biscoitos e um copo de leite. – Te quiero. – Abraçou o cachorrinho. – Pode nanar, a mamãe cuida de você. – Se assustou quando a luz se acendeu.

Fernando: Olá!

Dul: Ai papai quase matou eu e o meu neném!

Fernando: Desculpa. Posso comer com você?

Dul: Si!

Fernando: Então é você que sempre deixa o prato na pia?

Dul: É! Eu sinto fome de noite. – Fez careta.

Fernando: -sorriu – Eu também. Primeira vez que nos encontramos aqui.

Dul: É verdade, vamos marcar uma hora! – Brincou e ele riu, sentando ao seu lado. – A verdade é que só durmo bem quando eu to com o Poncho.

Fernando: Sério?

Dul: É porque ele me abraça e eu não tenho sonhos ruins.

Fernando: Entendo. Hoje eu vou tentar te fazer dormir então, minha princesa. – Passou o braço pelos ombros dela e ela sorriu encostando a cabeça em seu peito. Max o olhou, rosnou de leve o avaliando e voltou a deitar a cabeça.

Dul: -riu – Ele me defende.

Fernando: Eu sei. Cão mais apegado que esse com dono que eu nunca vi.

Dul: -assentiu – Papai a Alma falou que vamos comprar vestidos.

Fernando: To sabendo. Vai te levar para escolher.

Dul: Quero um bem bonito! Nunca fui em algum casamento antes.

 Ficaram conversando e comendo vários doces, o que era mais uma semelhança dos dois. Acordar de madrugada para comer. Subiram, escovaram os dentes e ele voltou para o quarto dela, a encontrando deitada.

Fernando: Boa noite, meu amor. – Beijou sua testa e ela fechou os olhos – Eu amo você.

Dul: Também te amo papai.

Fernando: Vou contar uma história pra você dormir. – Ela sorriu e ele sentou na cama.

Dul: Bem bonita. – Pegou a mão dele.

Fernando: Pra falar a verdade sempre fui ruim com histórias.

Dul:-riu – Então me abraça e faz carinho que eu durmo! – Ele sorriu e encostou na cabeceira, fazendo o que ela falou.

Fernando: Aqui... Vou deixar ela tocando. – Abriu a caixinha de joias, de onde saiu a bailarina e a suave música começou a tocar. Ela dormiu rapidinho.

                                                                                                                                                                               Um mês depois

O dia do casamento chegara. Ela estava terminando de se arrumar em casa, já tinha ido ao salão, feito as unhas, o cabelo, feito maquiagem... Agora só colocava as joias com o vestido já no corpo. Ela calçou os sapatos e Alma parou na porta.

Alma: Que linda!

Dul: -sorriu – Você também.

Alma: Estou te esperando lá embaixo com seu pai. Ucker já chegou.

Dul: Eu já to indo!

Alma: Ok. – Ela desceu, e todos já estavam esperando a ruivinha. Christopher paralisou ao vê-la no último degrau da escada. Ela usava um vestido tomara que caia verde agua, iam até os joelhos e tinha um sinto dourado. O sapato era de salto alto, preto com umas tiras de prata . Ela carregava uma bolsinha prata nas mãos e tinha uma faixa com o cabelo presa para traz. Os fios ruivos lisos com cachos na ponta. A maquiagem era delicada, levando em conta que era dia.

Ucker: Que linda. – Beijou a mão dela.

Dul: Gostou? – Deu uma voltinha e ele sorriu assentindo.

Ucker: Muito! Tá perfeita.

Fernando: Vamos? – Eles assentiram. Ana, Alma e Franco foram no carro do senhor e Annie no do namorado.

 Foram para igreja e chegaram minutos antes da cerimônia começar. Dulce prestava atenção em cada detalhe, era o primeiro casamento que ia. A festa foi em um clube. Um dos mais chiques da cidade e eles estavam sentados em uma mesa quando a noiva quase chorava.

Dul: O que houve? – Perguntou ao pai, que tentava acalmar a cunhada.

Fernando: A banda atrasou.

Dul: Ixi por quê?

Fernando: Parece que estavam em um show em outra cidade e pelo transito não conseguiram chegar.

Dul: Ai, não chora não.

Cecília: Vai arruinar meu casamento! O que eu faço?

Dul:- teve um “click” – Ei! O Ucker é músico! Ele pode tocar! Não pode amor?

Ucker: Ué... Eu posso. Se vocês quiserem, eu chamo o pessoal que toca comigo e eles vem pra cá.

Cecília: Sério? Sério mesmo? Olha eu pago o cache que ia ser da outra banda, até mais por ser de última hora só salva meu casamento ok?

Ucker: Ok. – Annie sorriu feliz, assentindo e encarando ele. – Eu vou ligar pro pessoal.

Cecília: Isso! Até cortarmos o bolo, tirarmos as fotos e fazer as formalidades dá tempo! – Ele assentiu tirando o celular do bolso.

  Meia hora depois os amigos já estavam lá, vestidos com camisa social, calça do mesmo modo, sapato e com os instrumentos. Arrumavam tudo e Dulce estava ao lado ajudando quando precisava conectar algum fio.

Dul: Essa é a hora que a gente se separa? – Fez bico o abraçando pelo pescoço.

Ucker: É. Mas logo passa. – Selinho.

Dul: Boa sorte, meu amor. Te amo.

Ucker: Te amo mais. – Trocaram um beijo rápido e ele subiu no palco.

  Ela sentou com o pai e alguns tios, enquanto admirava o namorado. Os noivos tinham falado as músicas que queriam, os estilos e cantores então eles pegaram as partituras no local onde já estavam antes esperando a outra banda e começaram.

     Ele sempre piscava pra ela, que dançava na cadeira, brincando com a irmã e Alma.

Alma: Dul seu namorado arrasa!

Amiga 1: Nossa, tá de parabéns, a banda dele devia tocar em formaturas, casamentos.

Dul: Ele toca em bares! Ele é lindo. – Suspirou apaixonada.

Alma: -rindo – Esses dois não se largam, todo dia parece que é o primeiro dia de namoro.

Dul: Ah. – Deu ombros. – A gente gosta assim ué.

Alma: Eu acho lindo. – Bateram mais papo em torno no namoro dela, que se achava por ele ser tão perfeito, o que arrancava risos. Comeram, dançaram... Quando foi mais para o fim da tarde...

Nicolas: Oi,oi,oi! Oi priminha. – Dul o olhou e sorriu simpática. – Eu vim perguntar se quer dançar comigo.

Alma: Isso! Ela esta se remexendo na cadeira.

Dul: Ah só um pouquinho vai!

Ana Luiza: Vamos dançar! Posso ir?

Nicolas: Ok. Vamos logo baixinha. – Falou sorrindo.

Dul: -deu ombros. – Se ela vai.

Ana Luiza:  Eu vou aprender a dançar e patinar que nem a Dul, papai vai me por na aula de patinação. – Tinha as mãos dadas com a irmã enquanto dançavam.

Nicolas: Eu nunca vi a Dulce dançando nem patinando.

Dul: Ah um dia você pode ir à apresentação.

Nicolas: Eu vou com certeza.

  Ainda dançaram mais um pouco. Christopher já olhava de dois em dois segundos ela com o primo, mas ok, ela dançava mais com a irmã e nem o olhava, só que depois de uma vez que se distraiu quando olhou de volta a pequena não estava mais com eles. Ele queria acabar com aquele show na mesma hora, mas ainda tinham mais algumas músicas para tocar. O guitarrista, Felipe, já o olhou tipo “Relaxa” e ele negou com a cabeça.

Nicolas: Essa é aquela música que dança junto. Sabe?

Dul: Sei! Eu já dancei.

Nicolas: Posso? – Colocou as mãos na cintura dela, que se encolheu um pouco. – Só dançar, Dul. Relaxa.

Dul: Hum... Ok.

Nicolas: É só por as mãos no meu ombro. – Ela o fez, mas mantinha o corpo bem distante do dele. – Sabia que você é muito linda? – Ela corou e franziu a testa, estranhando. – Você está longe, assim é estranho. – A puxou mais pela cintura e ela se soltou assustada. – Que foi?

Dul: Sabe o que é? Eu prefiro dançar assim com o Poncho. – Deu um sorrisinho sem graça. – É meio estranho com outra pessoa.

Nicolas: Ah claro, seu namorado. – Ela assentiu. – Mas ele está lá tocando, pode se divertir, ele não ai se importar, somos primos. – Ela olhou para o namorado, que a encarava.

Dul: -sorrindo para Ucker – Não importa, eu vou esperar ele. Obrigada pela dança.

 Saiu andando em direção ao palco e Nicolas bufou. Ela parou ao lado esperando para quando ele pudesse falar e ele sorriu fofo mandando um beijinho. Mais algumas músicas e eles pararam, agora seria servido o bolo e uma música gravada ficaria tocando.

Dul: Você foi perfeito! – Sorriu o abraçando e ele correspondeu. – Podemos dançar juntos depois. – Falou animada.

Ucker:- fez careta – Eu não sei dançar, você sabe.

Dul: Mas eu te ensino. Vamos comer bolo? Você deve estar cansadinho e muito fraquinho porque cantou e tocou muito. – Falou como bebê beijando a pontinha de seu naris.

Ucker: -sorrindo fofo – Eu to mesmo, cuida de mim? – Fez bico.

Dul: Aiiin que bebê manhoso. – Riu. – Eu cuido! Vem meu amor. – Eles pegaram um pedaço de bolo cada um e comeram. Ela ria dele tentando a sujar e batia em seu braço. – Mira... Eu vou te ensinar a dançar. – Levantou e estendeu a mão. Ele pegou e caminharam para “fora da festa” como era um campo aberto foram até uma árvore, onde ao lado tinha um lago e uma espécie de píer.

Respondendo minhas vampirinhas

pollitavondy: põem fofura nisso postado

yasmim.b: Postado

lalivondy2112: kkkkkkkkkk desculpa e que eu tenho outras fics a abe sou lerda desse jeito postado

mooh: e lindo msm quando eu lia a fic o amor deles eu ficava rindo atoa era muito legal postado

Laís Soares Santos: e lindo né postado flor